Sei sulla pagina 1di 34

1

ENZIMAS - HISTÓRICO

Catálise biológica → início séc. XIX


 digestão da carne: estômago;
 digestão do amido: saliva.
Década de 50
 Louis Pasteur - concluiu que a fermentação do açúcar em
álcool pela levedura era catalisada por “fermentos” =
enzimas.
Eduard Buchner (1897)
 extratos de levedo podiam fermentar o açúcar até álcool;
 enzimas funcionavam mesmo quando removidas da célula
viva.
James Sumner (1926)- séc. XX
Isolou e cristalizou a urease;
 Cristais eram de proteínas;
 Postulou que “todas as enzimas são proteínas”.

John Northrop (década 30)


 Cristalizou a pepsina e a tripsina bovinas;

Década de 50
75 enzimas → isoladas e cristalizadas;
 Ficou evidenciado caráter protéico.

Atualmente + 2000 enzimas são conhecidas.


2

ENZIMAS

Definição:

 Catalisadores biológicos;

 Longas cadeias de pequenas moléculas chamadas

aminoácidos.

Função:

 Viabilizar a atividade das células, quebrando


moléculas ou juntando-as para formar novos
compostos.

Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de

RNA com propriedades catalíticas, chamadas de


RIBOZIMAS, todas as enzimas são PROTEÍNAS.
3

ENZIMAS – ESTRUTURA
Estrutura Holoenzima
Enzimática

Proteína Cofator

Ribozimas

Apoenzima ou Pode ser:


Apoproteína • íon inorgânico
• molécula
orgânica
RNA

Coenzima

Se covalente

Grupo Prostético
4

ENZIMAS – CARACTERÍSTICAS GERAIS

Apresentam alto grau de especificidade;

São produtos naturais biológicos;

Reações baratas e seguras;

São altamente eficientes, acelerando a velocidade das

reações (108 a 1011 + rápida);

São econômicas, reduzindo a energia de ativação;

Não são tóxicas;

Condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do

solvente e força iônica.


5

ENZIMAS – NOMENCLATURA

• Enzima + cofator e/ou coenzima


“Holoenzima” proteínas complexas (heteroproteínas)
• Parte não protéica : não desnaturada pelo calor
“Coenzimas e Cofatores”
• Enzimas: parte protéica desnaturada pelo calor
“Apoenzima”
Enzima apresenta: Sítio ativo (região responsável pela
ligação ao substrato) e grupo prostético (Cofatores e
Coenzimas)

Variantes enzimáticas:
• Isoenzimas: enzimas com funções idênticas (mesma
espécie)
• Heteroenzimas: enzimas com funções idênticas (diferentes
espécies)
• Aloenzimas: variantes de enzimas e isoenzimas
6

ENZIMAS – NOMENCLATURA

- Adição do sufixo ”ASE” ao nome do substrato:

* gorduras (lipo - grego) – LIPASE


* amido (amylon - grego) – AMILASE

- Nomes arbitrários:
* Tripsina e pepsina – proteases

1955 - Comissão de Enzimas (EC) da União Internacional


de Bioquímica (IUB) → nomear e classificar.

Cada enzima → código com 4 dígitos que caracteriza o


tipo de reação catalisada:
1° dígito - classe
2° dígito - subclasse
3° dígito - sub-subclasse
4° dígito - indica o substrato
7

As enzimas podem ser classificadas de acordo com


vários critérios. O mais importante foi estabelecido
pela União Internacional de Bioquímica (IUB), e
estabelece 6 classes:

1. Oxidorredutases: São enzimas que catalisam


reações de transferência de elétrons, ou seja: reações
de oxi-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases.

2. Transferases: Enzimas que catalisam reações de


transferência de grupamentos funcionais como grupos
amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos
as Quinases e as Transaminases.
8

3. Hidrolases: Catalisam reações de hidrólise de ligação


covalente. Ex: As peptidades

4. Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a


remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico.
As Dehidratases e as Descarboxilases são bons
exemplos.
9

5. Isomerases: Catalisam reações de interconversão


entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases
são exemplos.

6. Ligases: Catalisam reações de formação e novas


moléculas a partir da ligação entre duas já existentes,
quase sempre às custas da hidrólise de ATP. São as
Sintetases
10

ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO

Classificação das enzimas segundo a


Comissão de Enzimas.

1. Oxido-redutases (reações de oxidação-redução ou transferência de


elétrons)
1.1.atuando em CH-OH
1.2.atuando em C=O
1.3.atuando em C=O-
1.4.atuando em CH-NH2
1.5.atuando em CH-NH-
1.6.atuando em NADH, NADPH

2.Transferases (transferem grupos funcionais entre moléculas)


2.1.grupos com um carbono
2.2.grupos aldeído ou cetona
2.3.grupos acil
2.4.grupos glicosil
2.7.grupos fosfatos
2.8.grupos contendo enxofre

3.Hidrolases (reações de hidrólise)


3.1.ésteres
3.2.ligações glicosídicas
3.4.ligações peptídicas
3.5.outras ligações C-N
3.6.anidridos ácidos
11

ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO

Classificação das enzimas segundo a


Comissão de Enzimas.

4.Liases (catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de


moléculas de água, amônia e gás carbônico)
4.1. =C=C=
4.2. =C=O
4.3. =C=N-

5.Isomerases (transferência de grupos dentro da mesma molécula para


formar isômeros)

5.1.racemases

6.Ligases (catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da


ligação entre duas pré-existentes, sempre às custas de energia)
6.1. C-O
6.2. C-S
6.3. C-N
6.4. C-C
12

ENZIMAS – NOMENCLATURA

ATP + D-Glicose ADP + D-Glicose-6-fosfato

IUB - ATP:glicose fosfotransferase

E.C. 2.7.1.1

2 - classe - Transferase
7 - subclasse - Fosfotransferases
1 - sub-subclasse - Fosfotransferase que utiliza
grupo hidroxila como receptor
1 - indica ser a D-glicose o receptor do grupo fosfato

Nome trivial: Hexoquinase


13

ENZIMAS – CATALISADORES

Não são consumidos na reação

Catalase
H2O2 H2O + O2

E+S E+P
14

ENZIMAS – CATALISADORES

Atuam em pequenas concentrações

decompõe
1 molécula de Catalase 5 000 000 de
moléculas de H2O2
pH = 6,8 em 1 min

Modelo de Michaelis-Menten

• nos estágios iniciais, a formação do produto depende


apenas da velocidade de dissociação do ES;

• se a concentração do substrato é muito grande que a


enzima, tal que a enzima está saturada com o substrato
[ES] = [E]T
15

ENZIMAS – COFATOR

 Algumas enzimas que contêm ou necessitam de


elementos inorgânicos como cofatores

ENZIMA COFATOR

PEROXIDASE Fe+2 ou Fe+3

CATALASE

CITOCROMO OXIDASE Cu+2

ÁLCOOL Zn+2
DESIDROGENASE

HEXOQUINASE Mg+2

UREASE Ni+2
16

LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO

Emil Fischer (1894): alto grau de especificidade das


enzimas originou → Chave-Fechadura , que considera
que a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato.
17

LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO

Koshland (1958): Encaixe Induzido , enzima e o o


substrato sofrem conformação para o encaixe. O substrato é
distorcido para conformação exata do estado de transição.
18

ESPECIFICIDADE SUBSTRATO \
ENZIMA: O SÍTIO ATIVO

Esta especificidade se deve à existência, na superfície da


enzima de um local denominado sítio de ligação do
substrato.
19

MECANISMO GERAL DE CATÁLISE

São 4 os mecanismos principais através dos quais as enzimas


aceleram uma reação, aumentando a formação de moléculas
de substrato em "Ts“ "Estado de Transição":

- Catálise Ácido-Base que ocorre com a participação de


aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis, capazes de doar ou
liberar prótons durante a catálise.

- Torção de Substrato, que depende da torção do substrato


induzida pela ligação do mesmo com o sítio de ligação da enzima,
alcançando o estado de transição e estimulando sua conversão
em produto.

- Catálise Covalente que resulta do ataque nucleofílico ou


eletrofílico de um radical do sítio catalítico sobre o substrato,
ligando-o covalentemente à enzima e induzindo a sua
transformação em produto. Envolve com freqüência a participação
de coenzimas.

- Efeito de Diminuição da Entropia. As enzimas ajudam no


posicionamento e na definição da estequiometria correta da
reação, facilitando os mecanismos anteriores.  
20

CINÉTICA ENZIMÁTICA

É a parte da enzimologia que estuda a velocidade


das reações enzimáticas, e os atores que influenciam nesta
velocidade. A cinética de uma enzima é estudada
avaliando-se a quantidade de produto formado ou a
quantidade de substrato consumido por unidade de tempo
de reação.

Uma reação enzimática pode ser expressa pela


seguinte equação:
E + S <==> [ES] ==> E + P
- O complexo enzima/substrato (ES) tem uma energia de
ativação ligeiramente menor que a do substrato isolado, e a
sua formação leva ao aparecimento do estado de transição
"Ts".
- A formação de "P" a partir de ES é a etapa limitante da
velocidade da reação.

- A velocidade de uma reação enzimática depende das


concentrações de enzima e de substrato.
21

CINÉTICA ENZIMÁTICA

 Cinética Enzimática

 Determinar as constantes de afinidade do S e dos


inibidores;
 Conhecer as condições ótimas da catálise;
 Ajuda a elucidar os mecanismos de reação;
 Determinar a função de uma determinada enzima
em uma rota metabólica.
22

CINÉTICA ENZIMÁTICA

Vmax [S]
v=
Km + [S]

v = Vmax [S]
v 1
Km
v = Vmax
2

1- [S]↓ → Km>>[S]
Vmax
2
3 2- [S]↑ → [S]>>Km
3- v = Vmax
2
Km [S]
23

ENZIMAS –
CINÉTICA ENZIMÁTICA

 Km: constante dissociação que caracteriza a ligação


de uma enzima a um substrato.
 Afinidade da enzima ao substrato.
 Km depende:
 aspectos específicos do mecanismo de reação.
ENZIMA SUBSTRATO Km (mM)

Catalase H2O2 25

Hexoquinase ATP 0,4

D-Glicose 0,05

D-Frutose 1,5

Quimotripsina Gliciltirosinilglicina 108

N-benzoiltirosinamida 2,5
24

ATIVIDADE ENZIMÁTICA

Fatores que alteram a velocidade de reações enzimáticas:


- pH;
- temperatura;
- concentração das enzimas;
- concentração dos substratos;
- presença de inibidores.
ENZIMA pH ÓTIMO

Pepsina 1,5

Tripsina 7,7

Catalasa 7,6

Arginasa 9,7

Fumarasa 7,8
25

ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DO PH

A estabilidade de uma enzima ao pH


depende:
- temperatura;
- força iônica;
- natureza química do tampão;
- concentração de íons metálicos
contaminantes;
- concentração de substratos ou
cofatores da enzima;
- concentração da enzima.
ENZIMA pH ÓTIMO

Pepsina 1,5

Tripsina 7,7

Catalasa 7,6

Arginasa 9,7

Fumarasa 7,8
26

ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

 O efeito da temperatura depende:


- pH e a força iônica do meio;
- a presença ou ausência de ligantes.

 Acima desta temperatura, o ↑ velocidade


de reação devido a temperatura é
compensado pela perda de atividade
catalítica devido a desnaturação térmica.
ENZIMA TEMPERATURA ÓTIMA (°C)

Pepsina 31,6

Tripsina 25,5

Urease 20,8
27

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

 Qualquer substância que reduz a velocidade de uma


reação enzimática.

INIBIDORES

REVERSÍVEIS IRREVERSÍVEIS

COMPETITIVOS NÃO COMPETITIVOS INCOMPETITIVOS


28

Existem 2 tipos de inibição enzimática reversível:

- Inibição Enzimática Reversível Competitiva:


Quando o inibidor se liga reversivelmente ao mesmo sítio de
ligação do substrato;
O efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato;
Este tipo de inibição depende das concentrações de substrato e de
inibidor.

- Inibição Enzimática Reversível Não-Competitiva:


Quando o inibidor liga-se reversivelmente à enzima em um sítio
próprio de ligação, podendo estar ligado à mesma ao mesmo
tempo que o substrato;
Este tipo de inibição depende apenas da concentração do inibidor;
- Inibição Enzimática Reversível InCompetitiva:
Quando o inibidor liga-se diretamente ao complexo enzima-
substrato e não a enzima livre.

Na inibição enzimática irreversível, há modificação


covalente e definitiva no sítio de ligação ou no sítio
catalítico da enzima.
29

ENZIMAS REGULATÓRIAS

Algumas enzimas podem ter suas atividades


reguladas, atuando assim como moduladoras do
metabolismo celular. Esta modulação é essencial na
coordenação dos inúmeros processos metabólicos pela
célula.

 Enzimas alostéricas
Funcionam através da ligação não-covalente e reversível

de um metabólito regulador chamado modulador;


Moduladores podem ser inibidores ou ativadores;

São maiores e mais complexas, possuem duas ou mais

cadeias polipeptídicas.
30

ENZIMAS – APLICAÇÕES

Permitem às indústrias usarem processos mais econômicos,


diminuindo o consumo de energia e recursos; mais confiáveis
e que poluem menos.
São eficientes;
Muito específicas;
Permite produção segura e ambientalmente amigável.

Origem vegetal ENZIMA FONTE APLICAÇÃO

Origem animal
Papaína mamão Ajuda na digestão, Médica,
Origem microbiana bebidas, carnes

Bromelina abacaxi Ajuda na digestão, Médica,


bebidas, carnes

Diastase malte Panificação, xarope

Pepsina mucosa Amaciamento de carne


gástrica
suíno

Lipase Candida rugosa Tratamento de efluentes


31

ENZIMAS – APLICAÇÕES

 Lactase
 Sorvete: prevenção da cristalização
da lactose.
 Leite: estabilização das proteínas do
leite em leites congelados por
remoção da lactose. Hidrólise da
lactose, permitindo o uso por adultos
deficientes na lactase intestinal e em
crianças com deficiência em lactase
congênita.
 Ração: conversão da galactose em
lactose e glicose.
32

ENZIMAS – APLICAÇÕES

 α-amilase
 Fermentados: conversão do amido a
maltose por fermentação. Remoção
da turbidez do amido
 Cereais: conversão do amido a
dextrinas e maltose.
 Chocolate/cacau: liquefação do amido
33

ENZIMAS – APLICAÇÕES

Tratamento de efluentes

 Preocupação ambiental desencadeou uma

procura por outras alternativas, as chamadas


"tecnologias limpas“.

 Enzimas → substituir muitos componentes


químicos utilizados nos processos industriais
atuais.
34

ENZIMAS – APLICAÇÕES

Industria de álcool;

Industria de detergentes;

Industria têxtil;

Industria de papel e celulose;

Curtumes;

Produção de ácido cítrico, ácido glutâmico, insulina,


vacinas, esteroídes, vitaminas e antibióticos;

Bioremediação: de polímeros, de hidrocarbonetos e


clorados.

Potrebbero piacerti anche