Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Arte Fisiologia Vegetal
Arte Fisiologia Vegetal
Santa Maria - RS
2015
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Ilustração
Marcel Santos Jacques/CTISM
Morgana Confortin/CTISM
Ricardo Antunes Machado/CTISM
Diagramação
Emanuelle Shaiane da Rosa/CTISM
CDU 581.1
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo a Rede e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das ações do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando cami-
nho de o acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias
promotoras de ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educação dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos
e o Sistema S.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país,
incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação
e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação
profissional e o atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das
instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Junho de 2015
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da disciplina 11
Projeto instrucional 13
e-Tec Brasil
Aula 5 – Crescimento e desenvolvimento vegetal 63
5.1 Considerações iniciais 63
5.2 Germinação das sementes 63
5.3 Crescimento e desenvolvimento 66
5.4 Floração 68
5.5 Frutificação 70
5.6 Fisiologia pós-colheita 71
5.7 Senescência 72
5.8 Controle hormonal do desenvolvimento vegetal 73
5.9 Dormência de plantas frutíferas 77
Referências 80
Currículo do professor-autor 81
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
Espero que nosso convívio e que os estudos sejam agradáveis, para que, ao
final da disciplina, nossos objetivos sejam alcançados!
Um grande abraço!
9 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
Este material tem como objetivo servir de base para os estudos da disciplina
de Fisiologia Vegetal do Curso Técnico em Fruticultura – Modalidade EaD.
Ele foi elaborado a partir da experiência teórica e prática nesta área, pesquisas
em livros, revistas técnicas/científicas e resumos publicados em eventos.
11 e-Tec Brasil
Projeto instrucional
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
Entender a importância do estudo da
fisiologia vegetal.
Ambiente virtual: plataforma
Conhecer a estrutura e o funcionamento
Moodle.
1. Introdução à geral de uma planta.
Apostila didática. 05
fisiologia vegetal Entender a influência da genética e do
Recursos de apoio: links,
ambiente na produção vegetal.
exercícios.
Diferenciar crescimento de desenvolvimento
vegetal.
Reconhecer as funções fundamentais da
Ambiente virtual: plataforma
água na planta.
Moodle.
Entender como ocorre o processo de
2. Água na planta Apostila didática. 05
absorção de água pela planta.
Recursos de apoio: links,
Identificar os processos de perda de água
exercícios.
pela planta.
Reconhecer os métodos de avaliação do
estado nutricional das plantas.
Ambiente virtual: plataforma
Identificar os elementos essenciais, úteis
Moodle.
e tóxicos.
3. Nutrição vegetal Apostila didática. 05
Entender o processo de absorção e transporte
Recursos de apoio: links,
de nutrientes na planta.
exercícios.
Identificar as situações em que a nutrição via
folhar é aplicável.
Reconhecer a importância da fotossíntese e
Ambiente virtual: plataforma
da respiração.
Moodle.
4. Fotossíntese e Definir a importância dos fatores que
Apostila didática. 05
respiração interferem na fotossíntese e na respiração.
Recursos de apoio: links,
Relacionar os conceitos estudados com a
exercícios.
produção de frutas.
Conhecer as etapas de desenvolvimento
Ambiente virtual: plataforma
vegetal.
5. Crescimento e Moodle.
Identificar os processos fisiológicos que
desenvolvimento Apostila didática. 10
ocorrem em cada etapa.
vegetal Recursos de apoio: links,
Relacionar os conceitos com a aplicação
exercícios.
prática na fruticultura.
13 e-Tec Brasil
e-Tec Brasil 14
Aula 1 – Introdução à fisiologia vegetal
Objetivos
Nas próximas aulas deste material didático veremos com mais detalhamento
os processos comentados até o momento.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a importância de se estudar a fisiologia vegetal?
Objetivos
d) Extensão das raízes – quanto maior for o volume de solo explorado pelas
raízes, maior será a quantidade de água absorvida pela planta. Porém, é
importante salientar que quanto mais profundo o sistema radicular e mais
finas e ramificadas as raízes, maior será a resistência à períodos de estia-
gem. Neste sentido, fatores que inibem o crescimento das raízes, como
solos compactados e a presença de Al+3 disponível no solo, irão interferir
na absorção de água pela planta.
2.3.1 Transpiração
A transpiração é um processo que ocorre principalmente nas folhas, através
dos estômatos, onde a água evapora para a atmosfera. Este processo é con-
dicionado por uma diferença de disponibilidade de água entre a folha e o ar
atmosférico.
b) Murcha transitória – esta murcha é visível a olho nu, ocorrendo nas horas
mais quentes do dia, quando a planta transpira mais água do que absorve.
O tempo que as plantas permanecem murchas aumenta de acordo com
o aumento da deficiência hídrica. Entretanto, à noite, com a redução da
taxa transpiratória, a turgescência das células é restaurada, por isso ela é
chamada de transitória.
Resumo
Nessa aula, estudamos um dos componentes mais importantes para o desen-
volvimento da vida na Terra, que é a água. Vimos que ela desempenha diversas
funções na planta (é o principal constituinte dos tecidos vegetais; participa de
diversas reações químicas; é o meio de transporte de substâncias na planta;
mantém a turgescência celular e atua no controle de temperatura da planta).
Depois, foram descritos os mecanismos de absorção de água (ativo e passivo)
e quais são os fatores que afetam esta absorção. Logo na sequência foram
apresentados os processos de perda de água pelas plantas (transpiração,
gutação e exsudação). Por fim, foram discutidas questões gerais relacionadas
a falta (déficit hídrico) e ao excesso de água para o crescimento e desenvol-
vimento vegetal.
Objetivos
• Escolher folhas sem doenças e que não tenham sido danificadas por insetos
ou por outro agente.
3.3.1 Macronutrientes
A partir de agora estudaremos os aspectos gerais dos macronutrientes, incluindo
sua função e importância para as plantas.
3.3.1.1 Carbono
Este nutriente entra na planta pelos estômatos, através do dióxido de carbono
(CO2) e é assimilado no processo de fotossíntese.
3.3.1.2 Hidrogênio
Este nutriente entra na planta pela água, pois o hidrogênio é constituinte da
mesma. Sua assimilação ocorre no processo da fotossíntese. A estimativa é de
que aproximadamente 5 % do tecido vegetal seja constituído de hidrogênio.
3.3.1.3 Oxigênio
A entrada deste nutriente na planta ocorre de forma indireta, através do
dióxido de carbono (CO2) e da água (H2O). Sendo assim, conclui-se que ele
é obtido do ar atmosférico e do solo. Em média, 45 % da matéria seca da
planta é constituída por oxigênio.
3.3.1.4 Nitrogênio
O nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maiores quantidades pela maioria
das plantas, dentre aqueles absorvidos do solo, constituindo de 2 a 4 % da
matéria seca vegetal.
3.3.1.5 Fósforo
A quantidade de fósforo (P) na planta pode ser considerada pequena (0,1 a
1 %). Entretanto, os solos brasileiros, em geral, apresentam deficiência de P,
além de fixação em formas indisponíveis para as plantas, o que demanda um
cuidado especial no manejo deste nutriente nos cultivos agrícolas. Os principais
adubos fosfatados utilizados são apresentados no Quadro 3.4.
3.3.1.7 Cálcio
O teor médio de cálcio (Ca) encontrado na planta varia de 0,3 a 3 %, sendo
que é considerado o teor médio geral de 0,5 %.
Sobre a função do Ca, ele faz parte da estrutura da planta, como da parede
celular das células. Também atua como ativador enzimático em reações da
fotossíntese. Outras funções são a atuação nas estruturas reprodutivas e
raízes da planta.
3.3.1.9 Enxofre
O enxofre (S) é absorvido pela planta na forma de íon sulfato (SO4-2) e sua
disponibilidade no solo está diretamente relacionada com o teor de matéria
orgânica, umidade, pH, relação C/S (carbono/enxofre) e a aeração do solo.
3.3.2 Micronutrientes
A partir de agora estudaremos os aspectos gerais dos micronutrientes, incluindo
sua função e importância para as plantas.
3.3.2.1 Ferro
O ferro (Fe) é o micronutriente absorvido em maior quantidade pela maioria
das plantas. No solo ele pode ocorrer na forma oxidada (Fe+2) e/ou reduzida
(Fe+3), sendo a primeira forma predominante em solos secos, enquanto que a
segunda predomina em solos encharcados. Neste sentido, os solos em geral
apresentam teores adequados deste nutriente quando o pH está próximo a 6,0.
3.3.2.2 Manganês
De maneira geral, o manganês (Mn) é o segundo micronutriente utilizado em
maiores quantidades pelas plantas. Ele é absorvido em maiores quantidades
na forma oxidada (Mn+2), predominante em solos ácidos. Sendo assim, em
situações de calagem excessiva, pode ocorrer deficiência de Mn decorrente
do pH elevado.
3.3.2.3 Boro
O boro (B) é um micronutriente cuja principal função está relacionada com
o crescimento radicular. Além disso, sua presença é fundamental na fase
reprodutiva da planta, ou seja, no florescimento, onde sua aplicação via foliar
aumenta a frutificação efetiva de macieiras. Além disso, proporciona aumento
na coloração vermelha da epiderme de maçãs.
3.3.2.4 Zinco
O zinco (Zn) é absorvido na forma Zn+2, sendo o terceiro micronutriente mais
utilizado pela maioria das plantas.
3.3.2.6 Molibdênio
O molibdênio (Mo) é absorvido pela planta na forma de molibdato (MoO42-)
e é o nutriente absorvido em menores quantidades pelas plantas. Sua dispo-
nibilidade no solo aumenta com a elevação do pH. Sendo assim, deficiências
de Mo poderão ser observadas em solos ácidos.
3.3.2.7 Cloro
O cloro (Cl) é um elemento que está largamente distribuído na natureza.
Em algumas situações poderemos encontrar solos com altos teores de Cl,
como aqueles irrigados com água tratada com este elemento e/ou solos que
recebem sucessivas adubações com cloreto de potássio (KCl). Dessa forma, é
mais provável encontrarmos problemas de toxidez a Cl do que de deficiência.
Este nutriente é absorvido na forma Cl- e sua principal função está relacionada
com reações necessárias para a fotossíntese. O Cl também influencia no
processo de abertura dos estômatos.
3.3.2.8 Níquel
O Níquel (Ni) é absorvido pela planta na forma Ni+2. Em geral, nos solos do
Brasil, é mais comum ser observada a toxidez de Ni do que a deficiência deste
micronutriente.
• Cobalto (Co) – tem atuação direta na FBN, sendo essencial aos organismos
fixadores de N atmosférico.
Outros exemplos de elementos tóxicos são cromo (Cr), flúor (F), chumbo (Pb)
e bromo (Br).
A absorção pode ser conceituada como a entrada do elemento, que pode ser
nutriente essencial, elemento útil ou elemento tóxico, do solo ou ar, para o
interior da planta. Existem dois mecanismos de absorção:
De maneira geral, a adubação folhar não pode ser considerada como substituta
da adubação do solo, mas sim como complementar para algumas culturas e
para determinados nutrientes (FLOSS, 2006). Neste sentido, a adubação folhar
Resumo
Nessa aula, estudamos os diversos aspectos envolvidos na nutrição de plantas.
Primeiramente, foram apresentados os métodos para avaliar o estado nutri-
cional das plantas, sendo eles a observação de sintomas visuais de deficiência,
análise dos atributos químicos do solo e análise de tecido vegetal. Após,
estudamos os elementos essenciais (C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Cu, Zn,
B, Cl, Mo, Mn e Ni), os elementos úteis (Co, Si e Na) e os elementos tóxicos
(especialmente o Al), apresentando os critérios para esta classificação. Na
sequência, foi apresentado como ocorre o processo e quais são os fatores
que influenciam na absorção de nutrientes pela planta, sendo que este se
dá preferencialmente pelo sistema radicular. Para finalizar, foram discutidos
alguns aspectos envolvidos na adubação via folhar, como os fatores que
influenciam este tipo de adubação e quais são as situações em que esta
prática pode ser viável.
Atividades de aprendizagem
1. Quais são os principais métodos de avaliação do estado nutricional das
plantas?
Objetivos
4.1 Fotossíntese
Como as plantas “produzem” o oxigênio (O2)? Se as plantas possuem quase
50 % de sua composição em carbono (C), de onde elas retiram esse elemento?
Por que a radiação solar é tão importante para a vida na Terra?
b) Temperatura
c) Água
d) Gás carbônico
e) Nutrientes
Entende-se por Índice de Área Folhar (IAF) a relação entre a área folhar verde
da planta e uma determinada área de solo. Num primeiro momento, pode-
mos imaginar que quanto maior o IAF, maior será a atividade fotossintética.
Porém, a partir de um determinado IAF, uma área folhar recebe luz e outra
fica autossombreada. Essas folhas, além de possuírem baixa capacidade de
realizar fotossíntese, mantêm a própria atividade à custa da respiração. Por
isso, para cada espécie vegetal, existe um IAF ideal, onde a interceptação da
radiação é elevada e o autossombreamento mínimo.
4.3 Respiração
Já tivemos no item relacionado à fotossíntese uma breve ideia do que se trata
a respiração. Ela se trata do processo inverso da fotossíntese, com objetivo de
obter energia química (ATP), que é necessária para os processos fisiológicos
de manutenção e crescimento da planta.
Nas plantas, os tecidos que não possuem clorofila (raízes, caules, frutos e
flores) tem na respiração a única maneira de obter energia química (ATP), pois
os mesmos não possuem capacidade de realizar fotossíntese. Essa energia
química é necessária para a manutenção e o crescimento da planta.
Por outro lado, a baixa temperatura que atua inibindo a respiração é importante
para a conservação de frutas, permitindo o seu armazenamento e transporte,
agregando valor ao produto.
b) Oxigênio
c) Gás carbônico
e) Efeitos mecânicos
f) Compostos químicos
g) Disponibilidade de substrato
As maiores taxas respiratórias ocorrem nos tecidos mais jovens (ápices de raízes
e caules e sementes em germinação). Tecidos mais velhos, como folhas velhas
(amarelando) e frutos maduros, apresentam menor respiração.
Onde: P = produtividade
F = fotossíntese
R = respiração
Fr = fotorrespiração
É importante destacar que mesmo respirando em uma taxa baixa, alguns desses
frutos são muito sensíveis e estragam rapidamente por outros motivos, como,
facilidade de perder água, suscetibilidade a podridões ou maior fragilidade
dos tecidos (por exemplo, no caso do morango, amora-preta e da framboesa).
Resumo
Nessa aula, estudamos dois processos fisiológicos que são vitais para os vegetais,
a fotossíntese e a respiração. Podemos considerar que os dois processos estão
relacionados, porém com objetivos contrários. A fotossíntese é o processo
pelo qual as plantas sintetizam compostos orgânicos (glicose) a partir de
substâncias inorgânicas (simples), utilizando como fonte de energia a luz solar.
Já a respiração é o processo de obtenção de energia a partir da degradação
de compostos orgânicos, como a glicose, produzidos na fotossíntese. Durante
a aula, vimos como ocorrem os dois processos e quais são os fatores que os
influenciam. No final da aula apresentamos que a produtividade vegetal nada
mais é do que o balanço entre a fotossíntese e a respiração. Dependendo
do caso, podemos ter crescimento, manutenção ou degradação de reservas
da planta.
Atividades de aprendizagem
1. Onde ocorre a maior parte da fotossíntese realizada pelas plantas?
3. O que é a respiração?
Objetivos
• Tegumento impermeável.
• Embrião dormente.
Fonte: Autores
Figura 5.2: Esquema indicativo da fonte e o destino dos nutrientes necessários durante
o processo germinativo
Fonte: CTISM, adaptado dos autores
É importante assinalar que após a plântula emergir, receber luz solar e desen-
volver tecidos clorofilados, ela torna-se independente, absorvendo água e
nutrientes do solo e realizando fotossíntese.
No caso das frutíferas, elas se caracterizam por serem plantas perenes, onde
cada planta apresenta o ciclo completo superior a dois anos e depois que
atingem o máximo crescimento, repetem o período reprodutivo várias vezes
antes da senescência das plantas. Podemos dividir o desenvolvimento dessas
plantas em 3 fases fenológicas: fase de crescimento, fase de clímax e fase
de senescência.
5.4 Floração
A floração é o passo inicial para a reprodução das plantas, pois as flores são
os órgãos onde ocorrerá a fertilização e a formação da semente. Podemos
dividir as flores em dois tipos básicos:
Todas essas alterações são afetadas e comunicadas entre os órgãos das plantas
pelos hormônios vegetais, que serão discutidos ao final desta aula.
5.5 Frutificação
A formação do fruto é um processo onde o ovário cresce para envolver e
proteger a semente que está se formando. Assim, a maioria das frutíferas
cultivadas necessita que haja a fecundação e a formação da semente para
então começar o crescimento do fruto. Neste sentido, após a fecundação
do óvulo, inicia-se o processo de formação da semente, constituída de duas
fases: desenvolvimento do embrião e acúmulo de reservas.
5.7 Senescência
A senescência é um conjunto de processos fisiológicos que conduzem ao
envelhecimento e a morte da planta. Este é um processo natural, inevitável
e irreversível que ocorre em todos os vegetais onde, a partir de certo ponto
da vida desses, a produção realizada pela fotossíntese é insuficiente para
satisfazer as necessidades da planta.
• Baixa luminosidade.
• Baixa temperatura.
• Déficit hídrico.
5.8.3 Citocininas
As citocininas são responsáveis pela divisão celular, que é a primeira fase
do crescimento vegetal. O principal local de produção das citocininas é nas
raízes. Sua atuação ocorre nos processos de divisão, alongamento e diferen-
ciação celular. Além disso, atuam retardando a senescência e promovendo a
germinação de sementes. Algumas aplicações das citocininas na agricultura
são para aumentar a brotação em cana-de-açúcar, retardar a queda de folhas
(senescência), quebrar a dormência das sementes de algumas espécies, etc.
5.8.5 Etileno
O etileno é o único hormônio gasoso e é conhecido como hormônio do
amadurecimento, pois sua atuação principal é no estímulo ao amadurecimento
dos frutos. Ele é produzido em quase todas as células da planta, ou seja,
das raízes, caule, folhas, flores e frutos. Ocorre um estímulo na produção
de etileno em locais da planta que sofreram danos mecânicos; em plantas
submetidas a condições de estresse; em temperaturas altas (próximas a 30ºC)
e em condições de alta concentração de O2. De maneira geral, sua produção
é aumentada por outros hormônios.
Na Figura 5.4 são apresentadas as relações que ocorrem por ocasião da entrada
e saída do fenômeno da dormência em plantas frutíferas.
Resumo
Nessa aula, estudamos os aspectos gerais que envolvem o crescimento e o
desenvolvimento dos vegetais, dando ênfase às etapas do desenvolvimento
vegetal (germinação, crescimento/desenvolvimento, floração, frutificação e
senescência), relacionando-as com os processos fisiológicos que ocorrem em
cada etapa. Após isso, estudamos os hormônios vegetais (auxinas, gibereli-
nas, citocininas, ácido abscísico e etileno) e vimos como é possível controlar
o desenvolvimento dos vegetais através dos hormônios. Em todos os itens
buscamos relacionar os conceitos com a aplicação prática na fruticultura,
envolvendo todas as etapas, da produção ao armazenamento de frutos.
FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: o estudo do que está por trás do que
se vê. 3. ed. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2006. 751 p.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 819 p.
81 e-Tec Brasil
e-Tec Brasil 82 Fisiologia Vegetal