Sei sulla pagina 1di 79
AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO © linguagem (fala, escrita, etc.). Tacita: resulta de um comportamento do agente que demonstra 0 seu querer. 3.1. Elementos: a) interno (real inteng&o do agente); b) externo (vontade declarada). 3.2. Regras para a interpretacéo dos negécios juridicos em geral: a) nas declaragées de vontade se atenderd mais a intengéo nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem (art. 112, CC); b) os negécios juridicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebragdo (art. 113, CC); ©) 0s negécios juridicos benéficos e a rentincia interpretam-se estritamente (art. 114, CC); d) 0 sil€ncio néo € forma de manifestacéo, porém importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos 0 autorizarem, e nao for necessdria a declaracao de vontade expressa (art. 111, CC); e) quando houver no contrato de adesao cléusulas ambiguas ou contraditérias, deve-se adotar a interpretacéo mais favoravel ao aderente; f) a intengao das partes pode ser apurada pelo modo como vinham executando o contrato até entao; g) na divida deve-se interpretar o contrato de forma menos onerosa para o devedor; h) as cldusulas contratuais devem ser entendidas como um todo e no interpretadas de forma isolada. 3.3. Defeitos em relacéo a vontade: a) auséncia de consentimento -> ato Inexistente (para alguns autores: ato nulo); b) vicios de consentimento -> erro ou ignorancia, dolo, coacdo, lesdo e estado de perigo. c) vicios sociais -> fraude contra credores (para 0 Cédigo Civil a simulacao é hipétese de invalidade do negécio juridico). VII. ELEMENTOS ESSENCIAIS ESPECIAIS 1. Forma prescrita ou n&o defesa em lei (art. 104, III, CC) + em regra a forma é livre (a validade da declaracéo de vontade nao dependeré de forma especial) salvo quando a lei expressamente exigir (art. 107, CC). Negécios juridicos que visam & constituigdo, transferéncia, modificacdo ou rentincia de direitos reais sobre iméveis de valor superior a trinta vezes o salario minimo — escritura publica (art. 108, CC). + Defeitos na forma — ato nulo (art. 166, IVe V, CC). VIII. ELEMENTOS NATURAIS, + Decorréncia normal dos contratos -» so os efeitos do negécio juridico. IX, ELEMENTOS ACIDENTAIS (arts. 121/137, CC): so declaragdes acessérias de vontade, modificando uma ou algumas das consequéncias naturais; dizem respeito a eficdcia do negécio juridico. Em regra atingem os atos de natureza patrimonial (ndo podem atingir os atos relativos ao Direito de Familia e os personalissimos). A) Condic&o: subordina a eficdcia do negocio juridico a um evento futuro ¢ incerto (art. 121, CC). Embora ainda nao haja direito adquirido, j4 se podem praticar atos destinados a conservacéo do direito futuro. Classificacéo: 1. Quanto ao modo de atuaco a) Suspensiva: a eficdcia do ato fica suspensa até a realizacéo do evento futuro e incerto. Enquanto ela nao ocorre hd apenas a expectativa de direito. Ao titular de direito eventual é permitido praticar atos destinados a conservar esse direito. b) Resolutiva: a aquisicfo e 0 exercicio do direito ocorrem desde a celebragao do negécio. Enquanto esta nao se realizar, vigoraré 0 negécio IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact © juridico. Com 0 implemento da condic&o (evento futuro e incerto) ocorre a resolug&o (exting&o) do direito. 2. Quanto a participacao dos sujeitos a) Casual: a realizado da condic&o depende do acaso, do fortuito, de fato alheio vontade das partes (“se chover amanhi..."). b) Potestativa: @ realizagéo da condic&o decorre da vontade das partes. Puramente potestativa: decorre de puro arbitrio de uma das partes, sem qualquer influéncia externa ("se eu quiser..."); s&0 proibidas. Simplesmente (ou meramente) potestativa: depende da vontade de uma das partes e também de outros fatores externos. Observacéo: Tem-se por inexistentes as condicées impossiveis, quando resolutivas, e as de no fazer coisa impossivel. Geram a invalidade do negocio as condigées que: a) fisica ou juridicamente impossiveis, quando suspensivas; b) ilicitas, ou de fazer coisa ilicita; c) incompreensiveis ou contraditorias. B) Termo: € 9 momento em que comega e/ou se extingue a eficdcia do negécio juridico; subordina a eficdcia do negécio juridico a um evento futuro e certo. Classificacso: a) Inicial ou suspensivo (dies a quo): quando fixa 0 momento em que a eficacia do negécio tem seu inicio. J4 houve a aquisicao do direito, mas 0 seu exercicio é adiado (diferido). b) Final ou resolutivo (dies ad quem): quando fixa 0 momento em que a eficacia do negécio termina (extingue o direito). c) Certo: estabelece uma data determinada. d) Incerto: 0 acontecimento é futuro e certo, porém a data é indeterminada. C) Modo ou Encargo: cliusula acesséria que pode impor énus a atos de mera liberalidade (doagdes ou testamento). Impde uma obrigacéo ao favorecido, em beneficio do instituidor ou de terceiros (ex.: doagdes de determinada importancia, sendo que com parte dela deve-se construir uma escola). Nao suspende a aquisicggo e nem o exercicio do direito (art. 136, CC). Obs.: considera-se nao escrito 0 encargo ilicito ou impossivel, salvo se constituir 0 motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida 0 negécio juridico (art. 137, CC). X. DEFEITOS RELATIVOS AO CONSENTIMENTO: so os vicios relativos & formacao da vontade ou a sua declaracao. A) AUSENCIA DE VONTADE —> negécio inexistente (ou nulo para alguns autores) B) VICIOS DE CONSENTIMENTO: a vontade declaragéo no representa a real intengo do agente; ha uma divergéncia entre a vontade real do agente e a vontade por ele externada, que prejudicam a propria pessoa que exteriorizou vontade. 1. IGNORANCIA OU ERRO (arts. 138/144, CC). O Cédigo Civil equipara ambos quanto aos seus efeitos. Porém a doutrina assim os distingue: Erro é a falsa nog&o que se tem de um objeto ou de uma pessoa. Ocorre quando o agente pratica 0 ato baseando-se em falso juizo ou engano. Jé a Ignorancia é o completo desconhecimento acerca do objeto ou da pessoa. 1.1. Erro Essencial ou Substancial: quando se refere 4 natureza do préprio ato; recai sobre circunstancias e aspectos principais, relevantes do negécio de forma que se eu soubesse do defeito jamais teria praticado o ato. Consequéncia — ato anulavel (art. 171, II, CC); prazo decadencial de 04 (quatro) anos (art. 178, II, CC). Modalidades: © AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact a) Erro sobre a natureza do _neaécio_juridico: 0 erro recai sobre a modalidade do contrato que eu celebrei. Ex.: penso fazer um contrato de locagao (oneroso) e a outra pessoa entende que houve um comodato (gratuito). b) Erro sobre o obieto principal da declaracéio: a manifestacéo de vontade recai sobre objeto diferente do que se tinha em mente. Ex.: comprei um lote em um condominio que pensava ser muito valorizado, no entanto trata-se de outro condominio, com © mesmo nome, mas em local diverso, muito distante de onde eu queria. ¢) Erro sobre as qualidades essenciais do objeto principal: a pessoa adquire © objeto que imaginava, porém engana-se quanto as suas qualidades; 0 motivo determinante do contrato é a qualidade de um objeto que depois se constata que nao existe. Ex.: penso comprar um relégio de ouro, mas o mesmo é apenas “folheado” a ouro, compro cavalo de carga pensando se tratar de “puro- sangue”, etc. d) Erro quanto a identidade ou & qualidade da pessoa a quem se refere a declaragao de vontade: somente é anuldvel se a consideracéo pessoal era condig&o essencial para a realizacéo do negécio. O erro quanto pessoa pode ser relativo ao: casamento (erro quanto identidade do outro cénjuge, sobre a sua honra, boa fama, etc.) ou testamento. 1.2. Erro de Direito: é 0 engano quanto & existéncia ou interpretacéo da norma juridica. Como regra ele nao pode ser alegado (art. 3°, LINDB). Admite- se, excepcionalmente se 0 ato nao implicar em recusa a aplicacéo da lei e for 0 motivo Unico ou principal do negécio juridico (art. 139, III, CC). Nao pode o ato recair sobre a norma impositiva, mas tao-somente sobre normas dispositivas (ou seja, sujeitas ao livre acordo das partes). 1.3. Erro Acidental: é 0 concernente as qualidades secundarias ou acessérias da pessoa ou do objeto. O ato continua valido, produzindo efeitos, porque o defeito nao incide sobre a declaracao de vontade. O erro de calculo é acidental (no anula 0 ato). 2. DOLO (arts. 145/150, CC). Artificio empregado para enganar a outra parte. Emprego de manobras ardilosas ou maliciosas, para levar alguém a pratica de um ato que 0 prejudica, beneficiando o autor do dolo ou terceiros. Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais — ato anuldvel (art. 171, II, CC); prazo decadencial (art. 178, II, CC). Se recair sobre aspectos acidentais ou secundarios — ato valido, porém obriga a satisfagdo de perdas e danos (art. 146, CC). Modalidades: 2.1. Dolo Principal, Essencial ou Substancial: é 0 que recai sobre aspectos essenciais do negocio; é 0 que da causa ao negocio juridico, sem 0 qual ele nao se teria concluido (0 ato é anulavel). 2.2. Dolo Acidental (incidens): é 0 que leva a vitima a realizar o negécio, porém em condigdes mais onerosas, nao afetando sua declaragao de vontade. © negécio teria sido praticado de qualquer forma, embora de outra maneira. Nao anula 0 negécio, apenas obriga a satisfacio de perdas e danos ou uma reducao da prestacdo pactuada. 2.3. Dolus Bonus (dolo bom): 6 um comportamento tolerado nos meios comerciais. Consiste em reticéncias, exageros nas boas qualidades da mercadoria ou dissimulagées de defeitos. Nao é anuldvel, desde que nao venha a enganar 0 consumidor mediante propaganda abusiva. IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO © AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact 2.4. Dolus Malus (dolo mau): consiste em manobras astuciosas para enganar alguém e Ihe causar prejuizo. Por isso é anuldvel. Pressupée: a) prejuizo para © autor do ato; b) beneficio para o autor do dolo ou uma terceira pessoa. 2.5. Positive (ou comissivo): resulta de uma aco dolosa; sao os artificios positives. Ex.: falsas afirmagées sobre as qualidades de uma coisa. 2.6. Negativo (ou omissivo): resulta de uma omisséo dolosa; ocultagéo de algo que a parte contratante deveria saber no momento da realizacdo do contrato. Ex.: em seguro de vida 0 segurado omite doenca grave e vem a falecer dias depois. 2.7. Dolo reciproco: quando ambas as partes agem com dolo, configurando- se torpeza bilateral; ocorre a neutralizacéio do delito, Isto &, no caso de dolo reciproco no haverd a anulacdo para nenhuma das partes. O ato é considerado valido (art. 150, CC). 2.8. Dolo de Terceiro: oriundo de terceira pessoa que no é parte no negdci Se 0 beneficiado pelo dolo de terceiro sabia_ou deveria saber —> negécio anulavel. Se o beneficiado pelo dolo no sabia e nem tinha como saber > negécio valido, porém o terceiro responde pelas perdas e danos da parte que foi ludibriada. 2.9. Dolo do Representante: a) representante legal (pais, tutores curadores) a responsabilidade do representado ¢ limitada ao proveito obtido do dolo; b) representante convencional (mandatério) a responsabilidade é solidaria entre representante e representado nas perdas e danos. 3. COACAO (arts. 151 a 155, CC). E a pressdo fisica ou moral exercida sobre alguém para obriga-lo a praticar (ou deixar de praticar) determinado ato. Na coacao ha intimidac&o; oferecem-se a vitima duas alternativas: emitir a declaracdo de vontade que no pretendia originalmente ou nao o fazer 0 ato e sofrer as consequéncias decorrentes da concretizagéo de uma ameaca ou de uma chantagem. Modalidades: 3.1. Coag&o Fisica (vis absoluta): é 0 constrangimento corporal que retira toda capacidade de querer, implicando auséncia total de consentimento (ex.: amarrar a vitima, segurar sua mao e fazé-la assinar contrato). Nao esta prevista na lei. 3.2. Coacdo Moral (vis compulsiva): atua sobre a vontade, sem aniquilar-Ihe © consentimento, pois se conserva uma relativa liberdade, podendo optar entre a realizagdo do negécio que Ihe é exigido e o dano com que é ameacada (ex.: se nao assinar o contrato, vou incendiar sua casa; vou estuprar sua mulher, vou mostrar uma foto sua em uma situacao constrangedora, etc.). 3.3. Coagdo exercida por terceiro: sé acarreta a anulabilidade se o beneficiado a conhecia; se nao conhecia cabe apenas pedido de perdas e danos contra o autor da coacao (art. 155, CC). 3.4. Efeitos a) Coagdo Fisica (ou absoluta): nao ha consentimento algum (auséncia de vontade). Doutrina dividida: parte entende que o ato é inexistente e parte que 0 ato é nulo. b) Coac&o Moral (ou relativa): hé um consentimento viciado — ato anulével (art. 171, II, CC); prazo decadencial de 04 (quatro) anos, contado do dia em que cessar a coagao (art. 178, I, CC). 3.4, Excluem a Coac&o (art. 153, CC): a) ameaga do exercicio normal de um direito ++ exercicio regular de direito. IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact © b) simples temor reverencial » receio de desgostar os pais, ou pessoas a quem se deve respeito e obediéncia. 4. ESTADO DE PERIGO (art. 156, CC). Configura-se 0 estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar a si, ou a pessoa de sua familia, de grave dano (que pode ser fisico ou moral) conhecido pela outra parte (dolo de aproveitamento), assume obrigacdo excessivamente onerosa. A vitima nao errou, no foi induzida a erro ou coagida, mas pelas circunst4ncias de um caso concreto, foi compelida a celebrar um negécio que Ihe era extremamente desfavoravel. Tratando-se de pessoa no pertencente & familia do contratante o Juiz decidira segundo as circunstancias. Nao se anula o contrato se a obrigacdo no for excessivamente onerosa, sendo que nesse caso 0 juiz, para evitar 0 enriquecimento sem causa apenas reduz a obrigacdo a uma proporcao razodvel, anulando 0 excesso e nao todo o negécio. Realizado um contrato sob um Estado de Perigo, a sancéo é a anulacdo (arts. 171, II, CC); prazo decadencial de 04 (quatro) anos (art. 178, II, CC). 5. LESAO (art. 157, CC). Ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ‘ou por inexperiéncia, se obriga a prestacéo manifestamente desproporcional ao valor da prestag&o oposta. Aprecia-se a desproporcao das prestagdes segundo os valores vigentes ao tempo em que o contrato foi celebrado. Tem o intuito de proteger o contratante em posicao de inferioridade ante o prejuizo por ele sofrido na conclusdo do contrato, devido a desproporcdo existente entre as prestagdes. Decorre do abuso praticado em situacao de desigualdade, punindo a chamada “cldusula leonina”. Nao se exige ma-fé da outra parte (que pode até existir); basta a obtengdo da vantagem desproporcional. Ocorrendo a lesdo, a sangéo € a anulacao do ato (arts. 171, I, CC); prazo decadencial de 04 (quatro) anos (art. 178, II, CC). 5.1. N&o se decretaré a anulacdo do negécio se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a reducdo do proveito (art. 157, §2°, CC). 5.2. Nao se exige o dolo de aproveitamento da parte beneficiada (consciéncia da necessidade ou inexperiéncia da outra parte para dela auferir vantagem exagerada). C) VicIOs SOCIAIS: hd uma correspondéncia entre a vontade interna do agente e a sua manifestacéo; porém sao realizados em desconformidade com a lei, pois a intenc&o é de prejudicar terceiros, nao participantes do negécio. 1. FRAUDE CONTRA CREDORES (arts. 158 a 165, CC). Devedor, maliciosamente, desfalca o seu patriménio, com o fim de colocé-lo a salvo de uma execugdo por dividas em detrimento dos direitos creditorios alheios. Se o patriménio do devedor nao for suficiente para o pagamento de todos os credores havera um rateio. E, no caso do devedor praticar atos com a finalidade de frustrar ‘© pagamento devido ou tendentes a violar a igualdade entre os credores, ocorrerd a fraude contra credores. Nao é a vontade que se encontra viciada (o agente fez exatamente 0 que desejava); 0 vicio reside na finalidade ilicita do ato, com o objetivo de prejudicar terceiros (por isso trata-se de um vicio social). Elementos: a) Objetivo (eventus damni): 0 credor deve provar que com a pratica do ato o devedor se tornou insolvente ou jé praticou 0 ato em estado de insolvéncia, nao tendo mais condigdes de honrar suas dividas. b) Subjetivo (consilium fraudis): trata-se da ma-fé; da intenc&o deliberada de prejudicar, com a consciéncia de que de seu ato advirao prejuizos a uma terceira pessoa (que é 0 credor). AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO © Observacdo. Em regra, para a configuracéo da fraude contra credores é necessaria a prova dos dois elementos (objetivo e subjetivo). Porém o art. 159, CC prevé duas situagées onde ha presuncdo relativa (juris tantum - que admite prova em contrario) da ma-fé do terceiro adquirente: 1) quando for notéria a insolvéncia do devedor; 2) quando o terceiro adquirente tinha motivos para conhecer a ma situaco financeira do devedor. Ex.: estou devendo determinada importancia e nao desejo paga-la. Tenho bens para saldar a divida. Comeco, ento, a “doar” esses bens. Basta a pratica de um ato de liberalidade em estado de insolvéncia, para se presumir a fraude, ndo se exigindo a prova do consilium fraudis (mé-fé), pois ela esta implicita. 1.1. Ac&o Pauliana: os atos eivados de fraude contra credores séo anuldveis através de ac&o propria, chamada de pauliana. Deve ser proposta pelos credores (e que jé 0 eram ao tempo da alienacéo fraudulenta) contra o devedor insolvente e também contra a pessoa que celebrou negécio juridico com o fraudador ou contra terceiros adquirentes que hajam procedido de ma fé. A consequéncia é a anulabilidade (arts. 171, II, CC); prazo decadencial de 04 (quatro) anos (art. 178, I, CC). N&o confundir com fraude a execugao, que é um incidente do processo civil, quando o ato fraudulento é praticado quando j4 esta em andamento uma ac&o (nesse caso o ato é considerado ineficaz). 2. SIMULACAO (art. 167, CC). E a declaracéo enganosa da vontade, visando obter resultado diverso do que aparece, com o fim de criar uma aparéncia de direito, para iludir terceiros ou burlar a lei. O atual Cédigo Civil nao trata mais a simulagao como um defeito social, pois a situou no Capitulo V, referente & invalidade do negécio juridico. Além disso, determina que a simulagao é hipstese de nulidade do ato. Na simulacéo hé um desacordo entre a vontade declarada e a vontade interna e nao manifestada. As partes fingem, criando uma aparéncia, uma ilusdo externa, que oculta a real intengao dos contratantes. Na simulagao as duas partes contratantes estéo combinadas para enganar terceiros. 2.1, Simulagéo Absoluta: as partes néo pretendem celebrar negécio algum; elas apenas fingem, para criar uma aparéncia, uma ilusdéo externa. Ex. confissao ficta de divida com garantia real perante um amigo para esquivar-se de execugao de credores quirografarios, 2.2. Simulacéo Relativa: sob a aparéncia de um negocio, realiza-se outro. Ha dois neaécios: a) simulado: 6 0 aparente, destinado a enganar (é nulo); b) dissimulado: 6 0 que esté oculto, mas representa a real intencéo do agente (dependendo da situacao este pode subsistir se for valido na substancia e forma, ou seja, se ndo ofendeu a lei e nem prejudicou interesses de terceiros). Ex.: homem casado que, para contornar a proibicéo legal de doacao a amante, simula venda a um terceiro, para que este transmita o bem a amante posteriormente. 2.3. Resumo: Simulag&o absoluta > negécio juridico nulo. Simulagdo relativa > negécio simulado nulo e negécio dissimulado valido, se respeitar a forma e a substancia. 2.4. atual Cédigo no reconhece a simulacao inocente (a que no objetiva violar a lei ou prejudicar terceiros). Enunciado 152: "Toda simulacao, inclusive 2 inocente, é invalidante”. XI.PRAZO E de quatro anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulacéo do negécio juridico, contados (arts. 171, II e 178, I e II, ambos do CC): a) no caso de coacao, AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO © do dia em que ela cessar; b) no erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou leséo, do dia em que se realizou 0 negécio juridico; c) nos atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. XII. INVALIDADE (INEFICACIA) DO NEGOCIO JURIDICO A expressao “invalidade” abrange a nulidade e anulabilidade e para alguns autores também a inexist€ncia do negécio juridico. 1. Ato Inexistente: quanto falta algum elemento estrutural do negécio; é inidéneo & produc&o de quaisquer efeitos juridicos. 2. Nulidade: sang&o imposta pela lei, determinando a privagdo de efeitos juridicos do negécio, praticado em desobediéncia ao que ela prescreve. Espécies: 2.1. Nulidade Absoluta (arts. 166/170, CC): © ato é nulo, n&o produzindo qualquer efeito, por ofender gravemente principios de ordem publica (efeito erga omnes). Pode ser alegada por qualquer das partes, Ministério PUiblico, sendo que o Juiz deve declara-la de oficio, nao podendo supri-la, ainda que a requerimento das partes. Nao é suscetivel de confirmac&o e nem se convalesce pelo decurso de tempo (imprescritivel). Efeito ex tunc (a deciséo retroage desde a pratica do ato, como se ele nao tivesse sido praticado). Conversao do ato nulo (art. 170, CC): teoria da conservacdo do negécio +0 negécio ndo pode prevalecer da forma como pretendida inicialmente (6 nulo), mas como seus elementos sdo idéneos para caracterizar outro negécio, admite-se a transformacao, desde que nao haja proibig&o expressa. 2.2. Nulidade Relativa (arts. 171/179, CC): 0 ato é anuldvel. Enquanto nao for declarado como tal pelo Juiz, produz efeitos normalmente. Matéria de ordem privada (efeito inter partes). © Juiz no pode pronuncié-la de oficio (somente os interessados podem requeré-la). Aproveita somente aos que alegaram (salvo se houver solidariedade ou indivisibilidade). Pode ser confirmado pelas partes, de forma expressa ou tacita. Convalesce pelo decurso de tempo (prescricéo e decadéncia). Efeito ex nunc (os efeitos da anulacéo se operam a partir de sua declaragao; nao retroagem). Obs.: a nulidade também pode ser classificada em expressa (ou textual), quando a lei declara nulo determinado negécio ou implicita (ou virtual), quando a lei se utiliza de expresses como “nao pode”, “nao se admite”, etc. XIII. PROVA DO NEGOCIO JURIDICO 1. Prova ->conjunto de meios empregados para demonstrar, legalmente, a existéncia de atos ou de negécios juridicos. 2. Requisitos: a) admissivel (n&o proibida pela lei); b) pertinente (adequada a demonstracéo dos fatos em questdo); c) concludente (esclarecedora dos fatos controvertidos). 3. Principios > a) no basta alegar; deve-se provar; b) 0 énus da prova (em regra) incumbe a quem alega 0 fato; c) 0 que se prova sao os fatos (e nao o direito); d) independem de prova os fatos notérios; consideram-se veridicos os fatos incontroversos. 4, Forma Especial -> quando a lei exigir forma especial (ex.: instrumento piblico) para a validade do negécio, nenhuma outra prova, por mais especial que seja pode suprir-Ihe a falta (art. 107, CC). 5. Espécies +O art. 212, CC enumera as provas de forma exemplificativa: confissdo; documentos; testemunhas; presuncées e pericia. AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact IREITO CIVIL 2: NEGOCIO JURIDICO © 5.1. Confisso: no tem eficdcia a confisséo se provém de quem nao é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. A confissao é irrevogavel, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coacao. 5.2. Documentos ptiblicos ou _particulares: a escritura publica, lavrada em tabeliéio de notas, é documento de fé publica, fazendo prova plena. A prova por instrumento particula pode suprir-se de outras de carater geral. 5.3. Testemunhas: salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal s6 se admite nos negécios juridicos cujo valor nao ultrapasse o décuplo do maior salario minimo vigente no Pais ao tempo em que foram celebrados. Nao podem ser admitidas como testemunhas as pessoas arroladas no art. 229, CC. 5.4. Presunges: a) absoluta (juris et de jure: ndo admite prova em contrério); b) relativa (juris tantum: admite prova em contrario); c) simples ou hominis (baseia-se na experiéncia de vida, ficando a critério do Juiz). As presungdes que néo as legais néo se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. 5.5 Pericias: exames, vistorias, inspec&o judicial, etc. 5. Observagées: aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessério n&o poderd aproveitar-se de sua recusa (art. 231, CC). A recusa & pericia médica ordenada pelo juiz podera suprir a prova que se pretendia obter com 0 exame (art. 232, CC). Para a elaboracdo desta aula foram consultadas as seguintes obras: DINIZ, Maria Helena - Curso de Direito Civil Brasileiro. Editora Saraiva. FARIAS, Cristiano Chaves de ¢ ROSENVALD, Nelson - Curso de Direito Civil. Editora JusPODIVM. GAGLIANO, Pablo Stolze g PAMPLONA, Rodolfo Filho - Novo Curso de Direito GOMES, Orlando ~ Direito Civil. Editora Forense. GONCALVES, Carlos Roberto - Direito Civil Brasileiro. Editora Saraiva. MAXIMILIANO, Carlos - Hermenéutica e Aplicacéo do Direito. Editora Freitas Bastos. MONTEIRO, Washington de Barros - Curso de Direito Civil. Editora Saraiva. NERY, Nelson Jr. ¢ Rosa Maria de Andrade - Cédigo Civil Comentado. Editora Revista dos Tribunais. PEREIRA, Caio Mario da Silva ~ Instituigées de Direito Civil. Editora Forense. RODRIGUES, Silvio - Direito Civil. Editora Saraiva. SERPA LOPES, Miguel Maria de - Curso de Direito Civil. Editora Freitas Bastos. SILVA, De Placido e - Vocabulério Juridico. Editora Forense. VENOSA, Silvio de Salvo - Direito Civil. Editora Atlas. © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part EXERCICIOS COMENTADOS 1) (FCC - TCE/SP - Auditor do Tribunal de Contas - 2013) De acordo com 0 Cédigo Civil, (A) o siléncio sempre importa anuéncia. (B) nas declaragées de vontade, deve-se atender, primordialmente, ao sentido literal da linguagem. (C) os negécios juridicos benéficos so interpretados restritivamente. (D) considera-se inexistente a manifestacdo de vontade quando o declarante houver feito reserva mental de nao querer o que manifestou, tenha ou no conhecimento da reserva mental o destinatario. (E) os negécios juridicos devem ser interpretados conforme os usos do lugar de sua celebracdo, salvo se envolverem pessoa juridica de direito publico. COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois de acordo com o art. 111, CC, o siléncio importa anuéncia, quando as circunstdncias ou os usos 0 autorizarem, e no for necesséria a declaracaio de vontade expressa (portanto, nem sempre_o silencio importa anuéncia). A letra “b” esta errada, pois segundo o art. 112, CC, nas declaracdes de vontade se atenderé mais & intenc&o nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. A letra “c” esta correta nos termos do art. 114, CC. A letra “d” estd errada, pois segundo o art. 110, CC, a manifestag&o de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de no querer o que manifestou, salvo se dela o destinatario tinha conhecimento. A letra “e” estd errada, pois o art. 113 nao faz a ressalva “salvo se envolverem pessoa juridica de direito publico”. Gabarito: “C”. 2) (FCC - TCE/AM ~ Analista de Controle Externo - 2013) A declaracao de vontade (A) € valida mesmo que feita por absolutamente incapaz. (B) deve ser feita, em regra, na forma escrita. (C) deve observar mais o sentido literal da linguagem do que a intencdo nela consubstanciada. (D) deve ser interpretada de maneira estrita, no caso de negécio juridico benéfico. (E) nao subsiste quando o declarante houver feito a reserva mental de no querer o que declarou. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois segundo o art. 104, I, CC, a validade do negécio juridico requer agente capaz. Se a mesma for feita pelo absolutamente incapaz sera considerada nula. A letra “b” esta errada, pois nos termos do art. 107, CC a validade da declaracéo de vontade no depende de forma especial, sendo quando a lei expressamente a exigir. A letra “c” esta errada, pois o art. 112, CC dispde que nas declaragdes de vontade se atenderé mais a intenc&o nelas consubstanciadas do que nao sentido literal da linguagem. A alternativa “d” esté correta nos estritos termos do art. 114, CC. Finalmente a letra “e” esta errada, pois o art. 110, CC prevé que a manifestacdo de vontade © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de nao querer 0 que declarou, salvo se dela o destinatdrio tinha conhecimento. Gabarito: “D". 3) (FEPESE - Defensoria Publica/SC - Analista Técnico - 2013) Assinale a alternativa CORRETA de acordo com o Cédigo Civil brasileiro. (A) interpreta-se restritivamente o ato juridico formal. (B) a validade da declaragéo de vontade dependera de forma especial, salvo quando a lei nao exigir expressamente. (C) em decorréncia do principio das formas, © siléncio n&o poderd ser interpretado como manifestagao de vontade. (D) a manifestagao de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de nao querer o que manifestou, salvo se dela o destinatario tinha conhecimento. (E) nos negécios juridicos benéficos e na rentincia se atenderé mais a intencao nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois nos termos do art. 114, CC a interpretagdo restritiva é feita nos negécios juridicos benéficos e na renuncia. A letra "b” esta errada, pois nos termos do art. 107, CC, a validade da declaracao de vontade nao dependera de forma especial, sendo quando a lei expressamente a exigir. A letra “c” esté errada, pois nos termos do art. 111, CC © siléncio pode ser interpretado como manifestagéo de vontade: "O siléncio importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos 0 autorizarem, e nao for necesséria a declaracéio de vontade expressa”. A letra “d” estd correta, pois se trata transcric&o literal do art. 110, CC. A letra “e” esta errada, pois segundo 0 art. 112, CC nas declaragdes de vontade se atenderé mais 4 intengdo nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Gabarito: “D”. 4) (FCC - TRT/92 Regido/PR - Analista Judicidrio - 2013) Em relagao & interpretagao do negécio juridico, é CORRETO afirmar que (A) quaisquer negécios juridicos onerosos interpretam-se estritamente. (B) na vontade declarada atender-se-d mais a inteng&o das partes do que & literalidade da linguagem. (C) a renuincia interpreta-se ampliativamente. (D) 0 siléncio da parte importa sempre anuéncia ao que foi requerido pela outra parte. (E) como regra geral, no subsiste a manifestacéo da vontade se o seu autor houver feito a reserva mental de no querer o que manifestou. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois no é qualquer negécio oneroso que se interpreta estritamente; nos termos do art. 114, CC somente assim se interpretam os negécios benéficos e a rentincia. A letra “b’esta correta, nos exatos termos do art. 112, CC. A letra “c” esta errada, pois como vimos a rentincia se interpreta de forma estrita. A letra “d” esta errada, em especial pela expresso “sempre”, uma vez que dispde 0 art. 111, CC no sentido de que o siléncio importa em anuéncia, quando as circunstancias ou os usos o autorizarem, e nao for necessdria a declaragdo de vontade expressa. A letra “e” © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part est errada, uma vez que o art. 110, CC dispde que a manifestacdo de vontade subsiste ainda que seu autor haja feito a reserva mental de ndo querer o que manifestou, salvo de dela o destinatério tinha conhecimento. Gabarito: “B". 5) (FCC - TRT/12@ Regi&o/SC - Analista Judicirio - 2013) Acerca dos negécios juridicos: (A) nas declaragdes de vontade importa considerar e fazer prevalecer apenas o sentido literal da linguagem. (B) os negécios juridicos benéficos e a reniincia _interpretam-se ampliativamente. (C) a manifestagéo de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de nao querer o que manifestou, salvo se dela o destinatario tinha conhecimento. (D) se forem eles celebrados com a cldusula de nao valer sem instrumento publico, este passa a ser incidental e secundério ao ato. (E) © silencio de uma parte importa sempre anuéncia vontade declarada pela outra parte. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois estabelece o art. 112, CC que nas declarages de vontade se atenderé mais a intengdo nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. A letra “b” esta errada, pois estabelece o art. 114, CC que os negécios juridicos benéficos e a rentincia interpretam-se estritamente. A letra “c" esta correta nos exatos termos do art. 110, CC. A letra “d” estd errada, pois segundo o art. 109, CC, no negécio juridico celebrado com a cldusula de nao valer sem instrumento ptiblico, este é da substancia do ato. Finalmente a letra “e” esta errada conforme o art. 111, CC: O siléncio importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos o autorizarem, e nao for necesséria a declaragao de vontade expressa. Gabarito: “C”. 6) (IADES - Advogado da EBSERH - Empresa Brasileira de Servicos Hospitalares — 2013) José fez um testamento e deixou alguns de seus bens para Maria. Nesta situac&o hipotética, que tipo de ato juridico foi realizado? {A) ato juridico ilicito. (B) negécio juridico unilateral. (C) fato juridico em sentido estrito. (D) negécio juridico bilateral. (E) contrato bilateral. COMENTARIOS. O negécio juridico unilateral € aquele em que o ato se aperfeicoa com uma Unica manifestag&o de vontade, havendo apenas um polo da relac&o juridica. O testamento é o exemplo cléssico, mas ha outros exemplos, tais como: renuncia, desisténcia, promessa de recompensa, confisséo de divida, etc. A letra “c" esta errada, pois 0 fato juridico em sentido estrito é 0 fato natural, como o nascimento, a morte, etc. Gabarito: “B”. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO 7) (FCC - TCE/SP - Auditor do Tribunal de Contas - 2013) O negécio juridico simulado (A) é nulo, invalidando sempre o que dissimulou. (B) ndo pode ser pronunciado de oficio. (C) convalesce com o decurso do tempo. (D) nao pode ser confirmado pela vontade das partes. (E) pode ser invalidado somente se o requerer aquele a quem prejudica. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois o art. 167, CC, prevé que é nulo o negécio juridico simulado, mas subsistird 0 que se dissimulou, se valido for na substéncia e na forma. A letra “b” esté errada, pois, por ser uma nulidade absoluta, a simulagao deve ser pronunciada de oficio pelo juiz, no Ihe sendo permitido supri-la (paragrafo Unico do art. 168, CC). A letra "c” esta errada, pois a nulidade absoluta no é suscetivel de confirmag&o, nem se convalesce pelo decurso de tempo (art. 169, CC). A letra “d” esta certa nos termos do préprio art. 169, CC. A letra “e” esta errada, pois nos termos do art. 168, CC a nulidade absoluta pode ser alegada por qualquer pessoa interessa, ou pelo Ministério Publico, quando Ihe couber intervir, além de poder ser reconhecido de oficio. Gabarito: “D”. 8) (FCC - TRF/14 Regiéo - Analista Judiciério - 2011) No negécio juridico “A", foi preterida uma solenidade que a lei considera essencial para a sua validade; 0 negécio juridico “B” nao reveste de forma prescrita em lei; negécio juridico “C” foi celebrado com adolescente de 17 anos de idade e o negécio juridico “D” possui vicio resultante de coacao. Nestes casos, de acordo com o Cédigo Civil brasileiro, so nulos SOMENTE os negécios juridicos: (A) AeB. (B) A, Bec. (C) A, BeD. (D) CeD. (E) B, CeD. COMENTARIOS. © teste pede as hipdteses de negécio nulo. Nao revestir o negécio de forma prescrita em lei (Negécio B) e preterir solenidade que a lei considera essencial para a sua validade (Negécio A) sao hipéteses de negécio nulo ou nulidade absoluta (art. 166, incisos IV e V, respectivamente, CC). Jé a celebrac&o de negécio por pessoa com 17 anos (Negécio C) e possuir vicio de coagéio (Negécio D) sdo hipdteses de anulabilidade ou nulidade relativa (art. 171, incisos I e II, respectivamente, CC). Gabarito: “A”. 9) (FCC - TRF/14 Regio — Analista Judicidrio - 2011) Com relag&o aos defeitos do negécio juridico, considere: I. Configura-se 0 estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua familia, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigag&o excessivamente onerosa. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO I. S& nulos os negécios juridicos, quando as declaragdes de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligéncia normal, em face das circunstancias do negécio. IIL. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegé-lo para anular 0 negécio, ou reclamar indenizagéo. IV. Os negécios de transmisséo gratuita de bens ou remiss&o de divida, se 0s praticar 0 devedor jé insolvente, ou por eles reduzido a insolvéncia, ainda quando 0 ignore, poderao ser anulados pelos credores quirografarios, como lesivos dos seus direitos. De acordo com o Cédigo Civil brasileiro, esta CORRETO 0 que se afirma SOMENTE em: (A), Welv. (8) le ll. (©) I, Mev. (D) I, We Ill. (&) Mew. COMENTARIOS. A afirmago I estd correta nos termos do art. 156, CC. A afirmacao III, também correta, esta prevista no art. 150, CC e a IV no art. 158, CC também esté exata. Jé a afirmacio II esta errada, pois no caso 0 negécio é anulavel (e nao nulo), nos termos do art. 138, CC. Gabarito: “A”. 10) (FCC - MPE/MA ~ Analista Ministerial — Direito - 2013) Nos termos preconizados pelo Cédigo Civil brasileiro, quando a lei dispuser que determinado ato é anulavel, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulacao, seré este, a contar da data da conclusdo do ato, de (A) Lano. (8) 2 anos. (C) 3anos. (D) 4 anos. (E) S anos. COMENTARIOS. Segundo o art. 179, CC, quando a lei dispuser que determinado ato é anulavel, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulacéo, seré este de dois anos, a contar da data da conclusao do ato. Gabarito: “B”. 11) (FCC - TJ/SC - Analista Juridico - 2013) Segundo o Cédigo Civil, o prazo de quatro anos para o interessado pleitear a anulacéo de negécio juridico originado de coac&o € considerado: (A) decadencial. (B) peremptério. (C) preclusivo. (D) condicional. (E) prescritivo. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO COMENTARIOS. Dispde o art. 178, I, CC, é de quatro anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulacdo do negécio juridico, contado, no caso de coacéo, do dia em que ela cessar. Gabarito: “A”. 12) (Concurso para ingresso a carreira de Oficial da Marinha do Brasil — 2013) Quanto as disposicées do Cédigo Civil, € CORRETO afirmar que o negécio juridico seré considerado nulo quando celebrado mediante: (A) erro. (B) dolo. (C) coagao. (D) simulagao. (E) lesdo. COMENTARIOS. Segundo o art. 171, CC, "Além dos casos expressamente declarados na lei, € anulével o negocio juridico: I. por incapacidade relativa do agente; II. por vicio resultante de erro, dolo, coagSo, estado de perigo, lesdo ou fraude contra credores". Por outro lado, nos termos do art. 167, CC, "E nulo o negécio juridico simulado, mas subsistiré 0 que se dissimulou, se valido for na substancia e na forma". Gabarito: “D”. 13) (FUNCAB - Agéncia Nacional de Saude - ANS - Atividade Técnica de Suporte - Direito - 2013) No que diz respeito aos defeitos do negécio juridico, “em vez de usar manobras e maquinacées, pode alguém proceder com violéncia, forgando a declarag&o de vontade”. O vicio que macula a declaragéo de vontade, sendo tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e consideravel & sua pessoa, a sua familia ou aos seus bens, é de: (A) erro ou ignoréncia. (B) fraude contra credores. (C) simulacao. (D) coagao. (E) lesdo COMENTARIOS. Dispée 0 art. 151, CC: A coagéio, para viciar a declaragdo da vontade, ha de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e consideravel 4 sua pessoa, a sua familia, ou aos seus bens. Gabarito: “D”. 14) (IADES - Advogado da EBSERH - Empresa Brasileira de Servigos Hospitalares - 2013) Jodo manifestou a vontade de comprar um quadro, de pintor famoso, mas colocou no contrato de compra e venda, uma cldusula acesséria: sé 0 compraria, se 0 referido artista ganhasse o prémio da Exposic&o de Artes de Nova York. Que tipo de cldusula acessoria foi estabelecida neste contrato? (A) condigao resolutiva. (B) encargo. (C) termo. © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (D) condic&o potestativa. (E) condiggo suspensiva. COMENTARIOS. No caso concreto o negécio sé seria concretizado se houvesse © implemento de uma condicéo (ganhar o prémio, é um evento futuro e incerto). Como 0 negécio esta suspenso até a eventual ocorréncia condic&o, ela & chamada de suspensiva (art. 125, CC). Gabarito: “E”. 15) (IESES - TJ/RO - Titular de Servigos de Notas e Registros - 2012) Podem compor o negécio juridico a condig&o, 0 termo e 0 encargo. No entanto: (A) 0 negécio juridico se invalida se subordinado a uma condicéo ilicita. (B) quando um negécio juridico é subordinado a terme inicial, a aquisicéio do direito fica suspensa até a sua implementagao. (C) se ao negécio for aposto um encargo, o exercicio e a aquisig&o do direito ficam suspensos até que seja cumprido, independentemente de ser ou nao imposto como condicao suspensiva. (D) as condigdes impossiveis invalidam 0 negécio juridico se resolutivas, e tém-se como inexistentes quando suspensivas. COMENTARIOS. A alternativa “a” esté correta. A condic&o subordina os efeitos de um negécio juridico a um evento futuro e incerto. Se ela for ilicita ou de fazer coisa ilicita, invalidam o negécio (art. 123, II, CC). A letra “b” esta errada. O termo subordina os efeitos do negécio juridico a um evento futuro e certo. Se for inicial, suspende o exercicio do direito (€ a condicgéo suspensiva que suspende a aquisigéo e 0 exercicio do direito), nos termos do art. 131, CC. A letra “c” esta errada. O encargo consiste na pratica de uma liberalidade subordinada a um énus. Nao suspende nem a aquisic&io nem o exercicio do direito (salvo quando imposto como condig&o suspensiva), nos termos do art. 136, CC. A letra “d” também esté errada, pois esta invertida, ou seja, as condigées fisica ou juridicamente impossiveis invalidam 0 negécio se a condig&o for suspensiva, mas se for resolutiva, tem-se por inexistente, nos termos do art. 124, CC. Gabarito: “A”. 16) (TRT/34 Regi&o/MG — Magistratura do Trabalho — 2013) Assinale a alternativa CORRETA: Nos termos do Cédigo Civil vigente, tem-se por inexistentes (mas subsiste o negécio juridico): (A) as condigSes incompreensiveis. (B) as condigdes impossiveis, quando resolutivas, e as de nao fazer coisa impossivel. (C) as condigées ilicitas, ou de fazer coisa ilicita. (D) as condicées fisica ou juridicamente impossiveis, quando suspensivas. (E) as condicées contraditorias. COMENTARIOS. Estabelece o art. 124, CC que tém-se por inexistentes as condigées impossiveis, quando resolutivas, e as de nao fazer coisa impossivel. Assim, se estas condiges forem colocadas em um negécio juridico, © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part simplesmente sero tidas como nao escritas. Mas 0 negécio valeré como ato incondicionado (puro e simples), como se nenhuma condigio fosse estabelecida. Exemplo: se eu lhe dou um cavalo com a condicéio do mesmo nao correr a 250 km/h, trata-se de uma condic&o resolutiva. Porém esta condigéo é impossivel. Por isso ela é tida como se ndo fosse escrita (inexistente), subsistindo o negécio juridico (@ doagao foi valida), sem a condig&o imposta. Gabarito: “B”. 17) (FCC - MPE/CE - Analista Ministerial - Direito - 2013) Sobre negécio juridico, da condic&o, do termo e do encargo, é CORRETO afirmar: (A) em regra, 0 encargo suspende a aquisicao e 0 exercicio do direito. (B) considera-se condigfo a cldusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negécio juridico a evento futuro e certo. (C) invalidam os negécios juridicos que Ihes so subordinados as condigdes fisica ou juridicamente impossiveis, quando resolutivas. (D) se a condigéo for resolutiva, n&io tem efeito o negécio juridico enquanto esta ndo se realizar. (E) 0 terme inicial suspende o exercicio, mas no a aquisic&o do direito. COMENTARIOS. A letra a" esté errada, pois segundo o art. 136, CC 0 encargo n&o suspende a aquisicéo nem o exercicio do direito. A letra “b” esta errada, pois a condic&o subordina o efeito do negécio juridico a evento futuro e incerto. A letra “c” esté errada, pois segundo dispde o art. 123, CC, invalidam os negécios juridicos que Ihes s&o subordinados: I. as condigées fisica ou juridicamente impossiveis, quando suspensivas (e ndo quando resolutivas, como afirma a alternativa); II. as condicées ilicitas, ou de fazer coisa ilicita; III. as condigdes incompreensiveis ou contraditérias. A letra “d” esté errada. Na realidade, nos termos do art. 127, CC, se for resolutiva a condigéo, enquanto esta se nao realizar, vigoraré 0 negécio juridico, podendo exercer-se desde a conclusdo deste o direito por ele estabelecido. Por outro lado, dispde o art. 125, CC que subordinando-se a eficdécia do negécio juridico & condigéo suspensiva, enquanto esta se nao verificar, nao se tera adquirido o direito, a que ele visa. A letra “e” esté correta, pois é o que estabelece o art. 131, CC. Gabarito: “E”. 18) (FCC - TRT/14 Regio/RJ - Magistratura do Trabalho - 2012) Para configurar-se o vicio da lesdo é necessario que (A) nos contratos bilaterais apenas ocorra grande desproporgao entre os valores das prestacdes opostas, ainda que nela as partes tenham consentido livremente, porque a lei veda enriquecimento sem causa. (B) nos contratos de execuco continuada ou diferida uma das prestacdes venha a se mostrar manifestamente desproporcional ao valor da prestacdo oposta, em raz&o de fato imprevisivel. (C) a pessoa, premida da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua familia, de grave dano conhecido pela outra parte, assuma obrigagao excessivamente onerosa. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO (D) a manifestagéo de vontade tenha sido obtida em razéio de temor de dano iminente e considerdvel a seu patriménio, & sua pessoa ou a pessoa de sua familia. (E) a pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiéncia, se obrigue a prestagdo manifestamente desproporcional ao valor da prestacao oposta. COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois na leséo ndo basta apenas a “grande desproporgao” das prestagdes. A letra “b” esté errada, pois ela trata da resolug&o do contrato por onerosidade excessiva, prevista o art. 478, CC (ainda nao vista em aula). A letra “c” é hipétese de estado de perigo (art. 156, CC) ea letra “d” de coagéo moral (art. 151, CC). A letra “e” esté correta nos termos do art. 157, CC. Gabarito: "E”. 19) (FUNDATEC - Prefeitura de Cachoeirinha/RS - Procurador - 2014) “Ocorre _ quando uma pessoa, sobre premente necessidade, ou por inexperiéncia, se obriga a prestagéo_—_— manifestamente desproporcional a prestagdo oposta”. Assinale a figura juridica que completa a lacuna do trecho acima. (A) erro ou ignorancia (B) dolo (C) estado de perigo (D) lesaio (E) coacaio COMENTARIOS. Trata-se do texto literal do art. 157, caput, CC (lesdo). Gabarito: “D”. 20) (FCC - MPE/PE - Analista do Ministério Publico - 2012) O negécio juridico A foi celebrado com vicio resultante de coacéio; 0 negécio juridico X contém vicio resultante de fraude contra credores; 0 negécio juridico Y possui vicio resultante de estado de perigo e 0 negécio juridico Z teve por objeto fraudar lei imperativa. Segundo 0 Cédigo Civil brasileiro, séo anulaveis APENAS os negécios juridicos (A) A, XeY. (B) X, YeZ. (©) Aez. (D) A, Yez. (E) XeY. COMENTARIOS. Coagao (A), fraude contra credores (X) e estado de perigo (Y) s&o hipéteses de anulabilidade do negécio juridico (art. 171, II, CC). O negécio que tem por objeto fraudar lei imperativa é hipdtese de nulidade absoluta (art. 166, VI, CC). Gabarito: “A”. 21) (VUNESP ~ Advogado da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de Sd Paulo - 2013) A fraude contra credores é prevista no Cédigo Civil como um dos defeitos do negécio juridico. A respeito da fraude contra credores, 6 CORRETO afirmar que © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (A) se 0 adquirente dos bens do devedor insolvente ainda néo tiver pago o prego e este for, aproximadamente, 0 corrente, desobrigar-se-d pelo pagamento ao devedor insolvente. (B) ainda que os negécios tivessem por Unico objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importara na anulac&io do negécio juridico principal e seus acessérios. (C) a ago por fraude contra credores poder ser intentada contra o devedor insolvente, mas nao contra a pessoa que com ele celebrou a estipulacéo considerada fraudulenta. (D) anulados os negécios fraudulentos, a vantagem resultante reverteré em proveito do credor prejudicado, sem que se tenha de efetuar o concurso de credores. (E) se presumem de boa-fé e valem os negécios ordinérios indispensaveis & manutengéo de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou a subsisténcia do devedor e de sua familia. COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois prevé o art. 160, CC: Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda no tiver pago o prego e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-a depositando-o em juizo, com a_citacdo de todos os interessados. A letra “b” esta errada, pois dispde o paragrafo unico do art. 165, CC que se os negécios tinham por unico objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importaré somente_na anulaggo da preferéncia ajustada. A letra “c” estd errada, pois prescreve o art. 161, CC que a ac&o poder ser intentada contra o devedor insolvente, ou contra a pessoa que com ele celebrou_a estipulacdo considerada fraudulenta, ou contra terceiros adquirentes que hajam procedido de ma-fé. A letra “d” esta errada, pois segundo o art. 165, caput, CC, anulados os negécios fraudulentos, a vantagem resultante reverterd em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Finalmente a letra “e” esta certa, nos exatos termos do art. 164, CC. Gabarito: “E”. 22) (FGV - Exame Unificado da OAB - 2013) Jodo, credor quirografério de Marcos em R$ 150.000,00, ingressou com ago pauliana, com a finalidade de anular ato praticado por Marcos, que o reduziu a insolvéncia. Jodo alega que Marcos transmitiu gratuitamente para seu filho, por contrato de doacao, propriedade rural avaliada em R$ 200.000,00. Considerando a hipotese acima, assinale a afirmativa CORRETA. (A) caso 0 pedido da ac&o pauliana seja julgado procedente e seja anulado o contrato de doag&o, o beneficio da anulagdo aproveitaré somente a Jodo, cabendo aos demais credores, caso existam, ingressarem com acao individual propria. (B) 0 caso narrado traz hipotese de fraude de execugio, que constitui defeito ho negécio juridico por vicio de consentimento. (C) na hipétese de Jodo receber de Marcos, jé insolvente, 0 pagamento da divida ainda nao vencida, ficara Jodo obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (D) Jo&o tem o prazo prescricional de dois anos para pleitear a anulagdo do negécio juridico fraudulento, contado do dia em que tomar conhecimento da doagio feita por Marcos. COMENTARIOS. A letra “a” est errada, pois havendo outros credores eles ndo necessitam ingressar cada qual com uma acéo individual propria. Nos termos do art. 165, CC, anulados os negécios fraudulentos, a vantagem resultante reverteré em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. A letra “b” estd errada, pois o caso concreto traz hipdtese de fraude contra credores (e ndo fraude a execucdo), nos termos do art. 158, CC. A letra ‘c” estd correta nos exatos termos do art. 162, CC. A letra “d” esta errada, pois no caso trata-se de um prazo decadencial (e no prescricional) de quatro anos (e n&o dois anos), nos termos do art. 178, II, CC. Gabarito: “C’. 23) (FUBJ - MPE/RJ - Analista Processual - 2011) Sobre os negécios juridicos, é CORRETO afirmar que: (A) 0s negécios juridicos interpretam-se restritivamente. (B) as condigdes que privarem de todo efeito o negécio juridico sao defesas. (C) 0 termo inicial suspende a aquisig&o e 0 exercicio do direito. (D) 0 erro de célculo invalida a declarac&o da vontade. (E) 0 estado de perigo ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, obriga-se a prestacdo desproporcional. COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois apenas os negécios juridicos benéficos e a rentincia interpretam se estritamente (e nao todos os negécios juridicos, como sugere a alternativa), nos termos do art. 114, CC: Os negécios juridicos benéficos e a rentincia interpretam-se estritamente. A letra "b” esta correta. As condicdes que privarem de todo efeito 0 negécio juridico s&o chamadas de condicdes perplexas, sendo que elas so defesas (ou seja, proibidas) pelo nosso ordenamento (ex.: alugo meu apartamento a vocé, com a condig&o de que vocé nao more nele). Estabelece o art. 122, CC que sao licitas, em geral, todas as condicdes nao contrérias a lei, & ordem publica ou aos bons costumes; entre as condicdes defesas se incluem as que privarem de todo efeito © negécio juridico, ou o sujeitarem ao puro arbitrio de uma das partes. A alternativa *c” esté errada. O que suspende a aquisicao e o exercicio de direito 6 a condigéo suspensiva, o termo inicial apenas suspende o exercicio do direito. Prevé 0 art. 131: O termo inicial suspende o exercicio, mas n&o a aquisicao do direito. A letra “d” esta errada, pois nos termos do art. 143, CC, 0 erro de célculo apenas autoriza a retificacéio da declaracéo de vontade. Finalmente a letra “e” esta errada, pois estd se referindo a lesdo (art. 157, CC) e ndo ao estado de perigo (art. 156, CC). Gabarito: “B”. 24) (FCC - Procurador do Municipio de Cuiabé - 2014) Por ocasido de forte seca na regido centro-oeste, Manoel passou a vender agua potavel a preco cinco vezes superior ao que praticava anteriormente. Temendo perder produg&o de soja, Jair celebrou vultoso contrato, adquirindo grande quantidade de dgua pelo preco cobrado por Manoel. O negécio celebrado entre Manoel e Jair é © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (A) vélido, pois a Constituic&o Federal garante o direito de propriedade e estimula a livre- a. (B) anulavel, em razdo de vicio denominado leséo. (C) nulo, em razao de vicio denominado lesao. (D) anulavel, em razao de vicio denominado estado de perigo. (E) nulo, em razao de vicio denominado coagao. COMENTARIOS. A lesfo € 0 prejuizo que um contratante experimenta quando, em um contrato comutativo (onde as partes conhecem as prestagdes de cada um e ha equivaléncia entre elas), deixa de receber valor correspondente ao da prestacdo que forneceu. Este instituto visa proteger o contratante em posicéo de inferioridade ante 0 prejuizo por ele sofrido na concluséo do contrato, devido também & desproporgao existente entre as prestagdes. Decorre do abuso praticado em situacao de desigualdade, punindo a chamada “cléusula leonina” ou “draconiana”. Estabelece o art. 157, CC: Ocorre a leséo quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiéncia, se obriga a prestacéo manifestamente desproporcional ao valor da prestagdo oposta. Completa o art. 171, CC: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulavel_o negécio juridico: (...) II. por vicio resultante de erro, dolo, coag&o, estado de perigo, lesdo ou fraude contra credores. Gabarito: "B”. 25) (FCC - TRT/2@ Regi&o - Analista Judicidrio - 2014) Robinho foi ao shopping com a inten¢&o de comprar um relégio de ouro, para combinar com suas intmeras correntes do mesmo metal. De pouca cultura, adquiriu um relégio folheado a ouro, apenas, que tentou devolver, mas a loja nao aceitou, alegando terem vendido exatamente o que Robinho pediu e ndo terem agido de ma-fé. Se Robinho procurar a solugdo judicialmente, seu advogado deveré pleitear a (A) anulag&o do negécio juridico, alegando les&o por inexperiéncia. (B) nulidade do negécio juridico, por erro essencial quanto ao objeto principal da relago juridica. (C) anulag&o do negécio juridico, alegando erro substancial no tocante a uma qualidade essencial do relégio adquirido. (D) nulidade do negécio juridico, por embasamento em falso motivo. (E) ineficdcia do negécio juridico, por erro incidental e abusividade do funciondario da loja ré. COMENTARIOS. Erro é a falsa nog&io que temos acerca de uma coisa; a falta de concordancia entre a vontade interna (comprar um relégio de ouro) e a vontade declarada (comprar um relégio folheado a ouro). Trata-se de hipétese de anulacgo do negécio juridico por erro substancial (qualidade essencial da coisa) e no de nulidade ou ineficdcia. Dispée o art. 138, CC que s&o anulaveis os negécios juridicos, quando as declaragdes de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligéncia normal, em face das circunstancias do negécio. Completa o art. 139, cc que o erro & substancial quando interessa a alguma das qualidades a ele essenciais. Gabarito: °C". AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO 26) (FCC - TCE/PI - Assessor Juridico - 2014) Maria e Dorival adquiriram um imével que seria pago em prestagées fixas e mensais. Apés 0 pagamento da primeira parcela, verificou-se 0 erro de cdlculo do valor das prestagdes mensais estabelecidas. Neste caso, o erro de calculo (A) praticado sem observancia da forma legal torna nulo o negécio juridico. (B) possibilita a anulagao do negécio porque seu objeto é um bem imével. (C) possibilita a anulag&o do negécio juridico. (D) poderé ser alegado pelas partes, se provado o dolo, para nulificar o negécio, ou como fundamento para reclamar indenizagao. (E) apenas autoriza a retificagdo da declaragdo de vontade do negécio realizado. COMENTARIOS. Segundo dispde o art. 143, CC, “O erro de calculo apenas autoriza a retificagdo da declaracao de vontade”. Gabarito: "E”. 27) (FCC - MPE/CE - Analista Ministerial - 2013) Considere a seguinte proposicg0: Momentos antes de cirurgia para colocagéo de prétese, representante de seguradora de satide exige assinatura de aditivo contratual majorando o prego pago pelo segurando, sob pena de nao cobrir a cirurgia a ser realizada. Esta-se diante de (A) coagao. (B) estado de perigo. (C) dolo. (D) simulagao. (E) erro ou ignorancia. COMENTARIOS. Tendo-se em vista as alternativas apresentadas, a letra “b” (estado de perigo) é a “menos errada”. Isso porque o art. 156, CC exige, para a caracterizagao deste vicio de consentimento de ameaca de grave dano a prépria pessoa ou a pessoa de sua familia. A questéo é muito genérica em relacéo 4 colocagao de protese. Ela nao disse que protese é essa e nem em que situacdo a mesma seria colocada. Em regra, a intervencdo cirtirgica de colocag3o de prétese n&o é um procedimento de emergéncia ou urgéncia, mas tem como objetivo melhoramento da qualidade de vida do paciente. Como a questo nao é especifica, devemos levar em consideracao a regra geral e néo a excecao. Assim, a principio penso que nao seria hipdtese de estado de perigo. No entanto, nao havendo outra alternativa melhor, ficaria com essa. No entanto, penso que o correto seria a anulacdo da questo. Gabarito oficial: “B”. 28) (FCC - MPE/CE - Analista Ministerial - 2013) Sobre negécio juridico, da condig&o, do termo e do encargo, é CORRETO afirmar: (A) considera-se condigéo a cldusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negécio juridico a evento futuro e certo. © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (B) invalidam os negécios juridicos que Ihes so subordinados as condigées fisica ou juridicamente impossiveis, quando resolutivas. (©) se resolutiva a condig&o, néo tem efeito © negécio juridico enquanto esta no se realizar. (D) 0 termo inicial suspende 0 exercicio, mas no a aquisic&o do direito. (E) em regra, 0 encargo suspende a aquisicao e 0 exercicio do direito. COMENTARIOS. A letra “a” forneceu o conceito de termo (e n&o condi¢io). A letra “b” esté errada, pois estabelece o art. 123, I, CC que invalidam os negécios juridicos que hes séo subordinados as condicdes fisica ou juridicamente impossiveis, quando suspensivas (e nao resolutivas). A letra “c” estd errada, pois dispde 0 art. 127 que se a condic&o for resolutiva, enquanto esta nao se realizar, vigorara 0 negécio juridico. A letra “d” est correta nos exatos termos do art. 131, CC. A letra “e” esté errada, pois em regra o encargo ndo suspende a aquisiggéo nem o exercicio do direito (art. 134, CC). Gabarito: “Dp”. 29) (FCC - Analista do Tribunal de Contas/PR - 2011) A condig&o suspensiva: (A) suspende a aquisigéo e 0 exercicio do direito, enquanto o termo inicial suspende o exercicio, mas nao suspende a aquisic&o do direito. (B) refere-se a evento futuro e certo, enquanto o termo inicial a evento futuro e incerto. (C) suspende o exercicio, mas néo a aquisig&o do direito, enquanto o termo inicial suspende a aquisicdo e o exercicio do direito. (D) e © termo inicial referem-se a evento futuro e incerto, mas enquanto aquela suspende a aquisicao € 0 exercicio do direito, este apenas lhe suspende o exercicio. (E) € 0 termo inicial referem-se a evento futuro e certo, mas enquanto este suspende a aquisig3o e 0 exercicio de direito, aquela apenas Ihe suspende o exercicio. COMENTARIOS. A letra “a” estabelece a distingfo exata entre condicéo e termo (ver artigos 121, 125 e 131 do CC). A letra “b” esté errada, pois a condic&o refere-se a evento futuro e incerto e o termo a futuro e certo. A letra c” est errada, pois inverteu as situacdes. A letra “d” esta errada, pois dispde que o termo se refere a evento futuro e incerto e a letra “e” esta errada, pois estabelece que a condicdo se refere a evento futuro e certo. Gabarito: “A”. 30) (FCC - Analista do Tribunal de Contas/PR - 2011) Sao, respectivamente, nulos (I) e anuldveis (II) os negécios juridicos: (A) realizados em fraude a lei imperativa (1) e os simulados (II). (B) nos quais a parte incidir em erro de direito (I) e os em que houver lesdo (). (C) simulados (1) e os realizados em fraude contra credores (Il). (D) em que se verificar lestio (I) ¢ os realizados em estado de perigo (II). AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO (E) celebrados com os prédigos (I) e os celebrados com os ébrios habituais (i). COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois a simulag&o é ato nulo; a letra “b” est errada, pois 0 erro é anuldvel; a letra “d” esta errada, pois a lesdo é ato anuldvel. A letra “e” esta errada, pois o prédigo é relativamente incapaz, sendo 0 ato anulavel. Gabarito: “C’. 31) (TRT/14@ Regido/RO e AC ~ Magistratura do Trabalho - 2013) No atual contexto normativo civilista, € nulo o negécio juridico: (A) se resultante de erro. (B) se resultante de coac&o. (C) praticado para fraudar terceiros. (D) que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. (E) todas as alternativas anteriores estao corretas. COMENTARIOS. A Unica alternativa que traz uma hipétese de nulidade absoluta é que se refere o que tiver por objetivo fraudar lei imperativa, que esta prevista no art. 166, VI, CC. As demais alternativas séo exemplos de anulabilidade. Gabarito: “D". 32) (FCC - TCE/SE - Analista de Controle Externo - 2011) A nulidade decorrente de negécio juridico celebrado por pessoa absolutamente incapaz (A) no pode ser alegada pelo Ministério Publico. (B) convalesce pelo decurso do tempo. (C) nao pode ser declarada pelo juiz de oficio. (D) pode sempre ser suprida pelo juiz a requerimento das partes. (E) no suscetivel de confirmagdo. COMENTARIOS. A nulidade decorrente de negécio juridico celebrado por pessoa absolutamente incapaz é absoluta (art. 166, I, CC). Por isso ela nao é suscetivel de confirmago (art. 169, CC), nem se convalesce pelo decurso de tempo. Gabarito: “E”. 33) (FCC - TRT/1@ Regidio/RJ - Magistratura do Trabalho - 2012) O negécio juridico (A) € nulo, por vicio resultante de erro, dolo, coagao, estado de perigo, lesdo ou fraude contra credores. (B) é nulo, quando © motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilicito. (C) anulavel pode ser alegado por qualquer interessado, n&o sendo passivel de confirmagao, nem convalescendo pelo decurso do tempo. (D) é anuldvel, quando tiver por objetivo fraudar lei imperativa. (E) simulado € anulavel, mas subsistir o que se dissimulou, se vélido for na substancia e na forma. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois s&o hipéteses de ato anuldvel (art. 171, II, CC). A letra “b” esta correta nos termos do art. 166, III, CC. A letra “c” esta errada, pois o negécio anuldvel pode ser confirmado e se convalesce pelo decurso de tempo; as caracteristicas arroladas na afirmacdo dizem respeito ao ato nulo (arts. 168 e 169, CC). A letra “d” esta errada, pois quando o negécio tiver por objetivo fraudar lei imperativa € hipétese de nulidade absoluta (art. 166, VI, CC). Finalmente a letra “e” esté errada, pois 0 negécio simulado € nulo, nos termos do art. 167, CC. Gabarito: “B”. 34) (FGV - Advogado da Fundag&o Pro-Sangue Hemocentro/ SP - 2013) Com relac&o ao negécio juridico, analise as afirmativas a seguir. I. Quando a lei proibir a prética de determinado negécio, sem cominar sancéo, este deve ser considerado nulo. IL As nulidades absolutas podem ser alegadas somente pelos interessados. IIL. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negécio juridico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas. Assinale: (A) se somente a afirmativa III estiver correta. (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (C) se somente a afirmativa II estiver correta. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se somente a afirmativa I estiver correta. COMENTARIOS. 0 item I esta correto, pois prevé o art. 166, VIII, CC: "E nulo © negécio juridico quando: (...) a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir- Ihe a pratica, sem cominar sango”. O item II esté errado, pois as nulidades absolutas (referidas nos arts. 166 e 167, CC) podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Publico, quando Ihe couber intervir. O item IIT esta correto, nos exatos termos do paragrafo Unico do art. 168, CC. Gabarito: “B” (somente as afirmativas I e III estao corretas). 35) (FCC - TCE/AM - Analista de Controle Externo - 2013) Compra e venda de dados bancarios sigilosos é ato (A) nulo, mas que convalesce com o tempo. (B) valido, porém ineficaz. (C) nulo e passivel de conhecimento de oficio. (D) anulavel e suscetivel de confirmacéo. (E) anulavel, assim como a simulacao. COMENTARIOS. Dados cadastrais bancdrios so as informacées mantidas pelos bancos e referentes aos seus correntistas, tais como numero de conta corrente, nome completo, CPF, RG, endereso e numero de telefone. 4 0 sigilo bancério é um meio de se resguardar a privacidade do correntista, pois veda a publicidade sobre movimentacao da conta corrente bancéria, das aplicagdes financeiras, etc. Sendo sigilosos, néo pode ser objeto de compra e venda. Se eventualmente o AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO foram, este negécio é i 10s termos do art. 166, II, CC, serd considerado nulo: "E nulo 0 negécio juridico quando (...) Il. For ilicito, impossivel ou indeterminado 0 seu objeto”. Além disso, nos termos do paragrafo Unico desse dispositivo, “as nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negécio juridico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, ndo Ihe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes”. Gabarito: “C’. 36) (FCC - Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - HEMOBRAS ~ Analista Juridico - 2013) E nulo 0 negécio juridico (A) quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade. (B) por incapacidade relativa do agente. (C) por vicio resultante de erro ou dolo. (D) praticado com fraude contra credores. (E) por vicio resultante de coagéo. COMENTARIOS. A letra “a” esté correta nos termos do art. 166, V, CC, pois é a Unica que retrata hipétese de ato nulo (nulidade absoluta). As demais alternativas s&o todas hipdteses de anulabilidade (nulidade relativa). Gabarito: “AY, 37) (CIAAR - Centro de Instrug&o e Adaptac&o da Aeronautica - Oficial Temporario - Servigos Juridicos - 2013) O negécio juridico que tiver por objetivo fraudar lei imperativa seré considerado (A) nulo. (B) ineficaz. (C) anulavel. (D) inexistente. COMENTARIOS. Estabelece 0 art. 166, VI, CC: E nulo 0 negécio juridico quando (...) tiver por objetivo fraudar lei imperativa. Gabarito: "A". 38) (FCC - TRT/14 Regido/RJ - Magistratura do Trabalho - 2014) No Direito Civil, as nulidades absolutas (A) s6 podem ser pronunciadas pelo juiz a partir de requerimento das partes, podendo supri-las se houver pedido expresso nesse sentido, tendo em vista a finalidade almejada pelas partes. (B) dependem sempre da prova de mé-fé das partes que celebraram o negécio juridico. (C) devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negécio juridico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, nao Ihe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. (D) s6 podem ser alegadas pelas partes interessadas, defesa a intervencéo de terceiros ou do érg&o ministerial. AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO (E) no s&o suscetiveis de ratificagéo, mas convalescem pelo decurso do tempo. COMENTARIOS. Segundo o art. 168, CC, as nulidades dos artigos antecedentes (absolutas) podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério PUblico, quando Ihe couber intervir. Parégrafo Unico. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negécio juridico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, no lhe sendo permitido supri-las, ainda . Gabarito: °C”. 39) (FCC - PGE/SP - Procurador do Estado - 2012) Celebrado negécio juridico n&io oneroso pelo devedor, que o reduza a insolvéncia, serd ele considerado (A) ineficaz por fraude contra credores, por se tratar de ato gratuito. (B) nulo por fraude execusao, por presungo absoluta de consilium fraudis. (C) anulavel por fraude a execugéio, ante a clara inteng&o de frustrar o cumprimento das suas obrigagdes. (D) nulo por fraude contra credores, por revelar ato atentatério contra a dignidade da justica. (E) anulavel por fraude contra credores, por iniciativa do credor quirografério com crédito anterior a alienacao. COMENTARIOS. Prevé o art. 158 e seu §2° que os negécios de transmissao gratuita de bens ou remiss&o da divida, se os praticar 0 devedor ja insolvente, ou por eles reduzido a insolvéncia, ainda quando 0 ignore, poderao ser anulados pelos credores quirograférios, como lesivos dos seus direitos. No entanto, somente os credores que jé 0 eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulagio deles. Lembrando que se 0 negécio for praticado de forma gratuita nao necesita da prova do elemento subjetivo (consilium fraudis). Gabarito: “E”. 40) (FCC - TRE/PR - Analista Judicidrio - 2012) Considere as seguintes disposigéeslegais: 1. A validade do negécio juridico requer forma prescrita ou n&o defesa em lei. II. A validade da declaragdo de vontade nao dependeré de forma especial, sendo quando a lei expressamente a exigir. € CORRETO afirmar que (A) as duas disposigdes se acham em vigor. (B) nenhuma das disposigées se acha em vigor. (C) apenas a primeira disposig&o se acha em vigor. (D) apenas a segunda disposig&io se acha em vigor. (E) as duas disposigdes apenas parcialmente se acham em vigor. COMENTARIOS. As duas disposigées esto em vigor. O item I esta previsto no art. 104, CC, que dispde que a validade do negécio juridico requer: a) agente capaz; b) objeto licito, possivel, determinado ou determindvel; c) forma AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO prescrita ou n&o defesa em lei. O item II esté previsto no art. 107, CC. Gabarito:"A”. 41) (13/GO - Oficial de Justiga Avaliador - Serranépolis - 2013) Considere as seguintes disposigdes: I. validade do negécio juridice requer forma prescrite ou no defesa em lei. II. A validade da declarago de vontade ndo dependerd de forma especial, sendo quando a lei expressamente a exigir. E CORRETO afirmar que (A) as duas disposigdes se acham em vigor. (B) nenhuma das disposigées se acha em vigor. (C) apenas a primeira disposig&o se acha em vigor. (D) apenas a segunda disposig&io se acha em vigor. COMENTARIOS. © item I esta correto, pois prevé o art. 104, CC, de forma completa: A validade do negécio juridico requer: I. agente capaz; II. objeto licito, possivel, determinado ou determindvel; III. forma prescrita ou nao defesa em lei. O item II esta correto, pois prevé o art. 107, CC: A validade da declaragéo de vontade ndo dependera de forma especial, seno quando a lei expressamente a exigir. Gabarito “A” (as duas disposicées est&o corretas). Questo muito “parecida” com a anterior... 42) (UEL/COPS - Universidade Estadual de Londrina - Advogado da Fomento Parané - 2013) Para que seja valido o negécio juridico, séo estabelecidos alguns requisitos, entre eles o gbieto, o qual deve guardar determinadas caracteristicas. Quanto as caracteristicas desses requisitos, considere as afirmativas a seguir. I. Licito. IL. Possivel. IIL. Determinado ou determinavel. IV. Acessivel. Assinale a alternativa CORRETA. (A) somente as afirmativas I e II sao corretas. (B) somente as afirmativas I e IV s&o corretas. (C) somente as afirmativas III e IV s&o corretas. (D) somente as afirmativas I, II ¢ III sdo corretas. (E) somente as afirmativas II, III e IV so corretas. COMENTARIOS. Segundo 0 art. 104, II, CC, de forma completa: A validade do negécio juridico requer objeto licito, possivel, determinado ou determinavel. O dispositivo no se refere a expresséio “acessivel”. Gabarito: "D". 43) (IESES - TJ/RN - Titular de Servigos de Notas e Registros - 2012) Os negécios juridicos, para sua validade, dependem de agente capaz, AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO objeto licito, possivel, determinado ou Determindvel, e forma prescrita ou nao defesa em lei. A manifestacéio da vontade é essencial para os negécios juridicos, assim: I. Os negécios juridicos celebrados por relativamente incapaz podem ser confirmados. IL A reserva mental feita pelo autor e desconhecida do destinatario deve ser considerada na interpretagéo do negécio juridico. IIL. © siléncio de uma das partes sempre implica na anuéncia ou concordancia. IV. Ao se interpretar um negécio juridico importa mais a real vontade dos declarantes do que o sentido literal da linguagem escrita. Assinale a alternativa CORRETA: (A) as assertivas Ie IV esto corretas. (B) as assertivas II, IIT e IV estao corretas. (C) as assertivas I e III esto corretas. (D) apenas a assertiva IV esta correta. COMENTARIOS. A assertiva I esta correta, pois o art. 172, CC prevé que o negécio anulével pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. O item Il esta errado. Se a reserva mental for desconhecida da outra parte, o negécio subsistird. N&o interessa o que for objeto de reserva mental, mas sim o que for declarado (art. 110, CC). A afirmativa III esta errada nos termos do art. 111. CC: O siléncio importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos o autorizarem, e nao for necessdria a declaragao de vontade expressa. O item IV esté correto. O dispde o art. 112, CC que nas declaragdes de vontade se atendera mais a intenc&o nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Gabarito “A”. 44) (FCC - TRT/14 Regi&o/RJ - Analista Judicidrio - 2013) Sobre os Fatos Juridicos, de acordo com o Cédigo Civil Brasileiro, considerar as seguintes assertivas: I. A manifestag&o de vontade, em regra, ndo subsiste se o seu autor haja feito a reserva mental de ndo querer o que manifestou. II. A impossibilidade inicial do objeto ndo invalida o negécio juridico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condicéo a que ele estiver subordinado. III. A incapacidade relativa de uma das partes n&o pode ser invocada pela outra em beneficio préprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisivel o objeto do direito ou da obrigagdo comum. Esta CORRETO o que se afirma APENAS em (A) lel. (B) Le Il. (Cu. (D) ell. AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO (E) Im. COMENTARIOS. © item I esta errado, pois segundo o art. 110, CC, a manifestag&o de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de néo querer o que manifestou, salvo se dela o destinatario tinha conhecimento. O item II esta correto nos termos do art. 106, CC. O item III esté correto nos termos do art. 105, CC. Gabarito: "D” (esto corretos os itens Ie lll). 45) (FCC - TRT/14 Regi&o/RJ - Analista Judicidrio - 2013) Sobre o erro ou ignorancia, de acordo com o Cédigo Civil Brasileiro, 6 INCORRETO afirmar: (A) 0 erro sera substancial quando sendo de direito e no implicando recusa & aplicacéo da lei, for 0 motivo Unico ou principal do negécio juridico. (B)_0 falso motivo sé vicia a declaragdo de vontade quando expresso como raz&o determinante. (C) 0 erro de indicac&o da coisa, a que se referir a declaracéio de vontade, néo viciaré 0 negécio quando, por seu contexto e pelas circunstancias, se puder identificar a coisa. (D) 0 erro de calculo apenas autoriza a retificagdo da declaragdo de vontade. (E) a transmissao errénea da vontade por meios interpostos n&o é anuldvel ao contrdrio do que ocorre nos casos de declaracio direta. COMENTARIOS. A letra esta correta nos termos do art. 139, III, CC. A letra “b” estd correta nos termos do art. 140, CC. A letra “c” esta correta nos termos do art. 142, CC. A letra “d” esta correta nos termos do art. 143, CC. A letra “e” esta errada, pois 0 art. 141, CC dispde que a transmissao errénea da vontade por meios interpostos é anul4vel nos mesmos casos em que o é a declaracdo direta. Gabarito: “E”. 46) (IESES - TJ/RN - Titular de Servigos de Notas e de Registros — 2013) Assinale a alternativa CORRETA: (A) © estado de perigo somente se configura se o grave dano for conhecido da outra parte € a obrigacao for excessivamente onerosa. (B) © erro substancial torna o negécio invalido ainda que a outra parte se oferega para cumprir 0 negécio de acordo com a real vontade do que incorreu em erro. (C) 0 negécio juridico nulo pode ser confirmado pelas partes. (D) 0 negécio juridico simulado ¢ passivel de anulagao pelos prejudicados, mas subsistird 0 dissimulado se for vélido na forma e substancia. COMENTARIOS. A letra “a” esta correta, pois é 0 que estabelece o art. 156, CC: Configura-se 0 estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua familia, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigacao excessivamente onerosa. Paragrafo Unico. Tratando-se de pessoa no pertencente & familia do declarante, o juiz decidiré segundo as circunstncias. A letra “b” esta errada, pois estabelece o art. 144, CC: O erro © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part ndo_prejudica_a validade do negécio_juridico quando a pessoa, a quem a manifestag&o de vontade se dirige, se oferecer para executa-la_na conformidade da vontade real do manifestante. A letra “c” c” esta errada, pois estabelece o art. 169, CC: © negécio juridico nulo ndo é suscetivel de confirmacdo, nem convalesce pelo decurso do tempo. A letra “d” esté errada, pois dispde o art. 167, CC: E pulo (e ndo anulavel) 0 negécio juridico simulado, mas subsistiré o que’se dissimulou, se valido for na substancia e na forma. Gabarito: “A”. 47) (FCC - TRT/1 Regi&o/RJ - Analista Judicidrio - 2013) Sobre os defeitos dos negécios juridicos, de acordo com o Cédigo Civil brasileiro, considere: I. A coag&o sempre vicia 0 ato, ainda que exercida por terceiro, e se a parte prejudicada com a anulacdo do ato nao soube da coacéio exercida por terceiro, sé este responde por perdas e danos. IL Tratando-se de negécios gratuitos, a anulacdo por fraude contra credores dispensa que o estado de insolvéncia do devedor seja conhecido por qualquer uma das partes, mas no caso de contrato oneroso do devedor insolvente é necessdrio, para a anulag&o, que a insolvéncia seja notéria ou houver motivo para que ela seja conhecida do outro contratante. IIL. O dolo do representante legal ou convencional de uma das partes sé obriga o representado a responder civilmente até a importancia do proveito que teve. Esta CORRETO o que se afirma APENAS em (A) Le ll. (B) le ll. (Qu. (D) Well. (E) II. COMENTARIOS. 0 item I esté errado, pois a coac&o exercida por terceiro nem sempre vicia 0 negécio juridico; apenas se a parte de que se beneficia, tinha ou devesse ter conhecimento dela. Porém, mesmo que ndo seja anuldvel o negécio, © coator responde por perdas e danos que causar. Vejamos os dispositivos aplicdveis: Art. 154, CC: Vicia 0 negécio juridico a coagao exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderé solidariamente com aquele por perdas e danos. Art. 155, CC: Subsistird 0 negécio juridico, se a coag&o decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coacéo responder por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. O item II esta correto. Nos negécios juridicos gratuitos, dispensa-se o elemento subjetivo (consilium fraudis) para caracterizar a fraude contra credores (causando a anulacéo do negécio), bastando apenas a prova do elemento objetivo (eventus damni). Dispde 0 art. 158, CC que os negécios de transmissdo gratuita de bens ou remisséio de divida, se os praticar o devedor ja insolvente, ou por eles reduzido a insolvéncia, ainda quando 0 ignore, podero ser anulados pelos credores quirografarios, como lesivos dos seus direitos. No entanto, em AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO relag&o aos negécios onerosos, exige-se tanto 0 elemento objetivo como o subjetivo (ou seja, é necessdrio 0 conhecimento do outro contratante). Dispde 0 art. 159, CC que ser&o igualmente anulaveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvéncia for notéria, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. O item III esté errado. Somente na © representado é obrigado a responder até a importancia do proveito que teve. Na convencional, o representado responde solidariamente. Dispde o art. 154, CC que vicia 0 negécio juridico a coago exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderd solidariamente com aquele por perdas e danos. Gabarito: “C” (esta correto somente o item IT). 48) (FCC - Assembleia Legislativa/PB - Consultor Legislativo - 2013) E de quatro anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulacdo de negocio juridico, contado, no caso de (A) estado de perigo ou lesa, do dia em que forem reconhecidos em juizo por sentenga definitiva. (B) atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. (C) coacéio, do dia em que se realizou o negécio juridico. (D) fraude contra credores, do dia em que a fraude foi descoberta. (E) erro, do dia em que 0 erro foi constatado. COMENTARIOS. Estabelece o art. 178, CC que: “E de quatro anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulag30 do negécio juridico, contado: I. no caso de coagéio, do dia em que ela cessar; II. no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou leséo, do dia em que se realizou o negécio juridico; IIL. no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade”. Portanto, a Unica alternativa que se amolda perfeitamente ao dispositivo é a relativa aos atos dos incapazes (dia em que cessar a incapacidade). Gabarito: “B", 49) (FCC - TRT/18 Regido/RJ - Analista Juridico - 2013) Considere as seguintes assertivas sobre a nulidade e anulabilidade dos atos juridicos: 1. Se 0 negécio juridico nulo contiver os requisitos de outro, subsistira este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade. I. Tratando-se de negécio anuldvel é escusada a confirmac&o expressa, quando 0 negécio jé foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vicio que 0 inquinava. Ill. E de cinco anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulacéo do negécio juridico, contado no caso de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou leso, do dia em que se realizou o negécio juridico. Esta CORRETO o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I, Wel. AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO (C) Te II, apenas. (D) Ie III, apenas. (E) Le III, apenas. COMENTARIOS. A assertiva I esta correta. Trata-se da conversio do negécio juridico. Para que seja possivel a converséo é necessdrio dois elementos: a) objetivo (0 segundo negécio deve ter os mesmos elementos faticos do primeiro); b) subjetivo (as partes queiram esse novo negécio). Dispée o art. 170, CC: Se, porém, 0 negécio juridico nulo contiver os requisitos de outro, subsistird este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade. A afirmacao II est correta. Trata-se da confirmagio tacita (lembrando que a confirmacdo faz desaparecer os vicios que contaminam determinado negécio). Dispde o art. 174, CC: E escusada a confirmacéo expressa, quando o negécio jé foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vicio que o inquinava. O item III esté errado, pois o prazo é de quatro anos (e nao cinco), nos termos do art. 178, CC: E de quatro anos 0 prazo de decadéncia para pleitear-se a anulagdo do negécio juridico, contado: I. no caso de coacao, do dia em que ela cessar; II. no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesdo, do dia em que se realizou o negécio juridico; III. no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Gabarito: “C” (corretos os itens I e II). 50) (FCC - TRT/1? Regido/RJ - Analista Juridico - 2013) No que concerne a nulidade e anulabilidade dos atos juridicos, é CORRETO afirmar: (A) © ato anulavel pode ser ratificado pelas partes, salvo direito de terceiro, mas a ratificagdo no retroage data da celebracdo do ato. (B) a parte podera reclamar o que, por uma obrigag&o anulada, pagou a um incapaz, mesmo se ndo provar que reverteu em proveito dele a importancia paga. (C) a invalidade parcial de um negécio juridico sempre prejudicaré a parte valida. (D) a invalidade dos atos por incapacidade relativa do agente ou por vicio resultante de erro, dolo, coacéo, simulacéio ou fraude, nao tem efeito antes de julgada por sentenga, e poderd ser pronunciada de oficio pelo juiz. (E) a invalidade da obrigac&o principal implica 0 das obrigacées acessérias, mas a destas nao induz a da obrigacao principal. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois a confirmagéo (que pode ser expressa ou tdcita) tem efeito ex tunc, retroagindo a data da celebragSo do ato. Art. 172, CC: O negocio anuldvel pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. A letra "b” esté errada, nos termos do art. 181, CC: Ninguém pode reclamar 0 que, por uma obrigacao anulada, pagou a um incapaz, se nao provar que reverteu em proveito dele a importancia paga. A letra “c” esté errada, pois a invalidade parcial de um negécio juridico nem sempre prejudicaré a parte valida, se dela for separavel. Dispée o art. 184, CC: Respeitada a intengdo das partes, a invalidade parcial de um negécio juridico no o prejudicard na parte © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part se esta for separavel; a invalidade da obrigagao principal implica a das obrigagées acessérias, mas a destas nao induz a da obrigacdo principal. A letra “d” esté errada, pois a anulagéo de um negécio juridico n&éo pode ser pronunciada de oficio pelo Juiz. A Gnica excecdo da alternativa é a simulacdo, por ser um vicio que torna o negécio nulo. Art. 177, CC: A anulabilidade n&o tem efeito antes de julgada por sentenca, nem se pronuncia de oficio; sé os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo 0 caso de solidariedade ou indivi ver lidade. Finalmente a letra “e” esta correta. Trata-se da aplicagdo do principio da gravitacdo juridica (0 acessério segue 0 principal). Art. 184. Respeitada a intengdo das partes, a invalidade parcial de um negécio juridico nao o prejudicaré na parte valida, se esta for separavel; a invalidade da obrigacéo principal implica a das obrigacdes acessérias, mas a destas ndo induz a da obrigacéo principal. Gabarito: “E”. 51) (FCC - MPE/SE - Analista Ministerial - Direi nulidade e a anulabilidade dos negocios juridicos: (A) a anulabilidade n&o tem efeito antes de julgada por sentenca, nem se pronuncia de oficio; sé os interessados a podem alegar, beneficiando exclusivamente aos que a alegarem, salvo os casos de solidariedade ou indivisibilidade. (B) © negécio nulo pede ser confirmado ou ratificado pelas partes, salvo direito de terceiro. (C) é anulavel © negécio juridico por vicio resultante de erro, dolo, coagdo e simulagao, além de outros casos previstos expressamente em lei. (D) pode-se reclamar o que, por uma obrigacdo anulada, pagou-se a um incapaz, desde que se reclame diretamente a seu representante legal. (E) para eximir-se de uma obrigag&o contraida irregularmente, basta 20 menor entre dezesseis e dezoito anos invocar a sua idade, em qualquer situacdo ou circunsténcia, o que o isentaré de responsabilidade. COMENTARIOS. A letra "a" estd correta nos termos do art. 177, CC: A anulabilidade nao tem efeito antes de julgada por sentenca, nem se pronuncia de oficio; sé os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. A letra "b" esta errada, pois dispée 0 art. 172, CC: O negécio anulavel pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. A letra "c" esta errada, pois a simulacdo nao é hipétese de anulagdo, mas sim de nulidade absoluta, nos termos do art. 167, CC: E nulo o negécio juridico simulado (...). Por outro lado, estabelece o art. 171, CC: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulavel o negécio juridico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vicio resultante de erro, dolo, coagao, estado de perigo, lesdo ou fraude contra credores. A letra "d" estd errada, pois estabelece o art. 181, CC: Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigac&o anulada, pagou a um incapaz, se nao provar que reverteu em proveito dele a importancia paga. A letra “e" esta errada, pois estabelece 0 art. 180, CC: O menor, entre dezesseis e dezoito anos, no pode, para eximir-se de uma’ obrigacéo, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando - 2013) Em relagdo a © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento AULA 05 — FATOS JURIDICOS (28 Pact inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. Gabarito:"A”. 52) (FCC - DPE/AM —- Defensor Publico - 2013) Sao nulos os atos (A) praticados com a reserva mental de se descumprir a avenga, tenha ou nao conhecimento do fato o destinatario da manifestacdo. (B) emanados de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligéncia normal, em face das circunstancias do negocio. (C) quando a lei taxativamente os declarar nulos ou thes proibir a pratica sem cominar sango. (D) praticados sob coacéio moral ou em fraude contra credores. (E) praticados pelos relativamente incapazes. COMENTARIOS. A letra “a” est errada. Se a reserva mental for desconhecida pelo destinatério, ela serd considerada licita sendo que o negécio subsistird e 0 contratante deve cumprir a obrigagao assumida. No entanto se a reserva mental for conhecida pelo destinatério, seré considerada ilicita, sendo que neste caso ocorre a invalidade de negécio juridico, pois o destinatério tem ciéncia do que foi premeditado pela outra parte. A letra “b” esta errada, pois o erro substancial torna o negécio anulavel (art. 138, CC) e nao nulo. A letra “c” esta correta nos termos do art. 166, VII, CC. A letra “d” esté errada, pois os atos praticados sob coag&o moral (art. 151, CC) e fraude contra credores (art. 158, CC) sdo considerados anulaveis. A letra “e” esta errada, pois os atos praticados pelos relativamente incapazes s&o anulaveis (art. 171, I, CC). Gabarito: “C” 53) (Concurso para ingresso a carreira de Oficial da Marinha do Brasil - 2013) Quanto as disposigées gerais do Cédigo Civil sobre Negécio Juridico, é CORRETO afirmar que: (A) a validade da declarag&o de vontade dependera de forma especial, ainda que a lei expressamente a dispense. (B) no negécio juridico celebrado com a cléusula de nao valer sem instrumento publico, este é da substancia do ato. (C) nas declaragdes de vontade se atenderé mais ao sentido literal da linguagem do que a intengao nelas consubstanciada. (D) os negécios juridicos devem ser interpretados conforme a boa-fé, sendo vedada a utilizagao dos usos do lugar de sua celebracao. (E) tém-se por nulas as condigdes impossiveis, quando resolutivas, e as de ndo fazer coisa impossivel. COMENTARIOS. A letra “a” esta errada, pois prevé o art. 107, CC que a validade da declaragdo de vontade ndo dependeré de forma especial, sendo quando a lei expressamente a exigir. A letra "b” esta correta nos exatos termos do art. 109, CC. A letra “c” esta errada, pois o art. 112, CC dispée que nas declaragées de vontade se atenderé mais a intenc&o nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. A letra “d” esta errada, pois determina o art. 113, CC que os negécios juridicos devem ser interpretados conforme a boa- f& @ os usos do lugar de sua celebracdo. Finalmente a letra “e” esta errada, pois © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part prescreve o art. 124, CC que tém-se por inexistentes as condigdes impossiveis, quando resolutivas, ¢ as de nao fazer coisa impossivel. Gabarito: “B”. 54) (FCC - TJ/PE - Juiz de Direito - 2013) Invalidam os negécios juridicos que Ihes so subordinados as condigdes (A) ilicitas, mas n&o as de fazer coisa ilicita, porque, neste caso, apenas a condic&o é invélida e nao os negécios. (B) fisica ou juridicamente impossiveis, quando resolutivas. (C) incompreensiveis ou contraditérias. (D) impossiveis e as de no fazer coisa impossivel, quando resolutivas. (E) suspensivas quando juridicamente impossiveis, mas no as que forem apenas fisicamente impossiveis. COMENTARIOS. Segundo 0 art. 123, CC, invalidam os negécios juridicos que Ihes s&o subordinados: I. as condigées fisica ou juridicamente impossiveis, quando suspensivas; II. as condicées ilicitas, ou de fazer coisa ilicita; III. as condicdes incompreensiveis ou contraditérias. Gabarito: "C’. 55) (FCC - TRT/188 Regido/GO - Magistratura do Trabalho - 2014) Igor, menor com dezessete anos de idade, obriga-se contratualmente em uma escola de inglés, dizendo-se maior de idade quando inquirido e assinando sozinho 0 contrato, que sera (A) eficaz, pois Igor néo pode, para eximir-se da obrigago, invocar sua idade se declarou-se maior, dolosamente, no ato de obrigar-se. (B) nulo, porque a vontade de Igor ndo poderia gerar qualquer efeito, independentemente de sua declaragao de idade pessoal. (C) anulavel, somente se Igor for executado judicialmente, ocasido em que a declaraco judicial surtira efeitos imediatos, sem retroacao. (D) ineficaz, por se tratar de obrigacao em face de uma entidade de ensino. (E) anuldvel, somente se os representantes legais de Igor arguirem a invalidade. COMENTARIOS. 0 ato seré vélido e eficaz. Segundo o art. 180, CC, o menor, entre dezesseis e dezoito anos, nao pode, para eximir-se de uma obrigacdo, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. Gabarito: “A”. 56) (FCC - T3/PE - Juiz de Direito - 2011) Na interpretagao do siléncio, como manifestagéo da vontade, é CORRETO afirmar que (A) sempre que uma das partes silenciar, quando devesse manifestar, caracteriza-se 0 consentimento. (B) 0 siléncio sé importaré consentimento depois de ratificag&o expressa. (C) vigora 0 adagio “quem cala consente”, em qualquer circunstancia. (D) importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos 0 autorizarem, e nao for necessaria a declaragao de vontade expressa. AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL Orie AULA 05 ~ FATOS JURIDICOS (2# Parte): NEGOCIO JURIOICO (E) nao se admite o siléncio como forma de manifestagao da vontade, salvo nos casos em que a ratificagdo tacita é prevista em lei. COMENTARIOS. E 0 que dispde expressamente o art. 111, CC. Gabarito: "D". 57) (FCC - TJ/SC - Analista Juridico - 2013) De acordo com a lei civil, 0 fato juridico naqueles negécios que independem de forma especial podem ser provados por alguns meios, EXCETO pela(o): (A) presungéo. (B) pericia. (C) confissao. (D) documento. (E) siléncio. COMENTARIOS. 0 siléncio é a Unica alternativa que ndo se encontra no rol do art. 212, CC: Salvo o negécio a que se impde forma especial, o fato juridico pode ser provado mediante: I. confiss&o; II. documento; III. testemunha; IV. presung&o; V. pericia. No entanto é interessante acrescentar que segundo o art. 111, CC, o siléncio importa anuéncia, quando as circunstancias ou os usos 0 autorizarem, e nao for necessaria a declaragdo de vontade expressa. Gabarito: “Er, 58) (FCC — TRF/3@ Regio - Técnico Judicidrio - 2014) De acordo com o Cédigo Civil brasileiro, no tocante as provas, em regra, a confisséo (A) € irrevogavel. (B) no pode ser anulada se decorreu de erro de fato. (C) é revogavel mediante termo expresso. (D) é revogavel por qualquer meio inequivoco de expresso da vontade. (E) é revogavel se imediata e na presenca de no minimo duas testemunhas idéneas. COMENTARIOS. Segundo o art. 214, CC, “A confissdo é irrevogdvel, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coacéo”. Gabarito: “A”. 59) (FCC — MPE/SE - Analista Ministerial - Direito - 2013) Em relagéo a prova dos negécios juridicos: (A) os menores de dezoito anos nao podem ser admitidos como testemunhas. (B) aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessdrio no poderé aproveitar-se de sua recusa. (©) a confisso € possivel em face de direito de qualquer natureza, é irrevogavel e ndo € passivel de anulagéo em nenhuma hipstese. (D) as pessoas que n&o podem ser admitidas como testemunhas néo poderdo ser ouvidas em juizo, salvo se prestarem compromisso de veracidade de suas declaracdes. © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part (E) © instrumento particular, feito e assinado por quem esteja na livre disposic&o e administracéo de seus bens, prova as obrigagdes convencionais de qualquer valor e, independente de registro puiblico, operam seus efeitos em relacdo a terceiros de imediato. COMENTARIOS. A letra "a" esté errada, pois estabelece o art. 228, I, CC, que n&o podem ser admitidos como testemunhas: I. os menores de dezesseis anos (...). A letra "b" esta correta, nos termos do art. 231, CC: Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessario néo poderd aproveitar-se de sua recusa. A letra "c" esta errada, com base em dois dispositivos legais: Art. 213. N&o tem eficdcia a confissio se provém de quem nao é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. Pardgrafo unico. Se feita a confissio por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular 0 representado. Art. 214. A confisséo é irrevogavel, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coago. A letra "d" esté errada. De fato o art. 228, CC arrola diversas pessoas que ndo podem ser ouvidas como testemunhas. No entanto, estabelece em seu pardgrafo tinico que "para a prova de fatos que sé elas conhegam, pode o juiz admitir 0 depoimento das pessoas a que se refere este artigo". A letra "e" esta errada, pois estabelece o art. 221, CC: O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposig&o e administragéo de seus bens, prova as obrigagdes convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessao, n&o se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro publico. Gabarito: “B". 60) (IBFC - EBSERH - Advogado — 2013) Considerando os dispositivos referentes & prova, no Cédigo Civil, indique a alternativa CORRETA: (A) a confissdo ¢ irrevogdvel, mas pode ser anulada se decorreu de simulagao ou de coacgao. (B) salvo 0 negécio a que se impée forma especial, o fato juridico pode ser provado mediante presuncdo. (C) possui eficdcia a confisso, mesmo que efetuada por quem nao seja capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. (D) 0s menores de 16 (dezesseis) anos podem ser admitidos como testemunhas, desde que representados por seus representantes legal COMENTARIOS. A letra “a” esta errada. Segundo o art. 214, CC: A confisséo é irrevogavel, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coacao (0 dispositive néo menciona a simulagéo). A letra “b” esté correta, pois ha determinados negécios que exigem uma forma especial (ex.: compra e venda de iméveis com valor superior a 30 vezes o maior saldrio minimo vigente: instrumento public). J4 hd outros negécios em que a forma é livre, podendo provar inclusive por presung&o, nos termos do art. 212, IV, CC. A letra “c” esta errada nos termos do art. 213, CC: N&o tem eficdcia a confisséo se provém de quem nao é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. A letra “d” esté errada, pois dispde o art. 228, I, CC: N&o podem ser admitidos como testemunhas: I. os menores de dezesseis anos (...). Paragrafo Unico. Para © AUXILIAR JUDICIARIO T)/PA = DIREITO CIVIL Pento JUA.05 ~ FATOS JURIDICOS (24 Part a prova de fatos que sé elas conhecam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. Gabarito: “B”. 61) (FCC - TST - Analista Judiciério - 2012) E CORRETO afirmar que (A) © instrumento particular, feito e assinado por agente maior e capaz, prova as obrigagdes convencionais de qualquer valor, gerando efeitos imediatos em relago a terceiros. (B) as declaragdes constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relag&o aos signatarios e em face de terceiros, mesmo que estranhos ao ato. (C) a escritura publica, lavrada em notas de tabelidie, 6 documento dotado de fé publica, fazendo prova plena. (D) a prova do instrumento particular nao se pode suprir por outras de caréter legal. (E) a prova exclusivamente testemunhal, como regra, é admissivel em qualquer negécio juridico, independentemente de seu valor. COMENTARIOS. A letra “a” est errada, pois prevé o art. 221, CC que o instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposicio e administracéo de seus bens, prova as obrigacées convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessao, nao se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro publico. A letra "b” esté errada, pois o art. 219, CC restringe a presungao de veracidade das declaracdes constantes de documentos assinados somente em relacdo aos signatérios. A letra “c” esta correta nos termos do art. 215, caput, CC. A letra “d” estd errada, pois 0 pardgrafo Unico do art. 221, CC estabelece que a prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de cardter legal. Finalmente a letra “e” esta errada, pois determina o art. 227, CC que salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal sé se admite nos negécios juridicos cujo valor nao ultrapasse o décuplo do maior salério minimo vigente no Pais ao tempo em que foram celebrados. Completa o pardgrafo Unico deste dispositive que qualquer que seja o valor do negécio juridico, a prova testemunhal é admissivel como subsididria ou complementar da prova por escrito, Gabarito: “C”. 62) (VUNESP - TJ/RJ — Juiz de Direito - 2013) Assinale a afirmagao CORRETA, com relagéo a prova testemunhal, conforme disposigédes constantes do Cédigo Civil. (A) a utilizacéio da prova exclusivamente testemunhal independe do valor do negécio juridico que esta sob discussao. (B) no se admitira a prova testemunhal prestada por aquele que, por seus costumes, nao for digno de fé. (C) nao se admitem as presungdes, que ndo as legais, nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. (D) nao se admitird o depoimento de cénjuge, como testemunha, nem mesmo para depor sobre fatos que somente ele conheca. AUXILIAR JUDICIARIO TJ/PA = DIREITO CIVIL NEGOCIO JURIDICO One 2 FATOS JURIDICOS (2# Part COMENTARIOS. A letra “a” esté errada, pois estabelece 0 art. 227, CC: Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal sé se admite nos negécios juridicos cujo valor ndo ultrapasse o décuplo do maior salério minimo vigente no Pais ao tempo em que foram celebrados. Pardgrafo Unico. Qualquer que seja o valor do negécio juridico, a prova testemunhal é admissivel como subsididria ou complementar da prova por escrito. A letra “b” esta errada, pois estabelece o art. 405, CC que podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidos ou suspeitas. 0 §3° deste artigo estabelece que sao suspeitos as pessoas que,por seus costumes, ndo for digno de fé. A letra “c” esta correta nos termos do art. 230, CC: As presungdes, que n&o as legais, nado se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. A letra “d” esta errada. De fato, dispde o art. 228, V, CC que nao podem ser admitidos como testemunhas, entre outras hipdteses, os cénjuges de alguma das partes. No entanto, complementa o paragrafo unico desse dispositivo no sentido de que para a prova de fatos que sé elas conhecam, pode 0 juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. Gabarito: 63) (FCC - TRT/12 Regiéo/RJ - Analista Juridico - 2013) Quanto a forma e & prova dos atos juridicos, é INCORRETO afirmar: (A) a recusa a pericia médica ordenada pelo juiz poder suprir a prova que se pretendia obter com o exame. (B) @ prova no supre a auséncia do titulo de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstancias condicionarem o exercicio do direito & sua (C) 08 livros e fichas dos empresérios e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vicio extrinseco ou intrinseco, forem confirmados por outros subsidios. (D) salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal sé se admite nos negécios juridicos cujo valor no ultrapasse o décuplo do maior saldrio minimo vigente no Pais ao tempo em que foram celebrados. (E) as presungdes, que n&o as legais, séo admitidas nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. COMENTARIOS. A letra “a” esta correta nos termos do art. 232, CC. A letra “b” esté correta, nos termos do pardgrafo Unico do art. 223, CC. A letra “c” esté correta nos termos do paragrafo unico do art. 226, CC. A letra “d” esta correta nos termos do art. 227, CC. A letra “e” esta errada, pois estabelece o art. 230, CC que as presuncées, que néo as legais, no se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal. Gabarito: “E”. 64) (FCC - TRT/112 Regido/AM e RR - M 2012) O negécio juridico cuja pratica seja proil sancdoé (A) nulo. (B) nulo, se a violag&o for de lei de ordem publica e anulavel se a violag&o for de lei supletiva. istratura do Trabalho — da por lei, sem cominar AURILIARJUDICIARIO TJ/PA = DIREITOCIVIL NEGOCIO JURIDICO (©) inexistente. (D) anulavel. (E) ineficaz. COMENTARIOS. Estabelece 0 art. 166, VII, CC que é nulo o negécio juridico quando a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-Ihe a pratica, sem cominar sangéo. Nao se faz diferenca se a lei é de ordem publica ou supletiva Gabarito: “A”. 65) (FCC - AL/RN - Assessor Técnico de Controle Interno - 2013) Paulo e Augusto simulam um contrato de compra e venda de queijo cheddar, que representava na verdade uma doacéio de Paulo para Augusto. Mais tarde, Paulo sente-se prejudicado e procura anular 0 negécio, o que é negado pelo juiz, baseado em lei e no principio geral do direito (A) da proteciio da boa-fé alheia. (B) do equilibrio contratual das partes. (C) que diz ser proibido a alguém alegar em beneficio préprio @ torpeza com que tenha agido. (D) que veda o enriquecimento ilicito. (E) da congruéncia ou adstrig&o. COMENTARIOS. Segundo a jurisprudéncia de nossos Tribunais, se uma pessoa pratica um ato que pode ser considerado nulo (no caso simulagéo), nao pode, posteriormente, ela mesma requerer a nulidade do ato por se sentir prejudicada. Adota-se neste caso 0 principio geral de direito implicito em nosso ordenamento juridico no tocante ao comportamento das partes, de que “ninguém pode alegar a sua propria torpeza para dela tirar proveito”. Gabarito: wen 66) (TRT/34 Regido/MG - Magistratura do Trabalho - 2013) Relativamente as regras gerais sobre a invalidade dos negécios juridicos, com base no Cédigo Civil, € CORRETO afirmar que: (A) a invalidade do instrumento induz necessariamente a do negécio juridico. (B) € anulavel o negécio juridico sempre que a lei civil proibir-Ihe a pratica, sem cominar sango. (©) ninguém pode reclamar 0 que, por uma obrigagao anulada, pagou a um incapaz. (D) no caso de coagao, € de cinco anos o prazo de decadéncia para pleitear-se a anulagdo do negécio juridico, contado do dia em que ela cessar. (E) se 0 negécio juridico nulo contiver os requisitos de outro, subsistira este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade. COMENTARIOS. A letra “a” estd errada nos termos do art. 183, CC, pois a invalidade do instrumento nao induz a do negécio juridico sempre que este puder provar-se por outro meio. A letra “b" estd errada, pois segundo o art.

Potrebbero piacerti anche