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PERCEPCIONISTAS
Tem como principal obra The Image of the City (A Imagem da Cidade), publicada em 1960;
Estuda arquitetura com Frank Lloyd Wrigh na Taliesin Fellouwship, escola de arquitetura fundada
por Wright; deixando-a depois para ingressar no Reensealer Polytechnic Institute para estudar
engenharia civil e estrutural;
Em 1947 realiza suas teses sobre o “controle de fluxo de reconstrução e replanejamento nas áreas
residenciais”;
Trabalhou como planejador na Carolina do Norte (1948), mas de imediato foi chamado para
lecionar no Masters Institute of Technology – MIT, onde deu aulas até 1980;
Na sua obra “A Theory of a Good City Form” (1981), propõe uma teoria do que seria a boa forma
para uma cidade, analisando seus valores e formas;
Olhar para as cidades pode dar um prazer especial, por mais comum que possa ser o
panorama.
A cada instante, há mais do que o olho pode ver, mais do que o ouvido pode perceber,
um cenário ou uma paisagem esperando para serem explorados.
Na maioria das vezes, nossa percepção da cidade não é abrangente, mas antes
parcial, fragmentária, misturada com considerações de outra natureza. Quase todos os
sentidos estão em operação, e a imagem é uma combinação de todos eles.
... uma cidade legível seria aquela cujos bairros, marcos ou vias fossem facilmente
reconhecíveis e agrupados num modelo geral.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Estruturar e identificar o ambiente é uma capacidade vital entre todos os animais que
se locomovem. Muitos tipos de indicadores são usados: as sensações visuais de cor,
forma, movimento ou polarização da luz, além de outros sentidos como o olfato, a
audição, o tato, a cinestesia, o sentido da gravidade e talvez, dos campos elétricos ou
magnéticos.
Portanto, uma imagem clara do entorno constitui uma base valiosa para o
desenvolvimento individual.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
O que procuramos não é uma ordem definitiva, mas uma ordem aberta, passível de
continuidade em seu desenvolvimento.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM:
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM:
O mar ou uma grande montanha pode prender a atenção de uma pessoa saída das
planícies do interior, mesmo que seja jovem ou provinciana que nem saiba dar nome a
esses grandiosos fenômenos.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Significado: O objeto deve ter algum significado para o observador, seja ele prático ou
emocional. Relação esta bastante diferente da espacial ou paradigmática.
Uma imagem útil para a indicação de uma saída requer o reconhecimento de uma
porta como entidade distinta, de sua relação espacial com o observador e de seu
significado enquanto abertura para sair.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Percepção
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
IMAGINABILIDADE:
É a característica, num objeto físico, que lhe confere uma alta probabilidade de evocar
uma imagem forte em qualquer observador dado.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Para este autor a percepção faz parte de um processo complexo onde a memória é um
elemento essencial.
Esse processo assenta na idéia que a legibilidade e a orientação são os pilares onde
assenta a constituição da imagem da cidade que é na verdade a imagem que cada um
pode construir.
Este autor propõe um conjunto de conceitos a partir dos quais podemos desenvolver
uma análise morfológica de cada território urbano tanto nas condições mais simples
como nas mais complexas.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
• Vias: são os canais ao longo dos quais o observador se move, usual, ocasional ou
potencialmente.
Podem ser ruas, passeios, linhas de trânsito, canais, ferrovias.
Para muitos, estes são os elementos predominantes na sua imagem.
As pessoas observam a cidade à medida que nela se deslocam e os outros
elementos organizam-se e relacionam-se ao longo destas vias.
2. Limites: são os elementos lineares não usados nem considerados pelos habitantes
como vias.
Estes elementos limite, embora não tão importantes como as vias, são, para
muitos, uma relevante característica organizadora, particularmente quando se trata
de manter unidas áreas diversas, como acontece no delinear de uma cidade por
uma parede ou por água.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
4. Pontos nodais: são pontos, locais estratégicos de uma cidade, através dos quais o
observador nela pode entrar e constituem intensivos focos para os quais e dos quais
ele se desloca.
Podem ser essencialmente junções, locais de interrupção num transporte, um cruzar
ou convergir de vias, momentos de mudança de uma estrutura para outra.
O conceito de cruzamento está relacionado com o de via, pois os cruzamentos são
típicas convergências de vias, fatos do percurso.
5. Marcos: são outros tipos de referência, onde o observador não está dentro deles,
pois são externos. São normalmente representados por um objeto físico, definido de
um modo simples: edifício, sinal, loja ou montanha. O seu uso implica a sua distinção e
evidência, em relação a uma quantidade enorme de outros elementos.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
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Boston - Análise 17
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Principal articulador e ativista no desenvolvimento das teorias britânicas sobre desenho urbano no
período do pós-guerra, foi o fundador do Townscape Movement;
A partir de 1956 atuou como consultor paisagista, junto a numerosas instituições britânicas e na
Fundação Ford com projetos urbanos em Nova Delhi e Calcutá;
Em 1961 publicou o livro Townscape (Paisagem Urbana), onde exprime a arte de tornar coerente e
organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente
urbano;
A partir de 1970 tornou-se membro honorário do Real Instituto dos Arquitetos Britânicos;
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Neste sentido cada conjunto, dependendo da sua dimensão, do contexto social que
produz e em que está envolvido, leva a situações diversificadas de apropriação do
espaço e da sua percepção.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Cullen reconhece também as questões da percepção visual como base para qualquer
observação e invoca a memória do observador para sustentar que “a visão tem o poder
de invocar as nossas reminiscências e experiências, com todo o seu corolário de
emoções”.
Neste sentido propõe três campos de reflexão que têm a ver com a descoberta, com a
localização e com a especificidade de cada lugar.
A visão serial conduz por sua vez a outro elemento essencial da percepção do lugar
que é a possibilidade do observador se orientar, ou seja, a possibilidade de se localizar
física e psicologicamente.
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Visão Serial
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Para Cullen a percepção da visão não é uma simples fotografia, mas um processo de
relacionamento do observador, habitante ou não, com cada lugar.
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2. LOCAL – Uma vez que o nosso corpo tem o hábito de se relacionar instintiva e
continuamente com o meio-ambiente, o sentido de localização não pode ser
ignorado e entra forçosamente na planificação do ambiente.
Se, de um modo geral, na cidade não surgem contrastes tão marcados, o
princípio mantém-se.
Há uma reação emocional típica quando nos encontramos muito abaixo do nível médio
do terreno ou muito acima dele. Há uma outra perante o encerramento - num túnel, por
exemplo - e outra ainda perante a abertura da praça pública.
Tudo isto nos faz supor que, se os nossos centros urbanos forem desenhados segundo
a ótica da pessoa que se desloca (quer a pé, quer de automóvel) a cidade passará a
ser uma experiência eminentemente plástica, percurso através de zonas de
compressão e de vazio, contraste entre espaços amplos e espaços delimitados,
alternância de situações de tensão e momentos de tranqüilidade.
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«Estou Aqui» ou «vou entrar para Ali», ou ainda «vou sair Daqui», mostra
claramente que ao postular-se a existência de um Aqui se pressupõe automaticamente
a de um Além, pois não se pode conceber um sem o outro.
Alguns dos mais belos efeitos urbanísticos residem justamente na forma como é
estabelecida a inter-relação de ambos.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Contudo tem-se a sensação de que, se fosse possível reconstruí-la por inteiro se faria
desaparecer toda a confusão e surgiriam cidades novas mais belas e mais perfeitas.
Criar-se-ia um quadro ordenado, arruamentos de traçados direitos e edifícios de alturas
e estilos concordantes.
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
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Disciplina: MORFOLOGIA URBANA
Considerações
Nestes autores, Lynch e Cullen, encontramos uma reflexão sustentada em
exemplos que nos permitem entender que a imagem da cidade, a paisagem
urbana ou os princípios artísticos do Urbanismo, têm por base a percepção
visual, condição de descoberta do “lugar”.
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Considerações
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Niterói
Três Caminhos
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Bibliografia
MOUTINHO, M. C.; Mateus Diogo; Primo Judite (Org.). Desenho Urbano, Elementos de
análise morfológica. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas, 2007. V.1.128.
http://en.wikipedia.org/wiki/Gordon_Cullen
http://www.utp.br/proppe/edcient/Site%20TCC/FACET/FACET%2025/PDF/Art%205.pdf
Google Earth
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FIM
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