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MR6120/NR7120 – Materiais Metálicos

LABORATÓRIO

Aula 10

•Difusão
•Cementação

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DIFUSÃO EM ESTADO CONSTANTE
“STEADY-STATE DIFFUSION”

FLUXO DE DIFUSÃO: M é a massa (ou o número) de átomos que passa


perpendicularmente por uma área A num instante de tempo t

M
J [kg/m².s]
A.t
Se J não varia com o tempo,
tem-se difusão em estado constante.

GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO:

dC C C A  CB
  [C] = [%/m ou kg/m³]
dx x x A  xB
Dúvidas sobre Difusão ? MR6120/NR7120 – Materiais Metálicos
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DIFUSÃO EM ESTADO CONSTANTE
“STEADY-STATE DIFFUSION”

Assim, pode se reescrever a equação de fluxo de difusão como a

dC
1ª Lei de FICK J   D.
dx

O coeficiente de difusão pode ser entendido como: a taxa de difusão de


átomos da região de maior para a de menor concentração.
 Qd

D  Do . e R.T

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DIFUSÃO EM ESTADO NÃO CONSTANTE
“NON STEADY-STATE DIFFUSION” (transiente)

Uma resolução de grande importância tecnológica é dada


considerando-se uma barra semi-infinita#:

SUPERFÍCIE NÚCLEO

x=0 x=

1. No instante inicial, C=Co em qualquer


posição (0<x<).
2. Num instante t>0, a composição em x=0
é igual a Cs
3. Num instante t>0, a composição em x=
é sempre igual a Co.

# quando L > 10.(D.t)1/2 MR6120/NR7120 – Materiais Metálicos


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DIFUSÃO EM ESTADO NÃO CONSTANTE
“NON STEADY-STATE DIFFUSION” (transiente)
Cs Cx Co

A resolução da
barra semi-infinita é:

z erf(z) z erf(z) z erf(z)


X
x=0 x=
0 0 0,55 0,5633 1,30 0,9340
0,025 0,0282 0,60 0,6039 1,40 0,9523
Cx  Co
0,05 0,0564 0,65 0,6420 1,50 0,9661
 1  erf ( z )
0,10
0,15
0,1125
0,1680
0,70
0,75
0,6778
0,7112
1,60
1,70
0,9763
0,9838
Cs  Co
0,20 0,2227 0,80 0,7421 1,80 0,9891
x
0,25 0,2763 0,85 0,7707 1,90 0,9928
onde: z 
0,30 0,3286 0,90 0,7970 2,00 0,9953
0,35 0,3794 0,95 0,8209 2,20 0,9981
2. D.t
0,40 0,4284 1,00 0,8427 2,40 0,9993
0,45 0,4755 1,10 0,8802 2,60 0,9998
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0,50 0,5205 1,20 0,9103 2,80 0,9999 Prof. Taylor Mac Intyer Fonseca Jr. taylor@fei.edu.br
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CEMENTAÇÃO

A cementação é um tratamento termoquímico que objetiva


AUMENTAR A DUREZA SUPERFÍCIAL através da difusão
de carbono na superfície de um aço.
(de baixo carbono – <0,25%C)
Após cementação e têmpera (e revenimento) a camada
superficial transforma-se em martensita (revenida) adquirindo
elevada dureza, enquanto o núcleo fica com dureza mais
baixa (comparativamente macio).
Como resultado final obtém-se um material duro, com
elevadas resistências ao desgaste e à fadiga (atribuídas à
camada superficial) e elevada tenacidade (atribuída ao
núcleo).

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PROCESSOS DE CEMENTAÇÃO

A cementação é realizada em um meio carbonetante (rico em


carbono), a temperaturas entre 900 e 950oC.

O meio carbonetante pode ser sólido, líquido ou gasoso.


1. Cementação em Meio Sólido
(Cementação em caixa)
2. Cementação em Meio Líquido
(Cementação em banho de sais fundidos)
3. Cementação em Meio Gasoso
(Cementação gasosa)

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CEMENTAÇÃO EM CAIXA

Este processo consiste em envolver a peça a ser cementada por um


meio sólido, composto de carvão (vegetal) e ativador (carbonato de
bário), dentro de uma caixa calafetada e a seguir, este conjunto é
levado ao forno e submetido ao ciclo térmico estabelecido.

Características do processo:
Mais simples e de menor custo em relação aos outros
Não requer equipamentos e sistemas de controle sofisticados
Adequado para peças a serem usinadas antes da têmpera.
Não é adequado para têmpera direta.
Não adequado para peças que requeiram pequena espessura de camada.
Produz camada heterogênea.
É poluente.

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CEMENTAÇÃO EM CAIXA

C(caixa) + CO2  2 CO

2 CO  C(superfície do aço) + CO2

No início do processo,

CaCO3 CaO + CO2

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CEMENTAÇÃO EM MEIO LÍQUIDO

Neste processo as peças a serem cementadas são imersas num banho


de sais fundidos, composto por cloretos de bário, potássio e sódio, ao
qual adiciona-se cianeto de sódio (CNS).

Características do processo:
É mais rápido que os outros.
Produz camada uniforme e com teor homogêneo de carbono.
Apresenta facilidade de carregamento e descarregamento, uma vez
que as peças são amarradas e imersas no banho.
Requer pré-aquecimento da carga.
É tóxico, devido ao cianeto, requerendo medidas especiais de
segurança para operação e tratamento dos resíduos.
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CEMENTAÇÃO EM MEIO GASOSO

A atmosfera gasosa é formada por nitrogênio, hidrocarbonetos, monóxido


de carbono e hidrogênio. Dos hidrocarbonetos, o mais empregado é o
propano. As reações são mais complexas, requerendo maior controle da
temperatura e da composição da atmosfera que alimenta o forno.

Características do processo:
É de grande flexibilidade, sendo adequado para produção seriada.
É adequado para fornos contínuos.
Permite maior controle das variáveis, garantindo maior controle do teor
de carbono e da espessura da camada cementada.
O processo é mais limpo (menos poluente) que os outros.
Requer instrumentação e equipamentos mais sofisticados.
É adequado para têmpera direta.
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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas

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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas
Ciclo (1) – cementação e resfriamento lento
Exemplo: Aço ABNT 1010, cementado em caixa e resfriado lentamente.

Ciclo térmico: As peças submetidas ao meio


carbonetante absorvem carbono, gerando um
gradiente de composição entre a superfície e o núcleo.
Após o patamar de cementação, as peças são
resfriadas lentamente e apresentam microestrutura
típica de aços recozidos; a porcentagem de perlita é
proporcional ao teor de carbono, conforme previsto no
respectivo diagrama de equilíbrio.

Microestrutura: Perlita lamelar grosseira na


superfície e ferrita e colônias isoladas de perlita
lamelar grosseira no núcleo.

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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas
Ciclo (2) – cementação e têmpera direta
Exemplo: Aço ABNT 1010, cementado em banho de sal fundido e
temperado diretamente da temperatura de cementação.

Ciclo térmico: Neste exemplo as peças são imersas


em banho de sal fundido contendo cianetos, através
do qual absorvem carbono. Maior temperabilidade
devido ao enriquecimento em carbono e maior
velocidade de resfriamento propiciam a têmpera na
superfície, originando estrutura martensítica. O núcleo,
apresentará após resfriamento, perlita lamelar fina e
ferrita.

Microestrutura: Martensita na superfície e


ferrita e perlita lamelar fina no núcleo.
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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas
Ciclo (2) – cementação e têmpera direta

SUPERFÍCIE TRANSIÇÃO NÚCLEO

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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas
Ciclo (3) – cementação patamar de difusão e têmpera
Exemplo: Aço ABNT 1010, cementado a gás; patamar de difusão a
840oC e têmpera.

Ciclo térmico: Para aplicação desse ciclo utiliza-se


forno de câmaras; na primeira câmara o material é
cementado, normalmente a 930oC, numa atmosfera
bastante ativa; na segunda câmara ocorre difusão a
840oC numa atmosfera neutra.

Microestrutura: Martensita na superfície e


ferrita e ilhas de martensita no núcleo.
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CEMENTAÇÃO
Ciclos térmicos e microestruturas
Ciclo (4) – cementação, resfriamento, reaustenitização e têmpera
Exemplo: Aço ABNT 1010, cementado e resfriado ao ar;
reaustenitização (somente da camada) e têmpera.

Ciclo térmico: Neste ciclo a microestrutura obtida é


similar à microestrutura obtida no ciclo anterior; no
entanto, o resfriamento e aquecimento promove o
refinamento da microestrutura final, tanto da camada
como do núcleo. Como consequência, obtém-se maior
tenacidade do material, justificando o
maior custo deste ciclo.

Microestrutura: Martensita mais fina na


superfície e ferrita e ilhas de martensita com
distribuição mais fina no núcleo.
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VARIÁVEIS QUE AFETAM
A CEMENTAÇÃO
1. Temperatura: Aumentando-se a temperatura de cementação, aumenta-se a
velocidade de difusão do carbono no ferro e, conseqüentemente, tem-se um aumento
da espessura da camada.

2. Tempo: Como a difusão depende diretamente desta variável, tem-se que, quanto
maior o tempo de cementação, maior a espessura da camada.

3. Potencial de Carbono da Atmosfera: Quanto maior o potencial de carbono da


atmosfera, maior o teor de carbono na superfície da peça e, conseqüentemente, maior a
penetração, aumentando a espessura da camada.

4. %C original do aço: A %C original do aço afeta de forma negativa na


formação da camada cementada, ou seja, quanto maior o teor de carbono,
mais lento será o ciclo.

5. Efeito de elementos de liga no aço: Os elementos de liga também afetam


de forma negativa, uma vez que dificultam a difusão de carbono no aço.

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PROFUNDIDADE DA CEMENTAÇÃO

Camada Total é a distância, medida perpendicularmente, da superfície até o


ponto onde observa-se alteração microestrutural. Camada Efetiva é a espessura
da camada superficial com dureza acima de valor especificado (SAE J423 –
50 HRC ou 514 HV).

Prof. Dr. Rodrigo Magnabosco

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Cementação em caixa a 1150°C por 1 h. 173
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PROFUNDIDADE DA CEMENTAÇÃO

Prof. Dr. Rodrigo Magnabosco

Exemplo: DIN 50190 – EHT 800 = 0,45 mm (EHT – EINSATZHARTUNGSTIEFE)


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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO
TRATAMENTO DE CEMENTAÇÃO
• engrenagens de câmbio • cruzetas
• diferencial de automóveis • buchas
• coroas • fusos
• pinhões • eixos estriados
• sem-fins de direção • contrapontas de torno
• terminais de direção • castanhas de placa de torno
• pinos de pistão • roletes e capas de rolamentos
• eixos de comando de válvula • instrumentos de medição
• colunas-guia • moldes para injeção de plastômeros

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