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REPÚBLICA DE ANGOLA

Ministério da Educação e Cultura

Ensino Técnico-Profissional

Curso Técnico de Ambiente e Controlo da Qualidade

Programa de Química Analítica

10ª, 11ª e 12ª Classes


ÍNDICE
I – INTRODUÇÃO
II – APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA
1 – FINALIDADES
2 – OBJECTIVOS
3 – VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS
4 – SUGESTÕES METODOLÓGICAS GERAIS
5 – CARGA HORÁRIA
6 – RECURSOS
7 – AVALIAÇÃO
8 – COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER
III – DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
IV - BIBLIOGRAFIA
I - INTRODUÇÃO

A disciplina de Química Analítica é uma das disciplinas da componente técnica,


tecnológica e prática da Área de formação de Química. Trata-se de uma disciplina
trienal (10ª , 11ª e 12ª Classes).

A carga horária semanal é de 3 horas, podendo parte delas ser de carácter prático;
neste tempo lectivo, a turma deverá ser dividida em turnos, no máximo com 12 alunos
cada , sendo o espaço da aula o laboratório, equipado para o efeito (material
necessário indicado na secção Recursos), apoiado por um Técnico de Laboratório em
funcionamento a tempo inteiro. Com vista a conseguir igualar a situação dos alunos
da mesma turma no que respeita às aulas práticas (número e proximidade das outras
aulas) propõe-se que os turnos funcionem no mesmo dia da semana (articulados com
o desdobramento equivalente para outras disciplinas).
O currículo desta área promove a inserção da disciplina de Química Analítica na
continuidade da disciplina de Física e Química, representando, por isso, uma via para
os alunos aprofundarem conhecimentos relativos à Química, uma das áreas
estruturantes do conhecimento nas ciências experimentais.
Tendo em consideração que as linhas de organização de um currículo se orientam de
acordo com:
- as formas de perspectivar as finalidades do ciclo de formação, das componentes a
incluir nessa formação, das orientações a dar a cada uma delas e do nível de
aprofundamento dos temas e conceitos,
- a adequabilidade desse currículo e correspondentes programas à realidade das
escolas e da sociedade (incluem-se alunos e professores),

são pressupostos para a concretização do programa:

A. O carácter teórico-prático e prático da grande maioria dos tempos lectivos,


onde os alunos trabalhem individualmente e/ou em grupo, acompanhados pelo
professor;

B. A existência de meios (instalações, equipamentos, recursos didácticos e apoio


técnico) para a realização, em segurança, das tarefas propostas;

C. Uma orientação na gestão dos programas muito voltada para metodologias


baseadas em situações concretas, ligadas à vida propriamente dita e à vida do
quotidiano, privilegiando a resolução de problemas que tenham impactos
social, ambiental e para a resolução dos quais a Ciência e a Tecnologia possam
dar o seu contributo e que motivem fortemente os alunos para a prossecução
de carreiras ligadas à Química.

Para alcançar tais finalidades é condição necessária, ainda que não suficiente, a
articulação transversal dos programas das várias disciplinas e a articulação vertical,
dentro da mesma área de conhecimento.
II - APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

1 – FINALIDADES
As finalidades da disciplina de Química Analítica são aquelas que decorrem da
própria estrutura e finalidades do Ensino Técnico-Profissional respeitante à área de
formação de Química.
Assim, pretende-se que através desta disciplina os alunos possam:
- Ampliar os conhecimentos em Química;
- Perspectivar campos de actividade profissional futura;
- Compreender o papel do conhecimento científico, e da Química em particular, nas
decisões do fórum social e ambiental;
- Compreender o papel da experimentação na construção do conhecimento
(científico);
- Desenvolver capacidades e atitudes fundamentais, estruturantes do ser humano,
que lhes permitam ser cidadãos críticos e intervenientes na sociedade;
- Compreender a cultura científica (incluindo as dimensões crítica e ética) como
componente integrante da cultura actual;
- Desenvolver uma visão integradora da Ciência, da Tecnologia, da Sociedade e do
Ambiente;
- Melhorar as capacidades de comunicação escrita e oral, utilizando suportes
diversos, nomeadamente as Tecnologias da Informação e Comunicação;
- Ponderar argumentos sobre assuntos científicos socialmente controversos.
2 - OBJECTIVOS GERAIS
Os objectivos da aprendizagem na disciplina de Química Analítica são o veículo de
aquisição das competências, e permitem ao aluno saber:

- Caracterizar o objecto de estudo da Química enquanto Ciência.


- Explicitar o impacte do conhecimento químico na sociedade.
- Referir áreas de intervenção da Química em contextos pessoais, sociais,
ambientais.
- Interpretar a diversidade de materiais existentes e a fabricar.
- Compreender alguns fenómenos naturais com base no conhecimento químico.
- Compreender a importância de conceitos centrais do conhecimento químico:
teoria atómica, tabela periódica de elementos, reacção química e princípios
reguladores.
- Desenvolver capacidades de trabalho em grupo: confrontação de ideias,
clarificação de pontos de vista, argumentação e contra-argumentação na resolução
de tarefas.
- Desenvolver capacidades de análise e de síntese em situações concretas.
- Desenvolver o gosto por aprender.
- Recolher, analisar e seleccionar informação para casos concretos.
3 - VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS/TEMAS
10ª Classe
1. Soluções
1.1. Soluto e solvente
1.2. Composição quantitativa de uma solução – unidades SI e outras
1.3. Preparação de soluções
1.3.1. factor de diluição
1.3.2. solução saturada

2. Reacções químicas
2.1. Aspectos qualitativos e quantitativos das reacções químicas
2.2. Cálculos estequiométricos
2.2.1. Lei da conservação da massa (Lavoisier)
2.2.2. Lei das proporções definidas (Proust)
2.3. Reagente limitante e reagente em excesso
2.4. Rendimento de uma reacção
2.5. Reagentes com impurezas
2.6. Aplicações das reacções químicas

3. Reacções incompletas e equilíbrio químico


3.1. Sistemas homogéneos e sistemas heterogéneos
3.2. Carácter dinâmico do equilíbrio químico
3.3. Constante de equilíbrio (Kc)
3.4. Equilíbrio de solubilidade como exemplo de um equilíbrio químico heterogéneo
3.5. Importância do equilíbrio na indústria e no ambiente

4. Reacções ácido-base
4.1. Ácidos e bases segundo a teoria de Brönsted-Lowry
4.2. Dissociação e ionização
4.3. Auto-ionização da água – produto iónico da água
4.4. Conceito de pH
4.5. Equilíbrio de ácido-base
4.6. Comportamento ácido, básico ou neutro de algumas soluções aquosas
4.7. Indicadores de ácido-base e medidores de pH
4.8. Reacções de neutralização
11ª Classe

1. Introdução à análise qualitativa


2. Pesquisa de catiões
3. Pesquisa de aniões
12ª Classe

1. Introdução à análise quantitativa


1.1. Métodos de análise quantitativa

2. Análise volumétrica
2.1. Princípio da análise volumétrica
2.1.1. titulante e titulado
2.1.2. ponto de equivalência
2.1.3. erro de uma titulação
2.2. Características essenciais das reacções em análise volumétrica
2.3. Classificação de volumetrias
2.3.1. pela reacção característica
2.3.2. pela técnica envolvida
2.4. Técnicas utilizadas em volumetria
2.5. Substâncias primárias e soluções padrão

3. Volumetria de ácido-base
3.1. Volumetrias ácido forte- base forte , ácido forte- base fraca e ácido fraco- base
forte
3.2. Carácter ácido, básico ou neutro no ponto de equivalência
3.2.1. pH do ponto de equivalência
3.3. Curvas de titulação
3.4. Indicadores ácido-base

4. Volumetria de precipitação
4.1. Caracterização das volumetrias de precipitação e suas limitações
4.2. Titulações com nitrato de prata: argentometrias
4.3. Influência do pH do meio
4.4. Indicadores específicos para argentometrias
4.5. Formação de um segundo precipitado de cor diferente: método de Mohr

5. Volumetria de complexação
5.1. Composto de coordenação e espécie complexa
5.1.1. O que é
5.1.2. Qual é a sua estrutura
5.2. Quelatometria com EDTA
5.2.1. EDTA como agente quelante
5.2.2. Indicadores e sua especificação

6. Volumetria de oxidação-redução
6.1. Potencial-padrão de um par conjugado de oxidação-redução: seu significado
6.2. Detecção do ponto de equivalência
6.2.1. Indicadores de oxidação-redução
6.2.2. Reacções auto-indicadas
4 - SUGESTÕES METODOLÓGICAS GERAIS
Atendendo aos objectivos e características da disciplina, sugere-se que a sua
leccionação seja orientada numa perspectiva prática, não descurando, no
entanto o suporte científico-teórico, que desenvolverá no aluno a estruturação
do raciocínio, o espírito crítico e a adaptabilidade a novas situações.
A interdisciplinaridade deverá ser prática corrente da formação específica.
A pesquisa, a organização do trabalho laboratorial, os relatórios e as visitas de
estudo a empresas, laboratórios e outras instituições directamente relacionadas
com as unidades de ensino/aprendizagem são indispensáveis para a
consecução dos objectivos propostos para a disciplina.
O trabalho de equipa deverá ser fomentado de forma a desenvolver atitudes
sociais.
5 – CARGA HORÁRIA
10ª Classe
Sugere-se a seguinte carga horária:
Conteúdos Carga Horária
1. Soluções 20 horas
1.1. Soluto e solvente
1.2. Composição quantitativa de uma solução – unidades SI e outras
1.3. Preparação de soluções
1.3.1. factor de diluição
1.3.2. solução saturada

2. Reacções químicas
2.1. Aspectos qualitativos e quantitativos das reacções químicas 25 horas
2.2. Cálculos estequiométricos
2.2.1. Lei da conservação da massa (Lavoisier)
2.2.2. Lei das proporções definidas (Proust)
2.3. Reagente limitante e reagente em excesso
2.4. Rendimento de uma reacção
2.5. Reagentes com impurezas
2.6. Aplicações das reacções químicas

3. Reacções incompletas e equilíbrio químico 15 horas


3.1. Sistemas homogéneos e sistemas heterogéneos
3.2. Carácter dinâmico do equilíbrio químico
3.3. Constante de equilíbrio (Kc)
3.4. Equilíbrio de solubilidade como exemplo de um equilíbrio
químico heterogéneo
3.5. Importância do equilíbrio na indústria e no ambiente

4. Reacções ácido-base 30 horas


4.1. Ácidos e bases segundo a teoria de Brönsted-Lowry
4.2. Dissociação e ionização
4.3. Auto-ionização da água – produto iónico da água
4.4. Conceito de pH
4.5. Equilíbrio de ácido-base
4.6. Comportamento ácido, básico ou neutro de algumas soluções
aquosas
4.7. Indicadores de ácido-base e medidores de pH
4.8. Reacções de neutralização
90 horas

Nota: Estão previstas 6 horas para a avaliação.


11ª Classe

Sugere-se a seguinte carga horária:


Conteúdos Carga Horária
4. Introdução à análise qualitativa
5. Pesquisa de catiões
6. Pesquisa de aniões

Nota: Estão previstas 6 horas para a avaliação.


12ª Classe
Sugere-se a seguinte carga horária:
Conteúdos Carga Horária
1. Introdução à análise quantitativa 6 horas
1.1. Métodos de análise quantitativa

2. Análise volumétrica
2.1. Princípio da análise volumétrica
2.1.1. titulante e titulado
2.1.2. ponto de equivalência
2.1.3. erro de uma titulação
2.2. Características essenciais das reacções em análise volumétrica 20 horas
2.3. Classificação de volumetrias
2.3.1. pela reacção característica
2.3.2. pela técnica envolvida
2.4. Técnicas utilizadas em volumetria
2.5. Substâncias primárias e soluções padrão

3. Volumetria de ácido-base
3.1. Volumetrias ácido forte- base forte , ácido forte- base fraca e
ácido fraco- base forte 24 horas
3.2. Carácter ácido, básico ou neutro no ponto de equivalência
3.2.1. pH do ponto de equivalência
3.3. Curvas de titulação
3.4. Indicadores ácido-base

4. Volumetria de precipitação
4.1. Caracterização das volumetrias de precipitação e suas
limitações 10 horas
4.2. Titulações com nitrato de prata: argentometrias
4.3. Influência do pH do meio
4.4. Indicadores específicos para as argentometrias
4.5. Formação de um segundo precipitado de cor diferente: método
de Mohr

5. Volumetria de complexação 10 horas


5.1. Composto de coordenação e espécie complexa
5.1.1. O que é
5.1.2. Qual é a sua estrutura
5.2. Quelatometria com EDTA
5.2.1. EDTA como agente quelante
5.2.2. Indicadores e sua especificação
Conteúdos Carga Horária
6. Volumetria de oxidação-redução 20 horas
6.1. Potencial-padrão de um par conjugado de oxidação-redução:
seu significado
6.2. Detecção do ponto de equivalência
6.2.1. Indicadores de oxidação-redução
6.2.2. Reacções auto-indicadas
90 horas

Nota: Estão previstas 6 horas para a avaliação.


6 – RECURSOS

6.1. Equipamento/Material básico de laboratório

Almofariz com mão Lamparinas de álcool


Ampolas de decantação Macrocontrolador de pipetas
Argolas Martelo
Balões volumétricos de várias Medidor de pH de bolso
capacidades Nozes
Balões (fundo plano) Papel de cromatografia
Balões (fundo redondo) Papel de filtro
Balões de destilação Papel de indicador
Bolbos de sucção Parafilme
Buretas Picnómetros (sól, líq)
Bicos de Bunsen Pinças de cadinho
Cadinhos de porcelana Pinças de lamelas
Caixas de modelos moleculares Pinças de madeira
Caixas de Petri Pinças de Mohr
Cápsulas de evaporação Pipetas (graduadas e volumétricas)
Colunas de cromatografia Pipetas Pasteur
Copos cónicos Placas de microanálise
Cristalizadores Placas de Petri
Cronómetros Placas vitrocerâmicas
Densímetros 1,000<d<1,500 Provetas
Densímetros 0,900<d<1,000 Redes metálicas
Densímetros 0,800<d<0,900 Rolhas de borracha e de cortiça
Densímetros 0.700<d< 0,800 Quadro de parede de frases S e R
Escovilhões Seringas
Esguichos Suportes de buretas
Espalhador de chama Suportes de funis
Espátulas Suportes universais verticais
Exsicadores Suportes tubos de ensaio
Frascos de reagentes Tabela Periódica
Furador de rolhas Termómetros digitais
Funis de Buchner Tinas de vidro
Funis de placa filtrante Triângulos de porcelana
Funis de vidro Tripés
Funis (plástico) Trompa de vazio
Garras Tubos capilares
Gobelés Tubos de centrífuga
Kitasatos Tubos de ensaio
Lã de vidro Tubos de Thiele
Lamelas para microscópio Vidros de relógio.
6.2. Equipamento/Material específico

Aparelho automático ponto de ebulição 1


Aparelho automático ponto de fusão 1
Aparelho para electroforese com fonte de alimentação 4
Balança monoprato digital automática - precisão 0,001g 1
Balança monoprato digital automática - precisão 0,01g 2
Balança monoprato digital automática.... precisão 0,0001g 1
Bomba de vazio 1
Centrífuga 2
Conjunto de peneiros c/ motor de movimento 3D 1
Conjuntos para destilação fraccionada com esmerilados 2
Conjuntos para destilação simples com esmerilados 4
Desionizador 1
Destilador 1
Espectrofotómetro UV-V 1
Estufa 1
Evaporador rotativo 1
Manta de aquecimento 4
Medidor de pH de bancada com eléctrodo de referência 4
Placas de aquecimento c/agitador magnético 4
Placas de aquecimento 4
Polarímetro 2
Refractómetro de ABBE 2

6.3. Material de emergência e de limpeza


Equipamento de emergência/segurança (o stock deve estar sempre completo)
Aventais de plástico - 20
Balde de areia
Balde de serradura de madeira
Caixa de primeiros socorros
Caixas de luvas descartáveis - 10 caixas
Chuveiro
Detergente específico para lavagem de material de laboratório
Equipamento de limpeza
Esfregona
Extintor (revisionado cada seis meses)
Lava-olhos de bancada (um por banca) sempre cheios de soro fisiológico
Luvas de protecção do calor - 6 pares
Manta apaga-fogos
Máscaras – 6
Óculos de protecção - 15 pares
Pá do lixo
Panos de bancada – 4 dúzias
Panos de limpeza –12
Rolos de papel de cozinha - 6
Vassoura.
6.4. Material de informática e audiovisual
Computador e software apropriado c/ ligação à Internet - 2
Impressora - 1
Scanner -1
Retroprojector e ecrãn –1
7 – AVALIAÇÃO
Nesta disciplina a componente prática deverá ter um peso na avaliação da ordem
dos 30%, em todos os anos.
No entanto, a avaliação formativa deverá ser dominante, devido ao seu papel de
regulação do ensino e da aprendizagem, uma vez que o processo contínuo e
interactivo de recolha e análise de informação contribui, efectivamente, para
planear e organizar o desenvolvimento do currículo, tomar decisões sobre os
recursos, assegurar a continuidade, a progressão na aprendizagem, identificar
objectivos realistas de curto prazo, diagnosticar dificuldades de aprendizagem,
fornecer um feed-back efectivo ao aluno e ao professor e aumentar a motivação e
a auto-estima dos estudantes.
Os formatos possíveis para as aulas práticas na disciplina de Química Analítica
são variados, mas em qualquer deles deverão ter-se sempre em conta:
- o binómio qualidade/quantidade da informação pesquisada por cada aluno
- o desempenho experimental
- a qualidade da apresentação dos diferentes trabalhos (posters, conferências,
debates, vídeos, ...)
- a qualidade dos relatórios elaborados
- o rigor da apresentação de resultados
8 - COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER

Pretende-se que os alunos desenvolvam competências de vários tipos, de modo a


serem cidadãos autónomos e responsáveis:
 Do tipo procedimental
- Seleccionar material de laboratório adequado a uma actividade experimental
- Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição
- Identificar material e equipamento de laboratório e explicar a sua
utilização/função
- Manipular com correcção e respeito por normas de segurança, material e
equipamento
- Recolher, registar e organizar dados de observações (quantitativos e qualitativos)
de fontes diversas
- Executar, com correcção, técnicas previamente ilustradas ou demonstradas
- Exprimir um resultado com um número de algarismos significativos compatíveis
com as condições da experiência

 Do tipo conceptual
- Interpretar simbologia de uso corrente em Laboratórios de Química (regras de
segurança de pessoas e instalações, armazenamento, manipulação e eliminação de
resíduos)
- Planear uma experiência para dar resposta a uma questão - problema
- Formular uma hipótese sobre o efeito da variação de um dado parâmetro
- Identificar parâmetros que poderão afectar um dado fenómeno e planificar
modo(s) de os controlar
- Analisar dados recolhidos à luz de um determinado modelo ou quadro teórico
- Interpretar os resultados obtidos e confrontá-los com as hipóteses de partida e/ou
com outros de referência
- Discutir os limites de validade dos resultados obtidos respeitantes ao observador,
aos instrumentos e à técnica usados
- Reformular o planeamento de uma experiência a partir dos resultados obtidos
- Elaborar um relatório sobre uma actividade experimental por si realizada.

 Do tipo social, atitudinal e axiológico


- Desenvolver o respeito pelo cumprimento de normas de segurança: gerais, de
protecção pessoal e do ambiente
- Apresentar e discutir na turma propostas de trabalho e resultados obtidos
- Utilizar formatos diversos para aceder e apresentar informação, nomeadamente as
técnicas de informática
- Reflectir sobre pontos de vista contrários aos seus
- Rentabilizar o trabalho em equipa através de processos de negociação, conciliação
e acção conjunta, com vista à apresentação de um produto final
- Assumir responsabilidade nas suas posições e atitudes
- Adequar ritmos de trabalho aos objectivos das actividades
III - DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA

Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Distinguir soluto e solvente 1. Soluções Propõe-se que os alunos realizem a actividade


numa solução 1.1. Soluto e solvente laboratorial que se apresenta em anexo.
- Associar solução à mistura
homogénea, de duas ou mais
substâncias (solvente e
soluto(s))
- Interpretar solvente como a
fase dispersante que tem como
características apresentar o
mesmo estado físico da solução
ou ser o componente com
maior quantidade de substância
presente
- Interpretar soluto como a fase
dispersa que não apresenta
inicialmente o mesmo estado
físico que a solução ou que
existe em menor quantidade
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Usar diferentes unidades (SI e 1.2. Composição quantitativa de


outras) para caracterizar a uma solução – unidades SI e
composição quantitativa de outras
uma solução
- Descrever a composição
quantitativa de uma solução em
termos de concentração,
concentração em massa,
molalidade, percentagens em
volume e em massa, partes por
milhão, partes por bilião,
fracção molar e molalidade
- Associar às diferentes maneiras
de exprimir composição
quantitativa de soluções, as
correspondentes unidades SI e
outras vulgarmente usadas na
indústria
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Compreender o conceito de 1.3. Preparação de soluções


factor de diluição 1.3.1. factor de diluição
- Associar factor de diluição à
razão entre o volume final da
solução e o volume inicial da
amostra
- Associar solução diluída a uma
solução preparada por diluição
de uma solução mais
concentrada usando um
determinado factor de diluição
- Indicar algumas situações
laboratoriais de utilização do
factor de diluição para a
preparação de soluções como
em análises químicas diversas
- Relacionar a maior ou menor
diluição de uma solução corada
com a cor da solução
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Adquirir o conceito de solução 1.3.2. solução saturada


saturada
- Interpretar solução saturada, a
uma determinada temperatura,
como aquela solução que, ao
adicionar-se um pouco mais de
soluto, este não se dissolve
- Interpretar solução
sobressaturada, a uma
determinada temperatura, como
aquela solução cuja
concentração é superior à
concentração de saturação, não
havendo sólido precipitado
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Distinguir reagentes e produtos 2. Reacções químicas Nesta unidade a aprendizagem pode ser feita
da reacção 2.1. Aspectos qualitativos e recorrendo a fichas de trabalho onde sejam
- Identificar a ocorrência de uma quantitativos das reacções contemplados:
reacção química pela formação químicas - acerto de equações químicas
de substância(s) que não - leitura de equações químicas em termos de
existia(m) antes (produtos da massa e moles
reacção). - cálculos estequiométricos simples
- Explicitar que o(s) produto(s) - reagentes limitante e em excesso
da reacção pode(m) ser - rendimento de uma reacção
detectado(s) por ter(em) - reagente com impurezas
característica(s) macroscópicas
diferentes das iniciais Pode-se também utilizar métodos de pesquisa
(reagentes), ou por poder(em) para ajudar à compreensão dos conceitos. Esta
provocar comportamento pesquisa pode ser:
diferente em outras que para o - de situações do dia–a-dia que envolvam
efeito servem como reacções químicas
indicadores. - de situações reais de impacto ambiental que
- Interpretar a ocorrência de uma envolvam reacções químicas
reacção química, a nível - em revistas, livros, enciclopédias, Internet,
microscópico, por rearranjo de entre outros meios, de aspectos interessantes
átomos ou de grupos de átomos das personalidades Lavoisier e Proust.
das unidades estruturais (u. e.)
das substâncias iniciais.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Representar, simbolicamente,
reacções químicas através da
respectiva equação química.
- Realizar uma leitura da
equação química em termos de
moles, massas e volumes
(gases).

 Resolver problemas que 2.2. Cálculos estequiométricos


envolvam cálculos
estequiométricos
- Interpretar a conservação da
massa numa reacção (Lei de
Lavoisier) e o seu significado
em termos macroscópicos
(massa do sistema antes e após
a reacção mantém-se
constante).
- Reconhecer que uma equação
química traduz a conservação
do número de átomos.
- Aplicar a lei da conservação da
massa para o acerto de uma
equação
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Estabelecer, numa reacção


química, relações entre as
várias quantidades de reagentes
e produtos da reacção em
termos de massa, quantidade de
substância e volume (Lei de
Proust).

 Explicitar que, numa reacção 2.3. Reagente limitante e reagente


química, raramente as em excesso
quantidades relativas de
reagentes obedecem às
proporções estequiométricas,
havendo, por isso, um reagente
limitante e outro(s) em excesso.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Reconhecer que as reacções 2.4. Rendimento de uma reacção


químicas podem ser completas
ou incompletas.
- Reconhecer que, embora haja
reacções químicas completas
(no sentido em que se esgota
pelo menos um dos seus
reagentes), há outras que o não
são.
- Explicitar que, numa reacção
química, a quantidade obtida
para o(s) produto(s) nem
sempre é igual à teoricamente
esperada, o que conduz a um
rendimento da reacção inferior
a 100%.
- Explicitar que o rendimento de
uma reacção é a percentagem
da quantidade de produto
realmente obtida em relação à
quantidade de produto obtida
na reacção completa.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Verificar que os reagentes 2.5. Reagentes com impurezas


podem conter impurezas
- Referir que, em laboratório, se
trabalha a maioria das vezes
com materiais que não são
substâncias, pelo que é
necessário a determinação do
grau de pureza da substância no
material em análise.
- Explicitar que o grau de pureza
de uma substância num
determinado material pela
percentagem dessa substância
no material em análise.
- Realizar exercícios numéricos
envolvendo reacções em que se
apliquem, acerto de equações,
quantidade de sustância, massa
molar, massa, volume molar e
concentração de soluções.
- Realizar exercícios numéricos
envolvendo reacções químicas
com reagentes limitante e em
excesso, rendimento e grau de
pureza do reagente.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Conhecer algumas aplicações 2.6. Aplicações das reacções


das reacções químicas químicas
- Interpretar reacção química
como conceito central para
explicar a diversidade das
modificações que ocorrem
permanentemente no mundo e
prever o que, em determinadas
condições, poderá a vir a
ocorrer.
- Identificar reacções químicas
que ajudam à manutenção dos
organismos vivos, que
prejudicam os organismos
vivos e que afectam o
ambiente.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Reconhecer a existência de 3. Reacções incompletas e


sistemas homogéneos e de equilíbrio químico
sistemas heterogéneos 3.1. Sistemas homogéneos e
- Interpretar rendimento de uma sistemas heterogéneos
reacção inferior a 100% como
resultado da reacção não ser
completa ou de haver reacções
secundárias em que os mesmos
reagentes se consomem.
- Interpretar a ocorrência de
reacções químicas incompletas
em termos moleculares como a
ocorrência simultânea das
reacções directa e inversa
- Associar sistema homogéneo a
um sistema com uma só fase e
sistema heterogéneo a um
sistema com uma ou mais
fases.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Interpretar que para haver


equilíbrio químico o sistema
tem de ser fechado (não pode
haver transferência de matéria
entre o sistema e o meio
exterior) ou isolado (não pode
haver transferência de matéria e
energia entre o sistema e o
meio exterior) e que no caso
contrário o sistema diz-se
aberto
- Explicitar que num sistema em
equilíbrio coexistem reagentes
e produtos de reacção, em
sistema fechado ou isolado.
- Relacionar a composição de um
sistema num estado de
equilíbrio com a extensão da
reacção
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Reconhecer o carácter 3.2. Carácter dinâmico do


dinâmico do equilíbrio químico equilíbrio químico
- Associar estado de equilíbrio a
um estado de equilíbrio
dinâmico em que a rapidez de
transformação da reacção
directa é igual à rapidez de
transformação da reacção
inversa.
- Associar o carácter dinâmico
do equilíbrio com a
sensibilidade dos estados de
equilíbrio a alterações das
condições experimentais.
- Associar à mesma reacção
química estados de equilíbrio
diferentes em função de
diferentes concentrações
iniciais.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Associar a constante de 3.3. Constante de equilíbrio (Kc)


equilíbrio a um estado de
equilíbrio
- Reconhecer que, para uma
determinada temperatura, a
relação constante entre os
produtos das concentrações
das espécies químicas
presentes, tendo em conta a
estequiometria da reacção, é
denominada constante de
equilíbrio, Kc.
- Explicitar que, por convenção,
na expressão da constante de
equilíbrio Kc, as concentrações
relativas aos produtos são
apresentadas no numerador e as
dos reagentes em denominador,
afectadas de um expoente
correspondente ao coeficiente
estequiométrico respectivo a
cada espécie, na equação
química.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Associar uma reacção extensa a


um valor elevado de Kc e uma
reacção pouco extensa um
valor de Kc pequeno.

 Associar a equilíbrio 3.4. Equilíbrio de solubilidade


heterogéneo um sistema em como exemplo de um
que os componentes desse equilíbrio químico heterogéneo
sistema não se encontram na
mesma fase.
- Associar dissoluções completas
e incompletas de sais e
hidróxidos em água à
classificação solúvel, pouco
solúvel e insolúvel
- Explicitar equilíbrio de
solubilidade em termos do
equilíbrio que se estabelece
entre um sólido e os seus iões
em solução aquosa (solução
saturada de uma substância
pouco solúvel)
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

 Reconhecer a importância do 3.5. Importância do equilíbrio na


estudo de equilíbrios químicos indústria e no ambiente
a nível industrial (por exemplo,
na produção de amoníaco), a
nível biológico e
biotecnológico (por exemplo,
na produção de determinados
alimentos) e a nível ambiental
(por exemplo, equilíbrio entre
O2 e O3)
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Identificar alguns ácidos e 4. Reacções ácido-base


algumas bases que são 4.1. Ácidos e bases segundo a
utilizados em produtos de teoria de Brönsted-Lowry
consumo doméstico
- Associar ácido às espécies
químicas que em solução
aquosa actuam como fontes de
protões H + (aq)
- Associar base às espécies
químicas que em solução
aquosa actuam como receptores
de protões H + (aq)

- Reconhecer a existência de iões 4.2. Dissociação e ionização


nas soluções aquosas de ácidos
- Confirmar, experimentalmente,
que nem todos os ácidos são
fontes iguais de H + (aq).
- Distinguir ionização de
dissociação em termos da
espécie química em questão
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Interpretar que soluções


aquosas de ácidos de igual
concentração inicial podem não
conduzir a concentrações iguais
de H3O+ em termos de
ionizações completas e
incompletas.
- Associar ionização completa
(ou grau de ionização  =
100%) e ionização incompleta
( <100%) às expressões ácido
forte ou base forte e ácido fraco
ou base fraca, respectivamente

- Identificar a água como uma 4.3. Auto-ionização da água –


partícula anfotérica. produto iónico da água
- Associar produto iónico da
água, Kw, a uma determinada
temperatura, ao produto das
concentrações de H3O + e OH-.
- Referir o valor de Kw, a 25 ºC ,
como tendo o valor de 1x10–14.
- Relacionar o Kw a diferentes
temperaturas com o pH e o
pOH.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- ·Relacionar quantitativamente 4.4. Conceito de pH


pH com a concentração do ião
H3O + .
- ·Associar a determinação de
pH a algumas situações do
quotidiano, como o pH do
sangue (pH normal entre 7,3 e
7,5), o pH do suco gástrico que
não pode ser inferior a 1 (causa
“acidez” no estômago e conduz
à necessidade de usar um anti-
ácido), o pH dos solos que
condiciona o tipo de produtos a
serem plantados ou semeados,
entre outros.

- Identificar, num equilíbrio de 4.5. Equilíbrio de ácido-base


ácido-base, os pares ácido-base
conjugados.
- Reconhecer que a base
conjugada de um ácido forte é
uma base muito fraca.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Associar constante de acidez,


Ka (basicidade, Kb) à constante
de equilíbrio (ionização
incompleta) atendendo às
características das substâncias
envolvidas (ácidos e bases).
- Associar a força relativa de um
ácido ou de uma base com os
valores de Ka, Kb e .
- Identificar partículas que
funcionam tanto como ácidos
como bases (anfotéricas).
- Interpretar soluções ácidas e
básicas em termos de pH (a
25ºC).
- Associar ácidos polipróticos
aos ácidos que possuem mais
do que um hidrogénio na sua
composição, passível de se
libertar como H + (aq).
- Explicitar que não basta haver
átomos de hidrogénio na
espécie química para que ela
tenha comportamento ácido.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas

- Interpretar, em casos simples, o 4.6. Comportamento ácido, básico


comportamento ácido, básico ou neutro de algumas soluções
ou neutro de algumas soluções aquosas
de sais.
- Associar substâncias que
normalmente são consideradas
bases fortes, como por exemplo
hidróxidos cuja dissolução é
total.

- Referir alguns indicadores de 4.7. Indicadores de ácido-base e


pH mais vulgarmente utilizados medidores de pH
- Indicar a utilização de
medidores de pH para saber
com precisão o valor de pH.

- Associar a reacção de 4.8. Reacções de neutralização


neutralização a qualquer
reacção em que o ácido forte e
a base forte estão presentes nas
proporções estequiométricas,
isto é, apresentam, na solução
aquosa, a mesma quantidade de
H3O + e OH - , resultando um
sal neutro
ANEXO
SOLUÇÕES

Com esta actividade laboratorial pretende-se que o aluno saiba preparar soluções,
determinando massas de soluto em balança de precisão ± 0,01 g e volumes de solução
em copo ou balão volumétrico.

Esta actividade baseia-se nas seguintes questões:


Como proceder para preparar uma solução a partir de um soluto sólido?
Como obter uma solução por diluição de uma solução concentrada?

Objectivos:
 Seleccionar material adequado à preparação de uma solução (por exemplo, pipetas e
balões de diluição)
 Explicitar as etapas e procedimento necessários à preparação de uma solução tanto a
partir de um soluto sólido como por diluição de outra solução
 Preparar, experimentalmente, soluções.

Actividades
 Preparação de 50,0 cm3 de uma solução 0,030 mol/dm3 a partir do soluto sólido
CuSO4. 5H2O
 Preparação de soluções diluídas a partir da solução anterior, por exemplo com factor
de diluição 2; 2,5; 3 e 4

Material, Equipamento e Reagentes por turno

Material e equipamento Quantidades


Balão volumétrico de 50,0 mL 4
Funil de vidro 4
Vareta de vidro 4
Gobelé de 150 mL 4
Gobelé de 50 mL 8
Proveta de 10 mL 2
Vidro de relógio 4
Espátula 4
Balança semi-analítica automática 1
Esguicho para água destilada 4
Frascos para armazenamento da solução 4

Reagentes
CuSO4.5 H2O; água destilada

Sugestão para avaliação


Cada grupo deverá apresentar, por escrito, os cálculos numéricos que
fundamentam as etapas seguidas na preparação das soluções.
12 ª CLASSE
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 O aluno deve ser capaz de 1. Introdução à análise O professor deve sensibilizar os alunos para a
reconhecer como principal quantitativa importância da análise quantitativa na
objectivo da análise determinação exacta da composição quantitativa
quantitativa a determinação da de uma substância. Deve, também, estabelecer a
composição de uma substância. ligação com a análise qualitativa, já que é
 Reconhecer a importância e a necessário conhecer previamente a sua
utilidade da análise quantitativa composição qualitativa de modo a que se possa
na indústria. escolher um método analítico válido para a
substância em estudo e se possam controlar as
condições experimentais.
Na indústria química, a determinação quantitativa
da composição das matérias-primas, dos produtos
intermediários e dos produtos finais é um factor
indispensável no controlo da qualidade de
produção. Nenhuma fábrica pode produzir
produtos de alta qualidade sem efectuar o
controlo analítico em todas as etapas do processo
tecnológico de produção. Estes factos devem ser
apresentados aos alunos com o objectivo de os
fazer entender a importância e a utilidade da
análise química na indústria.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Distinguir os diferentes 1.1. Métodos de análise Os métodos de análise quantitativa podem ser
métodos de análise quantitativa quantitativa classificados em dois grandes grupos:
 Distinguir os métodos químicos - métodos químicos
dos métodos instrumentais, - métodos instrumentais
explicitando as diferenças
existentes. Explicar aos alunos as principais diferenças entre
 Dividir os métodos químicos os dois grupos.
em volumetrias e gravimetrias. Os métodos químicos envolvem reacções
 Estudar alguns dos métodos químicas em combinação com a manipulação de
instrumentais material de vidro e instrumentos simples (os mais
importantes são a bureta e a balança analítica). A
parte essencial destes métodos consiste na
medição de massas ou de volumes. Podem ser
divididos em volumetrias e gravimetrias, cujas
diferenças devem ser demonstradas aos alunos.
Realçar, também a existência de uma reacção
química fundamental para a medição a efectuar.
Os métodos instrumentais baseiam-se na medição
de grandezas dependentes da massa e não da
própria massa. Existem métodos muito variados
e em grande número; dentre eles podem-se citar
os métodos eléctricos (electrogravimétrico,
potenciométrico, etc.), os métodos ópticos
colorimétrico, espoectrofotométrico, etc.) e os
cromatográficos.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Caracterizar uma análise 2. Análise volumétrica Entender o princípio da análise volumétrica,
volumétrica utilizando, 2.1. Princípio da análise reconhecendo que esta é baseada na medição
correctamente, a terminologia. volumétrica rigorosa de volumes de duas soluções que reagem
 Salientar a análise volumétrica 2.1.1. titulante e titulado uma com a outra, uma das quais contém a
dentro dos métodos químicos 2.1.2. ponto de equivalência e substância a ser doseada e a outra é uma solução
 Associar à análise quantitativa ponto final de concentração conhecida. Esta última é
volumétrica (titulação) alguns 2.1.3. erro de uma titulação adicionada, em geral, gradualmente à solução da
aspectos essenciais: o substância a dosear é então determinada a partir
conhecimento da reacção das quantidades estequiométricas das duas
química, a detecção do ponto substâncias, atendendo aos volumes das
de equivalência e a medição respectivas soluções e à reacção química.
rigorosa de volumes e massas Para facilitar a assimilação deste princípio
de substâncias primárias, de sugere-se que o professor realize uma titulação
soluções-padrão e da amostra a mostrando a aplicação dos conceitos: titulação,
analisar titulante e titulado.
 Distinguir titulante (solução O professor deve salientar a importância de
contida na bureta) de titulado efectuar medições rigorosas de volumes nas
(solução contida no gobelé) titulações.
 Associar o ponto de
equivalência à situação em que
a reacção química entre as duas
soluções é completa e o ponto
final de uma volumetria à
situação em que se detecta
experimentalmente uma
variação brusca de uma
propriedade física ou química
do titulado
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Interpretar a dificuldade da
determinação do ponto de
equivalência de uma titulação e
a necessidade da detecção do
ponto final da titulação em sua
substituição
 Referir alguns processos de
detecção do “ponto final”: o
aparecimento ou o
desaparecimento de uma
turvação, o aparecimento ou
desaparecimento de uma
espécie corada (solúvel ou não)
ou a mudança de cor de uma
substância intencionalmente
adicionada designada por
indicador.
 Definir erro de titulação como a
diferença entre os volumes
correspondentes de titulante no
ponto de equivalência e no
ponto final
 Reconhecer a importância da
utilização de indicadores
apropriados na detecção do
ponto de equivalência de uma
titulação
 Realçar a importância de
efectuar medições rigorosas de
volumes.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Reconhecer que a volumetria, 2.2. Características essenciais Devem ser fornecidos, aos alunos, os requisitos
sendo um método químico, das reacções em análise necessários para reconhecer uma reacção química
baseia-se numa reacção volumétrica que sirva de base a uma volumetria.
química
 Reconhecer que nem todas as
reacções químicas podem servir
de base a uma análise
volumétrica
 Conhecer os requisitos
necessários para que uma
reacção química possa servir de
base a uma análise volumétrica

 Distinguir os diferentes tipos de 2.3. Classificação de volumetrias A classificação das volumetrias pode ser feita
volumetrias. 2.3.1. pela reacção característica atendendo ao tipo de reacção utilizado na
 Indicar tipos de reacções 2.3.2. pela técnica envolvida titulação ou à técnica de doseamento.
utilizadas em volumetria como Apesar de cada tipo de volumetria ser estudado
as reacções de ácido-base, de em pormenor, posteriormente, deve-se neste
oxidação-redução, de ponto, esclarecer as diferenças entre eles.
complexação e de precipitação.
 Associar volumetria directa à
titulação em que o titulante é
adicionado ao titulado até
atingir o ponto de equivalência
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Associar volumetria indirecta à
titulação em que ao titulado é
adicionado um excesso de um
outro reagente de modo a
originar quantitativamente uma
espécie intermediária, que
posteriormente é titulada por
volumetria directa
 Associar volumetria de retorno
à titulação em que o titulante é
adicionado em excesso ao
titulado, sendo este excesso
doseado por volumetria directa
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Utilizar correctamente os 2.4. Técnicas utilizadas em Os alunos devem aprender a utilizar
aparelhos de medida volumetria correctamente os aparelhos de medida,
necessários a uma análise nomeadamente a balança automática e o material
volumétrica de vidro necessário na medição de volumes
 Manusear correctamente os (buretas, pipetas, provetas, etc.). Esta
instrumentos de medida aprendizagem deve ter lugar no laboratório
 Distinguir entre os possibilitando que os alunos experimentem os
instrumentos de medida diferentes aparelhos.
rigorosos e os auxiliares Devem saber distinguir entre os instrumentos de
medida rigorosos e os auxiliares, para tal torna-se
importante o seu manuseamento no laboratório.

 Associar a classificação de uma 2.5. Substâncias primárias e Os alunos devem conhecer as principais
substância como sustância soluções padrão características de uma substância primária,
primária a determinadas tornando-se capazes de distingui-las das
características dessa substância restantes.
como grau de pureza superior a Explicar aos alunos a importância destas
99,5%, facilidade de secagem, substâncias nas volumetrias, já que permitem a
estabilidade em solução e no medição rigorosa da quantidade de uma
estado sólido (não ser substância .
higroscópica nem reagir com Reconhecer uma solução padrão como uma
substâncias do ar) solução da qual se conhece rigorosamente a
 Classificar uma solução como concentração.
solução-padrão primária Os alunos devem preparar soluções padrão no
quando esta apresenta laboratório, de modo a praticarem a medição
concentração rigorosamente correcta de massas e volumes.
determinada
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Indicar métodos de
preparação de uma solução-
padrão primária como
aquela que se obtém a partir
de uma substância primária
e de padrões comerciais
 Classificar uma solução
como solução-padrão
secundária sempre que a
solução em causa for
titulada com uma
substância primária ou com
uma solução-padrão
primária
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Identificar o tipo de 3. Volumetrias de ácido-base Nesta unidade sugere-se a execução das
volumetrias em estudo 3.1. Volumetrias ácido forte - actividades laboratoriais nos 1 a 5 apresentadas em
como volumetrias de ácido base forte, ácido forte – base anexo.
forte - base forte, de ácido fraca e ácido fraco – base
forte - base fraca ou de forte
ácido fraco - base forte 3.2. Carácter ácido, básico ou
 Identificar que a solução é neutro da solução no ponto
neutra (pH = 7) no ponto de de equivalência
equivalência, numa 3.2.1. pH do ponto de
titulação de ácido forte– equivalência
base forte a 25 ºC
 Identificar que o pH do
titulado no ponto de
equivalência, é superior a 7,
numa titulação de ácido
fraco–base forte a 25 ºC
 Identificar que o pH do
titulado, no ponto de
equivalência, é inferior a 7,
numa titulação de ácido 3.3. Curvas de titulação
forte–base fraca a 25 ºC
 Associar curva de titulação
ao gráfico de variação do
pH em função do volume
de titulante adicionado
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Associar indicador de 3.4. Indicadores ácido – base
ácido-base a um par
conjugado ácido-base, em
que a partícula ácida
apresenta cor diferente da
cor da partícula básica
 Reconhecer que cada
indicador tem como
característica uma zona de
viragem que corresponde ao
intervalo de pH em que se
verifica a mudança de “cor
ácida” para “cor alcalina”
ou a situação inversa
 Conhecer critérios de
selecção de um indicador: a
zona de viragem do
indicador deve estar
totalmente incluída na zona
de variação brusca de pH
ou o pH do ponto de
equivalência estar contido
na zona de viragem do
indicador
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Indicar alguns dos
indicadores mais
vulgarmente utilizados: a
fenolftaleína, o azul de
bromotimol e o alaranjado
de metilo
 Conhecer outros processos
de detecção do ponto final
de uma volumetria de
ácido-base: o uso do
medidor de pH (método
potenciométrico) ou a
medição da condutividade
eléctrica do titulado
(método condutimétrico)
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Relacionar as volumetrias 4. Volumetrias de precipitação Nesta unidade sugere-se a execução da actividade
de precipitação com as 4.1. Caracterização das laboratorial nº 6 apresentada em anexo.
reacções químicas em que volumetrias de precipitação
há formação de um e suas limitações
composto de solubilidade
reduzida
 Referir o número limitado
de reacções de precipitação
que se podem usar em
volumetrias, por não
obedecerem aos critérios
exigidos, nomeadamente a
lentidão da reacção 4.2. Titulações com nitrato de
 Associar as argentometrias prata: argentometrias
às volumetrias de 4.3. Influência do pH do meio
precipitação mais 4.4. Indicadores específicos para
vulgarmente utilizadas em argentometrias
que há precipitação de sais
do catião prata
 Reconhecer que nas
argentometrias o pH do
titulado deve ser inferior a
10 para evitar a ocorrência
de reacções secundárias
 Referir a dificuldade da não
existirem indicadores gerais
para as volumetrias de
precipitação
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Associar o método de Mohr 4.5. Formação de um segundo
a uma argentometria directa precipitado de cor diferente:
em que se detecta o ponto método de Mohr
de equivalência pelo
aparecimento de um
segundo precipitado de cor
diferente (cromato de prata)
e que o pH deve ser
superior a 6,5
 Referir a necessidade de
realizar, no método de
Mohr, um ensaio a branco
para eliminar alguns erros
do processo
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Reconhecer que uma 5. Volumetrias de complexação Deve-se começar por dar as noções básicas de
espécie complexa é o produto 5.1. Composto de coordenação e complexação (agente complexante, número de
de uma reacção de ácido-base espécie complexa coordenação, quelato,...) para possibilitar aos
(segundo Lewis) na qual 5.1.1. O que é alunos a aquisição de conhecimentos posteriores.
moléculas neutras ou aniões 5.1.2. Qual é a sua estrutura
(ligandos) se ligam a um átomo
metálico central (ou catião) por
ligações covalentes dativas
 Associar o ligando (agente
complexante) a uma base,
segundo Lewis capaz de doar
pelo menos um par de electrões
ao átomo metálico/ião
 Interpretar uma ligação
covalente dativa como uma
ligação na qual os pares de
electrões cedidos provêm do
mesmo átomo
 Referir que se a espécie
complexa tem carga diferente
de zero é denominada ião
complexo.
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Referir que os compostos
que possuem espécies
complexas são denominados
compostos de coordenação
 Definir número de
coordenação como o número de
átomos, moléculas ou iões
ligados ao átomo metálico
central/ião do complexo
 Referir que no caso do
ligando estabelecer duas ou
mais ligações ao átomo (ião)
central se designa por agente
quelante bidentado, ...,
polidentado
 Associar quelato a uma
classe particular de compostos
de coordenação em que o
ligando é polidentado,
estabelecendo, portanto, duas
ou mais ligações ao átomo
central do quelato
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Identificar compostos com 5.2. Quelatometria com EDTA Nesta unidade sugere-se a execução da actividade
aminas terciárias como o ácido 5.2.1. EDTA como agente laboratorial nº 7 apresentada em anexo.
etilenodiaminotetracético- quelante
EDTA (ácido tetraprótico) 5.2.2. Indicadores e sua
como compostos vulgarmente especificação
utilizados nas quelatometrias
(formam facilmente quelatos)
 Reconhecer a quelatometria
com EDTA como uma técnica
de análise para a maioria dos
metais em que a estequiometria
é de 1:1
 Reconhecer os indicadores
usados nas complexometrias
(Erio T, Murexide, Calceína,...)
como os que apresentam cor
diferente em função do pH do
meio e uma cor característica
quando ligados a um ião
metálico
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Interpretar o maior 6. Volumetrias de oxidação- Nesta unidade sugere-se a execução das
potencial-padrão de um par redução actividades laboratoriais nos 8 a 11 apresentadas
conjugado de oxidação-redução 6.1. Potencial-padrão de um par em anexo.
como a maior tendência para a conjugado de oxidação-
partícula reduzida aceitar redução: seu significado
electrões
 Interpretar o menor
potencial padrão de um par
conjugado de oxidação-redução
como a maior tendência para a
partícula oxidada ceder
electrões

 Interpretar ponto de 6.2. Detecção do ponto de


equivalência de uma titulação equivalência
de oxidação-redução como a 6.2.1. Indicadores de oxidação-
situação da reacção em que a redução
partícula oxidada e a partícula 6.2.2. Reacções auto-indicadas
reduzida se encontram nas
proporções estequiométricas
 Reconhecer a necessidade
da escolha de indicador
específico para cada uma das
titulações de oxidação-redução
Objectivos Conteúdos Sugestões Metodológicas
 Referir que existem poucos
indicadores para as
titulações de oxidação-
redução e que em algumas
das situações estas
titulações são auto-
indicadas designando-se o
reagente como “indicador
interno”
ACTIVIDADES LABORATORIAIS PARA A
DISCIPLINA DE QUÍMICA ANALÍTICA
12ª CLASSE
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º1

DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ TOTAL DE UM VINHO


Acidez total de um vinho é a acidez devida a todos os ácidos tituláveis (a pH =7), por
adição de uma solução alcalina padrão. Exprime-se em g ácido tartárico/L de vinho.

Material/Reagentes

Bureta

Erlenmeyer de 100 mL

kitasato de 500 mL

Pipetas graduadas de 10 mL

Pipeta volumétrica de 5,00 mL

Proveta

Trompa de água ou de vazio

Azul de bromotimol ou fenolftaleína

NaHO 1,0 x 10 -2 mol dm -3

Água destilada

Solução tampão de pH = 7

Vinho

PROCEDIMENTO
A. ELIMINAÇÃO DO DIOXIDO DE CARBONO E DO DIÓXIDO DE
ENXOFRE
1. Para eliminar o CO2 do vinho, agita-se durante cerca de dois
minutos, 50,0 mL de vinho contido num kitasato ligado a uma trompa de
água ou de vazio até que o vinho deixe de fazer espuma (seguir as normas de
segurança aconselháveis);
2. O SO2, bastante mais solúvel em água que o CO2, é mais difícil
de eliminar.

B. B. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ TOTAL


C. B1. PREPARAÇÃO DO PADRÃO DA ACIDEZ TOTAL

1. Adicionar, para um Erlenmeyer de 100 mL, 25 mL de água destilada fervida, 1


mL de solução de azul de bromotimol e 5,00 mL de vinho descarbonatado;
2. Juntar, lentamente a solução de hidróxido de sódio da bureta, até que a solução
adquira uma cor azul-esverdeada;
3. Adicionar, então, 5 mL de uma solução tampão de pH = 7.
D. B2.PREPARAÇÃO DO PADRÃO DE ACIDEZ TOTAL

1. Para um Erlenmeyer de 100 mL, adicionar 30 mL de água destilada fervida, 1


mL de solução de azul de bromotimol e 5,00 mL de vinho descarbonatado;
2. Adicionar lentamente a solução de hidróxido de sódio até à obtenção de uma
coloração idêntica à do padrão preparado em B1 ; registar o volume de titulante
adicionado;
3. Determinar a acidez total do vinho;
4. Elaborar o relatório.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º2

DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DE UM AZEITE

INTRODUÇÃO
A acidez de um azeite ou de um óleo, corresponde ao seu teor em ácidos gordos livres e
exprime-se em graus (exemplo: 0,5º), ou seja, a massa (em gramas) de ácido oleico por
100 g de azeite ou óleo seco e filtrado.
A determinação da acidez faz-se por titulação ácido-base, usando a fenolftaleína como
indicador.

MATERIAL/REAGENTES

Balança semi-analítica

Bureta

Copos de precipitação de 150 mL

Erlenmeyer com rolha de 250 mL

Equipamento para filtração por gravidade

Estufa

Papel de filtro

Placa de aquecimento com agitação

Proveta de 25 mL e 50 mL

Azeite

Etanol a 95º

Éter dietílico

Fenolftaleína

NaOH padrão 1,0 x 10 -1 mol dm -3

CuSO4 (anidro)

PROCEDIMENTO
A. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA (ELIMINAÇÃO DA ÁGUA)
1. Misturar num copo de precipitação cerca de 50mL de azeite, com sulfato de
cobre anidro;
2. Aquecer a mistura numa placa de aquecimento com agitação, cerca de cinco
minutos;
3. Filtrar a mistura por filtro de pregas, previamente aquecido.

B. PREPARAÇÃO DOS REAGENTES


1. Solução alcoólica de fenolftaleína a 2%:
dissolver 2 gramas de fenolftaleína (em etanol a 95º) neutralizado com a
solução de NaOH 0,10 mol dm -3, até 100 mL.
2. Mistura dissolvente:
misturar volumes iguais de etanol (96%) e éter etílico e neutralizar na
presença de fenolftaleína, com solução de NaOH 0,10 mol dm -3
3. Solução-padrão de NaOH 0,100 mol dm-3.

C. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO AZEITE


1. Pesar, rigorosamente, uma amostra de azeite com cerca de 10,0g, num
Erlenmeyer com rolha;
2. Adicionar 50 mL da mistura dissolvente, duas a três gotas de indicador. Tapar e
agitar;
3. Preparar uma bureta com a solução-padrão de NaOH;
4. Adicionar o titulante até ao aparecimento de uma cor rósea persistente à agitação
(cerca de 30 s);
5. Repetir o ensaio até obter três valores concordantes;
6. Calcular a acidez do azeite e comparar o valor experimental com o indicado no
rótulo.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º3

DOSEAMENTO DO ÁCIDO FOSFÓRICO NUMA BEBIDA


COM COLA

INTRODUÇÃO
As bebidas contendo cola fazem, hoje em dia, parte da alimentação de grande número
de pessoas, principalmente dos jovens; torna-se assim imperativo saber o que se come
ou o que se bebe.
Este tipo de bebida possui ácido fosfórico na sua composição que já se provou
cientificamente ser prejudicial aos jovens em período de crescimento.
Além do ácido fosfórico, estas bebidas contêm um outro ácido - ácido carbónico
-utilizado para a gaseificação. No trabalho prático a seguir descrito, este deve ser
eliminado previamente para não interferir no doseamento do ácido fosfórico .

O ácido fosfórico é um ácido triprótico, fraco. Pode ser “neutralizado” com uma solução
de NaOH que é uma base forte. A reacção ácido-base dá-se em três etapas como um
gráfico pH= f(VNaOH) evidencia, embora só o primeiro ponto de equivalência seja
mais perceptível.

MATERIAL/REAGENTES
 Balão com colo esmerilado de 500 mL
 Bureta e suporte
 Condensador
 Erlenmeyer de 150 mL
 Medidor de pH
 Pipeta volumétrica de 50 mL
 Placa de aquecimento

PROCEDIMENTO
A. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE NaOH
1. Preparar uma solução-padrão de NaOH 0,05 mol/dm 3 ;

B. ELIMINAÇÃO DO CO2
1. Transferir o conteúdo da lata para um balão e agitar vigorosamente;
2. Adaptar ao balão um condensador de refluxo e aquecer cerca de 30 min;
3. Deixar arrefecer e tapar o balão com uma rolha;

C. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO FOSFÓRICO DA


SOLUÇÃO NA BEBIDA
1. Medir, rigorosamente, com uma pipeta volumétrica, 50 mL da bebida para
um Erlenmeyer;
2. Titular esta solução com a solução padrão de NaOH, fazendo medições de
pH todos os 0,5mL;
3. Traçar a curva pH = f (V NaOH), e ler o volume de titulante correspondente
à variação brusca do valor de pH (pontos de equivalência)
4. Calcular a concentração e a concentração mássica do ácido fosfórico na
bebida, e comparar com os valores máximos admitidos por lei.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º4

DOSEAMENTO DO IÃO HIDROXILO NUM PRODUTO


DESENTUPIDOR DE CANOS POR VOLUMETRIA
ÁCIDO-BASE
MATERIAL/REAGENTES

Agitador magnético

Balão erlenmeyer de 250 mL

Balão volumétrico de 100 mL

Balão volumétrico e 1000 mL

Bureta de 50 mL com suporte

Esguicho

Gobelés de 1000 mL

Pipeta volumétrica de 10mL e 25 mL

Pipetador

Provetas graduadas

Ácido clorídrico 0,05 mol dm -3

Água destilada

Azul de bromotimol

Líquido de desentupidor de canos

PROCEDIMENTO
A. DILUIÇÃO DA SOLUÇÃO DE LÍQUIDO DESENTUPIDOR
1. Encher o balão de 1 L até cerca de metade com água destilada e adicionar 10 mL
de desentupidor; perfazer o volume até 1 L com água destilada;

B. DETERMINAÇÃO DA MASSA DE 100 mL DE DESENTUPIDOR


CONCENTRADO
1. Pesar um balão volumétrico de 100 mL vazio;
2. Encher o balão, até ao traço de referência, com o desentupidor concentrado e
pesar;
3. Calcular a massa volúmica do desentupidor.

C. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE OH - DA SOLUÇÃO


PREPARADA EM A.
1. Preparar a bureta com HCl 0,05 mol dm -3 ;
2. Verter 25 mL da solução preparada em A. para um gobelé e adicionar 5 gotas de
azul de bromotimol;
3. Efectuar um primeiro ensaio rápido de titulação com o ácido da bureta para a
obtenção do valor do volume de titulante necessário para atingir o ponto de
equivalência;
4. Efectuar a titulação com o ácido da bureta utilizando um agitador magnético, até
ao ponto de equivalência; repetir o ensaio até obter três valores concordantes;
5. Realizar os cálculos necessários para a determinação da concentração de OH - ;
6. Realizar o relatório e comparar o resultado obtido com os dados do rótulo do
produto.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º5

DOSEAMENTO DO IÃO HIDROXILO NUM PRODUTO


DESENTUPIDOR DE CANOS USANDO UM
MEDIDOR DE pH
MATERIAL/REAGENTES

Agitador magnético

Aparelho de pH

Balança de precisão

Balão volumétrico de 100 mL

Bureta de 50 mL e suporte

Copos de precipitação de 100 mL e 250 mL

Pipetas volumétricas de 10 ml e 25 mL

Água destilada

Azul de bromotimol

Desentupidor líquido

HCl 0,05 mol dm -3

Solução tampão (tampão ácido etanóico/ião etanoato 0,1 mol dm -3/0,1 mol.dm-3
; pH=4,65 a 25 ºC)

PROCEDIMENTO
A. DILUIÇÃO DA SOLUÇÃO DE LÍQUIDO DESENTUPIDOR
1. Encher o balão de 1 L até cerca de metade com água destilada e adicionar 10 mL
de desentupidor; perfazer o volume até 1 L com água destilada;

B. DETERMINAÇÃO DA MASSA DE 100 mL DE DESENTUPIDOR


CONCENTRADO
1. Pesar um balão volumétrico de 100 mL vazio;
2. Encher o balão, até ao traço de referência, com o desentupidor concentrado e
pesar;
3. Calcular a massa volúmica do desentupidor

C. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE OH - DA SOLUÇÃO


PREPARADA EM A.
1. Preparar a bureta com HCl 0,05 mol.dm -3 ;
2. Retirar 25 mL da solução diluída de desentupidor e efectuar um primeiro
doseamento rápido na presença de azul de bromotimol para determinar,
aproximadamente, o volume de ácido gasto até ao ponto de equivalência;
3. Calibrado o aparelho de pH de acordo com as instruções;
4. Pipetar novamente 25 mL da solução de desentupidor e efectuar um segundo
doseamento com o aparelho de pH;
5. Traçar a curva de pH =f(Va) com uma escala adequada ao aparelho (abcissas de
4 mL de ácido– 0,5 cm e nas ordenadas 1 unidade de pH – 1 cm, por exemplo);
6. Determinar o ponto de equivalência pelo método das tangentes;
7. Realizar os cálculos necessários para a determinação da concentração de OH - ;
8. Realizar o relatório e comparar o resultado obtido com os dados do rótulo do
produto e com o do trabalho prático anterior.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º6

DETERMINAÇÃO DE CLORETOS NUMA AMOSTRA DE


NaCl (método de Charpentier-Volhard)

MATERIAL/REAGENTE

Balança de precisão ±0,1 mg

Buretas de 25 cm3

Erlenmeyer de 200 cm3 (3)

Balões volumétricos de 100 cm3

Funil de vidro

Papel de filtro

Pipetas graduadas de 10 cm3 (2)

Pipeta volumétrica de 10 cm3

Cloreto de sódio a dosear

Ácido nítrico 6 mol.dm-3

Água desionizada (isenta de cloro)

Solução saturada de sulfato de ferro(III) e amónio

Solução padrão de nitrato de prata 0,10 mol dm -3

Solução padrão de tiocianato de potássio 0,10 mol dm -3

PROCEDIMENTO
A . PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
1. Pesar, rigorosamente, a massa de amostra necessária para preparar 100 cm3 de
solução da NaCl a analisar , de molaridade aproximadamente 0,1 mol.dm-3 .
2. Anotar a massa da amostra.

B. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO AQUOSA


1. Para um Erlenmeyer, previamente lavado, medir, com uma pipeta volumétrica,
10,00 mL da solução preparada em A.
2. Adicionar á solução contida no Erlenmeyer 5 mL de ácido nítrico e 1 mL de
solução saturada de sulfato de ferro(III) e amónio, medindo estes volumes com
uma pipeta graduada.

C. TITULAÇÃO
Nota: deve fazer-se um ensaio prévio e ajustar os volumes indicados, se necessário.
1. Preparar duas buretas, uma com a solução padrão de nitrato de prata e outra com
a solução padrão de tiocianato de potássio
2. Da respectiva bureta, adicionar à solução contida no balão de Erlenmeyer,
preparada anteriormente, cerca de 20,00 mL de solução padrão de AgNO3.
Anotar o valor exacto do volume medido.
3. Filtrar a solução obtida e desprezar o precipitado.
4. A esta última solução adicionar, gota a gota, solução de tiocianato de potássio
até aparecimento da primeira coloração cor de laranja persistente à agitação. A
titulação deve ser acompanhada de agitação forte. Anotar o volume de tiocianato
de potássio gasto.
5. Repetir o ensaio até obter três resultados concordantes ( ∆V<0,10 mL )
6. Lavar as buretas e todo o material convenientemente, e deixá-las tapadas e com
a torneira abertas.

D. CÁLCULOS

1. Calcular, a partir das molaridades das soluções de nitrato de prata e de tiocianato


de potássio e dos respectivos volumes, o número de milimoles de Ag + gastos na
precipitação do ião Cl - ; designar esse número por n:

n = nº de mmol.dm-3 de Ag + - nº de mmol.dm-3 de SCN -

2. Calcular o teor de cloretos na amostra de cloreto de sódio


3. Realizar o relatório respectivo.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º7

DOSEAMENTO DO MAGNÉSIO E DO CÁLCIO NUM


LEITE, por volumetria de complexação e de retorno
MATERIAL/REAGENTE

Agitador magnético

Balança de precisão

Balão volumétrico de 1000 mL

Balão volumétrico de 500 mL

Balão volumétrico de 100 mL

Bureta e suporte

Erlenmeyer de 125 mL

Proveta de 25 mL

Ácido clorídrico 1 mol dm -3

Amostra de leite

Água desionizada

Calceína (s)

Carbonato de cálcio (s)

EDTA (s)

Hidróxido de sódio 0,1 mol.dm -3

Hidróxido de potássio 8 mol.dm -3

PROCEDIMENTO
A. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA DE LEITE
Transferir 25,0 mL de leite para um balão volumétrico de 500 mL e diluir com água
desionizada até ao traço de referência.
B. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE EDTA
Dissolver 10,0 g de EDTA dissódico em 1 L de água.
C. PREPARAÇÃO DO TITULANTE
Dissolver 2,500 g de CaCO3 num mínimo de ácido clorídrico. Transferir para um
balão volumétrico de 1000 mL e diluir até ao traço de referência.
D. PREPARAÇÃO DO INDICADOR
Dissolver 0,2 g de calceína em 25 mL da solução de NaOH e diluir até 100 mL com
água desionizada.
E. TITULAÇÃO DA SOLUÇÃO DE EDTA
1. Adicionar 5,00 mL de EDTA a 50,00 mL de água desionizada
2. Juntar 3 gotas de indicador (rosa);
3. Titular com solução padrão de Ca2+ (verde);anotar o volume de titulante usado
(A)
F. DETERMINAÇÃO DE Ca2+ E DE Mg2+ TOTAIS
1. Adicionar 5,00 mL de EDTA a 50,00 mL do leite diluído num Erlenmeyer de
125 mL;
2. Adicionar 0,15 mL de KOH para aumentar o pH para 12;
3. Adicionar 3 gotas de indicador (rosa);
4. Titular, por retorno, com solução padrão de Ca2+x; anotar o volume de titulante
usado (B).
G. DETERMINAÇÃO DE Mg 2+
1. Adicionar, aproximadamente, 1,5 mL de solução de KOH à mesma amostra
usada no passo anterior;
2. Medir o pH (a solução deve estar rosa outra vez);
3. Titular, por retorno, com solução de Ca 2+ (até verde permanente); anotar o
volume de titulante usado (C)
4. Determinar a quantidade de Ca 2+ e de Mg 2+ presentes na amostra de leite;
5. Realizar o relatório respectivo.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º8

DETERMINAÇÃO DO PODER DESCORANTE DE UMA


LIXÍVIA COMERCIAL
INTRODUÇÃO
A maior parte das lixívias comerciais tradicionais contêm, como composto activo, o
hipoclorito de sódio que vai ser doseado por volumetria indirecta.
As reacções que traduzem o processo são:
ClO - (aq) + 3 I - (aq) →I3 - (aq) + Cl - (aq) + H2O(l)
2 S2O3 - (aq) + I3 - (aq) →S4O6 2- (aq) + 3 I - (aq)
O “cloro activo” é o cloro libertado pela acção dos ácidos diluídos:
ClO - (aq) + Cl - (aq) + H + (aq) → Cl2(aq) + H2O(l).

MATERIAL/REAGENTES

Balão erlenmeyer

Balão volumétrico de 100 mL

Bureta de 25 mL

Esguicho

Pipeta volumétrica de 10 mL

Proveta de 10 mL

Suporte de bureta

Lixívia comercial

Água desionizada

Solução de KI a 10% (m/V)

Ácido acético glacial

Solução de Na2S2O3 0,1 mol.dm -3

Solução de amido

PROCEDIMENTO
1. Medir 10,00 mL de lixívia comercial para um balão volumétrico de 100
mL e adicionar água desionizada até ao traço de referência. Homogeneizar;
2. Pipetar para o Erlenmeyer 10,00 mL de solução de KI, e 5,0 mL de ácido
acético glacial;
3. Medir, com a pipeta volumétrica, 10 mL de lixívia diluída e adicionar ao
Erlenmeyer referido em 2.
4. Encher a bureta com solução padrão de Na2S2O3 e adicionar ao titulado,
lentamente, até a solução ficar amarelo pálida;
5. Adicionar, nesta altura, 5 mL de solução de amido à solução. Aparece
uma cor azul intensa;
6. Continuar a adição de titulante até a solução ficar incolor;
7. Repetir o ensaio até obter três resultados concordantes;
8. Determinar a concentração da lixívia comercial em % de cloro activo;
9. Elaborar o respectivo relatório.

Nota: Os branqueadores são muitas vezes combinados com branqueadores ópticos.


Estes compostos são muito diferentes dos branqueadores tradicionais: são capazes de
absorver comprimentos de onda da gama UV convertendo estes comprimentos de onda
a radiação azul ou azul-esverdeada. Esta radiação azul ou azul-esverdeada é então
reflectida pela substância fazendo parecer que o tecido está muito “mais branco e
brilhante”.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º9

DETERMINAÇÃO DO PODER DESCORANTE DE UMA


ÁGUA OXIGENADA COMERCIAL, COMPONENTE DOS
BRANQUEADORES ACTUAIS

INTRODUÇÃO
A água oxigenada é um composto com elevado poder oxidante e que pode ser titulada
com solução-padrão de KMnO4 em meio ácido.
O processo traduz-se por:
2 MnO4 - (aq) + 5 H2O2(aq) + 6 H3O + →2 Mn 2+ (aq) + 14 H2O(l) + 5 O2(g)

MATERIAL/REAGENTES

Balão erlenmeyer de 250 mL

Balão volumétrico de 100 mL

Bureta

Esguicho

Pipeta volumétrica de 10mL

Provetas graduadas

Suporte de buretas

Termómetro graduado 0 ºC a 100 ºC

Ácido sulfúrico 1 mol.dm -3

Água desionizada

Água oxigenada a 30 volumes

Sol. padrão KMnO4 0,0200 mol.dm -3

PROCEDIMENTO
A. DILUIÇÃO DA SOLUÇÃO DE ÁGUA OXIGENADA COMERCIAL
1. Lavar muito bem e passar por água desionizada, um balão volumétrico de 100
mL;
2. Com uma pipeta volumétrica de 10 mL, fazer uma toma de água oxigenada em
análise para um balão volumétrico de 100 mL. Perfazer o volume com água
desionizada;
3. Rolhar o balão e agitar até homogeneização completa.

B-TITULAÇÃO DA SOLUÇÃO DILUÍDA


1. Medir com proveta, para um balão erlenmeyer de 250 mL convenientemente
lavado, 25 mL de água desionizada e adicionar, com os cuidados necessários,
2,00 mL de ácido sulfúrico concentrado;

2. Medir, com pipeta volumétrica, 10,00 mL da solução diluída de água


oxigenada e juntar à solução contida no balão;
3. Titular com a solução-padrão de KMnO4, adicionando o titulante gota a gota,
até ao aparecimento de cor rosada persistente (um minuto) à agitação (cada
gota só deve ser adicionada após a coloração da anterior ter desaparecido).
4. Repetir o ensaio até obter 3 valores concordantes (valores que não difiram
entre si mais do que 0,10 mL);
5. Esvaziar e lavar convenientemente a bureta. Deixar a bureta tapada e com a
torneira aberta;
6. 5. Determinar a concentração da água oxigenada, expressa em volumes de
oxigénio activo*.
7. 6. Elaborar o respectivo relatório
*Nota
A concentração da água oxigenada em “volumes” corresponde ao volume de O2 (PTN)
libertado na decomposição de 1 dm3 de solução aquosa, segundo a equação:
2 H2O2(aq) →2 H2O(l) + O2(g)
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º10

DOSEAMENTO DO FERRO(II) NUM PRODUTO PARA


COMBATER A CLOROSE FÉRRICA NAS PLANTAS
MATERIAL/REAGENTES

Agitador magnético

Balança semi-analítica

Balão volumétrico de 100mL

Bureta de 50 mL e suporte

Copo 100 mL

Espátula

Esguicho com água desionizada

Pipeta volumétrica de 10 mL

Pipetador

Proveta de 10mL

Tubos de ensaio e suporte

Vareta

BaCl2(aq)

K3Fe(CN)6 (aq)

Solução padrão de KMnO4 0,010mol.dm-3

H2SO4 conc.

PROCEDIMENTO
A- PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO A DOSEAR
1. Pesar, num gobelé, 2,0 g do produto a analisar;
2. Dissolver o pó em cerca de 20 mL de água desionizada (não mais);
3. Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL e lavar o gobelé,
pelo menos duas vezes com pequenas porções de água desionizada, transferindo
essas águas de lavagem para o balão;
4. Completar o volume no balão com água desionizada até ao traço de referência;
tapar o balão e agitar para homogeneizar;

B. IDENTIFICAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES QUÍMICAS PRESENTES NA


SOLUÇÃO: IÕES Fe 2+ E SO4 2-
1. Deitar em dois tubos de ensaio 2mL da solução;
2. Demonstrar a presença dos iões na solução, a partir de reacções de identificação
simples;

C- DOSEAMENTO PERMANGANOMÉTRICO DO IÃO Fe 2+ NA SOLUÇÃO


1. Encher a bureta, depois de devidamente lavada, com a solução padrão de
permanganato de potássio;
2. Para um copo medir, com pipeta volumétrica, 10 mL da solução a dosear;
3. Adicionar, respeitando as regras de segurança exigidas, 3mL de solução de ácido
sulfúrico concentrado;
4. Colocar o copo sobre uma placa com agitador magnético, e iniciar a titulação
realizando um ensaio preliminar para avaliar o volume aproximado de titulante
necessário para atingir o ponto final da titulação;
5. Para um copo medir, com pipeta volumétrica, 10 mL da solução a dosear.
6. Titular com a solução padrão de KMnO4, adicionando o titulante gota a gota, até
ao aparecimento de cor rosada persistente (um minuto) à agitação (cada gota só
deve ser adicionada após a coloração da anterior ter desaparecido).
7. Repetir o ensaio até obter 3 valores concordantes (valores que não difiram entre
si mais do que 0,10 mL);
8. Calcular %(m/m) de ferro no produto analisado e comparar o valor obtido com o
indicado no rótulo;
9. Realizar o relatório do trabalho.
ACTIVIDADE LABORATORIAL N º11

DOSEAMENTO DO FERRO NUM MEDICAMENTO PARA


COMBATER A ANEMIA

MATERIAL/REAGENTES

Agitador magnético

Almofariz e mão

Balança semi-analítica

Balão volumétrico de 250 mL

Bureta de 50 mL e suporte

Copo 100 mL

Espátula

Esguicho com água desionizada

Pipeta volumétrica de 10 mL

Pipetador

Proveta de 10 mL e de 25 mL

Vareta

Comprimido a analisar

Solução padrão de KMnO4 0,010mol dm -3

H2SO4 conc.

PROCEDIMENTO
A- PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO A DOSEAR
1. Pesar um comprimido da amostra a analisar;
2. Esmagar o comprimido num almofariz, retirar o pó para um copo de 100
mL, previamente tarado, e pesar.
3. Dissolver o pó em cerca de 25 mL de HCl 6 mol dm -3 ; agitar durante cerca
de 10-20 min e aquecer ligeiramente, se necessário (sem entrar em ebulição);
4. Transferir esta solução para um balão volumétrico de 250 mL e lavar o copo,
pelo menos duas vezes com pequenas porções de água desionizada,
transferindo essas águas de lavagem para o balão;
5. Completar o volume no balão com água desionizada até ao traço de
referência; tapar o balão e agitar para homogeneizar;

B- DOSEAMENTO PERMANGANOMÉTRICO DO IÃO Fe 2+ NA SOLUÇÃO


1. Encher a bureta, depois de devidamente lavada, com a solução padrão de
permanganato de potássio;
2. Para um copo medir, com pipeta volumétrica, 10 mL da solução a dosear;
3. Adicionar, respeitando as regras de segurança exigidas, 3mL de solução de ácido
sulfúrico concentrado;
4. Colocar o copo sobre uma placa com agitador magnético, e iniciar a titulação
realizando um ensaio preliminar para avaliar o volume aproximado de titulante
necessário para atingir o ponto final da titulação;
5. Para um copo medir, com pipeta volumétrica, 10 mL da solução a dosear.
6. Titular com a solução-padrão de KMnO4, adicionando o titulante gota a gota, até
ao aparecimento de cor rosada persistente (um minuto) à agitação (cada gota só
deve ser adicionada após a coloração da anterior ter desaparecido). Repetir o
ensaio até obter 3 valores concordantes (valores que não difiram entre si mais do
que 0,10 mL);
7. Calcular %(m/m) de ferro no produto analisado e comparar o valor obtido com o
indicado no rótulo;
8. Realizar o relatório do trabalho.
IV - BIBLIOGRAFIA
 CHAUSSIN, C. “Trabajos Praticos de Quimica Analitica”, Editorial Academia,
Léon, Espanha (1968).

 DONALD PIETRZYK, C. FRANK, Analytical Chemistry, “An Introduction


Academic Press”, New York and London (1974)

 KIRSCHENBAUM, ERNEST GMNWALD L., “Introduction to Quantitative


Chemical Analysis”, Prentice-Hall, Inc., Englewood Cliffs, New Jersey (1972).

 SILVA, M. RIBEIRO, “Técnicas Laboratoriais”, Departamento de Química,


Faculdade de Ciências do Porto (1977).

 OHLWEILER, OTHO ALCIDES “Química Analítica Quantitativa”, Vol. I e II,


Livros Técnicos e científicos Editora, Brasil (1975).

 S. SHAPIRO, YA GURVICH, “Analytical Chemistry”, Mir Publishers, Moscow


(1975).

 ALEXÉEV, V., “Análise Quantitativa”, Livraria Lopes da Silva Editora, Porto


(1972).

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