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ANOVA QUESTAO SOCIAL essas formas, também chamadas de “atipicas”™”. (0s mais concernidos ¢ as mulheres, mais do que os homers" Porém, o fendmeno diz respeito igualmente ao que poderia ser ckamado de nfcleo sblido da forca de trabalho, os homens de 30 49 anos: jd em 1988, mais da metade dentre cles eram contratados mediante um estatuto particular”. E atinge a0 menes as grandes concentragdes industriais tanto quanto as, PME. nas empresas de mais de cingiienta assalariados, 2 quartos dos jovens de menos de vinte ¢ cinco anos sto admi- tidos através de contratos desse tipo™. Esse processo parece irreversivel. Nao s6 a maioria das novas contratagdes € feita segundo essas formas, mas ainéa 0 estoque dos CDI se reduz (mais de um milhao de supressbes de empregos desse tipo entre 1982 ¢ 1990). Parece tamtém que ¢ processo se acelera. Em 2 de margo de 1993, la Tribu nne-Desfossés publicava uma projegio para os préximos dez anos em que se prevé uma completa inversio da proporsa0 CDI-outeas formas de empregos. O nimero dos CDI poderia entSo ser reduzido a trés milhées. Pode-se, certamente, ter restrigbes quanto & precisio matemstica de tais previsbes. No - Osjovenssi0, rego. So uma manifestagio da depradagio da condigio sala Sroka da widen do conte de waa ny “Les images bros dco (Menger, J-C. Passer, Lart de la recherche, Esais on 1 -Raymende Moin, Pars, La Documentation frangase, 1993. 5" Lebeube, Lemploien mitts, op. 5 das mulheres, da fainaetiria de 21 a 25 an0s, ‘eabalhamn em tempo integral 9 INSEE, 1990) 3M, Céard, JL Hi aégradene, Beonomsie “Les formes traditionnelles de emploisalané se atstiqus,n* 215, nov. de 1988 J. Jaxguier, “La divesifiaton des formes d'emploi en Franes", Domes sociales, Pas, INSEE, 1990, |AS METAMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL ‘entanto, néo deiam de traduzir uma profunda reviravolta da Condigdo salarial"!. A diversidade c a descontinuidade das for- thas de emprego estio em via de suplantar o paradigma do emprego homogéneo e estivel. : por que dizer que isso constitu um fendmeno t80 impor- tante ¢; sem davida, até mesmo mais importante do que 0 sumento do desemprego? Nao para banalizar a gravidade do desemprego. Contudo, enfatiaar essa precarizagio do traba~ Tho® permite compreender os processos que alimentam a wul- nerabilidade social « produzem, no final do percure, 9 desemprego ea desfiiagio. De agoraem diante, éum equtvoco frees ots ferme de empreg mo “prc tes" ot como “atipicas". Tal representagio remete d preps Uerdncia, sem divida ultrapassada, do CDI. Mais ainda: a representagio do desemprego como um fendmeno também ele aspico, em resumo iracional e que se podria erraicara “usta de um pouco de boa vontade ¢ de imaginagio, todas txpressio de um otimismo superado. O desemprego nao € uma bpolha que se formou nas relagées de trabalho e que poderia ser reabsorvido. Comega a tornar-se claro que precarizagio do em- prego do desemprego se inseriram na dinmicsatval da mo- Hernizagio. Sao as conseqiiéncias necessérias dosnovos modos © ja mesa is, Adeé Gor cia aos anos from ma proper i ae ee Pee lfadose prtepdon 2500 detrabalhadres “pe io Saosin abn el pa mal ro egos ou de tabahadore marinas enstgle 208 Feats pequenonrablos (Les metarovphoss daa Fass Galle 1988, p90. #2 Evidentemente, essas transformagées cam gue tos 8 dite. Ao trabalho de sito de pesquisa 12596 de tabs rk ene ctcasyara the ded sc consituam como feferencia ata o CDI e como ants derogagies Soetdlago acl. Sobre tas pontos cS. bss Seguin, “Lesimagesbro ‘Gn contrat de taal”, oe it 16 ANOVA QUESTAO SOCIAL de estruturagio do emprego, a sombra langada pelas reestru- ‘turagGes industriais e pela luta em favor da competitividade — ue, efetivamente, f222m sombra para muita gente. Ea propria estutura da relacio salarial que esté ameacada de ser novamente questionada. A consolidagao da condigio salarial, como jd foi suolinhado, deveu-se ao fato de que assa- lariar uma pessoa tinhs, cada vex mais, consistido em prender sua disponibilidade ¢ suas competéncias a longo prazo ~ isto contra uma concepcic mais rude da condigio de assalariado que consistia em alugarum individuo para executar uma tarefa Pontual. “A durabilidade do vinculo de emprego implica, com feito, que ndo se saibaantecipadamente que tarefas concretas lentemente defiridas o assalariado sera levado a real Asnovas forinas “particulares” de emprego se parecem ‘mais com antigas formas de contratagio, quando o status do trabalhador se dilufa diante das presses do trabalho. A flexi- bilidade € uma maneira de nomear essa necessidade do ajus- tamento do trabalhador moderno & sua tarefa, Nio caricaturemos. A flexibilidade nio se reduz 4 neces- sidade de se ajustar mecanicamente a uma tarefa pontual. Mas exige que 0 operador esteja imediatamente disponivel para adaptar-se as flutuagées da demanda. Gestdo em fluxo tenso, produgéo sob encomenda, resposta imediata aos acasos dos mereados tornaram-se 9s imperativos categoricos do funcio- ramento das empresas competitivas. Para assumi-los, a em resa pode recorrer & subcontratagio (flexibilidade externa) ou treinar seu pessoal paraa flexibilidade e para a polivaléncia a.fim de Ihe permiti enfrentar toda a gama das novas situagées (flexibilidade interna). No primeiro.caso, ocuidado de assumir as fluruagées do mercaco é confiado a empresas-satélites. Po- ddem fazé-Io A custa de uma grande precariedade das condigées ©) Dauy, Mol, Morin, “intr le raval et Pemploi: la polyvalence des contrats a dcée ddtermine™ Travail et empl, n® 52, 1999, Sobre df rentesconcepgdes da rlagio salail ef. J, Rose, Les hapports de rave ‘Templo: une alternative a anotion de relation slate, GREE, Cahier 9" 7, Université de Nancy I, 1992 si7 [As METAMOREOSES NA QUESTAO SOCTAt go. No segundo le trabalho € de muitos riscos de desemprego. No seg $s mudangas tecnol6gicas. Mas custa da eliminagso daqueles Gque ndo sio eapazes de chegar & altura dessas novas nocmas fe exceléncia™ te ore constatagbesreabrem, de modo profundo, a discs: sso ce fnsioineradora da cmpresa. empress don anos de reseimento constitiaumamatrizorganzacona de ise di soctedade slr Epsinsipalmente a pari dels, om Gvidenciam Michel Aglietta e Anton Bender, que se prod 2 diferenciagso do salariado: estrutura grupos humanos e- Inivmenteestvetsccoloi-as nama order hiedeguia de posiesinterdependentes®, fsa forma de cos socal € Sempre problematic, pos €prcorida po confitos de in resets em éltima analse, pelo antagonismo entre capital e trabalho, Enttato com sev otesemento permit nana cera med, ponder av pitas do gud de nos co bjetvos da direio, assegurando a progressio dos salétios © donbenetcios soi bem como fcitandoamobildade ro fisional ea promogio socal dos asalariados. A “crise” reduz eas “conquistas socials agio geral decretada as margens de jogo, fou suprime essas marge tornam-se obstéculos diante da mi ‘em nome da competitividade maxima, E paradoxal que wi dscurso apologético sobre a empress se tenha imposto exatamente no momento em que ela perdia Diferentemente do Japio, da Alemanha eda Su Bs esadon Uniden a Geli, a rang tem tendnca eeaiihtes : uma explicagao para as or isaliade do empreg: 0:25 2 Zapromvemtatfas menos Gusiiadss io esl Com contfatadoeaterm de um pessoal mut vlnesvel et Royer Lecomomte range face Bla gered Gale neal an, Par, 1990) : = ria, A Bender, Les métamorphoses de li société salar Ccsmbtn A Mauree Fae of Spat rodution de Sedans Tempe’ ere range de soctoloi, dcsmprego © ‘penoe mantd sig sone ‘uma boa parte de suas fungies integradoras**. A empresa fonte da riqueza nacional, escola do sucesso, modelo de eficicia ¢ cde competitividade, sem diivida, Mas deve-se acrescentar que 2 empresa funciona também, ¢ aparentemente cada vez. mais, ‘como uma méquina de vulnerabilizas, ¢ até mesmo como wma, “miquina de exeluir”™. E faz isso duplamente. ‘No seio da prépria empresa, a corrida & eficacia e a com- petitividade acarreta a desqualificagio dos menos aptos. A “ad rministragio participativa” exige a mobilizagdo de competéncias no apenas téenicas, mas também sociais e culturais, que pegam rno contrapé a cultura profissional tradicional de uma maioria de assalariados"™. Quando, no contexto da busca da lidade interna”, a empresa entende adaptar as qu: dos trabalhadores as transformagoes tecnol6gicas, a formac: permanente pode funcionar como uma selegio permanente”. 0 resultado € a invalidagio dos “trabalhadores que estao en- velhecendo”, demasiado idosos ou nao suficientemente for- mados para serem reciclados, mas jovens demais para se bene- ficiarem da aposentadoria. Na Franga, a taxa de atividade da faixa etdria dos 55 aos 60 anos caiu para 56%, uma das mais baixas da Europa (€ de 76% na Suécia), ¢ a maioria dos tra- balhadores no passa diretamente da plena atividade & a sentadoria segundo o modelo clissico do trabalho protegido™, “Masa empresa falha igualmente em sua fungao integradora em relagio aos jovens. Elevando o nivel das qualificagoes exi- gidas paraaadmissio, ela desmonetariza uma forcade trabalho antes mesmo que teniha comecado a servir. Assim, jovens que havinte anos teriam sido integrados sem problemas producio 519 |AS METAMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL acham-se condenadosa vagar de estgio em estigio ou de um pequeno servigo a outro, Porque a exigéncia de qualificagio hndo corresponde semore a imperativos técnicos, Muitas em- presas tém tendéncia a se precaver contra futuras tecnoldgicas contrataado jovens superqualificados, inclusive tem setores de status pouco valorizados. E assim que portadores de um Certificado de Aptido Profissional ~ CAP ou de um Certificado de Estudos Profissionais (BEP ~ Brevet d'Etudes Professionnelles) ocupam, cada vez. mais, empregos inferiotes & sua qualiicagio. Enquanto em 1973 dois tergos dentre cles ocupavamo posto de trabalho para o qual haviam sido formados, em 1985 nao eram mais do que 40% nesse caso", Disso resulta uma desmotivagio ¢ um aumento da mo- bilidade-precariedade, esses jovens sendo tentados a buscar allures, quando poss'vel, uma melhor adequacio de seu em- prego a sua qualificagio. Disso decorre, sobretudo, que os jovens realmente nio-qualificados correm o risco de ndo ter nenhuma alternativa para 0 desemprego, visto que 05 pos jue poderiam ocupat estio tomados por outros mais qualifi- sdos que eles. De modo mais profundo, essa I6gica ameaga invalidar as politics que enfatizam a qualificagio como 0 ca- tminho mais glorioso para evitar 0 desemprego ou para sait dele. Sem divida, ainda 6 uma visio otimista da “crise” e que levou a pensar que, melhorando e multi Ges, seria possivel precaver-se contra a “ndo-emprega de”. E verdade que, estatisticamente falando, as “baixas ualificagdes" fornecem os maiores contingentes de desem- pregados. Mas esta corzelacéo nao implica uma relagio direta fe necesséria entre qualificagao ¢ emprego. As “baixas qual cages” correm o risco de estar sempre com 0 atraso de ums guerra se, entretando, 0 nivel geral de formagio se elevou ‘de emprego ue estatam a fas mene aptos que eles quanto a esies empregos.

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