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Joan Noaué Font Joan Vicenre Ruri GEOPOLITICA, IDENTIDADE E GLOBALIZACAO 2 94 GEOPOLITICA, IDENTIDADEE GLOBALIZAGKO ‘Taylor, Peter J. (1994) Geografia politica. Economla-mundo, Estado-nacién y localidad, ‘Madrid: Trama (1999) Moderities. A Geokistorical Imerpretation. Minneapolis: Minnessota ‘University Press ‘Terdn, Manuel de (1942) Introduccién a la geopolitca y las grandes potencias. Madtid ‘Turgot, Jacques R. (1844) Géographie politique. In Dupont de Nemours. Oeuvres de Turgot Paris: Guillaumin, Vicens Vives, Jaume (1940) Espatia. Geopolitica del Estado y del imperio. Madsid: Yunque, (1951) Tratado general de geopolitica. Barcelona: Vicens-Vives. Capireie 3 __ A CRISE E A REESTRUTURAGAO DO ESTADO-NACAO No capitulo anterior vimos como 0 Estado foi um ponto de referéncia fundamental para 2 geografia politica, O Estado, esta formula de organizacéo da sociedade, foi 0 sujeito protagonista da histéria politica pelo menos dos iltimos duzentos anos. Primeiramente a sociedade européia, e mais tarde por todo 0 planeta as sociedades estruturaram-se em Estados. © mesmo aconteceu com a economia, apesar de sua dimensao mundial; e com a politica, que foi estatal em seus aspectos mais relevantes. Além disso, todos os territérios foram estatizados. E por tudo isto que neste capitulo analisamos um aspecto fundamental do sistema ‘mundial atual: a origem, a evolugio ¢ as transformagbes ~ ¢ hé quem fale de rise ~ do Estado contempordneo em todas as suas possiveis dimensoes, Dedicaremos um primeito item 2 analise do denominado Estado modemo, nascido no século XVII, em todas as suas vertentes, de modo que se possa compreender © porqué de sua solidez. A seguir propomas uma desconstrugao da instituigo estatal, 0 que nos deveria permitir entender as transformagdes que experimenta atualmente esta instituiggo no marco de um proceso duplo de alobalizagio e relocalizagio dos fen6menos politicos, econdmicos ¢ culturais 1.0 ESTADO MODERNO COMO ESTADO TRADICIONAL Como ponto de partida ¢ necessério percorrer um breve itineritio pelo Estado “modemo”, aquele nascido com a Revolugao Francesa, ¢ que caracterizou © séeulo XX, tendo se tomado a principal ccupasao de uma parte substancial de Feflexto e de aplicacio geogrética. Neste trajeto tentamos encontrar as raizes deste Estado, bem como sintetizaralgumas das muitasteorias que interpretaram sua natureza e suas fungbes, destacando especialmente a dimensto territorial de todas elas + 96 GEOPOLETICA, IDENTIDADEE GLOBALIZACIO 0 Processo Dr Coystrucio Do Estavo Moperno ‘A genealogia do Estado pode remontar, como praticamente todos os principios culturais e institucionais da sociedade ocidental, a épocas classicas, Os tratados de governo ¢ de legislagio helenos ¢ romanos ainda sio fortes referéncias, € ndo apenas uma questio terminol6gica: democracia, repdblica ou tirania so palavras que provém do grego e do latim. Mas é aos séculos XIII ¢ XIV que devemds retroceder para encontrar,as bases do Estado moderno com continuidade hist6rica até o presente. Os analistas encontram estas rafzes no proceso de transicao da sociedade feudal para a absolutista (Muir, 1997), a partir da necessidade, de um lado, de as classes mercantis emergentes eliminate as barreiras comerciais, ¢, de outro, da aristocracia que procura romper com 2 fragmentagao politica ¢ territorial medieval, assim como com a autoridade papal ‘Uma alianga paradoxal entre os grupos sociais, comerciais e aristocratas, a prior com interesses contraditérios, & © que conduz a criagio de uma nova instituigdo Além disso, estes dois fatores econdmicos e politicos tornaram necesséria a corganizagdo de exércitos novos e poderosos, que assegurassem as conquistas ¢ a integridade territorial, fazendo os “guerreiros” converterem-se num outro motor da criagio do novo Estado pds-feudal: “o Estado foi criado por e para os guerreiros” disseram, exatamente porque a situagéo impunha necessidades fiscais que s6 grandes € centralizadas estruturas burocréticas podiam garantir. Em resumo, Jean Gottmann identifica o surgimento do Estado com o momento em que “a pétria deixa de ser 0 céu ¢ a fidelidade a0 senhor” (1973, p. 35), apesar de existirem ‘outros autores que também falam de um Estado feudal (Bobbio, 1984), Assim, so muitos os pesquisadores que interpretam a criagio do Estedo moderno como um contrato entre cidadios que se institucionaliza ~ cia ume instituigdo -, quando as partes renunciam porgdes de sua liberdade e recursos ‘em troca, basicamente, de seguranga (Muir, 1997). Sobre a natureza deste acordo, 4 identidade e 0 pepel dos participantes, existem discrepancias entre te6ricos. Hobbes, em seu livro Leviatd (1651), apelava para a necessidade do Estado absolutista como tnico modo de impor a convivéncia entre individuos geralmente ouco socidiveis. Rousseau, no Contrato Social (1762), aspirava a um Estado Constituido pela soma das boas vontades dos cidadios, sendo o governd “encarregado da execugo © manutengio da liberdade civil ¢ politica” (Rosseau, 1968, p. 106). Evidentemente, existe quem no reconhece a imagem do contrato como adequada para definir 0 Estado, contrato este que pressupde um acordo, quando na realidade, segundo alguns autores, sobretudo os marxistas, trata-se de uma imposigio dos grupos mais poderosos sobre os mais fracos. CAPITULO 3.4 Crise e a reestuturacto do estado-nacio 97 ‘Segundo Peter Taylor, com o aparecimento no século XVI da economia: mundo capitalista-mercantilista,' a estruturagio dos Estados ganha um nove impulso diante da necessidade reforgada de ampliar e assegurar mercados: (© mercantilismo foi simplesmente a transferéncia das politicas ‘ercantis ds cidade comercial para o Estado territorial; em outras palavras, aumentourse a escala das restrigdes teritoriais sobre 0 ‘omércio até © ponto em que este se converteu em uma arma, fundamental para a criagdo dos Estados, (.) O Estado territorial era a premissa em que se baseavam a seguranga e a ordem, a oportunidade ¢ 0 mercantlismo” (Taylor, 1994, p. 147) Este impulso levou a organizar os Estados a partir de dois modelos bésicos: © absolutista ~ presente na Franga, Suécia, Espanha ou Prissia ~ e as monarquias constitucionais ~ caso da Inglaterra e Holanda ~ (Held et al, 1999). Ambos os modelos, apesar de suas notéveis diferencas, compartilham elementos de centralizagdo do poder, rompendo as estruturas feudais, e, sobretudo, assumem a responsabilidade no gratuita de defender os interesses econ6micos do Estado, Com a Revolugéo Francesa (1789) abriu-se uma nove etapa, que supds, entre outras coisas, nfo apenas a confirmacEo do Estado como entidade politica, mas também uma profunda transformagio do mesmo, A literal decapitagdo da monarquia absolutista, e do soberano, implicou uma nova nogo de soberania, assim como um novo contrato entre cidadios ¢ instituigdes. Isto & evidente se ensarmos na frase de Lufs XIV “o Estado sou eu”. De fato, fala-se do Estado que surgiu da Revolugio como Estado burgués, jf que serd este grupo social o que conseguir ocupar 0 poder politico e, portanto, o reestruturaré de mancirn que responda as suas necessidades e aos seus interesses. Uma situagio parecida foi vivide nas col6nias britinicas da América do Norte, quando os “americanos” reivindicaram um novo sistema politico em substituigto & monarquia metropolitana sob 0 lema no taxation without ‘presentation, nada de impostos sem participasio (politica), 0 que acabou por conduzir, finalmente, & independéncia em 1776. Porém, o Estado que surgiu da Revolugdo Francesa, sem esquecer as Contribuig&es do sistema politico britinico, holandés, e, como acebamos de dizer, ‘ Revolugio Americana ~ foi também denominado de outras maneiras, segundo como, quem e para qué era interpretado: Estado governamental, Estado |. Ver no capitulo 4 & explicacio das caractristicas da economia-mundo,

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