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DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Atestado é qualquer declaração efetuada por alguém capacitado por lei, podendo
ser documento público ou particular, oficial (requisitado por autoridade judicial) ou
oficioso (solicitado pelo interessado ou por seu representante legal). Segundo o
Código de Ética Médica (CEM), art. 112 e seu parágrafo único: “É vedado ao
médico deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando
solicitado pelo paciente ou seu representante legal. Parágrafo único: o atestado
médico é parte integrante do ato ou tratamento médico, sendo o seu
fornecimento direito inquestionável do paciente (grifo nosso), não importando
em qualquer majoração dos honorários” .
A Lei 6.015/73 relativa ao registro público, com as corrigendas da Lei 6.126/75 diz
no seu art. 29 que: “Serão registrados no registro civil de pessoas naturais: III – os
óbitos” e no art. 75: “Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de
registro do lugar do falecimento, extraída após lavratura do assento de óbito, em
vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas
pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte.
Parágrafo 2º - A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver
manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da Saúde Pública e se o
atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico-
legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela Autoridade
Judiciária”. A família também pode decidir pela cremação se o m orto não
manifestou esse desejo em vida e também não manifestou discordância; a
autorização para cremação é concedida pelo parente mais próximo (marido ou
mulher, filhos, irmãos maiores de idade). Essa autorização deve ser testemunhada
por duas pessoas. Em caso de morte violenta (homicídio, suicídio, acidente) ou
suspeita, a cremação deverá ser autorizada pelo Juiz Corregedor da Polícia
Judiciária.
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O CEM, em seu art. 114 diz: “É vedado ao médico atestar óbito quando não o
tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao
paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico
substituto (grifo nosso), ou em caso de necropsia e verificação médico-legal”,
corroborado pelo Decreto Federal 20.931/32.
No art. 115 do CEM, encontramos: “É vedado ao médico deixar de atestar óbito
de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios
de morte violenta”.
O Conselho Federal de Medicina em sua Resolução No. 743/76 recomenda que “
o atestado de óbito ocorrido em Unidades de Assistência Médica, quando ausente
o médico-assistente respectivo, poderá ser fornecido pelo médico de plantão, à
vista do que constar do correspondente prontuário (grifo nosso), devendo o
plantonista, prévia e pessoalmente, verificar o óbito, para pronunciar-se, afinal,
quanto a causa mortis”.
Não importa o tempo de internamento do paciente, e sim se o médico
descobriu a causa básica da morte, o que é determinado, na maioria dos casos,
com dados clínicos, laboratoriais ou cirúrgicos.
A responsabilidade pela emissão da DO em serviços de atendimento pré-
hospitalar (serviços de remoção de pacientes, emergência e urgência domiciliar –
ambulância), foi regulamentado pela Resolução CFM nº 1.529/98, art. 1º: ”é um
serviço médico e sua coordenação, regulação e supervisão direta e a distância
deve ser efetuada por médico”.
“O fato de o paciente estar em sua casa, na ambulância ou no hospital é questão
topográfica e não médica... para efeito da emissão de atestado de óbito osw
médicos desses serviços serão considerados médicos assistentes ou substitutos e
devem obedecer o que dispõe a Resolução CFM nº 1.601/2000” – Processo
consulta nº 2.478/01-CFM (04/03).
Nos casos de mortes naturais sem assistência médica ou mesmo com estes
atestados, quando for de interesse da saúde pública, deverá o médico solicitar
e convencer os familiares ou seus representantes legais, a autorizarem a
necropsia clinica no Serviço de Verificação de Óbito. A família ou os
representantes legais do falecido têm o direito de recusar a necropsia. O
fornecimento da DO nos municípios que não dispõem de SVO deve ser feito pelos
médicos da Secretaria de Saúde e, na sua falta, por outro médico da localidade,
devendo constar que a morte ocorreu sem assistência médica.
Se a morte ocorrer repentinamente, sem a assistência de um médico, os familiares
devem procurar a Delegacia de Polícia mais próxima de onde o fato aconteceu e
pedir a remoção para o SVO que constatará a causa da morte e emitirá a DO.
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CONCEITOS
CAUSAS DE MORTE
São todas aquelas doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram
diretamente a morte, ou que contribuíram para ela, e as circunstâncias do acidente
ou da violência que produziu estas lesões (OMS/CID)
ÓBITO FETAL
É a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração
completa do corpo da mãe, independente da duração da gravidez
NATIMORTO
É o produto da concepção, morto desde a 20ª semana de gestação até o trabalho
de parto, que, expulso, não apresenta qualquer sinal de vida extra-uterina