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6º Período

Turmas: 6A-ELT / 6B-ELT

APOSTILA DE MEDIDAS

APOSTILA DE DIGITAL

APOSTILA DE SISTEMAS DE TV

ALUNO: _______________________________________________ TURMA: _______

CEFET-RJ: Av. Maracanã, 229 – bloco B / 3º andar Rio de Janeiro - RJ 20271-110 / Brasil
Telefone: 2566 3153 / 2566 3197
e-mail: coordelt@cefet-rj.br
Equipe de Professores 2012_1

Adriano Martins Moutinho


Alberto Jorge Silva de Lima
André de Souza Mendes
Antonio José Caulliraux Pithon
Aridio Schiapacassa de Paiva
Carlos Alberto Gouvêa Coelho
Edgar Monteiro da Silva
Eduardo Henrique Gregory Pacheco Dantas
José Bastos
José Carlos Andrades
José Fernandes Pereira
José Mauro Kocher
Mauro da Silva Alvarez
Milton Simas Gonçalves Torres
Paulo César Bittencourt (Cedido da UNed de Petrópolis)
Paulo José Monteiro da Cunha
Péricles Freire dos Santos
Rui Márcio Carneiro Arruda

Coordenador do Curso: José Fernandes Pereira


Coordenador de Laboratório: Péricles Freire dos Santos
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório 6º PERÍODO

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório 6º PERÍODO

Sumário

APOSTILA DE MEDIDAS 6...................................................................................3


1ª PRÁTICA ..................................................................................................................................................4
AMPLIFICADOR OPERACIONAL COMO ...................................................................................................4
INVERSOR, NÃO-INVERSOR E BUFFER ..................................................................................................4
2ª PRÁTICA ..................................................................................................................................................8
AMPLIFICADOR OPERACIONAL COMO SOM ADOR E SUBTRATOR (AMPLIFICADOR
DIFERENCIAL) .............................................................................................................................................8
3ª PRÁTICA ................................................................................................................................................10
COMPARADORES COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL ...................................................................10
PROCEDIMENTO .......................................................................................................................................11
4ª PRÁTICA ................................................................................................................................................13
FILTRO ATIVO PASSA-BAIXAS ...............................................................................................................13
5ª PRÁTICA ................................................................................................................................................16
CIRCUITO INTEGRADOR E DIFERENCIADOR COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL .....................16
6ª PRÁTICA ................................................................................................................................................20
MULTIVIBRADOR AST ÁVEL E MONOESTÁVEL COM INTEGRADO 555 .............................................20
COMPONENTES ........................................................................................................................................22
7ª PRÁTICA ................................................................................................................................................24
DISPARADOR SCHIMITT ..........................................................................................................................24
8ª PRÁTICA ................................................................................................................................................30
OSCILADOR EM PONTE DE WIEN...........................................................................................................30

APOSTILA DE DIGITAL .........................................................................................34


1ª PRÁTICA ................................................................................................................................................35
REVISÃO - COMPUTADOR .......................................................................................................................35
2ª PRÁTICA ................................................................................................................................................43
MONTAGEM DE UM COMPUTADOR – BASE PC ...................................................................................43
3ª PRÁTICA ................................................................................................................................................63
REVISÃO DA MONTAGEM DE UM CABO DE REDE ..............................................................................63
(PADRÃO CAT-5) .......................................................................................................................................63
4ª PRÁTICA ................................................................................................................................................67
INSTALAÇÃO DE SISTEMAS OPERACIONAIS ......................................................................................67
5ª PRÁTICA ................................................................................................................................................67
COMUNICAÇÃO USANDO O Hyper-Terminal .........................................................................................67
6ª PRÁTICA ................................................................................................................................................67
INTRODUÇÃO À REDES ...........................................................................................................................67
7ª PRÁTICA ................................................................................................................................................68
CONFIGURAÇÕES E PROTOCOLOS DE REDE .....................................................................................68

APOSTILA DE TV 2 ...................................................................... 82
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................83
TÉCNICAS DE TRABALHO NO LABORATÓRIO DE TV .........................................................................83
1ª PRÁTICA ................................................................................................................................................86
CONEXÃO DIGITAL DE SINAIS DO SETOR DE TV: ESQUEM AS, CABOS E CONECTORES ............86
a
2 PRÁTICA ................................................................................................................................................92
MEDIDAS DAS CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO SINAL DE VÍDEO DIGITAL – SDI : FIGURA DE
OLHO (EYE FIGURE) .................................................................................................................................92
3ª PRÁTICA ................................................................................................................................................98
CAPT AÇÃO DE IM AGENS ........................................................................................................................98
4ª PRÁTICA ..............................................................................................................................................105
USANDO O WVR 7120 – Medições ........................................................................................................105
5ª PRÁTICA ..............................................................................................................................................106
EDIÇÃO DE IM AGENS .............................................................................................................................106
6ª PRÁTICA ..............................................................................................................................................112
TRASMISSÃO DIGITAL ............................................................................................. 112

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

APOSTILA DE MEDIDAS 6

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

1ª PRÁTICA
AMPLIFICADOR OPERACIONAL COMO
INVERSOR, NÃO-INVERSOR E BUFFER

OBJETIVOS
• Medir o ganho de tensão das configurações.
• Medir as impedâncias de entrada e saída.
• Observar a influência dos resistores de realimentação no ganho de tensão.

INTRODUÇÃO
O Amplificador Operacional (AO ou Op Amp) é um circuito eletrônico
disponibilizado na forma chip (circuito integrado monolítico), que possui as seguintes
características:
a) Ganho elevado;
b) Impedância de entrada elevada;
c) Impedância de saída baixa;
d) Resposta de frequência ampla.

As características de impedâncias favorecem a utilização como amplificador


de tensão. A realimentação negativa é empregada para controlar as características
de ganho.

Pode ser implementado em três configurações básicas:


a) Amplificador inversor – o sinal é aplicado na entrada inversora junto com
o sinal realimentado, enquanto a entrada não inversora é conectada à massa,
diretamente ou através de um resistor de balanceamento opcional (para redução do
erro de off-set).
Av = - Rf / Ri
b) Amplificador não-inversor – o sinal é aplicado na entrada não-inversora,
enquanto a entrada inversora recebe, por um divisor de tensão, parte da tensão de
saída.
Av = (Rf / Ri) + 1
c) Amplificador buffer – possui uma ligação direta entre os terminais da
entrada inversora e da saída. Dessa forma, a realimentação é máxima e o ganho se
torna unitário.

MATERIAL UTILIZADO
Componentes Instrumentos
1 resistor de 470 Ω Gerador de sinais
2 resistores de 1 kΩ Osciloscópio duplo-traço
1 resistor de 10 kΩ Multímetro digital
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1 resistor de 22 kΩ Fonte de alimentação


1 resistor de 33 kΩ Protoboard
1 resistor de 47 kΩ
Circuito integrado 741

CIRCUITOS

Fig. 1.1: Inversor Fig. 1.2: Não Inversor Fig. 1.3: Buffer

DADOS TÉCNICOS
O amplificador operacional é fabricado por diversas empresas, com diferentes
identificações, como por exemplo: µA741, pela Texas Instruments; CA741, pela
Intersil e LM741, pela National Semiconductors. O 741 é um dos muitos AOs
disponíveis e o mais comum.

Seu encapsulamento usual é o dual in line (pinos em linha) em plástico, com oito
pinos (4 + 4), como ilustrado a seguir, mas também é possível encontrar o dual in
line (DIP) em cerâmica e o cilíndrico, em metal, bem como versões para montagem
em superfície (SMD) e com mais de um 741 na mesma peça (com mais pinos,
naturalmente).

Fig. 1.4: Pinagem do Amplificador Operacional 741 Dual in Line, cerâmico ou plástico.

Figura 1.5 - Aspecto de um AO 741 em DIP

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Figura 1.6 - Circuito interno simplificado de um AO 741

PROCEDIMENTO
1. Monte o circuito da fig. 1 e aplique tensão DC de alimentação simétrica de
+10V e -10 V.

2. Aplique um sinal senoidal na frequência de 1 kHz ao circuito (ei) e ajuste o


nível para obter na saída a máxima amplitude, sem distorção.

3. Meça os níveis de sinais de entrada e saída e determine o ganho de tensão.

ei = _______ eo = _______ Av = _______

4. Substitua o resistor de 10 kΩ (Ri) pelos resistores indicados e novamente


meça os sinais de entrada e saída e calcule o ganho de tensão.

Ri = 22 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______

Ri = 33 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______

Ri = 47 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______

5. Faça a verificação do ângulo de fase entre os sinais de entrada e saída: θ =


________

6. Meça a impedância de entrada: Zin = _________

7. Comprove a impedância próxima a zero na saída do circuito, utilizando como


carga um resistor de 1 kΩ e, depois, um de 470 Ω. Observe se houve
variação da tensão da saída no osciloscópio ao trocá-los.

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8. Monte o circuito da figura 2 e repita os itens (2), (3), (4), (5) e (6).

Ri = 10 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______


Ri = 22 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______
Ri = 33 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______
Ri = 47 kΩ ei = _______ eo = _______ Av = _______

θ = _______ Zin = _______

9. Monte o circuito da figura 3 e repita os itens (2) e (3).

ei = _______ eo = _______ Av = _______

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2ª PRÁTICA
AMPLIFICADOR OPERACIONAL COMO SOMADOR E
SUBTRATOR (AMPLIFICADOR DIFERENCIAL)

OBJETIVOS
• Verificar a ação de soma e subtração dos circuitos.
• Medir o ganho de tensão relativo a cada uma das entradas do somador,
separadamente.
• Observar a relação de fase entre o sinal de saída e o das entradas inversora e
não inversora no amplificador diferencial.

INTRODUÇÃO
O dispositivo Amplificador Operacional possui esta denominação devido ao fato de
permitir operações aritméticas entre sinais aplicados às suas entradas.

Somador
No circuito somador, os sinais são aplicados na entrada inversora, cada um através
de um resistor. Este circuito tem por finalidade apresentar na saída uma tensão
proporcional à soma algébrica dos sinais de entrada, sendo que o ganho dado a
cada sinal de entrada está associado ao resistor dessa entrada.

eo = - [(R4 / R1) ei1 + (R4 / R2) ei2 + (R4 / R3) ei3]

Subtrator
O amplificador subtrator apresenta sinais diferentes aplicados às entradas inversora
e não inversora. Este circuito tem por finalidade apresentar na saída uma tensão
proporcional à diferença dos sinais aplicados nas entradas. Tal função define o
circuito como amplificador diferencial ou amplificador de erro.

eo = [(R3 / R1 + R3) (R2 + R4 / R2) ei2 - (R4 / R2) ei1]

MATERIAL UTILIZADO
Componentes Instrumentos
2 resistores de cada: 1 kΩ, 10 kΩ Fonte de alimentação
1 resistor de cada: 10 Ω, 33 Ω, 47 Ω, Gerador de sinais
2,2 kΩ, 4,7 kΩ, 22 kΩ Osciloscópio
1 circuito integrado µA741 Protoboard
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CIRCUITOS

Fig. 2.1: Circuito somador Fig. 2.2: Circuito subtrator Fig. 2.3: Divisor resistivo

PROCEDIMENTO
1. Monte o circuito da figura 1 e aplique alimentação simétrica de +10 V e -10 V.

2. Aplique um sinal de 1 kHz em cada entrada do somador, uma de cada vez,


sem que o sinal de saída distorça; meça o nível dos sinais e calcule o ganho
de tensão individual, por entrada.
Av1= __________ Av2= __________ Av3= __________

3. Ligue as saídas do Divisor da figura 3 às entradas do Somador da figura 1 e


aplique um nível de tensão eS de modo que a tensão de saída eo não sofra
distorção.

4. Meça os valores de e1; e2; e3: e1 = ______ e2 = _______ e3 = _______

5. Calcule e meça a tensão de saída: eo = _______

6. Monte o circuito da figura 2 e aplique alimentação simétrica de +10 V e -10 V.

7. Aplique um sinal de 1 kHz em cada entrada do Subtrator, uma de cada vez,


sem que o sinal de saída distorça; meça o nível dos sinais e calcule o ganho
de tensão individual, por entrada. Av1=__________ Av2=__________

8. Verifique a fase da tensão de saída relativa a cada entrada do Subtrator.


θ1 =____________ θ2 =____________

9. Ligue as saídas do Divisor da figura 3 às entradas do Subtrator da figura 2 e


aplique um nível de tensão eS de modo que a tensão de saída eo não sofra
distorção.

10. Meça os valores de e1; e2; eo: e1 = ______ e2 = _______ eo = _______

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3ª PRÁTICA
COMPARADORES COM AMPLIFICADOR
OPERACIONAL

OBJETIVO
• Analisar o comportamento do Amplificador Operacional como comparador de
tensão.

INTRODUÇÃO
Devido a seu alto ganho, o amplificador operacional faz com que pequenas
diferenças entre os sinais de entrada sejam suficientes para levar a saída a seus
limites extremos (± V – tensões de alimentação). Essa característica permite a
obtenção de circuitos muito sensíveis, tendo como limitação a sua frequência de
operação, que depende do slew rate do amplificador operacional.

MATERIAL UTILIZADO
Componentes Instrumentos
2 resistores de 100 kΩ Fonte de alimentação DC
1 resistor de 1 kΩ Osciloscópio
1 potenciômetro de 10 kΩ Gerador de sinais
1 diodo zener de 4,7 V Multímetro digital
1 diodo zener de 6,3 V Protoboard
1 amplificador operacional µa741

CIRCUITOS

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PROCEDIMENTO
1. Monte o circuito da figura 1.

2. Alimente o circuito e ajuste o potenciômetro de forma a fazer com que a saída


varie entre +15 V e -15 V. Meça os valores de VA imediatamente antes e
imediatamente depois da transição entre as tensões de +15 V e -15 V.

VA inferior___________ VA superior___________

3. Monte o circuito da figura 2.

4. Alimente o circuito. Ajuste o gerador para fornecer um sinal de 1 Vp na


frequência de 1 kHz e o aplique na entrada do circuito.

5. Observe as formas de onda de entrada e saída simultaneamente na tela do


osciloscópio (canal 1 do osciloscópio na entrada e canal 2 na saída do
circuito). Esboce-as a seguir.

6. Anote os valores das tensões de pico negativo e pico positivo da saída do


circuito

+VP = __________ -VP = ___________

7. Meça os tempos de subida (rise time) e de descida (fall time) do sinal de


saída. Para isso, ajuste a base de tempo de modo a ver as inclinações nas
bordas de subida e descida do sinal (da ordem de microssegundos), bem
como ajuste a escala vertical de modo que o sinal ocupe exatamente a tela
toda, caso haja marcas de 10% e 90% nela, ou então de modo que o sinal
ocupe exatamente cinco divisões. Meça, então, o tempo que o sinal leva para
ir de 10% a 90% da amplitude na subida e de 90% a 10% da amplitude, na
descida.

Rise time = ________ Fall time = ________

8. Calcule o slew rate (taxa de variação) do 741, dividindo a variação da tensão


de saída pelo tempo de transição (V/µs).

Slew rate = ________

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9. Modifique a tensão de alimentação da fonte para ± 7,5 V e repita os itens 4, 5


e 6.

+VP = __________ -VP = ___________

10. Monte o circuito da figura 3.

11. Repita os itens 4, 5 e 6.

+VP = __________ -Vn = ___________

12. Monte o circuito da figura 4.

13. Repita os itens 4, 5 e 6.

+VP = __________ -VP = ___________

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4ª PRÁTICA
FILTRO ATIVO PASSA-BAIXAS
OBJETIVOS
• Calcular e medir a frequência de corte do filtro ativo.
• Verificar o efeito do ganho na curva de resposta.

INTRODUÇÃO
Os filtros ativos passa-altas e passa-baixas têm como principal aplicação a
chamada bi-amplificação ou sistema crossover ativo que, ao invés de utilizar filtros
junto aos alto-falantes, faz a divisão de frequências no pré-amplificador e depois
aplica cada faixa a um estágio de potência (saída) diferente.

Sistema convencional Bi-amplificação (crossover ativo)

São três as soluções conhecidas para implementar tais filtros e cada uma
apresenta uma curva de resposta que leva o nome de seu autor.

A solução normalmente usada é a de Butterworth por ter corte mais abrupto


que a de Bessel e por não ter a ondulação (ripple) da curva de Chebyshev.

O filtro ideal seria aquele que tivesse uma resposta que cortasse
completamente os sinais fora da faixa de freqüências desejada, mas isso não é
obtido na prática.

Resposta do filtro Passa-baixas ideal Resposta dos filtros Passa-baixas reais

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Os filtros RC ou RL são de 1ª ordem, isto é, possuem apenas um componente


reativo (o capacitor ou o indutor) e, por isso, apresentam uma queda de ganho
menos acentuada após a frequência de corte, de 20 dB por década.

A vantagem do filtro ativo é que com um só amplificador operacional e duas


redes RC se consegue - 40 dB/década na região de atenuação, sem que a
resistência de entrada do estágio seguinte afete a frequência de corte.

Exemplo de passa-baixas ativo e suas curvas:

O circuito é basicamente um amplificador não inversor de fase com o ganho na


região da faixa de passagem do sinal determinado por:

Av = 1 + R2 / R1

O mesmo circuito, dependendo da combinação dos resistores e dos


capacitores do filtro e do ganho do amplificador básico, pode produzir diferentes
curvas de resposta.

Dados do Filtro de Butterworth


Av = 1,59; R = R'; C = C'; ωcorte = 1 / R C ou fcorte = ½ π R C

MATERIAL UTILIZADO

COMPONENTES INSTRUMENTOS
2 resistores de cada: 5,6 kΩ, 10 kΩ Gerador de sinais
1 resistor de 3,3 kΩ, Voltímetro de áudio
3 capacitores de 100 nF Fonte de alimentação
Circuito integrado 741 Multímetro digital

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CIRCUITO

Fig. 1 - Diagrama do Filtro Ativo Passa-Baixas Fig. 2 - Pinagem do CI 741

PROCEDIMENTO
1. Monte o circuito de figura 1.

2. Alimente o circuito e aplique um sinal de 1 Vp na sua entrada.

3. Mantendo constante a amplitude do sinal aplicado, varie a frequência do


gerador de modo a localizar a frequência de corte. Compare-a com o valor
esperado (calculado) e esboce a curva de resposta em papel semilog.

f c calc =  f c med = 

4. Faça o ganho do amplificador igual a 1 (Bessel), colocando um resistor de 5,6


kΩ no lugar de 3,3 kΩ. Compare a nova resposta com a anterior.

f c calc =  f c med = 

5. Faça o ganho do amplificador igual a 2,7 (Chebyshev), trocando de lugar os


resistores de 3,3 kΩ e de 5,6 kΩ. Compare a nova resposta com a anterior.

f c calc =  f c med = 

6. Escolha novos valores para os resistores do filtro de modo a obter fcorte de 1


kHz e retornar com o ganho para 1,59 (Butterworth). Verifique com os
instrumentos a fcorte e o ganho obtidos.

f c med. =  Av med = 

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5ª PRÁTICA
CIRCUITO INTEGRADOR E DIFERENCIADOR COM
AMPLIFICADOR OPERACIONAL

1ª Parte - CIRCUITO INTEGRADOR

OBJETIVOS
• Ajustar o sinal de entrada dentro dos limites propostos para comportamento do
circuito como integrador.
• Comparar a constante de tempo (RC) do circuito com o período e o semiperíodo
do sinal de entrada.
• Representar graficamente as formas de onda de entrada e saída no domínio de
tempo.
• Modificar a frequência do sinal de entrada e representar graficamente as
eventuais modificações ocorridas na saída.

INTRODUÇÃO
O circuito Integrador realiza a operação matemática da integração, uma vez
que ele fornece uma tensão de saída proporcional à integração da tensão de
entrada. Se for usada uma onda quadrada como tensão de entrada, a forma de onda
da saída será uma rampa, que é uma tensão linearmente crescente ou decrescente.
A seguir faremos o desenvolvimento de uma expressão para a tensão de
saída do Integrador.
Conhecemos a relação entre capacitância, carga e tensão, C = Q / V, onde Q
é a carga no capacitor e V a tensão sobre o capacitor.
Se resolvermos a equação em função de V, teremos: V = (1 / C) x Q
Como sabemos, Q é a carga total acumulada no capacitor, que é o resultado
da corrente multiplicada pelo tempo de carga no capacitor. A representação
matemática empregando a integração é a seguinte: Q = ∫ i dt
Substituindo Q na equação de V, teremos, usando uma tensão instantânea v,
a seguinte expressão para a tensão:
v = 1 ∫ i dt
C
Analise o circuito apresentado. Supondo o ponto de intersecção entre R1 e R2
como terra virtual e a corrente i que circula por R1 igual à corrente de carga no
capacitor, vem:
i = vin / R1
Logo, podemos mostrar que a equação da tensão de saída, considerando o
capacitor descarregado inicialmente, é:
vo = - 1 ∫ i dt
RC
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OBS: O sinal negativo explica-se porque a tensão vin está aplicada à entrada
inversora do amplificador operacional.

CIRCUITO COMPONENTES

R1 = 12 kΩ
R2 = 100 kΩ
C = 0,0025 µF
CI = 741

Obs.: R2 >> R1

PROCEDIMENTOS

1.1 – Ajuste a tensão de entrada em 1 Vpp, usando o gerador de onda quadrada na


frequência de 10 kHz.
1.2 – Compare a constante de tempo do circuito (RC) com o período e o
semiperíodo da tensão de entrada.

T = ________ Tvin = __________ Tvin / 2 = ________

1.3 – Analise as formas de onda de entrada e saída, indicando as amplitudes,


períodos e eventual defasagem; mantenha a devida correspondência no
tempo.

1.4 – Altere a frequência da tensão de entrada para 100 kHz. Represente, no gráfico
abaixo, as amplitudes, períodos e eventual defasagem.

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2ª Parte - CIRCUITO DIFERENCIADOR

OBJETIVOS

• Ajustar o sinal de entrada nos limites propostos para o comportamento do circuito


como diferenciador.
• Comparar a constante de tempo do circuito (RC) com o período e o semiperíodo
do sinal de entrada.
• Representar graficamente as formas de onda de entrada e saída no domínio do
tempo.
• Modificar a frequência do sinal de entrada e representar graficamente as
eventuais alterações ocorridas na saída.

INTRODUÇÃO
Quando do estudo do Diferenciador RC foi usada uma rede de avanço de fase como
a da figura abaixo. Aplicando-se à entrada um sinal retangular, como mostra a forma
de onda ao lado direito do circuito, a saída do circuito fornece pulsos positivos e
negativos, como Vo.

Se um Diferenciador RC tiver que fornecer pulsos de curta duração, a


constante de tempo (RC) deve ser pelo menos 10 vezes menor que a largura do
pulso T.

AMPLIFICADOR OPERACIONAL DIFERENCIADOR

Quando a tensão de entrada varia, o capacitor se carrega ou descarrega. Em


razão da elevada Zi do AO, a corrente do capacitor passa através do resistor de
realimentação, produzindo uma tensão. Esta tensão é proporcional à inclinação da
tensão de entrada.
A corrente ic depende do valor de Vin e da frequência desse sinal. Analisando
o circuito da página seguinte, podemos escrever:

IC = C x dvin / dt e iR = vout / R

Logo, a tensão de saída do circuito é: vout = - R x iR

Como iC = iR em razão da elevada Zi, segue-se: vout = -RC x dvin / dt

A equação mostra que a saída do circuito é a derivada do sinal de entrada.


Consequentemente, o circuito é conhecido como diferenciador.
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CIRCUITO COMPONENTES

R1 = 22 kΩ
R2 = 220 kΩ
C = 0,0047 µF
CI = 741

Obs: A resistência em série, com o capacitor impede as oscilações em alta


frequência e limita o ganho de tensão de malha fechada em alta frequência .

PROCEDIMENTO

2.1 – Ajuste o sinal de entrada em 1 Vpp , usando gerador de onda quadrada na


frequência de 400 Hz.
2.2 – Faça uma análise comparativa entre as constantes de tempo do circuito (RC),
o período de tensão de entrada (T) e o semiperíodo da tensão de entrada
(T/2). TRC = _________ T = _________ T/2 = _________

2.3 – Represente graficamente as formas de onda, em correspondência do tempo,


indicando as amplitudes, períodos e defasagens.

2.4 – Altere a frequência da tensão de entrada para o dobro da frequência crítica do


circuito.

2.5 – Represente graficamente as formas de onda, em correspondência do tempo,


indicando as amplitudes, períodos e defasagens.
Formas de onda do item 2.3 Formas de onda do item 2.5

Vi (V) Vi (V)

t
t

Vo (V) Vo (V)

t
t

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6ª PRÁTICA
MULTIVIBRADOR ASTÁVEL E MONOESTÁVEL COM
INTEGRADO 555

OBJETIVOS
• Observar as formas de onda nos circuitos.
• Calcular e medir o período das formas de onda.
• Alterar a tensão de alimentação do circuito astável e verificar a variação de sua
frequência de resposta.

INTRODUÇÃO
O circuito integrado 555 é uma estrutura monolítica que apresenta as
seguintes características:
- Compatível com as famílias TTL e CMOS;
- Alimentação entre 3 V e 15 V;
- Nível de corrente de saída elevado (200 mA);
- Resposta de tempo 1µs a 1h.

Possui, como aplicação prática, a implementação de multivibradores, que po-


dem ser utilizados nas funções de sincronismo e temporização.

Utilização do 555 como Multivibrador Astável


O circuito astável é capaz de gerar pulsos pela interligação dos terminais dos
terminais denominados sensor de nível (pino 6) e disparador (pino 2) a um circuito
RC que tende a se carregar com Vcc, como se vê nas figuras a seguir.
A carga de C é por (RA + RB) e sua descarga se dá por RB.

Figura 2: Forma de onda no capacitor

Figura 1: Circuito Astável com 555

Figura 3: Forma de onda na saída

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O tempo em que a forma de onda permanece no nível alto, correspondente à


carga do capacitor, é chamado tH, e tempo em que a forma de onda permanece no
nível baixo, correspondente à descarga do capacitor, é chamado tL

Assim, o período do sinal de saída é dado por: T = tH + tL

onde: tH = 0,7 x (RA + RB) x C e tL = 0,7 x RB x C

Logo, T = [0,7 x (RA + RB) x C] + [0,7 x RB x C]

→ T = 0,7 x ( RA + 2RB) x C

Consequentemente, como f = 1 / T → f = 1 / [0,7 x ( RA + 2RB) x C]

O capacitor no pino 5 (C1) deve ser usado em ambientes onde haja fortes
interferências eletromagnéticas, evitando introduzir ruído no divisor de tensão de
referencia, interno ao circuito integrado 555 e formado por três resistores de 5 kΩ em
série. Os fabricantes recomendam capacitores com valores entre 10nF e 100nF, de
disco cerâmico, que apresentam baixa resistência série e baixa indutância série.

Utilização do 555 como Multivibrador Monoestável


O circuito Monoestável apresenta como característica a produção de um
único pulso de saída, a partir de um pulso de entrada. A duração do pulso de saída
depende dos componentes usados.
Diferente do circuito anterior, este necessita da aplicação de pulsos de
disparo para mudar de estado, porém sempre volta ao seu estado original, em que a
saída permanece estável, daí sua denominação. Já o anterior não tem um estado
estável, daí ser chamado de não-estável, já que o prefixo a indica negação.
O período neste circuito é dado por: T = 1,1 x RC

Figura 2: Circuito e formas de onda do multivibrador Monoestável.


Fig. 2A: Circuito Monoestável; Fig. 2B: Forma de onda no terminal de disparo;
Fig. 2C: Forma de onda no capacitor; Fig. 2D: Forma de onda na saída.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

COMPONENTES
Resistores: 470 Ω, 1,8 kΩ, 10 kΩ (x2), 150 kΩ, 180 kΩ
Capacitores: 1 nF, 8 nF, 50 nF, 4,7 µF e 47 µF
LED
CI 555

CIRCUITOS

Figura 3: Multivibrador Astável Figura 4: Multivibrador Mono-astável

PROCEDIMENTO

1. Monte o circuito Multivibrador Astável, seguindo o diagrama da Fig. 3.

2. Observe as formas de onda no capacitor e na saída (pino 3), medindo o nível


de tensão em cada uma, com auxílio do osciloscópio. Anote a seguir.

Sinal no capacitor

Sinal de saída

3. Calcule e meça o período do sinal de saída:Tcalc = _______ Tmedido = _______

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

4. Meça a frequência correspondente a esse período: fmedida = ______ (Vcc = 5V).

5. Modifique o valor de Vcc e observe as variações na frequência do sinal


produzido.
Vcc = 3 V → fmedida = _______
Vcc = 8 V → fmedida = _______
Vcc = 12 V → fmedida = _______

6. Substitua o capacitor no pino 2 por um de 4,7 µF. Calcule a nova frequência


de oscilação. Observe visualmente essa frequência através do piscar do LED.

7. Monte o multivibrador Monoestável com o 555, seguindo o diagrama da


Figura 4.

8. Observe, a cada disparo, as formas de onda no terminal de disparo, no


capacitor e na saída, medindo o nível de tensão em cada uma, com auxílio do
osciloscópio. Anote.

Sinal no terminal
de disparo

Sinal no capacitor

Sinal de saída

9. Calcule e meça o período do sinal de saída: Tcalc = _______ Tmedido = _______

10. Modifique o valor de Vcc e observe as variações no período do sinal


produzido.

Vcc = 3 V → Tmedido = _______


Vcc = 8 V → Tmedido = _______
Vcc = 12 V → Tmedido = _______
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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

7ª PRÁTICA
DISPARADOR SCHIMITT

OBJETIVOS
• Representar graficamente as formas de onda observadas no circuito, comparando-
as no tempo.
• Medir a frequência de oscilação do circuito para cada condição proposta.
• Modificar o circuito proposto para que possa funcionar como um temporizador.
• Observar a limitação de frequência do circuito.
• Verificar se o circuito comporta-se como um VCO.

INTRODUÇÃO
O disparador Schimitt é um comparador regenerativo, isto é, uma parcela do
sinal de saída obtida por um divisor de tensão realimenta positivamente o circuito ao
ser aplicado à entrada não inversora. Assim, quando a saída estiver saturada
positivamente, parte dessa tensão realimentará a entrada não inversora, obrigando o
circuito a permanecer no mesmo estado. Da mesma forma, uma saída negativa será
reforçada pela realimentação positiva.

vf = ± vo . R2 ou vf = ± R2 . vo
R1 + R2 R1 + R2

Podemos, então, determinar a expressão para o ganho da malha de realimentação (βf):

βf = vf = R2
vo R1 + R2

Logo, a tensão de referência é dada por: vf = ± βf . vo

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

Se considerarmos agora um sinal de entrada, este, ao passar por um valor igual


à tensão de referência, acarretará brusca mudança da tensão de saída, de +Vsat
para –Vsat ou vice-versa, conforme o caso.

Logo:
vi > vf (vi é positiva em relação a vf) → vo = –Vsat
vi > vf (vi é negativa em relação a vf) → vo = +Vsat

Característica de transferência

A figura acima pode mais facilmente ser entendida com o seu


desmembramento, conforme é mostrado a seguir:

a) Variação positiva de vi: quando vi se torna maior do


que vf, vo vai para –Vsat, o que obriga a tensão de
referência a assumir -vf.

b) Variação negativa de vi: quando vi se torna menor do


que vf, vo vai para +Vsat, o que obriga a tensão de
referência a assumir +vf.

A diferença entre +vf e -vf é denominada histerese.

Observamos que a histerese é fruto do deslocamento da tensão de referência ao


acompanhar as variações da tensão de saída. Em certos casos, é conveniente um
certo nível de histerese, a fim de tornar o circuito imune a ruído, evitando-se assim
disparos aleatórios.
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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

O amplificador operacional utilizado como comparador de tensão, associado ao


circuito integrador, passa a ter comportamento de oscilador.

Circuito Forma de onda na saída Forma de onda em C1

Em relação ao circuito:
→ R3 é responsável por uma realimentação degenerativa (funcionamento normal
do amplificador).
→ R2 e R1 formam um divisor de tensão responsável pela amostragem (vf) e
tornam o funcionamento do oscilador regenerativo.

Análise da realimentação série de tensão (regenerativa):

i = vo , vf = i . R2 → vf = vo . R2 = vo . R2
R1 + R2 R1 + R2 R1 + R2

vf = β → β = R2 e fo = 1
vo R1 + R2 (R3 + R5) . C1 . ln 1 - β
1+ β

Esse oscilador deve oscilar entre 10 Hz e 10 kHz.

Em frequências altas, o comportamento é limitado pelos parâmetros slew rate


(taxa de variação de tensão) e hold time (tempo de atraso, que é o tempo necessário
para que o operacional saia da saturação, passe pela região ativa e retorne à região de
saturação).

Para temporização podemos programar a largura do pulso através da carga do


capacitor.

Análise do comparador de tensão


Curva de transferência de um amplificador operacional em comportamento
comparador.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

Características de transferência do Comparador de Tensão.

Analisando o ganho do amplificador cuja entrada é a não inversora.

0 vo
+
vo vo R1 R2
Ad = → Ad = onde v2 =
vd v2 - v3 1 1
+
R1 R2

vo

vo R2 vo . R1
= . vs vo = . vs
Ad R1 + R2 R1 + R2

R1. R2

1 R1 vo . R1
vo ( – ) = – vs = vs
Ad R1 + R2 R1 + R2

vo 1 R1 + R2
Avs = = =
vs R1 R1

R1 + R2

Configuração Astável

1
f =
T

Escolha de C

TH = R . C . ln [ ( R1+ +R2 ) / R ]

TL = R . C . ln [ ( R1+ R2 ) / R ]

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Configuração Monoastável

Circuito Básico Ex. de circuito prático Formas de onda de Vo e em C

OBS: Na prática colocar o diodo em paralelo com o capacitor (use C = 1000µF).


Para disparo manual, ligar o pino 3 à terra (chave indicada no esquema acima).

T = R . C . ln [ ( R1 + R2) / R1 ]

CIRCUITO

R1 = 100 kΩ R2 = 10 kΩ R3 = 220 kΩ
R4 = 10 kΩ (potenciômetro) R5 = 100 kΩ (potenciômetro) R6 = 68 kΩ
R7 = 10 Ω (potenciômetro) Ci = 470 µF C = .05 µF
CI = 741 D1= D2= D3 = 1N4004

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PROCEDIMENTO

1. Posicione o potenciômetro R4 na região média. Verifique as formas de onda nos


pontos 2, 3 e 6. Faça o gráfico comparativo.

(2) (3) (6)

2. Meça a frequência livre de oscilação na situação atual: f=

3. Meça a frequência livre de oscilação nas situações extremas:

f (pot . max.) = f (pot. min.) =

Faixa de oscilação: de________a________Hz

4. Altere o capacitor Ci para três valores distintos e determine as respectivas


frequências de oscilação.
1º) C1= f=
2º) C2= f=
3º) C3= f=

5. Modifique o circuito para comportar-se como um temporizador. Troque o valor do


capacitor Ci para 0.05 µF e verifique se o circuito ainda oscila. Feche a chave S e,
variando o valor do potenciômetro R7, meça a frequência de oscilação. O circuito
comporta-se como um VCO?

f=

Obs.: 1ª) Circuito Astável


TH = ( R3 + R5 ) C . ln [ ( R1 + R2 ) / R1 ]
TL = ( R4 + R5 ) C . ln [ ( R1 + R2 ) / R1 ]

2ª) Circuito Monoestável


T = ( R4 + R5 ) Ci . ln [ ( R1 + R2 ) / R1 ]

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8ª PRÁTICA
OSCILADOR EM PONTE DE WIEN

OBJETIVOS
• Medir a frequência de oscilação (fos).
• Medir o ganho do amplificador e o ganho de malha, na frequência de oscilação.
• Medir a relação de fase entre saída e entrada da rede de realimentação e do
amplificador, na frequência de oscilação.

INTRODUÇÃO
Em todo oscilador senoidal o sinal de saída retorna à entrada em fase com o
sinal ali presente (defasagem de zero grau), caracterizando-se a realimentação
positiva. Assim, parte do sinal de saída é aplicada à entrada de modo que reforce a ele
mesmo, o que provoca crescente elevação na saída, até o amplificador atingir o nível
máximo possível. A partir daí, a carga dos capacitores se estabiliza e a tensão
realimentada começa a diminuir. Tal diminuição provoca uma queda na tensão de
saída do amplificador e a ação de diminuir é realimentada, reduzindo, cada vez mais, a
tensão de saída até atingir o valor máximo no sentido oposto. Dessa forma são
gerados os semiciclos positivos e negativos.

O Oscilador em Ponte de Wien é um oscilador senoidal, em que a realimentação


a zero grau somente se dá em uma determinada frequência.

Determinação da frequência de oscilação:

Fig. 8.1 - Rede de realimentação.

Uma inspeção na figura 1 mostra que a seção Z1 tende a causar um avanço de


fase de Vf em relação a Vo, enquanto que a seção Z2 tende a causar um atraso de
fase de Vf em relação a Vo. Deve então existir uma frequência (fos) na qual o avanço de
fase em Z1 seja exatamente cancelado pelo atraso de fase em Z2.

Devemos verificar as condições de oscilação, isto é, determinar a frequência em


que a realimentação ocorre a zero grau e, ainda, a atenuação imposta pela rede de
realimentação, que nos permitirá conhecer o ganho mínimo do amplificador que
satisfaça a relação βf x Av = 1.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

Chamemos: Z1 = R – j 1 e Z2 = 1
ωC 1 + j . ωC
R
ou 1 = 1 + j.ωC
Z2 R

Temos que: Vf = Vo . Z2 = Vo . 1
Z1 + Z2 1 + Z1
Z2

Z1 = Z1 1 = (R – j 1 ) x ( 1 + j ωC) =
Z2 Z2 ωC R

= R + j . ωRC – j. 1 – (–1) ωC =
R ωRC ωC

= 2 + j.(ωRC – 1 ) = 2 + j . ( ωRC–1 )
ωRC ωRC

Sendo: Vf = Vo 1 temos : Vf = Vo 1
1 + Z1 1+ ( 2 + jωRC – 1)
Z2 ωRC

Vf = Vo . 1
3 + j ( ωRC–1)
ωRC

Primeira Condição de Oscilação: defasagem zero (realimentação positiva).

Em um número imaginário, para que a fase seja zero, basta considerar a parte
imaginária igual a zero. Temos, portanto, que:

j ( ω R C – 1 ) = 0, o que significa que: ω R C – 1 = 0.


ωRC

Logo: ω R C = 1, onde ω = 1 e fos = /V


RC 2πRC

Segunda Condição de Oscilação: o ganho do amplificador vezes a atenuação da


rede de realimentação vale 1, na freqüência de oscilação; isto é, na fos → AV . βf = 1.

Logo, Vf / Vo = 1/ (3 + j . 0 ) onde, βf = Vf / Vo = 1/3 (ganho da rede de


realimentação).

Concluímos, então, que o ganho do amplificador deve ser igual a 3.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO MEDIDAS 6

CIRCUITO
O circuito a seguir faz com que o ganho seja ligeiramente menor do que 3, se a
tensão sobre os diodos Zener ultrapassar 3,9 V + 0,6 V. Isto evita a saturação,
produzindo um sinal senoidal sem distorção.

Fig. 8.2 – Circuito oscilador em Ponte de Wien

Fig. 8.3 – Características de transferência

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PROCEDIMENTO
1- Meça a frequência de oscilação e compare com o valor calculado. Observe a
linearidade do sinal.

fos calculada = fos medida =

2- Passe a chave S para a posição B, à qual você deve ligar um gerador de sinais
senoidais, ajustando para a mesma frequência do oscilador.

3- Determine o ganho da rede de realimentação (Vo / Vf ) e o ganho do operacional.


Verifique a condição βf . Av.

Av = Vo = βf . Av =
Vf

4- Ainda com a chave em B, varie a frequência do gerador de sinal em torno do valor


de oscilação do circuito e analise o efeito em βf . Av e na fase.

5- Passe a chave para o ponto A e analise o efeito do circuito limitador formado pelos
diodos Zener.

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APOSTILA DE DIGITAL

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1ª PRÁTICA
REVISÃO - COMPUTADOR

OBJETIVOS

• Rever os conceitos e procedimentos de montagem de um computador, aplicados


no segundo período
• Rever os conceitos de funcionamento de um computador

INTRODUÇÃO
O computador é uma máquina extremamente versátil, característica que
desponta aos olhos quando percebemos sua presença em uma variedade de
atividades que constituem o ser humano contemporâneo. Andar de automóvel, falar
com a namorada através de mensageiro instantâneo, realizar um saque no banco,
fotografar, voar, assistir televisão, consultar um GPS durante uma trilha em uma
floresta é apenas uma pequena lista de atividades onde o computador se faz presente.

Esta versatilidade com a qual nos acostumamos, entretanto, não era uma
realidade nos primórdios da computação. No século XIX, Charles Babbage (1791-
1871), por exemplo, concebeu um projeto para aquilo que poderia ser considerado a
primeira máquina de calcular automática (Figura 1). Uma parafernália que somente
seria concluída após sua morte. Este exemplo demonstra bem uma importante
característica dessas primeiras máquinas: sua função primordial era construir tabelas
de cálculos (náuticas, astronômicas, militares e matemáticas). A concepção do
computador como uma máquina que poderia permitir o processamento de informação
genérica e a comunicação surgiria somente anos depois, como fruto do esforço de uma
série de atores mais ou menos envolvidos com a Segunda Guerra Mundial e a Guerra
Fria, segundo uma perspectiva histórica norte-americana.

Figura 1.1: Máquina analítica de Babbage, 1834-1871. Créditos: Science Museum/Science & Society
Picture Library. Disponível em: http://www.sciencemuseum.org.uk/images/I030/10297676.aspx

35
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

Máquinas como a da Figura 1 diferem em muitos aspectos dos computadores de


nosso tempo. Além da função quase que exclusiva de realizar cálculos, tais máquinas
eram analógicas e eletromecânicas. Em suma, como toda e qualquer realização
humana, eram fruto de sua época. Um exemplo desta ligação histórica são os cartões
perfurados, onde eram escritos programas – inspirados nas máquinas automáticas de
Jacquard, desenvolvidas para a indústria têxtil e que utilizavam cartões semelhantes.

Múltiplas histórias

Procurar a pedra fundamental da computação seria uma tarefa inútil, pois muitas
foram as pessoas e muitos os lugares onde máquinas semelhantes tomaram forma.
Também seria inútil apresentar o desenvolvimento do computador segundo uma trilha
linear de melhorias e avanços consecutivos. Seguindo a proposta de historiadores da
informática como Pierre Lévy, o computador enquanto máquina universal só aparece
“no termo de uma cascata de desvios e de reinterpretações de materiais heterogêneos
e de dispositivos diversos, de uma sucessão aleatória de ocasiões e de circunstâncias
locais, exploradas bem ou mal por uma multiplicidade de atores”.

Não é o objetivo desta apostila narrar detalhadamente as múltiplas histórias


sobre a instigante e interessante história do surgimento do computador. Entretanto,
procurarei criar um efeito narrativo que fuja à concepção histórica tradicional que
coloca o computador como um objeto resultante somente de mentes brilhantes e
privilegiadas. Ainda que tais mentes fossem brilhantes, elas não prescindiram de
vantagens (financeiras, políticas, técnicas) presentes na época e no contexto em que
viviam.

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, foi desenvolvida uma máquina
voltada ao cálculo científico, por iniciativa de Howard Aiken (1900-1973), professor em
Harvard, e com apoio da IBM e financiamento da marinha daquele país. O ASSC
(Automatic Sequence Controled Calculator) foi inaugurado em 1944. Rebatizado como
Harvard – Mark 1, era uma máquina gigantesca, medindo 16 m de comprimento por 2,6
m de altura. Baseava-se em princípios eletromecânicos e consumia várias quilos de
gelo por dia para ser refrigerado (Figura 2).

Figura 1.2: O Harvard - Mark 1 em Harvard, no ano de 1948. Fonte: IBM Archives.
Disponível em: http://www-03.ibm.com/ibm/history/exhibits/markI/markI_coi53.html
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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

Ainda nos Estados Unidos, George Robert Stibitz concebeu seu Model 1 como
uma máquina universal e binária, não necessariamente voltada ao cálculo automático.
O Model 1, assim como as quatro versões que a ele se sucederam, foi inaugurado em
1940 e utilizava como tecnologia de comutação (chaveamento) relés telefônicos e, da
mesma maneira que o Mark 1, teve financiamento de uma entidade ligada aos
militares: o National Defense Research Council.

Konrad Zuse (1910-1995) é um verdadeiro herói nacional na Alemanha. Visto


como um pioneiro da computação, Zuse desenvolveu uma série de máquinas
empregadas em diversas áreas, sobretudo voltadas ao esforço de guerra nazista. O
Z3, por exemplo, era uma verdadeira máquina universal programável. A Guerra
destruiu a maior parte de suas máquinas, mas uma delas, o Z4, sobreviveu aos
bombardeios sobre a Alemanha, que se consumiu em chamas entre os anos de 1944 e
1945.

Figura 1.3: O computador Z4, de Konrad Zuse. Fonte: Deutsches Museum. Disponível em:
http://www.deutsches-museum.de/uploads/pics/055_z4_600_01.jpg

Durante os anos da Guerra, além das batalhas de carne, osso e sangue que
eram travadas nos campos e nos ares, uma batalha diferente era travada em outro
campo: o da informação. Os nazistas haviam criado um sistema de codificação de suas
mensagens, o Enigma, de maneira que os Aliados não pudessem interceptá-las e
compreendê-las. Para decifrar o “enigma” das mensagens nazistas, o governo britânico
reuniu uma verdadeira equipe multidisciplinar (matemáticos, linguistas, engenheiros,
físicos) em torno da fabricação de uma máquina capaz de alcançar tal propósito.
Liderados pelo matemático Alan Turing, esta equipe trouxe à existência a máquina
37
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

eletromecânica chamada Bomba, no ano de 1940, responsável por decifrar cerca de


6000 mensagens diárias e por evitar por exemplo, os ataques dos temíveis submarinos
alemães, os U-Boot. Ainda nesta linha de quebra de códigos, os britânicos
desenvolveram aquelas que podem ser consideradas as primeiras máquinas de cálculo
eletrônicas, as Robinson e as Colossus. A primeira Colossus foi ligada em 1943. Eram
máquinas baseadas em tubos de vácuo (válvulas), binárias e muito rápidas. Foram
muito importantes para a virada do jogo da guerra em favor dos aliados, mas sua
existência permaneceu em segredo durante 30 anos, iniciativa do governo britânico
que impediu a absorção desta tecnologia por parte de sua indústria nos anos pós-
guerra.

Figura 1.4: Enigma 1, utilizada pelo exército alemão a partir de 1927. Fonte: Crypto Museum. Disponível
em: http://www.cryptomuseum.com/crypto/enigma/i/index.htm.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

Figura 1.5: Uma Bomba em operação. Fonte: Computer


History Museum. Disponível em:
http://www.computerhistory.org/timeline/images/1941_tu
ring-bombe.jpg

Figura 1.6: O Colossus em operação em Bletchley Park,


complexo ultrasecreto mantido pelo governo britânico.

A era eletrônica e o papel da guerra

À exceção da Colossus, a maior parte das máquinas desenvolvidas nos anos da


Segunda Guerra Mundial eram eletromecânicas.

O ENIAC (Electronic Numerical lntegrator and Computer) é tido normalmente


como o primeiro computador eletrônico. Concebido para a construção de tabelas de
tiros (calculadas para determinar a posição ótima em que armas como canhões, por
exemplo, deveriam ser posicionadas para atingir um dado alvo), o ENIAC possuía
19000 válvulas eletrônicas (elemento de comutação) e tinha uma programação
extremamente complicada e dispendiosa, o que representava um ponto fraco e o
colocava em desvantagem frente a alguns modelos eletromecânicos da época (de
programação mais simples, apesar da tecnologia de comutação mais lenta). Nunca foi
empregado para a Guerra, uma vez que ficou operacional somente em 1946. Um
modelo mais avançado viria a ser construído anos mais tarde: o EDVAC (Electronic
Discrete Variable Automatic Computer). Fruto das interações do grupo que construiu o
ENIAC com o matemático von Neumann, envolvido com os cálculos destinados ao
desenvolvimento da Bomba A americana, o EDVAC possuía uma arquitetura que o
aproximava de uma verdadeira máquina universal, algo que já havia sido vislumbrado
por outros, mas que só se tornara viável com o emprego das válvulas eletrônicas, muito
mais rápidas que suas correspondentes eletromecânicas. A arquitetura do EDVAC,
apelidada “arquitetura de von Neumann” figura até hoje, pelo menos conceitualmente,
na maior parte dos computadores de uso geral, sendo constituída por uma unidade de
processamento central, responsável pelos cálculos, uma unidade de memória, onde

39
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

são armazenados tanto dados quanto os programas, e uma unidade de entrada e saída
de dados.

Figura 1.7: Diagrama em blocos de um computador universal segundo a arquitetura de von Neumann.
Adaptado de: Wikipedia.

Figura 1.8: ENIAC em operação. Fonte: Computer


History Museum. Disponível em:
http://www.computerhistory.org/timeline/images/1946_eni
ac_large.jpg.

Se você está realmente atento(a) à narrativa tecida até aqui, terá percebido que
uma palavra foi muito utilizada: guerra. De fato, as preocupações com a guerra foram
fator importantíssimo para o desenvolvimento dos primeiros computadores. Isto não
quer dizer que os computadores não teriam surgido em cenários de paz, mas é um fato
que não pode ser ignorado.

Nesta epopeia que envolveu militares, governo, acadêmicos e indústria, um


outro projeto muito importante para o desenvolvimento da computação foi o SAGE
(Semi-Automatic Ground Environment), um sistema de computação que criou uma
espécie de bolha de proteção sobre os Estados Unidos da América, nos anos pós-
guerra e no início da Guerra Fria. A ideia era integrar em diversas estações terrestres
40
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

os dados de radares espalhados por todos os Estados Unidos, processar estes dados
e conseguir mobilizar as forçar armadas para um ataque defensivo caso um avião
soviético invadisse o espaço aéreo com o objetivo de lançar uma bomba nuclear. O
SAGE ficou obsoleto antes mesmo de totalmente operacional, em 1961, uma vez que
nesta época os soviéticos já haviam desenvolvido os mísseis balísticos
intercontinentais, capazes de atravessar meio mundo com uma ogiva nuclear.
Entretanto, as pesquisas em torno de SAGE foram responsáveis pelo desenvolvimento
de importantes dispositivos e tecnologias, algumas utilizados até hoje, tais como:

• Memória de núcleo magnético;


• Terminais de vídeo;
• Canhões de luz;
• A primeira linguagem de computação algébrica efetiva;
• Técnicas de display gráfico;
• Técnicas de simulação;
• Lógica síncrono-paralela (dígitos transmitidos simultaneamente, em vez de
serialmente, através do computador)
• Técnicas de conversão análogico-digital (A/D) e digital-analógico (D/A);
• Transmissão digital de dados através de linhas telefônicas (modem);
• Duplexing;
• Multiprocessamento;
• Redes (transmissão automática de dados entre computadores diferentes).

Figura 9 : Estação de operação do SAGE. Fonte: Computer History Museum. Disponível em:
http://www.computerhistory.org/timeline/images/1958_sage.jpg.

41
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

Figura 1.10: Centro de controle em um dos


setores do SAGE. Fonte: U. S. Air Force.
Disponível em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Image:SAGE_control
_room.png

Com o SAGE, percebe-se também outro uso dos computadores, que ultrapassa
as funções de cálculo e passa a integrar as de processamento e troca de informação.
Esta visão dos computadores, tão bem explorada pelos militares e por eles definida
como C3I (Comando, Controle, Comunicação e Informação/Inteligência), ilustra muito
bem o papel dos computadores nos anos seguintes, não somente na área militar, mas
também na industrial e governamental.

Esta breve história do computador tem como função apresentar ao alunos do


curso técnico de eletrônica do CEFET-RJ uma visão renovada sobre este que é um dos
dispositivos mais presentes na vida do ser humano contemporâneo. Desconstruir a
visão de que a computação é fruto de mentes brilhantes e trazer a tecnologia para o
reino das relações, desejos, virtudes e defeitos humanos é tarefa crucial para mostrar a
estes alunos que a tecnologia é permeada de valores e que é possível escolher que
valores queremos nelas embutir.

Além disso, sendo esta uma apostila de hardware, julgo interessante mostrar
aos alunos que a própria noção de hardware, em oposição ao software, era algo que
não existia nos primórdios da computação, algo que só aconteceria com o
desenvolvimento futuro das linguagens da programação, que separaram a parte
funcional/lógica dos computadores de seu suporte material.

Este capítulo narrou uma história do computador desde seus primórdios até o
início da Guerra Fria. Alguns aspectos sobre a história subsequente dessas máquinas
serão exibidos nos capítulos seguintes, conforme a apresentação do hardware dos
computadores pessoais.
Sugestão de atividades
Exibição de filmes e/ou apresentação multimídia sobre a história dos
primórdios da computação.
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2ª PRÁTICA
MONTAGEM DE UM COMPUTADOR – BASE PC

OBJETIVOS
• Montar um PC
• Rever os conceitos e partes de um PC

Fonte de Alimentação
As fontes de alimentação dos computadores pessoais (PC) têm como principal
função fornecer níveis de tensão contínua adequados para o correto funcionamento de
diversos dispositivos e elementos do PC.

Tais fontes são do tipo: chaveada, isto é, a conversão entre a tensão alternada da
rede elétrica e as tensões de saída contínuas é feita de forma não-linear, a partir de
chaveamento interno.

Figura 2.1: Fonte de alimentação para PC com tampa removida. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/62/PSU-Open1.jpg/651px-PSU-Open1.jpg

Tipos de Fontes

As fontes de alimentação podem ser diferenciadas a partir do padrão de placa-mãe


do PC. O padrão mais comum atualmente é o ATX (Advanced Technology Extended), um
aperfeiçoamento do padrão AT (Advanced Technology).

As fontes de alimentação para o padrão AT permitiam que o cabo de alimentação


da placa-mãe fosse colocado de forma invertida, o que invariavelmente queimava a placa.
Os conectores das placas ATX, por outro lado, não permitem esta inversão. Outra
especificidade das fontes para o padrão ATX é que a chave liga/desliga que comumente

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fica na parte frontal do PC não é ligada diretamente à fonte; esta chave é ligada à placa-
mãe, permitindo que esta (ou um software) controle o desligamento do PC.

Conectores

Tipicamente, as fontes de alimentação tem os seguintes conectores:

1. PC Main (P1): É o conector que provê alimentação para a placa-mãe. É o maior


dos conectores, podendo ter 20 ou 24 pinos. Em algumas fontes há um conector
de 20 e um de 4 pinos, permitindo que a mesma seja usada no primeiro ou no
segundo tipo (neste último caso, os dois conectores juntos equivalem a um de
24 pinos).

Figura 2.2: Conector PC Main encaixado na placa-mãe. Fonte: Guia do Hardware. Disponível em:
http://www.guiadohardware.net/static/20101222/2e89a4e2.jpg.

2. ATX12V (ou P4): Conector de 4 pinos responsável por alimentar o processador.


Para placas-mãe e processadores que necessitam de mais corrente é comum
utilizar-se o conector de 8 pinos do tipo EPS12V.

Figura 2.3: Conectores EPS12V (à esquerda) e ATX12V.


Fonte: Guia do Hardware. Disponível em:
http://www.guiadohardware.net/static/20101222/m1540a
d.jpg.

3. 8 pinos para periféricos (Molex): São conectores responsáveis pela


alimentação de alguns tipos de drives de disco. A maior parte tem quatro fios:
dois pretos (terra), um vermelho (+5V) e um amarelo (+12V).

4. Berg de 4 pinos (Mini-connector ou "mini-Molex"): Conectores de 4 pinos


para os antigos drives de disquete.
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Figura 2.4: Conectores Berg (à esquerda) e


Molex. Fonte: Guia do Hardware. Disponível
em:
http://www.guiadohardware.net/static/20101
222/m7eafb2f.jpg.

5. Serial ATA (SATA – Serial Advanced Technology Attachment): Conector de


15 pinos para a alimentação de dispositivos com plugues do tipo SATA. Oferece
3 diferentes níveis de tensão: +3.3, +5 e +12 volts.

Figura 2.5: Conector de alimentação SATA de 15 pinos. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/SATA_power_cable.jpg.

6. Conector PCIe de 6 pinos: Utilizado para placas de vídeos do tipo PCI Express
(PCIe). Alguns modelos mais novos têm 8 pinos. Pode fornecer uma potência
extra de até 75 W.

Figura 2.6: Placa de vídeo com conexão PCIe de 6 pinos na parte inferior direita. Fonte: Guia do
Hardware. Disponível em: http://www.guiadohardware.net/static/20101222/m62b9e4b8.jpg
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7. Conectores C14 IEC: Para ligar a fonte à rede elétrica.

Figura 2.7: Tomada Macho de entrada Figura 2.8: Tomada fêmea do cabo de alimentação

Potência, Energia e Eficiência

Um dos parâmetros mais importantes a serem observados na especificação de uma


fonte de alimentação é seu consumo de energia, expresso na forma de potência (geralmente,
potência máxima). Valores típicos estão na faixa de 300 a 400 W, mas máquinas voltadas a
aplicações de alto desempenho, como jogos, por exemplo, podem chegar até a 1400 W.

Outro parâmetro importante é sua eficiência energética, que indica a razão entre as
potências de saída (CC) e de entrada (CA).

As fontes para PC possuem mecanismos para controlar sua temperatura interna. A


maior parte destes mecanismos é baseada em sistemas de ventilação (coolers).

PLACA-MÃE (Motherboard)

Figura3.1: Típica placa-mãe de um PC. Fonte: Wikipedia. Disponível em:


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/40/ASRock_K7VT4A_Pro_Mainboard.jpg/800px-
ASRock_K7VT4A_Pro_Mainboard.jpg.

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Arquitetura

Figura 3.2: Arquitetura de uma placa-mãe típica. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Diagrama_placa-m%C3%A3e.png.

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Diagrama em blocos

Figura 3.3 : Diagrama em blocos de um computador, segundo o modelo de barramento de sistema.


Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/2/28/Systembusmodel.png/800px-Systembusmodel.png.

A Figura 3.3, mais genérica, ajuda a entender melhor a arquitetura de


barramentos, inspirada, por sua vez, na arquitetura de von Neumann, já citada no
Capítulo 1 desta apostila. Percebe-se 3 blocos principais (CPU, Memory e I/O),
interligados através de 3 barramentos (BUS).

A CPU (Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento) é o


bloco responsável por realizar o processamento da máquina propriamente dito. É nela
que são executadas as instruções que formam os programas (software). Para tanto, ela
possui, genericamente, um bloco que realiza cálculos aritméticos e lógicos – a ALU
(Arithmetic and Logic Unit ou Unidade Lógica e Aritmética) – e um bloco de controle.

O bloco Memory ou Memória representa a memória principal da máquina, isto é,


a memória utilizada pela máquina enquanto os programas estão em execução. Da
mesma forma que na arquitetura original de von Neumann, a memória principal
armazena tanto dados (como números que precisam ser somados, por exemplo),
quanto as instruções de uma dado programa.

O bloco I/O (Input/Output ou Entrada/Saída) representa todos os elementos


externos à máquina e que fazem algum tipo de comunicação com ela. Este bloco será
melhor detalhado em um outro capítulo.

Para entender como funciona o modelo de barramentos, imagine que a


letra/caractere A deva ser armazenada no endereço zero da memória. Para tanto, o
dado (o código referente à letra A) deve estar presente no barramento de dados (DATA
BUS), o endereço onde o dado será armazenado (o código referente ao endereço zero)
deve estar carregado no barramento de endereço (ADDRESS BUS) e no barramento
de controle deve ser carregado um código referente à ação de armazenamento/escrita
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de uma dado (geralmente identificado pela palavra inglesa WRITE). Esta sucessão de
ações não costuma ser feita de maneira imediata, levando vários ciclos para ser
completada. Entretanto, a velocidade de execução costuma ser tão alta que estas
ações não são percebidas. De fato, situações semelhantes a essas acontecem o tempo
todo e, para a nossa sorte, não temos que nos preocupar com detalhes tão ínfimos
acerca do funcionamento de um PC.

A Figura 3.2 traz mais alguns detalhes acerca da arquitetura do PC. Destaque
especial deve ser dado aos blocos chamados Northbridge (Ponte Norte) e Southbridge
(Ponte Sul), chipsets (conjunto de chips ou circuitos integrados) responsáveis pelo
controle sobre a movimentação de dados, endereços e comandos na máquina.

Na parte inferior esquerda da mesma figura, há uma região identificada como


“Slots PCI”. A interação entre a placa-mãe e os dispositivos de entrada e saída,
externos ao computador, é feita através de circuitos de interfaceamento que controlam
o hardware destes últimos. Quando tais circuitos são montados sobre a placa-mãe,
dizemos que o controle é “on-bord” (integrado à placa). Caso eles estejam em uma
placa à parte, diz-se que o controle é “off-board” (externo à placa). É exatamente nos
slots PCI (slots de expansão) que as placas off-board são conectadas. Desta forma, é
possível conectar um terminal de vídeo ao PC, utilizando-se uma placa de vídeo, ou
então, um sistema de som, através de uma placa de som. A vantagem de usar um
controle off-board, em detrimento do on-board, é que o primeiro não exige que toda a
placa-mãe seja substituída no caso de uma falha localizada na placa off-board. As
especificidades dos slots de expansão e dos dispositivos de entrada e saída serão
tratadas em outro capítulo.

PROCESSADORES
Os processadores são os elementos responsáveis pela execução dos
programas do computador. De uma maneira geral, os processadores possuem dois
blocos constituintes principais: a Unidade Lógica e Aritmética (ULA) e a Unidade de
Controle.

Os microprocessadores são circuitos integrados, chips, desenvolvidos na


década de 1970. Dentre os diversos fabricantes de microprocessadores destacam-se,
atualmente a AMD e a Intel.

A Figura 3.4 exibe uma tabela contendo um resumo da evolução dos


processadores Intel, a partir do 8080. Desponta aos olhos o aumento da integração de
elementos de comutação em um único chip; 6.000 transistores no 8080 para
731.000.000 no Core i7, além do aumento na velocidade do clock, que está
intimamente ligado à duração de um ciclo na máquina.

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Figura 3.4: Evolução dos processadores Intel, entre 1974 e 2008.

O 8080 foi extremamente importante por ser o primeiro microprocessador que


integrava em uma única pastilha funcionalidades que o aproximavam fortemente dos
minicomputadores da época. Operando com palavras de 8 bits, ele foi crucial para o
surgimento dos primeiros microcomputadores, apelidados de computadores pessoais
(PC), pois marcaram a saída do computador de ambientes como grandes empresas,
governos e universidades e sua entrada nos lares. A partir do 8080, começaram a
surgir inúmeras empresas de garagem, que, aproveitando a versatilidade e poder
computacional dos nascentes microprocessadores, podiam montar máquinas de
tamanho reduzido e vendê-las a preços muito convidativos. De fato, o primeiro PC foi
comercializado por uma dessas pequenas empresas – a MITS –, através de uma
revista de hobby chamada Popular Electronics, por menos de U$ 400.

É importante também notar que as grandes empresas da época – como a IBM,


por exemplo – perderam o bonde do desenvolvimento do PC. Voltadas para o
desenvolvimento dos minicomputadores, tais empresas não acreditavam no apelo que
a ideia de ter um computador em casa teria. Após o sucesso do Altair, tiveram que
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correr atrás das pioneiras (muitas das quais se tornariam gigantes do mercado da
computação, como Microsoft e Apple).

Figura 3.5: Processador Intel 8080. Fonte: Wikipedia. Disponível em:


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/KL_Intel_i8080_Black_Background.jpg/800px
-KL_Intel_i8080_Black_Background.jpg

Dado sua tarefa de realizar cálculos e a quantidade de elementos comutadores


em seu interior, os processadores precisam dissipar muita energia. Para evitar que
queimem, costuma-se acoplar neles dissipadores de calor associados a ventoinhas
(coolers).

O poder de computacionalidade de um processador está intimamente ligado a


sua capacidade de reunir o maior número possível de transistores no menor espaço
possível e à velocidade com que as instruções são executadas. Entretanto, há
limitações a esta integração, representados, por exemplo, pelo aquecimento durante a
operação. Para resolver este problema, e outros, os fabricantes começaram a
desenvolver processadores com mais de um núcleo, trabalhando em paralelo. Assim, é
possível aumentar o poder de processamento sem alterar significativamente a
densidade do chip.

Figura 3.6: Um processador de 2 núcleos Intel Core 2 Duo E6750. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/E6750bs8.jpg/800px-E6750bs8.jpg

MEMÓRIAS

As memórias são os dispositivos de armazenamento de dados dos


computadores. Genericamente, as memórias podem ser do tipo volátil e do tipo não-
volátil. As memórias voláteis são aquelas que necessitam de energia elétrica para
manter os dados armazenados. As não-voláteis, por sua vez, não dependem de

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energia elétrica (as memórias magnéticas são bons exemplos). Nesta seção, nos
fixaremos nas primeiras.

A memória principal do computador, do tipo volátil, costuma ser do tipo RAM (Read
Only Memory). As memórias são formadas por chips montados em placas na forma de
“pentes”. Em uma mesma placa-mãe é possível fixar mais de um pente de memória ao
mesmo tempo, o que permite que o usuário realize uma expansão de memória caso
haja um slot vazio.

As memórias DRAM (Dynamic RAM) para PCs são encontradas principalmente


na forma de pentes (ver Figura 7). Tais memórias diferem-se do tipo SRAM (Static
RAM) porque precisam ter seu conteúdo periodicamente atualizado (refreshed). Em
compensação, sua arquitetura (um transistor e um capacitor associados a cada bit)
permite uma integração maior do que em chips do tipo SRAM.

Quanto ao barramento, as memórias RAM podem ser identificadas como SDR


(Single Data Rate) ou DDR (Double Data Rate). Em outras palavras, as memórias DDR
conseguem transmitir através do barramento o dobro de dados alcançado pelas
memórias SDR.

A Figura 3.7 exibe alguns tipos de memória RAM. As siglas que aparecem na
legenda referem-se ao tipo de conexão do pente de memória. DIP, um padrão em
desuso para memórias de PC, significa Dual in-line Package (refere-se ao tipo de
encapsulamento do chip: retangular e com duas linhas laterais e paralelas de
terminais). SIMM (Single in-line Memory Module) é um padrão também em desuso;
refere-se fato de que no pente há apenas uma linha de contatos (na prática, há duas
linhas de contato, mais elas são redundantes entre si). O DIMM (Dual in-line Memory
Module) é o padrão em uso atual; nele, há duas linhas independentes de contatos em
cada lado do pente. A principal diferença entre o padrão DIP e os outros é que, nestes
últimos, os chips de memória são montados sobre o pente, que nada mais é do que
uma placa de circuito impresso.

Figura : Diferentes tipos de RAM. De cima pra baixo: DIP, SIPP, SIMM 30 pinos, SIMM 72 pinos,
DIMM (168-pinos), DDR DIMM (184-pinos). Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d3/RAM_n.jpg/382px-RAM_n.jpg

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Dispositivos de I/O
Introdução

Como já destacado nesta apostila, os primeiros computadores tinham a função


quase que exclusiva de realizar cálculos, seja nos campos de batalha das guerras, seja
nos escritórios onde são processados os dados do censo ou nos laboratórios que
definem a trajetória do próximo ônibus espacial. Já vimos, entretanto, que a partir de
projetos como o SAGE, por exemplo, o computador passou a ter uma outra conotação,
mais próxima da forma como o enxergamos hoje: uma máquina universal, voltada não
somente para o cálculo, mas também à comunicação (seja dos humanos entre si, seja
entre humanos e máquinas ou mesmo entre máquinas somente).

Na atual arquitetura dos PCs, o bloco que representa os dispositivos de Entrada


e Saída (E/S) estão intimamente ligados a essa concepção mais ampla dos
computadores. Antes de apresentar as particularidades deste bloco, passearemos um
pouco por alguns conceitos da área de comunicação.

A parte superior da Figura 4.1 mostra um modelo de comunicação bem simples.


Genericamente, há três blocos envolvidos neste tipo de modelo (Emissor, Canal e
Receptor). O bloco emissor, como o nome indica, representa a fonte da mensagem que
se quer transmitir. O canal representa o meio através do qual a mensagem irá transitar
(o ar, um condutor elétrico, o vácuo, etc). Por último, o receptor representa o local de
recepção da mensagem. Este processo, tão simples quando visto desta forma, pode
ficar mais complicado, tal como representado na parte inferior da Figura 4.1. Repare
que foram introduzidos dois novos blocos: o codificador e o decodificador. Para
entender este modelo expandido, vamos imaginar uma situação prática e comum.

Figura 4.1 - Modelos clássicos de


sistemas de comunicação.

Imagine que você queira falar por telefone com outra pessoa. Você é o emissor
da mensagem, cuja natureza é sonora (acústica), ou seja, são ondas de pressão no ar.
O canal através do qual você quer transmitir esta mensagem, a rede telefônica, não
consegue transmitir o som, somente sinais elétricos. Para tanto, é necessário haver
uma conversão, comumente chamada de transdução (a mensagem tem, de alguma
maneira, sua natureza traduzida: de sonora para elétrica). Os microfones são exemplos
deste tipo de transdutor. Após isso, o sinal elétrico tem que ser codificado (um
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processo parecido com o de embaralhar a mensagem, de forma a protegê-la,


diferenciá-la de outras mensagens e/ou adequá-la às características do canal).
Supondo que a mensagem transite sem problemas através do canal (sem interferência
nem modificação), o sinal terá agora que passar por um processo inverso:
decodificação e transdução de natureza elétrica para sonora (por meio de alto-falantes,
por exemplo). Ao final de tudo, em teoria, o sinal chegará inteligível para o receptor que
se encontra do outro lado da linha.

Os dispositivos de E/S do PC estão envolvidos em processos muito semelhantes


ao narrado acima. Mas, o que são dispositivos de E/S? Uma maneira simples de
responder à pergunta acima é dizer que os dispositivos de E/S representam todo e
qualquer elemento que se comunica com o PC, supondo que este último é formado
somente pela memória, pela CPU e pelos barramentos e circuitos auxiliares. Desta
forma, uma breve lista destes dispositivos de E/S poderia incluir:

• mouse;
• teclado;
• monitor;
• HD (Hard Disk ou disco rígido);
• impressora;
• um outro computador.

Estes dispositivos foram sendo incorporados ao computador paulatinamente, por


uma série de personagens, com interesses muito diversos. Talvez o mais importante
dos grupos tenha sido o dos “ciberneticistas”. A cibernética, enquanto ciência, surgiu a
partir da interação de áreas como a engenharia, a matemática, a psicologia, a
linguística, dentre outras. Tais profissionais estavam interessados sobretudo na
integração entre seres humanos e máquinas, problema comum nos sistemas bélicos da
Segunda Guerra e das guerras posteriores. De fato, ciências como a psicologia tiveram
um crescimento muito vertiginoso durante esta época e outras, tais como a inteligência
artificial (IA) e a teoria da informação, devem a esta época sua própria razão de ser. A
ideia básica é tratar a informação como algo imaterial e tratar seres humanos e
máquinas segundo os mesmos termos. Desta forma, o cérebro humano é visto,
metaforicamente, como uma unidade de processamento, ligado ao hardware da
“máquina humana”, enquanto a mente seria o software e os órgãos dos sentidos
seriam os dispositivos de E/S, que conectariam o humano/computador ao mundo
externo.

Dispositivos de E/S

Considerando o papel central do computador nos sistemas de comunicação da


atualidade, a lista anterior poderia crescer quase que infinitamente. Para não massificar
o/a aluno/a com informações demais, vamos apresentar apenas um destes
dispositivos, pela importância e presença que tem na história do PC.

Mouse

Há um famoso vídeo, datado de 9 de novembro de 1968, que mostra um homem


em frente a um terminal de vídeo, movendo um cursor na tela através de um aparelho
em sua mão e demonstrando outras características de um sistema que envolvia, dentre

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vários recursos, um editor de hipertexto e a possibilidade de trabalho colaborativo


através de uma rede de computadores.

O vídeo retrata o inventor Douglas Engelbart e a demonstração de um sistema


denominado NLS (oNLine System), desenvolvido no âmbito do Augmentation Research
Center (centro de pesquisas da Universidade de Stanford (EUA) voltado para projetos
na área de interação humano/máquina). A demonstração representa a primeira
exibição pública do mouse, no contexto de um sistema que exibe muitos princípios das
interfaces gráficas ou GUI (Graphical User Interface).

Figura 4.2 - Um mouse de três botões (circa 1968).


Fonte: MouseSite. Disponível em:
http://www.stanford.edu/dept/SUL/library/extra4/slo
an/MouseSite/gallery/index.html

Figura 4.3 - Um mouse primitivo, em madeira, nas


mãos de Engelbart. Fonte: Wikipedia. Disponível
em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/2/2d/Firstm
ouseunderside.jpg

A função do mouse é mover um cursor numa tela a partir de sua movimentação


em uma superfície. O mapeamento do movimento físico do mouse é comumente feito
de maneira mecânica, tal como concebido por Engelbart e sua equipe, ou oticamente.

A comunicação com o computador pode se dar através de cabos (via PS/2 ou


USB), ou então através de comunicação sem fio (infravermelho ou rádio). Neste último
tipo de comunicação, o receptor que irá fazer a comunicação com o mouse é
conectado em uma porta USB ou serial.
Portas de comunicação

Dentro do espírito de olhar o PC como um elemento inserido em um sistema de


comunicação, as portas de comunicação são extremamente importantes, pois fazem a
ligação entre o computador e o dispositivo de E/S.

Porta Serial

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Uma das maneiras de transmitir informação para fora do PC é serialmente,


através da porta serial. A porta serial está intimamente ligada ao padrão RS232, por
muito tempo um padrão comum para, por exemplo, conectar uma máquina à outra
através de um modem. Atualmente, o padrão RS232 está em desuso nos PCs, sendo
substituído pelo padrão USB (também serial).

Figura 4.4 - Um conector DE-9 macho. Fonte: Wikipedia.


Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Se
rial_port.jpg/800px-Serial_port.jpg

Tabela 4.1 - Pinagem do padrão RS232 para o conector DB-9

Pino Sinal Descrição


1 CD (Data) Carrier Detect
2 RX Receive Data
3 TX Transmit Data
4 DTR Data Terminal Ready
5 GND System Ground
6 DSR Data Set Ready
7 RTS Request to Send
8 CTS Clear to Send
9 RI Ring Indicator

Figura 4.5 - Esquema de comunicação via porta serial (utilizando o conector DB-25). Fonte: Fermi Lab.
Disponível em: http://home.fnal.gov/~dinker/misc/rs232.htm
Porta Paralela

Na comunicação serial, os bits são transmitidos serialmente. Uma alternativa a


esta tecnologia é o padrão de comunicação paralela, no qual os bits são transmitidos
de forma simultânea, em paralelo (isto acarreta, em contrapartida, um aumento no
número de pinos). Nos PCs, o padrão que define a comunicação paralela é o IEEE
1284. Tal padrão foi por muito tempo utilizado para conectar impressoras ao PC, mas
atualmente este uso vem sendo abandonado em favor da utilização de portas USB.
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Esta relação com impressoras é histórica, pois o padrão foi parcialmente definido tendo
por base as especificações criadas pela empresa Centronics, para a conexão deste
tipo de dispositivo, no ano de 1970.

Figura 4.6 - Conector DB-25 para comunicação


paralela. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/
fa/Parallel_computer_printer_port.jpg/800px-
Parallel_computer_printer_port.jpg

Tabela 4.2 - Pinagem do padrão IEEE 1284 para PC

Pino Nome Descrição


1 /STROBE Strobe
2 D0 Data Bit 0
3 D1 Data Bit 1
4 D2 Data Bit 2
5 D3 Data Bit 3
6 D4 Data Bit 4
7 D5 Data Bit 5
8 D6 Data Bit 6
9 D7 Data Bit 7
10 /ACK Acknowledge
11 BUSY Busy
12 PE Paper End
13 SEL Select
14 /AUTOFD Autofeed
15 /ERROR Error
16 /INIT Initialize
17 /SELIN Select In
18 - 25 GND Signal Ground

Porta USB

Como observado anteriormente, a porta USB vem suplantando as portas serial e


paralela, de maneira que atualmente é comum não encontrar estas últimas em algumas
máquinas. O padrão de comunicação USB (Universal Serial Bus), como o próprio nome
indica, é serial. Resultado de um consórcio de diversos fabricantes que se reuniram
para definir um padrão universal de comunicação serial, com vistas a simplificar a
quantidade de cabos e conectores nos equipamentos, o primeiro padrão (USB 1.0) foi
lançado em 1996. A seguir, temos o histórico dos lançamentos dos padrões USB:

• USB 0.7: Lançado em novembro de 1994.


• USB 0.8: Lançada em dezembro de 1994.
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• USB 0.9: Lançada em abril de 1995.


• USB 0.99: Lançado em agosto de 1995.
• USB 1.0: Lançado em janeiro de 1996, com taxas de transferência de dados de
1,5 Mbit / s (baixa velocidade) e 12 Mbit / s (Velocidade máxima).
• USB 2.0: Lançado em abril de 2000 com a velocidade de 480 Mbps.
• USB 3.0: Lançado em setembro de 2009 com a velocidade de 4,8 Gbps.
Fonte: Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Universal_Serial_Bus

Além de uma velocidade de transmissão de dados maior, frente aos padrões


apresentados anteriormente, o USB provê também alimentação aos dispositivos (um
dos motivos pelos quais o número de cabos é menor).

Outra vantagem da porta USB é sua capacidade teórica de suportar a conexão


simultânea de até 127 dispositivos.

Figura 4.7 - Tridente, símbolo do padrão USB. Fonte: Wikipédia.


Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/22/Usb-
svg.svg/354px-Usb-svg.svg.png

Pino Nome Cor do fio Descrição


1 VCC Vermelho +5 V
2 D− Branco Data −
3 D+ Verde Data +
4 GND Preto Ground

Figura 4.8 - Detalhamento da pinagem de alguns conectores do padrão USB e a pinagem para o padrão
até 2.0. Fonte: Wikipedia. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/USB.

Dispositivos de armazenamento

Em capítulos anteriores, falamos sobre as memórias do tipo RAM, que


constituem a memória principal do PC, um dos blocos funcionais da arquitetura da
máquina. Quando o PC é ligado, o sistema operacional – um programa que gerencia os
recursos da máquina e sobre o qual os aplicativos do usuário são rodados –, necessita
ser carregado para a memória principal. Este programa, assim como qualquer outro,
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precisa estar gravado em algum meio, disponível para a máquina fazer uma cópia e
enviá-lo para a memória principal. Os programas eventualmente necessitam de dados
para serem processados e os resultados do processamento também precisam ser
armazenados em algum lugar. Percebe-se, portanto, que há uma enorme demanda por
memória para essas atividades, porém, uma memória que seja diferente da RAM, que
não precise ser tão rápida, mas que seja capaz de armazenar dados com
confiabilidade e permanentemente, com ou sem a presença de energia elétrica. Nos
PCs atuais, tais memórias são representadas, sobretudo, pelo Disco Rígido (HD, do
inglês, Hard Disk), pelos pendrives e pelos cartões de memória.
Discos Rígidos

Os HDs diferem em muito das memórias RAM. Em primeiro lugar, são


considerados memórias não-voláteis, pois não necessitam de alimentação para manter
os dados gravados; os HDs são memórias magnéticas e tem operação parcialmente
mecânica, sendo, portanto, mais lentos do que as memórias RAM. A Figura 12 mostra
o interior de um HD, com suas partes constituintes. A Figura 13, por sua vez, ilustra o
princípio de gravação magnética, típica nesse tipo de dispositivo.

Os HDs possuem discos montados no interior de um chassi blindado. Acoplado


ao chassi, há um braço mecânico com uma cabeça leitora/gravadora na extremidade.
Os dados são gravados em diferentes regiões dos discos, acessadas através do
movimento relativo de rotação dos discos e do braço.

O primeiro HD, criado pela IBM em 1956, era capaz de armazenar até 5 MB!
Atualmente, pode-se encontrar no mercado HDs de até 3 TB!

Figura 4.9 - Diagrama de um HD, mostrando algumas partes constituintes. Disponível em:
http://chicaobillar.blogspot.com/2010/09/para-que-serve-o-hd-disco-rigido.html

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Figura 4.10 - Ilustração do princípio de gravação em mídia magnética. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/f4/MagneticMedia.png.

A transferência de dados entre HD e placa-mãe era realizada pela conexão IDE


(Integrated Drive Electronics ), uma denominação comercial para o padrão ATA de
controladora de discos rígidos, que atualmente perdeu espaço para o padrão SATA.

Figura 4.11 - Dois conectores IDE/ATA


em uma placa-mãe. Fonte: Wikipedia.
Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/co
mmons/thumb/2/29/ATA_on_mainboard
.jpg/800px-ATA_on_mainboard.jpg

Figura 4.12 - Conector IDE/ATA com cabo. Fonte:


Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/
c/c4/Ata_20070127_002.jpg/800px-
Ata_20070127_002.jpg

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Figura 4.13 - Acima, cabo de dados com conector SATA. Abaixo, conectores SATA em placa-mãe.
Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/29/SATA_ports.jpg/439px-SATA_ports.jpg

Pen drives e cartões de memória

Pen drives e cartões de memória também são importantes memórias


secundárias. Os primeiros são memórias do tipo flash integradas a uma interface USB.
São extremamente resistentes do ponte de vista mecânico, muito menores do que CD-
ROMs e os antigos disquetes e chegam a atingir 256 GB de capacidade. Os cartões de
memória também são memórias do tipo flash, porém, muito menores do que que os
pen drives e voltadas principalmente para o uso em dispositivos portáteis como PDAs e
câmeras fotográficas, por exemplo.

As memórias flash fazem parte da classe de memórias conhecida como


EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory), capazes de serem
apagadas e reprogramadas em grandes blocos (as EEPROM clássicas só podem ser
apagadas e reprogramadas em blocos de alguns bytes). Por isto, as memórias flash
são muito mais rápidas do que as últimas.

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1. Conector USB
2. Controlador
3. Pontos de teste
4. Memória Flash
5. Cristal oscilador
6. LED
7. Chave protetora de escrita
8. Espaço para memória flash

Figura 4.14 - Divisões de um pen drive (Flash Memory Drive). Fonte: Wikipedia. Disponível em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Pen_drive

Figura 4.15 - Cartões de memória. O menor deles chega a ser menor do que um polegar humano. Fonte:
Wikipedia. Disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0b/Memory-card-
comparison.jpg/800px-Memory-card-comparison.jpg

Placa de Som, Vídeo, rede e modem

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3ª PRÁTICA
REVISÃO DA MONTAGEM DE UM CABO DE REDE
(PADRÃO CAT-5)

OBJETIVOS
• Manusear corretamente componentes eletrônicos e ferramentas.
• Desenvolver habilidade de montagem de cabos e conectores.
• Montar um cabo de rede categoria 5.

MATERIAL
• Dois conectores RJ45 de crimpar.
• Dois metros de cabo trançado de oito vias para rede.

ASPECTO DOS COMPONENTES

1- CONECTOR RJ45 DE CRIMPAR

2- CABO TRANÇADO DE OITO VIAS

TIPOS DE CONEXÃO NOS CABOS DE REDE COM CONECTOR RJ45

Existem basicamente dois tipos de conexão no cabo: direta e invertida (também


chamada cross-over). Em cada extremidade do cabo é colocado um conector RJ45,
porém a sequência de ligação dos fios muda de um tipo para outro.

Cabo direto – straight-thru (ou patch cable): utilizado para ligação da placa de
rede ao hub ou switch. Pode ser usado qualquer um dos dois padrões de ligação

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apresentados a seguir (568A ou 568B), desde que ambos os conectores estejam


montados do mesmo modo.

As figuras a seguir mostram a ligação do cabo ao conector, estando este com


o clip (trava) pra baixo. A sequência das cores do cabo é da esquerda para direita.

PADRÃO 568A PADRÃO 568B

Cabo invertido (ou crossover cable): utilizado para ligação entre dois hubs
(também chamado cascateamento), ou então para ligar dois computadores pela
placa de rede (padrão RJ45) sem a utilização de hub. Nas placas novas (1Gbit/s)
não é mais necessário, já que a placa identifica e inverte a ligação automaticamente.

! Em certificações profissionais de cabeamentos estruturados não é permitido


os cabos crossover.
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PROCEDIMENTO

1- CRIMPANDO OS CABOS

A ferramenta básica para crimpar os cabos é o alicate de crimpagem. Ao crimpar os


cabos de rede, o primeiro passo é descascar os cabos, tomando cuidado para não
ferir os fios internos, que são bastante finos. Normalmente, o alicate inclui uma
saliência no canto da guilhotina, que serve bem para isso. Existem também
descascadores de cabos específicos para cabos de rede.

Exemplo de um alicate crimpador:

Pode-se usar o cortador do alicate de crimpagem para descascar o cabo.


Contudo, não é aconselhável porque ele pode marcar os fios, diminuindo a resistência
mecânica e causando futuros defeitos no cabo. É aconselhável utilizar um alicate de
corte fino para desencapar o cabo.

Outra opção é utilizar o descascador uma ferramenta própria, bem regulada


como a da figura a seguir que Server para cabos CAT e cabos RGC.

Observações:
a. O exemplo anterior é de um descascador universal (serve pra CAT-5 e cabos
coaxiais).
b. Deve-se tormar cuidado com este tipo de descascador para não ocorrerem
“mordidas” nos fios do cabo CAT-5, que provocarão quebras após a
montagem.
c. Em geral, instaladores preferem fazer o “descascamento” do cabo CAT-5 com
alicate de corte de precisão.

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Os quatro pares do cabo são diferenciados por cores. Um par é laranja, outro
é azul, outro é verde e o último é marrom. Um dos cabos de cada par tem uma cor
sólida e o outro é mais claro ou malhado, misturando a cor e pontos de branco. É
pelas cores que diferenciamos os 8 fios.

O segundo passo é destrançar os cabos, deixando-os soltos. Para facilitar o


trabalho, descasque um pedaço grande do cabo, uns 5 ou 6 centímetros, para poder
organizar os cabos com mais facilidade e depois corte o excesso, deixando apenas
a meia polegada de cabo (1,27 cm, ou menos) que entrará dentro do conector.

Os cabos são encaixados nessa ordem, com a trava do conector (clip) virada para
baixo, como no diagrama:
Padrão 568B

A função do alicate é fornecer pressão suficiente para que os pinos do conector RJ-
45, que internamente possuem a forma de lâminas, esmaguem os fios do cabo,
alcançando o fio de cobre e criando o contato.

Como os fios dos cabos de rede são rígidos, é preciso uma boa dose de força para
que o conector fique firme, daí a necessidade de usar um alicate resistente. Não
tenha medo de quebrar ou danificar o alicate ao crimpar, use força controlada!

66
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4ª PRÁTICA
INSTALAÇÃO DE SISTEMAS OPERACIONAIS

OBJETIVOS
• Desenvolver capacidade de instalar sistemas operacionais e drivers de
dispositivos.

5ª PRÁTICA
COMUNICAÇÃO USANDO O Hyper-Terminal

OBJETIVOS
• Compreender os princípios de comunicação serial
• Montar um cabo serial RS-232 (1 cabo por grupo)
• Implementar a comunicação via Hyper-terminal entre dois PCs

6ª PRÁTICA
INTRODUÇÃO À REDES

OBJETIVOS
• Identificar as principais características de uma rede;
• Descrever as características principais
• Identificar um cabeamento estruturado
• Identificar o padrão EIA/TIA – 568A e 568B

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7ª PRÁTICA
CONFIGURAÇÕES, PROTOCOLOS DE REDE e
COMANDOS

OBJETIVOS
• Identificar protoclos
• Configurar protocolos
• Praticar os principais comandos

Localização de alguns protocolos nas pilhas OSI e TCP-IP

Modelo OSI Modelo TCP-IP Protocolos


Aplicação HTTP, SMTP, SNMP, FTP, NFS,
Apresentação Aplicação NTP, BOOTP, DHCP, RMON,
Sessão TFTP, POP3, IMAP, etc
Transporte Transporte TCP, UDP
Rede Internet IPsec, RIP, OSPF, BGP
IP
ICMP, ARP, IGMP, ARP, RARP
Enlace Interface de Ethernet
Física Rede ATM, Token Ring, Frame Relay,
etc

ICMP (Internet Control Message Protocol)

É um protocolo que não é usado para transferir mensagens. Ele é usado para
manutenção e mensagens de manutenção. Um dos utilitários mais conhecidos do
ICMP é o PING. As respostas de ICMP são comumente enviadas em resposta aos
datagramas UDP que falharam. O ICMP está documentado nas seguintes RFCs: 792,
950, 1812, 1122, 1191 and 1256.

Prática: Configuração do Protocolo TCP IP (win XP)

Selecione:
1- Iniciar / Barra de tarefas → Configurações → Conexões de Rede → ícone de
Conexão Local

2- Com o botão direito do mouse selecione Propriedades

ou

1- Iniciar → Barra de tarefas → Conexões de rede →


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2- Na aba Outros locais Meus locais de rede →

3- Na aba Tarefas de Rede Exibir conexões de rede →

4- Com o botão direito do mouse selecione Propriedades:


Geral → marque Protocolo TCP/IP → Propriedades → Usar o seguinte endereço
IP (por exemplo 192.168.10.2) → Máscara de rede (por exemplo 255.255.255.0) → OK

OBS: os campos de Endereço IP e Máscara de sub-rede são obrigatórios, se


não a opção Obter um endereço de rede automaticamente (usando um servidor DHCP)

Retorne ao ícone Conexão local e verifique se ele está ativo (sem a cruzinha)

Para executar os comandos de teste da rede, é necessária usar a interface de


linha de comando no modo texto do DOS, para isso, use o seguinte caminho:

Barra de Tarefas → Iniciar Programas → Executar → digitar cmd

COMANDOS

IPCONFIG

O que é?
O utilitário IPCONFIG mostra todas as informações das configurações que
possibilitam o nó da rede se comunicar com a LAN interna bem como o caminho para
outra rede (gateway).

Funções:
• Mostra todos os valores das configurações atuais de uma rede TCP IP.
• Faz o atualizaão das configurações do DHCP (Dynamic Host Configuration
Protocol).
• Visualiza o nome de domínio, DNS (Domain Name System).

OBS: Nos sistemas operacionais derivados do UNIX, como o Linux, usar comando
IFCONFIG

C:\users\aluno>ipconfig
Sufixo DNS específico de conexão . : xxxx.com
Endereço IP . . . . . . . . . . . . : 201.85.27.190
Máscara de sub-rede . . . . . . . . : 255.255.240.0
Gateway padrão. . . . . . . . . . . : 201.84.17.10

Para obter todas a ajuda de todas as opções do IPCONFIG, digitar:

C:\users\aluno>ipconfig /?
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ipconfig [/allcompartments] [/? | /all |]


/renew [adapter] | /release [adapter]
|
/renew6 [adapter] | /release6
[adapter] |
/flushdns | /displaydns |
/registerdns |
/showclassid adapter |
/setclassid adapter [classid] |
/showclassid6 adapter |
/setclassid6 adapter [classid] ]
onde
adaptador Nome da conexão
(caracteres curinga * e ? permitidos; consulte
exemplos)

Opções:
/? Exibe esta mensagem de ajuda
/all Exibe informações completas sobre
configuração.
/release Libera o endereço IPv4 para o adaptador
especificado.
/release6 Libera o endereço IPv6 para o adaptador
especificado.
/renew Renova o endereço IPv4 para o adaptador
especificado.
/renew6 Renova o endereço IPv6 para o adaptador
especificado.
/flushdns Limpa o cache do DNS Resolver.
/registerdns Atualiza todas as concessões de DHCP e
registra
novamente nomes DNS
/displaydns Exibe o conteúdo do Cache do DNS Resolver.
/showclassid Exibe todas as Ids de classe dhcp permitidas
para o
adaptador.
/setclassid Modifica a id. de classe dhcp.
/showclassid6 Exibe todas as Ids de classe DHCP IPv6
permitidas
para o adaptador.
/setclassid6 Modifica a id de classe DHCP IPv6.

O padrão é exibir apenas o endereço IP, a máscara de sub-rede e o gateway


padrão para cada adaptador limitado ao TCP/IP.

Para Release e Renew, se nenhum nome de adaptador for especificado, as


concessões de endereços IP para todos os adaptadores limitados ao TCP/IP serão
liberadas ou renovadas.

Para Setclassid e Setclassid6, se nenhuma ClassId for especificada, ClassId será


removida.

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Prática:

1- Anotar os seguintes informações do computador que você está usando:

• Endereço IP : ….................... . …..................... . …................... . .….....................

• Máscara : ….................... . …..................... . …................... . .….....................

• Endereço Físico : ….................... . …..................... . …................... . .….....................

• Gateway : ….................... . …..................... . …................... . .….....................

• Servidor DNS : ….................... . …..................... . …................... . .….....................

2- Questões:
a) Comparar o endereço MAC da sua máquina com o dos seus colegas. O que
muda no código? Por que?

R:
…........................................................................................................................................
.........................

b) Qual é a classe da máscara que está sendo usada? Por que?

R:
…........................................................................................................................................
.........................

Atualizando as configurações de IP.

Se sua interface não estiver usando um IP dinâmico, atualize as configurações


ou verifique o estado do seu servidor DHCP. Usar ipconfig/release e ipconfig/renew.

c) Digite C:\users\aluno>ipconfig/release [adaptador].O que aconteceu?

R:
…........................................................................................................................................
.........................

d) Digite C:\users\aluno>ipconfig/renew [adaptador]. O que aconteceu?

R:
............................................................................................................................................
..........................

e) Use o ipconfig usando as opções isoladamente e de combinado-as.

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Protocolo de Resolução de Endereço - ARP (Adress Resolution Protocol)

Comando ARP

O comando ARP é usado pelo administrador de rede para identificar problemas


de endereços IP duplicados. Se há duas máquinas com endereços IP duplicados
(MACs diferentes), isso será mostrado no cache de ARP.

C:\Users\aluno>arp -a

Interface: 192.168.1.100 --- 0xa


Endereço IP Endereço físico Tipo
192.168.1.1 74-ea-3a-c3-31-e6 dinâmico
192.168.1.255 ff-ff-ff-ff-ff-ff estático
224.0.0.2 01-00-5e-00-00-02 estático
224.0.0.252 01-00-5e-00-00-fc estático
239.255.255.250 01-00-5e-7f-ff-fa estático
255.255.255.255 ff-ff-ff-ff-ff-ff estático

Para obter todas as opções de ARP, digite:

C:\Users\casa>arp /?

Exibe e modifica as tabelas de conversão de endereços IP para endereços


físicos usadas pelo protocolo de resolução de endereços (ARP).

ARP -s inet_addr eth_addr [if_addr]


ARP -d inet_addr [if_addr]
ARP -a [inet_addr] [-N if_addr] [-v]

-a Exibe entradas ARP atuais interrogando os dados


de protocolo atuais. Se inet_addr for especificado, somente
os endereços IP e físicos do computador especificado serão
exibidos. Se mais de uma interface de rede usar ARP, serão
exibidas as entradas para cada tabela ARP.
-g O mesmo que -a.
-v Exibe as entradas ARP atuais no modo detalhado. Todas as
entradas inválidas e entradas na interface de loopback
serão mostradas.
inet_addr Especifica um endereço Internet.
-N if_addr Exibe as entradas ARP para cada interface de rede
especificada
por if_addr.
-d Exclui o host especificado por inet_addr. O inet_addr pode
ser
marcado com o caractere * para exclusão de todos os hosts.
-s Adiciona o host e associa o endereço Internet inet_addr
ao Endereço físico eth_addr. O Endereço físico é passado como
6 bytes hexadecimais separados por hífens. A entrada é
permanente.
eth_addr Especifica um endereço físico.
if_addr Caso esteja presente, especifica o endereço Internet da
interface cuja tabela de conversão de endereços deve ser
modificada.
Caso contrário, é usada a primeira interface aplicável.

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Exemplo:
> arp -s 157.55.85.212 00-aa-00-62-c6-09 .... Adiciona uma entrada
estática.
> arp -a .... Exibe a tabela ARP.

Prática:

a) Digite o comando arp -a (ou arp -g). Quais informações você obteve?

R:........................................................................................................................................
...........

b) Use o comando ARP combinando as opções. Quais informações você obteve?

R:........................................................................................................................................
.............

PING (Packet Internet Grouper)

O PING é um utilitário do ICMP (Internet Control Message Protocol), e, trabalha


juntamente com o IP. Com isso o PING verifica a conectividade com outros
computadores da rede. Isso é feito através do envio de mensagens de requisição de
eco (Echo Request) do ICMP. A máquina de destino envia mensagens de resposta do
eco (Echo Reply) que são mostradas na tela após espaços de tempo definidos.

C:\>ping www.mw.92.com

Disparando www.mw.92.com [122.224.80.211] com 32 bytes de dados:


Resposta de 122.224.80.211: bytes=32 tempo=382ms TTL=235
Resposta de 122.224.80.211: bytes=32 tempo=405ms TTL=235
Resposta de 122.224.80.211: bytes=32 tempo=382ms TTL=235
Resposta de 122.224.80.211: bytes=32 tempo=379ms TTL=235

Estatísticas do Ping para 122.224.80.211:


Pacotes: Enviados = 4, Recebidos = 4, Perdidos = 0 (0% de
perda),
Aproximar um número redondo de vezes em milissegundos:
Mínimo = 379ms, Máximo = 405ms, Média = 387ms

Para obter todas as opções do PING, digite


C:\>ping /?

Uso: ping [-t] [-a] [-n count] [-l size] [-f] [-i TTL] [-v TOS]
[-r count] [-s count] [[-j host-list] | [-k host-list]]
[-w timeout] [-R] [-S srcaddr] [-4] [-6] target_name

Opções:

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-t Dispara contra o host especificado até ser interrompido.


Para ver as estatísticas e continuar, pressione
Control-Break; para parar, pressione Control-C.
-a Resolve endereços para nomes de host.
-n count Número de requisições de eco a serem enviadas.
-l size Envia o tamanho do buffer.
-f Ativa o sinalizador Don't Fragment (Não Fragmentar) no
pacote (somente IPv4).
-i TTL Vida útil.
-v TOS Tipo de serviço (somente IPv4. Essa configuração foi
substituída e não entra em vigor no campo de tipo de
serviço no Cabeçalho IP).
-r count Grava a rota dos saltos de contagem (somente IPv4).
-s count Carimbo de data/hora para saltos de contagem (somente
IPv4).
-j host-list Rota ampliada de origens com lista de hosts (somente IPv4)
-k host-list Rota restrita de origens definida na lista de hosts
(somente IPv4).
-w timeout Tempo limite em milissegundos a aguardar para cada
resposta.
-R Usa cabeçalho de roteamento para testar também a rota
(somente IPv6).
-S srcaddr Endereço de origem a ser usado.
-4 Força o uso do IPv4.
-6 Força o uso do IPv6.

Mensagens de Erro:

Em caso de erro, o PING retorna uma das seguintes mensagens:

• Esgotado o tempo limite do pedido – Nenhuma resposta foi retornada.


• Host Desconhecido – O host é desconhecido e não pode ser alcançado.
• Destino inacessível – o alvo é conhecido, porém o default gateway não pode
alcançá-lo. Pode ser que não haja uma entrada na tabela de roteamento.

Problemas possíveis detectados pelo PING:

• O TCP/IP está configurado erroneamente na estação.


• Não foi obtido corretamente um IP do servidor DHCP
• O endereço IP da estação, já está sendo usado por outra máquina.
• Problemas no cabeamento ou nos equipamentos de rede.

Prática:

Faça o levantamento das conexões da sua rede (ou segmento de rede)


anotando o IP de todos os computadores da sua rede. Execute o comando PING para
cada um eles e diga se resultado foi bem sucedido.

74
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IP de outro Resultados IP de outro Resultados


computadores computadores

Alteração dos parâmetros do PING

a) Desconecte o cabo de rede e execute o PING para qualquer um dos


endereços acima. Quais são as informações de erro?

R:
…........................................................................................................................................
............

b) Reconecte o cabo e dispare contra uma máquina qualquer da sua rede,


alterando o tamanho do pacote. Qual é o valor máximo obtido?

R:
............................................................................................................................................
..........

c) Dispare contra uma qualquer máquina da sua rede, alterando o número de


pacotes enviados. Qual é o valor máximo que pode ser usado? (Use Ctrl-C para
interromper).

R:
…........................................................................................................................................
............

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d) Dispare contra uma qualquer máquina da sua rede, alterando o tempo de


requisição dos pacotes enviados. Qual é o valor máximo que pode ser usado? (Use
Ctrl-C para interromper).

R:
…........................................................................................................................................
............

e) Dispare contra outra máquina de modo ininterrupto.


Retire o cabo de rede e depois reconecte-o. Quais são as informações de erro?

R:
............................................................................................................................................
..........

f) Dispare contra outra máquina de modo ininterrupto alterando o tamanho do


pacote, o número de pacotes e o tempo de requisição. Retire o cabo de rede e depois
reconecte-o. Quais são as informações de erro?

R:
............................................................................................................................................
..........

Endereço de LOOPBACK

Quando é usado o endereço de loopback, as informações de Echo Request e


Echo Reply não descem até a camada física. Ele pode ser utilizado para fins de
programação ou então verificar a integridade da pilha TCP IP.

g) Digite ping 127.x.x.1; (por exemplo ping 127.0.0.1). O que aconteceu?

R:
............................................................................................................................................
...............

h) Execute o ping de loopback com outras combinações começando por 127, por
exemplo,
ping 127.10.10.10. O que ocorreu?

R:........................................................................................................................................
....................

i) Dispare contra o sua própria interface de rede.

Responda:
Qual é então a diferença entre usar o PING com o endereço de loopback e o
PING com o seu próprio endereço de rede?

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R:
.........................…...............................................................................................................
............

Resolvendo Nomes

O PING pode ser usado tanto para disparar para um IP reservado ou IP público.
Pode também ser disparado contra nomes de domínio.

C:\>ping 192.168.10.5; C:\>ping 200.100.50.25

C:\>ping portal.cefet-rj.br

Execute o Ping para alguns sítios. Descubra o IP, e depois dispare com o número IP

Endereço Endereço IP Resultado


portal.cefet-rj.br

www.petrobras.com.br

www.icann.org

www.google.com.br

www.microsoft.com

www.ibm.com

Obs: por medida de segurança contra possíveis ataques, existem empresas que
configuram os seus roteadores para que não respondam às requisições de eco (Echo
Request). Com isso não será possível traçar uma rota completa.

TRACERT

Determina o caminho, da origem até o destino, de todos os roteadores pelo qual


o pacote passou através do envio de mensagens Echo Request do Internet Control
Message Protocol (ICMP). Isso é feito através do incremento do campo Time-to-Live
(TTL), toda vez que o pacote passa por um roteador (salto).

É possível usar o comando TRACERT tanto para IP como o nome de domínio:


C:\tracert www.radiomec.org.br ou C:\tracert 200.222.45.211

C:\Users\xyz>tracert www.radiomec.com.br

Rastreando a rota para www.radiomec.com.br [200.222.45.211]


com no máximo 30 saltos:

1 <1 ms <1 ms <1 ms 192.168.1.1


2 10 ms 10 ms 11 ms bacd6001.virtua.com.br [186.205.96.1]
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3 8 ms 10 ms 11 ms 201.17.0.4
4 29 ms 15 ms 12 ms 201.17.0.2
5 29 ms 14 ms 31 ms embratel-T0-5-0-0-tacc01.rjo.embratel.net.br
[20
0.209.203.37]
6 13 ms 13 ms 11 ms ebt-C2-gacc07.rjo.embratel.net.br
[200.244.163.3
2]
7 11 ms 10 ms 11 ms peer-G5-2-gacc07.rjo.embratel.net.br
[200.211.21
9.146]
8 12 ms 11 ms 10 ms pos2-2-bot-rj-rotn-01.telemar.net.br
[200.223.13
1.218]
9 13 ms 10 ms 11 ms 200.223.46.7
10 10 ms 31 ms 11 ms 200164183055.user.veloxzone.com.br
[200.164.183.
55]
11 11 ms 11 ms 10 ms 18776189038.telemar.net.br [187.76.189.38]
12 13 ms 12 ms 11 ms pop.9oficio.com.br [200.222.45.211]
13 12 ms 10 ms 11 ms pop.9oficio.com.br [200.222.45.211]

Rastreamento concluído.

O caminho mostrado na tabela indica que o primeiro eco mostra o roteador mais
próximo da máquina se origem da rota.

Para todas as opções do TRACERT, digite:

C:\Users\casa>tracert /?

Uso: tracert [-d] [-h nmax_saltos] [-j lst_hosts] [-w tempo_limite]


[-R] [-S srcaddr] [-4] [-6] destino

Opções:
-d Não resolver endereços para nomes de hosts.
-h nmax_saltos Número máximo de saltos para a procura do destino.
-j lst_hosts Rota ampliada de origens usada com a lista lst_hosts
(só IPv4).
-w tempo_limite Tempo de espera em milissegundos para cada resposta.
-R Traça caminho de transmissão e retransmissão (só
IPv6).
-S srcaddr Endereço de origem para uso só (IPv6).
-4 Força usando IPv4.
-6 Força usando IPv6.

Prática:

a) Use o comando TRACERT para descobrir a rota de um sítio qualquer.

b) Copie o IP do sítio encontrado na barra de endereços do navegador que a máquina


está usando.

c) Descubra as URLs de empresas comerciais e tente usar o PING e o TRACERT.

d) Use o comando TRACERT associando opções.


78
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Sugestão
Use o programa NEOTRACE, ou equivalente, para indicar graficamente uma
rota, da origem até o destino, com uma das URLs usadas anteriormente.

OBS: Em sistemas operacionais compatíveis com o UNIX, por exemplo Linux, o


comando equivalente é o TRACEROUTE.

NETSTAT

O NETSTAT é uma ferramenta que deve ser usada para fins de administração da rede
pois pode monitorar portas que estejam sendo usadas.
Usados sem os parâmetros, o NETSTAT mostra as conexões ativas TCP.
Proporciona estatísticas de Internet, tabela de roteamento IP, estatísticas de IPv4 e
IPv6 (para os protocolos IP, ICMP, TCP e UDP)

C:\Users\xyz>netstat

Conexões ativas

Proto Endereço local Endereço externo Estado


TCP 192.168.1.100:49565 74.125.234.16:http CLOSE_WAIT
TCP 192.168.1.100:49640 192.168.1.1:49152 TIME_WAIT
TCP 192.168.1.100:49641 192.168.1.1:49152 TIME_WAIT

Para todas as opções do NETSTAT digite:

C:\Users\> netstat /?

Exibir estatísticas de protocolo e conexões de rede TCP/IP atuais.

NETSTAT [-a] [-b] [-e] [-f] [-n] [-o] [-p proto] [-r] [-s] [-t] [interval]

-a Exibe todas as conexões e portas de escuta.


-b Exibe o executável envolvido na criação de cada conexão ou
a porta de escuta. Em alguns casos, executáveis bastante
conhecidos hospedam vários componentes independentes e,
nesses casos, a sequência de componentes envolvidos na
criação da conexão ou porta de escuta é exibida. Nessa
situação, o nome do executável fica entre [] na parte
inferior, na parte superior fica o componente que ele
chamou e assim por diante até o TCP/IP ser alcançado.
Observe que essa opção pode ser demorada e falhará, a
menos que você tenha as permissões suficientes.
-e Exibe estatísticas de Ethernet. Pode ser combinada com a
opção -s.
-f Exibe Nomes de Domínio Totalmente Qualificados para endereços
externos.
-n Exibe endereços e números de porta no formato numérico.
-o Exibe a identificação do processo proprietário associado a
cada conexão.
-n Exibe endereços e números de porta no formato numérico.
-o Exibe a identificação do processo proprietário associado a
cada conexão.
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-p proto Mostra as conexões do protocolo especificado por proto; proto


pode ser: TCP, UDP, TCPv6 ou UDPv6. Se usado com a opção -s
para exibir estatísticas por protocolo, proto pode ser:
IP, IPv6, ICMP, ICMPv6, TCP, TCPv6, UDP ou UDPv6.
-r Exibe a tabela de roteamento.
-s Exibe estatísticas por protocolo. Por padrão, são mostradas
estatísticas para IP, IPv6, ICMP, ICMPv6, TCP, TCPv6, UDP e
UDPv6; a opção -p pode ser usada para especificar um
subconjunto do padrão.
-t Exibe o estado de offload da conexão atual.
interval Re-exibe as estatísticas selecionadas, fazendo intervalos
de segundos entre cada exibição. Pressione CTRL+C para
interromper a re-exibição de estatísticas. Se omitido,
netstat imprimirá as informações de configuração atuais uma
vez.

C:\>netstat -r

Route Table

=======================================================================
Interface List
0x1 ........................... MS TCP Loopback interface
0x2 ...00 10 5a a1 e9 08 ...... 3Com 3C90x Ethernet Adapter
0x3 ...00 00 00 00 00 00 ...... NdisWan Adapter
=======================================================================
=======================================================================
Active Routes:
Network Destination Netmask Gateway Interface Metric
0.0.0.0 0.0.0.0 205.153.63.1 205.153.63.30 1
127.0.0.0 255.0.0.0 127.0.0.1 127.0.0.1 1
205.153.63.0 255.255.255.0 205.153.63.30 205.153.63.30 1
205.153.63.30 255.255.255.255 127.0.0.1 127.0.0.1 1
205.153.63.255 255.255.255.255 205.153.63.30 205.153.63.30 1
224.0.0.0 224.0.0.0 205.153.63.30 205.153.63.30 1
255.255.255.255 255.255.255.255 205.153.63.30 205.153.63.30 1
======================================================================

Active Connections

Proto Local Address Foreign Address State


TCP jsloan:1025 localhost:1028 ESTABLISHED
TCP jsloan:1028 localhost:1025 ESTABLISHED
TCP jsloan:1184 205.153.60.247:telnet ESTABLISHED
TCP jsloan:1264 mail.lander.edu:pop3 TIME_WAIT

Prática

a) Use o comando NETSTAT sem opções no seu computador. O que você observou?

R:
............................................................................................................................................
..........

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 6º PERÍODO HARDWARE

b) Use a opção -n do seu computador para ver o número das postras (sockets). Quais
portas estão abertas? Supondo que você está na Internet, o que está sendo
executado?

R:
............................................................................................................................................
...........

c) O que é obtido com o comando netstat -s -p tcp netstat -s -p udp. Digite-o e


confirme a resposta.

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APOSTILA DE TV 2

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INTRODUÇÃO
TÉCNICAS DE TRABALHO NO LABORATÓRIO DE TV

OBJETIVOS

• Utilizar os procedimentos de segurança necessários à realização de medições


em receptores de TV e monitores de vídeo;
• Empregar as técnicas básicas de medidas em equipamentos eletrônicos;
• Reconhecer as partes características de televisores.

DESCRIÇÃO
A realização de experiências e de manutenção em equipamentos com tensões
elevadas, como os televisores e monitores de vídeo, exige cuidados maiores que os
regularmente adotados para equipamentos convencionais.

As instruções a seguir têm como propósito dar maior segurança e objetividade


ao seu trabalho; mantenha-as sempre em mente.

Antes de iniciar a experiência, verifique no procedimento quais serão os


instrumentos e equipamentos necessários e onde serão usados; organize-os na
bancada de modo a poder fazer a leitura e colocar as pontas de prova
simultaneamente, sem debruçar ou passar o braço sobre o circuito.

Conecte os cabos e ponteiras de prova.

Ligue os equipamentos e instrumentos à medida que for necessitando,


lembrando-se de que alguns precisam de um período de estabilização, como os
geradores de rádio-freqüência.

Antes de colocar as pontas de prova nos pontos de teste, ajuste os instrumentos


de acordo com o que vai ser medido e certifique-se da exatidão dos ajustes e da
localização do ponto, para não danificar os equipamentos.

Ao medir, posicione as pontas de prova de modo que estas não fechem curto-
circuito entre si ou com filetes, ilhas e terminais adjacentes, principalmente quando usar
garras-jacaré.

Antes de ligar a ponta de prova, ligue a garra de massa ao circuito (se a medida
for em relação à massa).

No laboratório, ao fazer medidas nos aparelhos com circuitos integrados, use os


pontos de teste ou mesmo terminais de componentes discretos, como resistores,
evitando ligar as pontas de prova diretamente aos terminais do CI. Se isso for
indispensável, peça auxílio ao professor.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Nos televisores usados no laboratório, pode não hver isolação da rede elétrica.
Assim, a massa do aparelho pode estar ligada ao terminal vivo da rede (fase), o que
aplicará um choque elétrico a quem, com o corpo, fechar o circuito entre a massa e o
solo. Este risco é reduzido no laboratório, se você não encostar nas paredes, nas
divisórias de metal ou na estrutura metálica das bancadas. Em outros locais, como em
uma oficina de reparação, o risco pode ser maior. Nesse caso, garanta que a massa
não está ligada à fase ou, preferencialmente, empregue um transformador de
isolação.

Para identificar se o chassis do aparelho está vivo use uma lâmpada de teste do
tipo neon, geralmente incorporada ao cabo de uma chave de fenda. Toque com a ponta
da chave na massa do aparelho e com o dedo na parte metálica do cabo (não toque na
haste). Se a lâmpada acender, inverta o plug da tomada, pois com isso o neutro ficará
ligado à massa. Se não acender, certifique-se de que invertendo o plug ela acenderá e
depois volte a colocá-lo na posição anterior. Caso a lâmpada não acenda em nenhuma
das duas posições, mas o aparelho esteja funcionando, é sinal de que você está bem
isolado do solo; toque com uma das mãos numa parede, com a outra no metal do cabo
da chave e repita o teste. Caso a lâmpada acenda nas duas posições do plug na
tomada, o aparelho pode estar ligado entre fases, o que ocorre quando se deseja obter
220 V numa rede elétrica bifásica ou trifásica; em tal situação o transformador de
isolação é imprescindível.

Esteja ciente de que para isolar totalmente o televisor da rede elétrica, dando
maior segurança ao seu trabalho, você tem de empregar um transformador de isolação,
que é um transformador de força com relação de espiras de 1:1, isto é, 127 V : 127 V
ou 220 V : 220V, dependendo da tensão local. Também é possível empregar um
transformador redutor ou elevador de tensão, conforme as características da rede
elétrica e do televisor, mas é preciso confirmar se não se trata de um auto-
transformador, o qual não oferece isolação entre primário e secundário. Na
especificação do transformador de isolação escolha um com capacidade de potência
maior que a do equipamento a ser testado.

Além do choque da rede, há o risco oferecido pelas tensões internas do


televisor. Para evitar choques dessas tensões, use somente uma das mãos para fazer
a medida, deixando a outra longe do aparelho; não apoie a mão ou o braço sobre o
circuito; não use cordões, pulseiras, anéis ou relógio de metal ao trabalhar no televisor
ou em qualquer circuito. Se, para procurar um componente ou ponto do circuito,
precisar manusear a placa, desligue o televisor.

Preste atenção à execução da tarefa; não brinque no recinto, nem fume.

No receptor de televisão há tensões elevadas, algumas acompanhadas de


uma razoável capacidade de fornecer corrente, o que pode causar choques
elétricos letais.

A Mais Alta Tensão (MAT) é acoplada, por um cabo, do TSH ao cinescópio e


pode estar presente mesmo com o televisor desligado. Não remova a "chupeta"
(borracha que isola a entrada de MAT no cinescópio) com o aparelho ligado; se
necessário removê-la, desligue o aparelho e proceda à descarga do ultor.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Não faça nenhuma medida, teste ou ajuste que não esteja previsto no roteiro da
tarefa sem primeiro obter a aprovação do professor. A criatividade é importante, tal
como são as descobertas, mas é nossa obrigação zelar por nós mesmos, pelos que
nos cercam e pelo material sob nossa responsabilidade.

Para tarefas envolvendo os vídeos cassetes, não se deve “forçar” nenhuma parte
mecânica pois trata-se de mecânica fina de precisão, onde qualquer parte
danificada em sua estrutura, mesmo que por frações de milímetros, poderá
comprometer o funcionamento correto dos equipamentos.

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1ª PRÁTICA
CONEXÃO DIGITAL DE SINAIS DO SETOR DE TV:
ESQUEMAS, CABOS E CONECTORES
OBJETIVOS

• Analisar o esquema de conexões dos equipamentos de distribuição de vídeo


digital do laboratório de sistemas de TV;
• Identificar os principais cabos e conectores utilizados na distribuição do vídeo
digital;
• Analisar o esquema de conexões da rede ethernet entre os equipamentos de
vídeo digital;
• Atuar de modo a implementar diferentes configurações nas conexões.

DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE VÍDEO DIGITAL

1. Set Top Box

Equipamento que converte o sinal da TV digital, recebido em RF, em SCV


compatível com os receptores analógicos. Pode também converter este sinal RF em
sinal digital, sendo então distribuído por conjunto cabo conector do tipo HDMI.

Equipamento em fase de aquisição pelo CEFET-RJ.

2. Gerador Digital

Compatível com as normas SMPTE para os padrões de sinal de banda base de


SDTV e HDTV, o gerador Testor, de fabricação da Lynx é um moderno equipamento
que atende a todos os padrões digitais para TV. O seu sinal não está distribuído
para as bancadas. É utilizado diretamente no instrumento de medição de sinais
WVR7120.

Gerador Digital

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Monitor de Formas de onda

Equipamento indispensável em uma estação de TV, o Monitor de forma de onda


(Waveform) é um instrumento necessário para verificação de sinais. Ele permite
avaliar as condições técnicas do sinal, períodos, amplitudes, etc.de diversos padrões
de TV (analógica e digital), além das funções específicas para áudio.

No laboratório de TV, o modelo adotado é


um WVR 7120, que é um waveform sem
tela acoplada que usa o padrão SVGA para
conexão externa.

O instrumento possibilita o uso da tela


cheia para monitoração ou
compartilhamento de até 4 análises
simultaneamente.

No laboratório, este instrumento está


instalado no rack móvel, e a distribuição de
sua tela de avaliação é feita por um
distribuidor SVGA (splitter) ligado a um monitor de LCD em cada bancada.

Foto do WVR 7120 com monitor SVGA ligado a sua saída de monitoração.

Este equipamento também possui uma saída para Rede Ethernet onde, através do
endereço IP apropriado, é possível acessar algumas de suas informações e telas.
3. VCR e Receptor LCD

Estes equipamentos são responsáveis pela gravação de vídeo analógico – SCV, no


caso do Vídeo cassete – VCR, e pela reprodução do vídeo e do áudio, no caso do
receptor LCD. O modelo do receptor em nosso Laboratório possui diversos tipos de
entrada de sinal, que permitem seu funcionamento como monitor e/ou em alta
definição, entre outras funções.

Fotos do Receptor LCD e do VCR.

87
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4. Distribuidores SVGA e HDMI

Estes distribuidores atuam no envio para as bancadas dos alunos dos sinais
gerados pelo conjunto Gerador Digital / Waveform (Distribuidor SVGA) OU do sinal
gerado pelo Set Top Box (Distribuidor HDMI).

Fotos do Distribuidor SVGA.

Fotos do Distribuidor HDMI.

5. Conectores SVGA, HDMI e BNC (SVI)

Os equipamentos mencionados acima são interligados por diversos tipos de cabos e


conectores. O professor irá realizar uma demonstração prática dos mesmos durante
os procedimentos. Os alunos devem anotar os mesmos em suas apostilas.

6. Micros em Rede Ethernet

Os micros instalados no laboratório de TV estão


ligados em rede com o Waveform, podendo obter
algumas informações e telas do mesmo
remotamente, para análise dos alunos no próprio
computador, bem como armazenamento destas
informações para usos estatísticos ou de
manutenção.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

DIAGRAMA DE CONEXÕES DE VÍDEO DIGITAL E DA REDE ETHERNET

Os desenhos a seguir identificam as conexões existentes dos sinais


ANALÓGICOS de vídeo nos equipamentos do Laboratório de TV. O professor irá
identificar os mesmos durante o procedimento. Os alunos devem anotar os mesmos
em suas apostilas.

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Os desenhos a seguir identificam as conexões existentes dos sinais DIGITAIS


de vídeo nos equipamentos do Laboratório de TV. O professor irá identificar os
mesmos durante o procedimento. Os alunos devem anotar os mesmos em suas
apostilas.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

PROCEDIMENTOS
1) Seguindo a orientação do professor, anotar os conectores e/ou cabos de sinal de
vídeo utilizados no Laboratório, com o sinal que transportam e suas vantagens
e/ou desvantagens, bem como seu uso profissional ou doméstico;
Cabo / Sinal Vantagens/Desvant. Profis./Domést.
conector transportado

2) Anotar para os equipamentos do laboratório listados abaixo os conectores


disponíveis no mesmo e os cabos e/ou terminações existentes nos mesmos.
Equipamento Tipos / quantidade Cabos conectados Observações
de conectores por conector
Set-Top Box

Gerador Lynx

Waveform

Distribuidor SVGA

Distribuidor HDMI

Receptor LCD

3) Alterar as telas no Gerador PTG 3610 B e verificar as variações nos monitores


LCD;

4) Atuar no set-top box e verificar as variações nos monitores LCD;

5) Capturar uma tela WVR 7120 nos computadores da bancada através da rede
ethernet.
91
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2a PRÁTICA
MEDIDAS DAS CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO
SINAL DE VÍDEO DIGITAL – SDI : FIGURA DE OLHO
(EYE FIGURE)

OBJETIVOS

• Identificar os componentes de nível físico do sinal (elétrico) de vídeo digital;


• Reconhecer as informações existentes na Figura de Olho;
• Analisar as características do Jitter e sua influência no sinal de vídeo digital ;
• Medir os valores da Figura de Olho e de Jitter para diferentes situações de
transporte.

DESCRIÇÃO
Equipamentos utilizados na prática:

• GERADOR DE SINAIS DIGITAIS – Lynx P TG 36 10 B


• ANALISADOR DE SINAL DIGITAL – Tektronix WVR 7210

Fundamentação Teórica:

Introdução

No estudo de lógica digital vemos que sua fundamentação é baseada nos níveis
lógicos 0 (zero) e 1 (um). Mas estes sinais, quando gerados na prática em circuitos
REAIS são representados por NÍVEIS DE TENSÃO – no caso da tecnologia TTL
nível 1 corresponde a um nível de tensão de 5 Volts e nível 0 a um nível de tensão
de 0 Volts.

O mesmo ocorre com o sinal de vídeo digital em sua BANDA BASE, ou seja, o
equivalente ao SINAL COMPOSTO DE VÍDEO Analógico, com suas informações
essenciais. Este sinal de vídeo, mesmo sendo digital, possui uma natureza
analógica, ou seja, é representado por níveis de tensão (Volts).

Com isso esse sinal digital sofre de todas as distorções conhecidas do sinal
analógico: atenuação, resposta de freqüência, ruído... É necessário testar este sinal,
seja durante sua transmissão por um cabo ou após ser processado por um
equipamento, para detectar os possíveis problemas antes que se tornem erros na
imagem.

Para garantir esta ausência de erros devemos começar trabalhando corretamente,


ou seja verificando itens básicos durante a instalação, como o tipo correto de cabos
e conectores, assegurar a terminação correta entre links de equipamentos bem
como respeitando o comprimento máximo dos cabos nestes links.
92
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

A interface serial digital (SDI)

A Interface Serial Digital (SDI) é uma interface digital de vídeo e áudio para
equipamentos profissionais de vídeo. Este padrão é utilizado para a transmissão
de sinais digitais de vídeo sem compressão e sem codificação (com ou sem áudio)
em estúdios de TV.

O SDI foi projetado para o transporte de vídeo em curtas distâncias (típico de 80 até
100 metros, máximo 300 metros). Esta curta distância se deve ao fato de sua alta
taxa de dados, que agrava a possibilidade de atuação das distorções conhecidas do
sinal analógico.

Geração do sinal de vídeo digital SDI


Esta transmissão DVI é independente das informações (Luminânica, Crominância ...)
e do formato do sinal original (NTSC, PAL, SDTV, HDTV,...), mas a transmissão de
dados é padronizada através de um único cabo coaxial com conectores BNC e
terminação de 75 Ohms. O sinal é transmitido sem nenhum tipo de modulação, ou
seja, é em BANDA BASE.

A taxa de bits é determinada na conversão A/D pela freqüência de amostragem e do


tamanho em bits do código de cada amostra, sendo a taxa de 270 Mbps
correspondente ao padrão de vídeo digital (SDTV) obedecendo a ITU 601 (4:2:2,
13,5 MHz, ...) como na figura abaixo. Taxas de 1,485 Gbps (ou 2,97 Gbps) são
utilizadas para formatos de alta definição (HDTV). Outras taxas, como 143 Mbps
(NTSC digital) e 177 Mbps (PAL digital) podem ser utilizados, mas apenas para
sinais antigos que não estejam disponíveis de outra forma.

Geração do sinal de vídeo digital de 270 Mbps (10 bits x 27 MHz).


93
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O Nível físico do SDI - A Figura de Olho (Eye Figure)

Os componentes do SDI correspondem a bits 0 e 1, tendo cada um dos mesmo um


nível de tensão. Já os conjuntos de bits irão formar códigos representativos das
informações que são enviadas (Luminância, Sincronismos, ...). Estes códigos são
padronizados pelo SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers)
conforme a tabela abaixo:

Formatos
Padrão Nome Taxa de Transmissão (Bitrates)
de Vídeo
SMPTE 259M SD-SDI 270 Mbps, 360 Mbps, 143 Mbps e 177 Mbps 480i, 576i
SMPTE 344M 540 Mbps 480p, 576p
SMPTE 292M HD-SDI 1.485 Gbps e 1.485/1.001 Gbps 720p, 1080i
Dual Link
SMPTE 372M 2.970 Gbps e 2.970/1.001 Gbps 1080p
HD-SDI
SMPTE 424M 3G-SDI 2.970 Gbps e 2.970/1.001 Gbps 1080p
Padrões SMPTE para vídeo digital em banda base

Mas como observar este sinal ? Como


verificar o mesmo como um sinal
analógico? A princípio o mesmo poderia
ser observado por um osciloscópio,
como fazemos com o Sinal Composto
de Vídeo.

Entretanto este sinal digital é muito sutil,


ou seja, são nos pequenos detalhes de
amplitude e tempo que verificamos a
existência de falhas ou imperfeições.

Por isso foi desenvolvida toda uma


sistemática para a observação do
mesmo, A Figura de Olho (Eye figure)
com um equipamento específico para
esta finalidade – o Digital Vídeo
Waveform Monitor.

Na figura ao lado temos a tela de um


osciloscópio exibindo, no centro, dois
bits deste sinal, sendo a linha verde a
varredura atual do osciloscópio e as em
azul as varreduras anteriores. Visualize
a seguinte seqüência de bits por linha:

1. Um, zero, zero e um;


2. Zero, um, zero e zero;
3. Zero, zero, um e um;
4. Um, um, zero e um;
5. Um,um, um e zero;
94
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Observamos que o SDI observado desta forma adquire um formato semelhante a um


“olho”, sendo conhecido como “Figura de Olho” - Eye Figure. Na figura abaixo
verificamos que existem diversos parâmetros possíveis de serem observados neste
sinal como

Informações da Figura de Olho em 270 Mbps / 3,7 nseg por bit– Jitter, Noise,
Rise/Fall time e Decision Point

Resumidamente podemos dizer de cada uma destas características:

• RUÍDO – O SDI possui uma amplitude de 0,8 Vpp +/- 10%, ou seja, são
admitidas variações de até 10% nos valores de tensão dos níveis zero e um.
Acima destes valores temos a atuação do ruído em amplitude no sinal;
• JITTER – O mesmo corresponde a uma variação no período de um bit do
sinal, ou seja, corresponde a uma variação no clock. O mesmo se manifesta
na recepção de um sinal e pode causar erros de sincronismo nesta recepção.
Sua tolerância máxima é de 0,2 UI, ou seja, 20% do período de um bit – 740
pseg - para 270 Mbps;
• RISE / FALL TIME – Corresponde ao tempo
de subida / descida entre os níveis lógicos
zero (20 % acima) e um (20 % abaixo),
podendo assumir valores de 0,4 até 1,5 nseg
para 270 Mbps;
• DECISION POINT – Esta falha ocorre quando
o período de um nível lógico é maior que o
outro, com isso temos que o encontro da
transição entre os mesmos não fica em 50%
da amplitude / período, distorcendo a figura de
olho de modo que a mesma não fique mais
simétrica, como mostra a figura ao lado;

As diversas falhas possíveis no transporte do sinal SDI irão acarretar em alterações


em pelo menos uma das características listadas acima. Cabe ao técnico pesquisar e
conhecer o que irá acontecer neste sinal SDI quando:
• A terminação do cabo tiver sido executada de modo indevido;
• A terminação do cabo estiver fora do valor padrão de 75 Ohms ou estiver
ausente;
• Quando o cabo estiver com um comprimento maior que o máximo;
• Quando o cabo utilizado for inapropriado ou estiver danificado;
95
CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

• Quando for processado por um equipamento inapropriado ou danificado.

Existem ainda sinais específicos que são usados para testar o transporte do sinal
SDI em cabos equipamentos e terminações em condições extremas (stress),
chamados de Pathological Signals. Estes sinais propiciam a percepção de situações
limite antes de falhas.

ROTEIRO 1

1. Abra o arquivo “Tektronix_guide_to_eye_and_jitter_measurements.pdf” que


está na área de trabalho do micro de sua bancada;

2. Identifique no arquivo as telas referentes aos defeitos mais usuais e esboçe a


figura de olho de cada um dos mesmos:

a) Problemas na terminação do cabo;

b) Problemas de atenuação ou comprimento do cabo;

3. Identifique no arquivo os Pathological Signals existentes e responda:

a. O que os mesmos podem testar no Cabo? Com qual informação?

b. O que os mesmos podem testar no receptor do sinal? Com qual


informação?

96
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4. Verifique e ANOTE a figura de olho para cada uma destas situações que o
professor irá gerar na transmissão do sinal SDI:

a) Sem Terminação b) Terminação Impedância Errada

c) Terminação com problema de d) Cabo fora de padronização ou


execução danificado

e) Cabo com comprimento f) _____________________(critério do


excessivo professor)

5. Refaça o item acima e ANOTE a figura de olho para uma das situações
(critério do professor) com diferentes Filtros de Jitter dos sinais SD SDI e HD
SDI:

a) SD SDI – Filtro em 10 Hz b) HD SDI – Filtro em 100 Hz

c) SD SDI – Filtro em 1 kHz d) HD SDI – Filtro em 100 kHz

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3ª PRÁTICA
CAPTAÇÃO DE IMAGENS
OBJETIVOS

• Compreender o funcionamento da captação de imagens utilizando uma câmera


de vídeo;
• Conhecer os parâmetros de uma câmera;
• Verificar como se dá a ação dos estúdios em relação à captação de imagens.

DESCRIÇÃO

Introdução
Antes de procedermos às práticas, devemos nos preocupar em compreender, de
modo simplificado, o funcionamento da câmera de vídeo e alguns de seus parâmetros
mais elementares.

Funcionamento da Câmera de Vídeo Digital

As câmeras de vídeo funcionam de forma semelhante a uma máquina fotográfica


muito veloz que é capaz de tirar um número elevado de “fotos” em um ínfimo pequeno
espaço de tempo.

Os movimentos são registrados tirando-se, sucessivamente, centenas (ou até


milhares) de fotografias (quadros) da cena com grande rapidez (usualmente 25 ou 30
por segundo). Durante a exibição, a imagem aparenta mover-se, pois as fotos são
exibidas mais rápido do que o olho humano é capaz de notar. Diferentes taxas de
quadros por segundo (freqüências) são utilizadas de acordo com a tecnologia
empregada e a finalidade da filmagem. Câmeras de alta freqüência (ex.: 1000 quadros
por segundo) registram minuciosamente acontecimentos velozes (como disparos de
armas de fogo), enquanto câmeras de baixa freqüência podem ser usadas para a
filmagem de nuvens ou do crescimento de vegetais.

Fig. 3.1 - Diagrama simplificado,em blocos de uma câmera digital e processamento do sinal

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1. Parâmetros de uma Câmera

Colorimetria

Antes de gravarmos qualquer cena com nossa câmera, é necessário fazer o


chamado Balanço de Branco e preto. Este ajuste consiste na adequação dos níveis de
cores de forma que todos fiquem balanceados entre si, não havendo, dessa forma, uma
predominância de uma cor em detrimento da outra. Fazendo isso, garantimos que nossa
imagem terá as cores mais próximas ao olhar humano.

Figura 3.2 – Diagrama CIE de cromaticidade Fig. 3.3 – Distribuição da luz branca

Knee

O olho humano, assim como os dispositivos de captura de imagem (câmeras


fotográficas, de vídeo...) possuem uma característica denominada Alcance Dinâmico,
que é a faixa de luminância que uma câmera fotográfica consegue captar, ou os limites
dessa faixa. Se a câmera deixa as áreas de sombra totalmente pretas, ou as áreas
mais claras totalmente brancas, não registrando os detalhes e sutilezas do ambiente,
essa câmera possui baixo alcance dinâmico.

Para solucionar este problema, então, recorremos ao chamado “Ajuste de


Joelho” (Knee Setting) de um dispositivo de captura de imagem. Esse ajuste consiste
na compressão do sinal de áreas que estão mais claras (quase brancas) para que ele,
dessa forma, possa cair na área de alcance dinâmico da câmera (aproximadamente
109%: White Clip Point). Na maioria dos casos, o ponto de joelho da curva (KNEE
POINT) é ajustado entre 85.0 e 100.0, que corresponde aproximadamente à luminância
da pele humana.

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Figura 3.4 - Antes do ajuste Figura 3.5 - Depois do ajuste

Figura 3.6 – Exemplo gráfico da curva de Knee

Gamma

A correção de gamma (GAMA CORRECTION) engloba um dos principais tratos


que devem ser feitos à imagem, para que esta apresente suas cores verdadeiras.
Simplificadamente, a correção gamma consiste na modificação de todos os valores de
cor entre o preto e o branco seguindo a curva de correção gamma. Esta curva foi
introduzida por característica de funcionamento dos antigos tubos de raios catódicos
(TRC) e mesmo os atuais displays não possuindo esta deformidade, é necessário mater
a curva para compatibilizar as imagens. Isto significa que nos LCDs e Plasmas, que não
possuem este erro, é introduzido o mesmo.

Fig. 3.7 - Imagem sem correção gamma Fig. 3.8 - Imagem com correção gamma

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White Clip

O erro de clipping (ou clipagem) é resultado de uma captura ou processamento


de uma imagem cuja intensidade do sinal ultrapassa o limite ou máximo ou, ainda, não
chega ao limite mínimo. Tal efeito faz aparecer na tela uma área uniforme com mínimo
ou máximo brilho, perdendo assim os detalhes da imagem.

Fig. 3.9 e 3.10 - Imagem original com áreas de muito brilho e imagem com áreas marcadas de vermelho
indicando onde ocorre o clipping da imagem.

2. Operação da Câmera

PAN

O movimento de Pan é uma abreviação da palavra panoramic do inglês, que


traduzida significa panoramico. Ou seja, quando falamos em PAN, nos referimos ao
movimento de giro horizontal sobre o próprio corpo que uma câmera, fixada em um
referencial, realiza, para que, assim, obtenhamos um panorama da nossa imagem.

Quando esta técnica é utilizada, a imagem que está


em foco (o carro no exemplo da figura 3.11) aparece
perfeitamente, enquanto que a paisagem ao seu
redor aparece como se estivesse passando
velozmente.

Fig. 3.11

TILT

TILT vem do inglês inclinar. Esta técnica consiste em movimentarmos a câmera sobre o
próprio eixo deslocando-a verticalmente. É, portanto, uma técnica semelhante ao PAN,
mas que se dá na vertical.

PAN TILT

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Foco

O foco é uma das principais operações de câmera. Se dá onde forma-se a


imagem projetada pela objetiva da câmera (CCD ou CMOS). Quando mudamos o
objeto ou a câmera de lugar a imagem fica fora de foco. Para solucionar este problema
podemos realizar o foco manual, ou recorrer ao foco automático. Profissionalmente, o
foco é feito sempre manualmente porque ele está relacionado com a produção artística
da imagem e o objeto a ser focado depende da direção artística ou jornalística não
podendo ser atrelado a um foco automático.

Diafragma Íris

O diafragma ou íris é um dispositivo que regula a quantidade de luz que penetra na


câmera. Ele é importante, pois define a profundidade de campo que é um efeito que
descreve até que ponto objetos que estão mais ou menos perto do plano de foco
aparentam estar nítidos.

Fig. 3.14 - Diafragma de 6 lâminas Fig. 3.15 - Média profundidade Fig. 3.16 - Pouca profundidade

3. Tipos de câmeras

Camcorder

• Para Produção: é uma câmera utilizada para produções artísticas e por essa
razão, necessita ser um equipamento de maior qualidade e que dê uma gama
maior de efeitos que possam ser utilizados. Trabalha com pouca compressão de
imagem.

• Para Jornalismo: por ser uma câmera utilizada para obter fatos jornalísticos
(reportagens) onde a importância da informação está sobreposta sobre a
qualidade artística, sem perder qualidade. Porém, é permitida uma maior
compressão da imagem, além de ter uma operação rápida e prática.

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Estúdio

Fig. 3.17 - Diagrama em blocos simplificado de uma câmera de estúdio

Partes:

Cabeça: consiste no próprio aparelho de captação de imagem;

CCU: do inglês, Camera Control Unit (Unidade de Controle da Câmera). É o sistema de


processamento do sinal enviado pela câmera. Fica instalado dentro da central técnica,
fora do estúdio. Permite que vários ajustes de vídeo sejam feitos remotamente. Os
ajustes mais comuns são os de balanço de branco e do diafragma. Praticamente todos
os ajustes são feitos pelo CCU, permitindo assim que o operador da câmera fique mais
livre para se concentrar no foco e no enquadramento da imagem, orientado pelo diretor
do programa. Por ter um profissional treinado nos ajustes, é possível ajustar diversas
câmeras simultaneamente e deixá-las iguais em colorimetria.

OCP: do inglês, Operation Control Panel, (Painel de Controle de Operação) é o controle


remoto (por cabo) do CCU.

Fig. 2.18 – OCP Fig. 3.19 - Diagrama de equipamentos (mostra os OCPs


ligados às CCUs)

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ROTEIRO

1. Seguindo a orientação do professor, focalize uma imagem qualquer e deixe a


câmera sempre nessa imagem. Altere, depois, o ajuste KNEE da câmera e veja o
que aconteceu com a imagem.

2. Anote, no espaço reservado, a mudança ocorrida no Vectorscope.

Antes Depois

3. Altere, agora, o Balanço de Branco na câmera de vídeo e veja o que ocorreu com
a imagem. Anote, abaixo, a mudança ocorrida no Vectorscope.

Antes Depois

4. Desabilite, agora, a opção de foco automático da câmera. Em seguida, foque em


uma imagem que esteja longe (o quadro branco, por exemplo). Feito isso,
coloque algum objeto (cadeira) ou peça a um colega de classe, que se posicione
entre a câmera e o quadro, ficando esse num plano mais próximo à câmera. Veja
o que acontece.

5. Faça o contrário agora, foque no colega ou no objeto que está entre a câmera e o
quadro e veja o que acontece com o fundo (quadro).

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4ª PRÁTICA
USANDO O WVR 7120 – Medições
(Prática em desenvolvimento)

OBJETIVOS

• Compreender as principais formas de medidas de um sinal digital de banda


base analógico e digital
• Realizar medidas remotas com auxílio de um computador;

Introdução

1. Configurando um instrumento
2. Realizando acesso remoto
3. Descrição das medidas

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5ª PRÁTICA
EDIÇÃO DE IMAGENS
OBJETIVOS

• Compreender de forma simplificada o funcionamento da edição linear e não-


linear;
• Reconhecer as janelas básicas de uma edição não-linear realizada por
software;
• Realizar uma edição simples no programa Windows Movie Maker;

Introdução
A edição de vídeos é um processo que consiste no corte de trechos de imagens
e na montagem de um outro, com a sequência e o tempo de duração desejados. Mas
pode também incluir a adição de legendas e efeitos especiais. Esse processo torna-se
necessário, pois nas estações de TV, os vídeos são gravados em partes e precisam
ser sequenciados, corrigidos ou cortados.

Há dois métodos para a edição de vídeos: o linear e o não-linear. Até o


aparecimento dos softwares de edição (final dos anos 80), eram utilizados editores
dedicados, responsáveis pelas edições lineares. Uma diferença marcante entre a
edição linear e não-linear se encontra na flexibilidade da edição não-linear, o tipo de
edição que realizaremos em nossa prática.

No entanto, para melhor compreendermos a edição de vídeo, iremos adquirir, de


forma simplificada, uma noção de ambos os métodos:

4. Sistema de Edição Linear

A edição linear está baseada em dois ou mais videocassetes interligados


diretamente (geralmente usada para matérias de jornalismo) ou através de um
equipamento chamado editor.

Um Player para reprodução da fita original e um Recorder, onde é gravada a fita


editada (chamada de Master).

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Figura 4.20 – Edição máquina-máquina


Com a ajuda do contador digital, podemos fazer a escolha dos pontos de
decisão – o ponto de entrada (cue in) e o ponto de saída (cue out) dos segmentos
(takes) que utilizaremos na fita de vídeo.

Figura 4. 21 – Painel de comando de um editor linear

Por exemplo, se desejamos cortar um trecho da cena 5 no player e tranformá-lo


na primeira cena da fita Recorder, precisamos pré-definir o tempo exato da cena 5 em
que a transferência irá começar, ou seja, o ponto de entrada. O mesmo serve para o
ponto de saída.

O contador pode ser programado para leitura de pulsos de controle (CTL –


Control Track) ou Time Code, que nos dão referência para a localização dos
segmentos.

O Time Code conta horas, minutos, segundos e frames (quadros), e a procura


pelo quadro desejado pode ser facilitada pelo botão search.

O sistema linear permite apenas cortes sequenciais (cena 1, então cena 2 e


assim sucessivamente) e sua limitação consiste no fato do vídeo precisar ser
organizado e estudado antes de ser finalmente gravado.

Tal método requer muita exatidão e preciosismo do operador.

Há dois tipos de edição linear: o Assemble e o Insert. Para melhor


compreendermos a diferença entre o Assemble e o Insert, iremos recorrer a conceitos
básicos das fitas de gravação magnética. A fita magnética possui pistas para vídeo,
áudio e o sincronismo. A quantidade depende do padrão de gravação. A pista de
sincronismo é formada por pulsos eletrônicos e nos permite a localização de cada um
dos frames gravados, através do Time Code (código de tempo).
68
A diferença entre o modo Assemble e o Insert está justamente no uso da pista
de controle. No modo Assemble, os sinais de vídeo, áudio e controle são
obrigatoriamente gravados de forma simultânea, ou seja, os sinais estão associados ao
respectivo pulso de controle. Por esse método, todo o conteúdo da fita é substituído, o
que inclui sinal de vídeo, som, controle e código de tempo. Enquanto esses sinais são
gravados, os sinais já existentes na fita são apagados, o que deixa o espaço (intervalo)
necessário para a inserção do trecho requerido.

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No modo Insert, a pista de controle é respeitada, ou seja, seus pulsos


eletrônicos permanecem inalterados após a edição. Primeiramente, é necessária a
gravação de um sinal de vídeo sem interrupções – geralmente preto, ou seja, uma
gravação sem sinal de áudio ou vídeo. Então o fluxo dos pulsos de controle irá garantir
a estabilidade da imagem na fita Master, pois será referência para a temporização
correta da máquina Recorder. Dos métodos de edição linear, o Insert é o mais utilizado,
por possibilitar a eliminação de distorções causadas por irregularidades da pista de
controle.

Preservando a trilha de controle, pode-se inserir somente um pedaço de vídeo


ou áudio, amntendo os demais.

O material a ser editado pode ser pré-visualizado pela função Preview, e a


edição definitiva é realizada pela função Auto Edit.

5. Sistemas de Edição Não-Linear

A edição não-linear provocou profundas mudanças no processo de edição de


vídeo, uma vez que pode ser realizada por computadores pessoais e um software de
edição. Além da facilidade de acesso, esse método também oferece maior flexibilidade
nas edições, de modo que podemos editar o material bruto sucessivas vezes – mudar
os takes, as sequências de áudio e vídeo sem precisar regravar uma fita inteira.

Inicialmente, vamos capturar ou digitalizar as imagens, transferindo-as para o


disco rígido e convertendo-as para um formato digital.

Com um software de edição, poderemos ter acesso a essas imagens, que agora
são arquivos de nosso sistema, e então editá-las. Esse programa nos oferece uma
função impossível no método linear: a alteração da duração dos segmentos de áudio e
vídeo.

Os softwares de edição possuem uma interface bastante simples onde podemos


realizar modificações com facilidade e com tempo reduzido. Um software de edição
muito conhecido é o Adobe Premier, que permite edições complexas em um
computador pessoal.

Em nossa prática, entretanto, faremos uso de um programa mais simples e


acessível, conhecido como Windows Movie Maker, que é disponibilizado gratuitamente.

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Figura 4.22 – Tela do Windows Movie Maker

O formato dos programas de edição consiste em uma tela principal e janelas –


normalmente uma ou mais Timelines (Linha de Tempo – onde a sequência dos takes
será definida), a janela de tarefas (onde teremos funções como: o acréscimo de
legendas, efeitos especiais, ajuste de cor e efeitos de transição) e o Monitor, onde será
feita a visualização do projeto.

Com o uso do mouse ou tablet, importamos as imagens, vídeos e efeitos de


áudio necessários em nosso projeto. Então, arrastamos um a um para a linha de tempo
na ordem desejada, podendo sobrepor vídeos e áudios de diferentes arquivos, além de
adicionar as legendas e os efeitos incluídos na janela de tarefas.

No Windows Movie Maker, o sistema salva periodicamente as alterações, para


que perdas de energia durante a edição não inutilizem todas as alterações feitas até o
dado momento. Porém, para maior segurança, é recomendado que o projeto seja salvo
também manualmente.

Para finalizar a edição, é preciso “renderizar” o projeto, que consiste no cálculo


dos pontos e formatação da imagem. Em sistemas domésticos este tempo é
considerável em função do processamento do computador.

Para sistemas de broadcasting, as máquina “renderizam” em tempo real. O que


as diferenciam em termos de produtividade. Os preços destas maquia é elevado.

Após a edição, exportamos o resultado para um DVD ou apenas armazenamos


como um arquivo em nosso disco rígido.

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PROCEDIMENTOS
1. Na área de trabalho do micro que se encontra em sua bancada, abra o menu
Iniciar > Todos os programas > Windows Movie Maker.

2. Identifique as janelas de Storyboard, a janela de Tarefas e a de Coleções.

3. Na janela de Tarefas, no item “Capturar Vídeo”, clique na opção “Importar


vídeo”. Fazendo isso, o vídeo será dividido em partes e transferido para a janela
de coleções.

4. Selecione um arquivo qualquer de vídeo que esteja em seu micro e importe-o.

Fig. 4.23

5. Observe que o material importado se encontra agora na janela Coleção.

6. Selecione um trecho importado e, no canto direito da tela, aperte Play. Veja que
o vídeo será reproduzido numa janela que fica também à sua direita.

7. Se você desejar subdividir o clipe (que já está dividido) em mais partes, clique na

opção ou digite Ctrl+L para dividir o clipe em dois no quadro atual.

8. Observe que o primeiro clipe é dividido e arraste sua primeira parte até o
Storyboard.

Figura 4.24 - Storyboard

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9. Feito isso, teremos um vídeo que poderá ser editado (colocar efeitos de som, de
fadding etc) no Storyboard. Caso deseje, mais vídeos podem ser adicionados a
este espaço, montando assim um vídeo maio.

10. Aperte Play ou pressione a barra de espaço para reproduzir o vídeo editado.

Perceba então como podemos copiar trechos de uma gravação e reorganizá-los


com ordem e duração modificadas de forma rápida e fácil. Em um dos mais simples
programa de edição, essa é só uma entre múltiplas funções, tais como: aumento do
brilho, redefinição das cores, inclusão de legendas, títulos ou créditos, efeitos de
transição, etc.

Tendo em vista que a melhor maneira para aprender a edição por esse sistema
é a prática, o operador deve agora sentir-se livre para criar, adicionar efeitos, sobrepor
títulos, retirar o áudio dos trechos desejados e até mesmo modificar a trilha sonora.

O Windows Movie Maker é incluído automaticamente durante a instalação do


Windows XP e uma versão demo do Adobe Premiere está disponível para downloads.
Essa versão possui todos os recursos do programa, porém o projeto final não pode ser
salvo.

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6ª PRÁTICA
TRASMISSÃO DIGITAL

OBJETIVOS

• Entender como se dá a transmissão digital, em especial no Brasil;


• Compreender a evolução dos sistemas de TV (analógico x digital) a fim de
perceber as principais características que têm se modificado e como essas
modificações têm influenciado na qualidade do sinal recebido pelos televisores.

Introdução
É importante informar que nessa prática, em especial, as considerações teóricas
tem maior importância que a visualização da imagem em si, que servirá apenas para
embasar a explicação e dar uma idéia inicial da diferença entre o sinal digital e o
analógico.

Cabe, então, explicar e detalhar os três padrões de transmissão digital, junto à


modulação, compressão e fatores adicionais responsáveis pelo "tratamento" do sinal.

Transmissão Digital

Quando falamos de TV digital não estamos só associando esta idéia a de uma


TV aberta ou de broadcasting (os canais comuns que temos hoje em VHF e UHF), mas
também envolvemos outros métodos de transmissão e ou retransmissão, como
retransmissão via link de microondas terrestres, via satélite ou transmissão via cabo
(TV a cabo).

É importante notarmos que existem três tipos de transmissões ou padrões para


transmissão digital. São eles:

ATSC

O sistema ATSC de TV Digital foi implantado nos Estados Unidos em 1998 e


visa, predominantemente, a transmissão de HDTV. O método de modulação
empregado nesse sistema é conhecido pela sigla 8VSB (Eight-Vestigial Side Band).
Não é recomendado se é desejada a recepção móvel.

Modulador 8VSB:

Figura 5..25 - Diagrama em blocos simplificado de um modulador 8VSB

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• Reed Solomon Encoder: é um FEC (Forward Error Corrector, corretor posterior


de erro), que acrescenta 20 bytes no packet de MPEG-2, com o objetivo de
corrigir erros no sinal que irá chegar no receptor. O Reed Solomon não corrige
erros concentrados, tais como o ruído impulsivo.
• Interleaver: embaralha os bits de tal modo que, se no percurso do sinal, entre o
transmissor e o receptor, houver uma interferência concentrada, no receptor, ao
se fazer o desembaralhamento, os erros ficam distribuídos.
• Trellis Encoder: é um FEC convolucional. A cada 2 bits ele acrescenta 1 bit com
a finalidade de corrigir possíveis erros no receptor. Assim, tem-se: code rate =
taxa de código = (CR)C = 2/3.
• 8 VSB Modulator: modula uma portadora localizada a 310 kHz do início da
banda de 6 MHz, em AM-VSB / SC (amplitude modulada, com banda vestigial e
portadora suprimida). Na modulação 8VSB, existem 8 níveis bem definidos: 4
positivos e 4 negativos. Esses níveis são tais que, cada conjunto de 3 bits
consecutivos do sinal irá corresponder a um nível. Conseqüentemente, a taxa de
bits fica dividida por 3 e assim, a freqüência do sinal modulador resultante torna-
se compatível com a banda de 6 MHz, visto que a modulação é em VSB.

Figura 5.26

A figura acima mostra o aspecto do espectro do sinal ATSC, para um canal com
banda de 6 MHZ (canal 14 de UHF). A função do piloto (7%) é enviar uma pequena
porção de sinal da portadora, para sincronizar o oscilador do receptor, que irá permitir a
recuperação do sinal enviado pelo processo de portadora suprimida.

DVB

Foi implantado na Europa em 1998 e trabalha com conteúdo audiovisual nas


três configurações de qualidade de imagem: HDTV (1080 linhas), EDTV (480 linhas) e
SDTV (480 linhas). Nas duas últimas configurações, permite a transmissão simultânea
de mais de um programa por canal, permitindo uma média de quatro. É um sistema
multiplicador, cuja taxa de bits do sinal na entrada do modulador pode ser variável (até
20 Mbit/s), dependendo da qualidade da imagem ou da robustez que se deseja na
transmissão.

Utiliza modulação COFDM (Coded Ortogonal Frequency Division Multiplex),


sendo o padrão adotado pelas principais operadoras privadas de TV por assinatura por
satélite. E é designado de acordo com o serviço ao qual está vinculado:

• DVB-T - Transmissões terrestres (TV aberta em UHF convencional);


• DVB-S - Transmissões por satélite (TV por assinatura e TV FTA);
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• DVB-C - Serviço de TV por cabo;


• DVB-H - Transmissão para dispositivos móveis, tais como celulares e PDA's;
• DVB-MHP - Padrão de middleware Multimedia Home Plataform;
• IPTV - Transmissão via internet.

Vamos nos ater, porém, ao DVB-T, já que o foco desta prática é a transmissão
terrestre.

• DVB-T:

Figura 5.27 - Diagrama em blocos simplificado do sistema DVB-T – Figura 27

• Outer Coder: executa uma função idêntica à do Reed Solomon do sistema


ATSC. A única diferença é que, no sistema DVB-T são acrescentados apenas
16 bytes no packet, que ficará com 204 bytes na saída.
• Outer Interleaver: os bits são embaralhados da mesma maneira que no
Interleaver do sistema ATSC.
• Inner Coder: é semelhante ao Tellis Encoder do sistema ATSC. A diferença é
que, no sistema ATSC o valor de (CR)C é fixo em 2/3 e, no sistema DVB-T ele
pode ser programado para diversos valores (1/2; 2/3; 3/4; 5/6 ou 7/8).
• OFDM Modulator: O sistema DVB-T possui dois métodos de mutiportadoras: 2K
e 8K. No OFDM Modulator são criadas 1705 portadoras ortogonais simultâneas
para o modo 2K ou 6734 portadoras ortogonais simultâneas para o modo 8K.
Isto é obtido por DSP (Digital Signal Processing, processamento digital de sinal),
pelo uso de uma IFFT (Inverse Fast Fourier Transform, transformada rápida
inversa de Fourier) e por um conversor D/A (digital / analógico). No padrão M
(banda de 6MHz), a separação entre as portadoras é fx=3348,1 Hz para o modo
2K, e fx=837,025 Hz para o modo 8K.
• Inner Interleaver: O sistema DVB-T pode ser programado para modulação QPSK
(Quaternary Phase Shift Keying, 2 feixes digitais), 16QAM (16 Quadrature
Amplitude Modulation, 4 feixes digitais) ou 64QAM (64 Quadrature Amplitude
Modulation, 6 feixes digitais). No Inner Interleaver, o sinal é transformado em 2,
4 ou 6 feixes digitais (conforme o tipo de modulação escolhido) e, através do
Mapper, esses feixes são destinados, consecutivamente, às 1705 portadoras do
modo 2K ou às 6734 portadoras do modo 8K.
• Na saída do OFDM Modulator surgem blocos estáticos de portadoras
simultâneas moduladas em QPSK, 16QAM ou 64QAM. O tempo útil de cada
bloco, também conhecido pelo nome de “símbolo” será Tu=1/fx. Assim sendo,
tem-se: Tu=298,67ms para o modo 2K, e Tu=1,1947ms para o modo 8K.

Após cada símbolo, é deixado um intervalo de tempo sem nenhuma informação,


conhecido como “intervalo de guarda” (∆t = kTu). Para o sistema DVB-T, o fator k pode
ser programado para 1/4, 1/8, 1/16 ou 1/32. A introdução do intervalo de guarda dá ao

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sistema DVB-T uma proteção natural contra interferências por multicaminhos ou


fantasmas.

Como exemplo (figura 5.28), uma transmissão no modo 8K com k=1/32 e que,
além do sinal principal, esteja chegando ao receptor um sinal retardado de 20 us.
Como ∆t = kTu = 1/32).1,1947ms=37,3ms, conclui-se que o sinal retardado não irá
invadir o símbolo seguinte.

Figura 5.28

ISDB

Padrão japonês, considerado o mais avançado e capaz de englobar diversas


mudanças ou serviços. Pode ser usado para recepção móvel, englobando serviços de
TV para celulares, notebooks, etc.

Assim como no DVB, iremos nos ater ao ISDB-T, referente à transmissão


terrestre, e ao ISDB-TB, referente ao sistema adotado no Brasil, que se baseou no
sistema japonês, com algumas modificações.

• ISDB-T:

Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial, Serviço Integrado de


Transmissão Digital Terrestre. É o padrão japonês de TV Digital, apontado como o
mais flexível de todos por responder melhor a necessidades de mobilidade e
portabilidade. Ele é uma evolução do sistema DVB-T, usado pela maioria dos países do
mundo, e vem sendo desenvolvido desde a década de 70 pelo laboratório de pesquisa
da rede de TV NHK. No Brasil, foi eleito o melhor nos testes técnicos comparativos
conduzidos por um grupo de trabalho da Sociedade Brasileira de Engenharia de
Televisão (SET) e da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert), ratificados pela Fundação CPqD e, por isso, é o padrão adotado no país desde
Junho de 2006.

O que mais chama atenção no sistema ISDB-T é a sua versatilidade. Além de


enviar os sinais da televisão digital ele pode ser empregado em diversas atividades,
como: transmissão de dados; receptor para recepção parcial em um PDA e em um
telefone celular; recepção com a utilização de um computador ou servidor doméstico;
acesso aos sites dos programas de televisão; serviços de atualização do receptor por
download; sistema multimídia para fins educacionais, etc.

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Por ser uma evolução do sistema DVB-T, se dá através do acréscimo das


seguintes implementações:

• Foi acrescentado um Interleaver temporal para melhorar o desempenho na


presença de interferências concentradas, tais como o ruído impulsivo;
• A banda de RF de 6MHz foi subdividida em 13 segmentos independentes, com a
possibilidade de serem enviadas 3 programações diferentes ao mesmo tempo,
por exemplo: uma em QPSK, outra em 16QAM e outra em 64QAM;
• Foi acrescentado o modo 4K;
• Foi acrescentado o método de modulação DQPSK, Differential Quaternary
Phase Shift Keying.

O sistema conta com compressão de áudio MPEG-2 AAC, compressão de vídeo


MPEG-2 HDTV, transporte MPEG-2 e Middleware ARIB.

MPEG-2: Sistema de compressão de sinais digitais, também utilizado em


computadores, que permite que uma maior quantidade de informações seja transmitida
ao mesmo tempo. Para isto, ele utiliza dois tipos de codificação, uma chamada de
espacial (spatial enconding) e outra chamada de temporal (temporal encoding). A
codificação espacial faz com que o sistema perceba que toda uma área de uma mesma
imagem tem a mesma informação e, ao invés de transmiti-la inteira, informe que toda
aquela área é igual. A codificação temporal faz o seguinte: imagine uma cena onde
exista uma tela inteira azul e só um ponto no centro que muda constantemente de cor,
ao invés do sistema mandar sempre a mesma informação que a tela é azul e que o
ponto está mudando ele informa que é para deixar a tela sempre azul e só mudar o
ponto central. A informação total só deverá ser transmitida de novo quando a cena
mudar (a tela azul ficar branca, por exemplo). Neste tipo de codificação a compressão
elimina a redundância existente entre pixels do mesmo frame ou pontos do mesmo
campo.

Middleware: Um middleware para aplicações de TV digital consiste de


máquinas de execução das linguagens oferecidas e bibliotecas de funções, que
permitem o desenvolvimento rápido e fácil de aplicações interativas para TV digital.
Essas aplicações vão possibilitar, por exemplo, acesso à internet, operações bancárias,
envio de mensagens para o canal de TV ao qual se está assistindo, entre outros.

Middleware ARIB: Neste sistema, áudio, vídeo e todos os serviços de dados


são multiplexados e transmitidos via broadcasting de rádio, em um TS (Transport
Stream) especificado pelo MPEG-2. Canais para a interatividade das comunicações
são disponibilizados através dos canais interativos da rede. O sistema de transmissão
de dados que utiliza o armazenamento dos pacotes como um fluxo de pacotes no PES
(Packetized Elementary Stream) é usado para aplicações em tempo real, que
necessitam de sincronização na decodificação e reprodução dos diferentes tipos de
mídia. A estrutura lógica do display ARIB é composta, respectivamente, de plano de
vídeo, plano de figura, plano de controle, plano de gráficos e textos e plano de
legendas. Além disso, existe o sistema de transmissão de dados, no qual os dados
serão transmitidos inúmeras vezes. Este serviço é especificado como carrossel de
dados.

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Outra facilidade proporcionada pelo ARIB é que ele permite adicionar EPG (Electronic
Program Guide), índice e funções de gravação automática para melhorar a seleção da
programação. Facilitando assim a programação pessoal do usuário.

• ISDB-TB:

É um padrão de transmissão de TV Digital Terrestre desenvolvido no Brasil,


tendo como base o sistema japonês ISDB-T pré-existente, acrescentando tecnologias
desenvolvidas nas pesquisas das Universidades Brasileiras.

Tal sistema conta com compressão de áudio MPEG-4 AAC 2.0 ou 5.1 canais,
compressão de vídeo MPEG-4 H.264 (HDTV - 1080i (1920x1080 pixels, 16:9) ou 720p
(1280x720 pixels, 16:9); SDTV- 480i (720x480 pixels, 4:3); e LDTV - 1SEG (320x240
pixels, 4:3) (320x180 pixels, 16:9), utilizado para dispositivos móveis), transporte
MPEG-2 (TS padrão para todos os sistemas) e Middleware GINGA (com interatividade
em breve).

MPEG-4: O MPEG-4 absorve muitas das funcionalidades do MPEG-1 e MPEG-2


e outros padrões relacionados, adicionando novas funcionalidades como o suporte ao
VRML (estendido) para renderização 3D, arquivos compostos orientados a objeto
(incluindo áudio, vídeo e objetos VRML), suporte a Gerenciamento de Direitos Digitais
especificado externamente e vários outros tipos de interatividade. O AAC (Advanced
Audio Codec) era padronizado como adjunto ao MPEG-2 (como Parte 7) antes que o
MPEG-4 fosse editado.
Inicialmente o MPEG-4 era destinado a vídeos de baixo bit-rate, entretanto, a sua
abrangência foi expandida posteriormente para ser muito mais que um padrão de
codificação multimidia. O MPEG-4 é eficiente através de uma variedade de bit-rates,
indo desde poucos kilobits por segundo até dezenas de megabits por segundo. Ele
fornece as seguintes funcionalidades:

• Eficiência de codificação melhorada;


• Possibilidade de codificação de diferentes mídias (vídeo, áudio, etc);
• Flexível a erros para possibilitar transmissões robustas;
• Possibilidade de interação com a cena áudio-visual gerada através do receptor.

Middleware GINGA: O padrão de camada de software intermediário Ginga foi o


primeiro middleware opensource desenvolvido no Brasil, com o intuito de prover
funções de interatividade para TV Digital. Este padrão brasileiro é divido em Ginga-NCL
e Ginga-J.
O Ginga-NCL é uma infra-estrutura de apresentação para aplicações
declarativas escritas na linguagem Nested Context Language (NCL). NCL é uma
aplicação XML com facilidades para a especificação de aspectos de interatividade e
sincronismo espaço-temporal entre objetos de mídia. Já o Ginga-J é a infra-estrutura
de apresentação para aplicações procedurais (Java Xlet). E é através destas que se
pode implementar aplicações de maior complexidade que provêm a interação com o
usuário. Existe uma ponte (bridge) entres os módulos Ginga-NCL e Ginga-J. Além
deles, existe o módulo Common Core que é a camada de software que dá suporte para
os outros módulos, através de uma série de codecs e procedimentos para obter dados
do MPEG-TS ou do canal de retorno que permite a possibilidade de interatividade.

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Transmissão Analógia x Transmissão Digital

O avanço da adoção da transmissão digital oferece qualidade de imagem e


áudio superiores, a TV digital possibilita diversificar a programação e oferecer ao
usuário maior interatividade com os conteúdos.

No quesito imagem, a modulação e a compressão digital possibilitam o envio ao


aparelho receptor, na casa do usuário, de imagens com maior resolução. Enquanto no
sistema analógico a definição é de até 525 linhas na tela, no digital o alcance é de até
1.080 linhas visíveis na tela, para o padrão de alta definição (HDTV). Além disso, as
emissoras podem optar por transmitir programações diferentes pelo mesmo canal, no
formato padrão (SDTV) utilizando a taxa de transporte de 19,4 Mbits por segundo. O
formato da imagem, que no sistema analógico era vertical (4:3), fica mais horizontal
(16:9), assemelhando-se à imagem do cinema. Em relação ao som, o ganho também é
notável. Enquanto no sistema analógico as opções se limitam a Mono (um canal) ou
Estéreo (dois canais), com a transmissão digital á possível ter acesso a uma
experiência similar à proporcionada pelos sistemas de home theater mais avançados,
com seis canais diferentes de saída.

Figura 5.29 - Comparação da TV Analógica e da TV Digital HD

Simplificando, temos:

Transmissão Analógica:
• 525 linhas: NTSC • NTSC-J • PAL-M
• 625 linhas: PAL • PAL-N • PALplus • SECAM
• Multicanais de áudio: BTSC (MTS) • NICAM-728 • Zweiton (A2, IGR) • EIAJ •
SAP
• Sinais ocultos: Closed caption • Teletexto • CGMS-A • GCR • PDC • VBI • VEIL •
VITC • WSS • XDS

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CEFET/RJ – Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 5º PERÍODO SISTEMAS DE TV 2

Transmissão Digital:
• Intrelaçado: LDTV (240i, 288i, 1SEG) • SDTV (480i, 576i) • HDTV (720i, 1080i)
• Progressivo: LDTV (240p, 288p, 1SEG) • EDTV (480p, 576p) • HDTV (720p,
1080p)
• Padrões de televisão digital (MPEG-2): ATSC • DVB • ISDB
• Padrões de televisão digital (MPEG-4 AVC): DVB • ISDB-TB/SBTVD • ISDB
(1SEG)
• Áudio multicanal: AC3 (5.1) • Musicam • PCM • LPCM • AAC • SAP
• Sinais ocultos: Closed caption • Teletexto • (CPCM/Broadcast flag) • AFD • EPG

BIBLIOGRAFIA DAS FIGURAS

Figura 1.........Feita por alunos do curso técnico de Eletrônica utilizando software apropriado
Figura 2......... http://webinsider.uol.com.br/wp-content/uploads/image027.png
Figura 3.........COELHO, Carlos Alberto Gouvêa. Notas de Aula de Sistemas de Televisão
Figura 4......... http://pro.sony.com/bbsccms/assets/files/micro/xdcamex/solutions/Avoiding_Over-exposure.pdf
Figura 5......... http://pro.sony.com/bbsccms/assets/files/micro/xdcamex/solutions/Avoiding_Over-exposure.pdf
Figura 6......... http://pro.sony.com/bbsccms/assets/files/micro/xdcamex/solutions/Avoiding_Over-exposure.pdf
Figura 7......... http://en.wikipedia.org/wiki/Gamma_correction
Figura 8......... http://en.wikipedia.org/wiki/Gamma_correction
Figura 9......... http://en.wikipedia.org/wiki/Clipping_%28photography%29
Figura 10....... http://en.wikipedia.org/wiki/Clipping_%28photography%29
Figura 11....... http://en.wikipedia.org/wiki/Panning_%28camera%29
Figura 12....... http://en.wikipedia.org/wiki/Panning_%28camera%29
Figura 13....... http://en.wikipedia.org/wiki/Tilt_%28camera%29
Figura 14........ http://en.wikipedia.org/wiki/Iris_diaphragm
Figura 15........ http://en.wikipedia.org/wiki/Aperture
Figura 16........ http://en.wikipedia.org/wiki/Aperture
Figura 17........ Feita por alunos do curso técnico de Eletrônica utilizando software apropriado
Figura 18........ http://www.ikegami.com/image_j2/ocp200.jpg
Figura 19........ http://www.ikegami.com/br/products/hdtv/hdtv_camera_frame1.html
Figura 20........ http://www.dvzero.com.br/produtos/sony/hdv/sony_hvr-1500.htm
Figura 21........ http://www.cybercollege.com/port/tvp056.htm
Figura 22........ Foto (Print) retirada do próprio computador no qual foi desenvolvida esta atividade
Figura 23........ Foto (Print) retirada do próprio computador no qual foi desenvolvida esta atividade
Figura 24........ Foto (Print) retirada do próprio computador no qual foi desenvolvida esta atividade
Figura 25........ http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvd/pagina_4.asp
Figura 26........ http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvd/pagina_4.asp
Figura 27........ http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvd/pagina_5.asp
Figura 28........ http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvd/pagina_5.asp
Figura 29........ http://idgnow.uol.com.br/telecom/2006/02/13/idgnoticia.2006-02-13.9209584475/

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