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PROTECAO

AUDITIVA
Eng. Carla Roberta Cardozo
Modulo I
Ruido
Introducao:

 No início dos tempos, as principais fonte de ruído num


ambiente eram logo constatadas: forças da natureza, as
chuvas, os ventos os trovões, etc.

• Hoje, o ruído atinge níveis muitas


vezes insuportáveis, ele é gerado
pela tecnologia criada pelo próprio
homem e pelo seu estilo de vida.
O que e Ruido ou Som?

 “SOM E RUÍDO SÃO O MESMO


FENÔMENO FÍSICO DIFERENCIANDO
APENAS QUANTO A DISTRIBUIÇÃO
DAS FREQUÊNCIAS COMPONENTES.
UMA DEFINIÇÃO SIMPLES DE RUÍDO É
“QUALQUER SENSAÇÃO SONORA
INDESEJAVEL”.

 É um fenômeno físico caracterizado


por uma vibração mecânica que se
propaga através de um meio, em um
movimento ondulatório, como aquele
produzido quando atiramos uma
pedra em um lago tranqüilo.
O que e Ruido ou Som?

 O som é uma sensação


auditiva gerada por uma
onda vibratória do ar (ou
outro meio), no sentido
longitudinal, provocada
por uma série de
expansões e compressões

 A oscilação da onda de
pressão é caracterizada
pela frequência, em
ciclos/s ou Hertz e pela
pressão (N/m²).
Tipos de Ruido
Costuma-se estabelecer a classificação do ruído de acordo com sua
distribuição temporal, da seguinte forma:
a) ruído contínuos
b) ruído não contínuos
Diz-se que um ruído é contínuo quando se apresenta em todo o
período de observação com uma variedade de + - 3 dB. Todos os
demais são ruídos não-contínuos. Um ruído não-contínuo classifica-
se da seguinte forma:
a) ruídos intermitentes
b) ruídos pulsantes
c) ruído impulsivos
Estes três tipos, por sua vez, podem ser:
a) periódicos
b) aleatórios
Diz-se que um ruído é intermitente quando se apresenta em
períodos não maiores do que 15 minutos, com variação não maior
do que + - 3 dB. Um ruído é pulsante quando a emissão energética
apresenta variações superiores a + - 3 dB, e sua duração está
compreendida entre 15 minutos a 10 milisegundos. Um ruído é
Alguns conceitos
basicos:
COMPRIMENTO DE ONDA:
O comprimento de onda é a distância física entre
compressões sucessivas, esse depende da velocidade
do som no meio,e pode ser calculado através da relação
entre a freqüência e a velocidade do som.
Alguns conceitos
basicos:
FREQUENCIA:
É o número de vezes que a
oscilação de pressão é repetida,
na unidade de tempo.
Normalmente, é medida em
ciclos por segundo ou Hertz
(Hz).
Por exemplo:
Alta freqüência: são os sons
agudos;
Baixa freqüência: são os sons
graves.
Alguns conceitos
basicos:

INTENSIDADE:
Podemos entender a intensidade
como o volume do som ou ruído,
cuja unidade é o decibel (dB). É
caracterizada por som forte ou
fraco.
Por exemplo:
Alta intensidade: o volume do
rádio quando alto.
Baixa intensidade: o volume do
rádio quando baixo.
Alguns conceitos
basicos:
SUSCEPTIBILIDADE INDIVIDUAL:
Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que
se refere à audição. Isto significa que cada pessoa percebe os sons
de formas diferentes.
A sensibilidade pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia,
exposições
anteriores. Pessoas jovens geralmente escutam bem, enquanto que
pessoas mais idosas, têm diminuição de limiar de audição.
Alguns conceitos
basicos:
ESPECTRO AUDIVEL:
O alcance da audição humana se estende de aproximadamente 20
Hz até 20.000 Hz de freqüência e de aproximadamente 0 dB até
120 dB de intensidade, para um ouvido jovem e saudável. Os sons
que são produzidos abaixo dos 20 Hz são denominados infra-sons e
os produzidos acima dos 20.000 Hz, denominados ultra-sons. A
faixa audível de certos animais, como por exemplo, o cachorro, é
diferente da faixa do ser humano, iniciando próximo dos 100 Hz e
atingindo a região do ultra-som.
Alcance da audicao:
Alguns conceitos
basicos:
NPS – NIVEL DE PRESSAO
SONORA:
Considerando que o aumento de pressão das partículas do
meio - chamado pressão acústica - é um estímulo para os
órgãos do sentido dos seres vivos, torna-se importante
conhecer a relação entre o estímulo e a reação produzida no
sistema nervoso do ser humano, chamada sensação.
Constitui fato inegável a característica de que ao variar o
estímulo variará a sensação.

" A sensação cresce como o logarítmo do estímulo".


Alguns conceitos
basicos:
NPS – NIVEL DE PRESSAO
SONORA:
Observe-se que o decibel NÃO É UMA UNIDADE, mas a relação
entre duas grandezas variáveis (sensacao e estimulo).

Isto significa que se, por exemplo, o estímulo físico cresce


em função dos números 10 - 100 - 1.000 - 10.000 - 100.000
- 1.000.000 a sensação humana cresce
correspondentemente nos números: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6.
Em outras palavras, quando o estímulo físico é multiplicado
por 10, a sensação aumenta em apenas uma unidade. A
relação é conhecida como NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
(NPS).

A escala em dB não é linear, e, em conseqüência, os dB não


podem ser adicionados ou subtraídos aritmeticamente.
Alguns conceitos
basicos:
DECIBEL:
O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar
é de 20 milionésimos de um pascal (ou 20 µ Pa....20 micro
pascais). Surpreendentemente, o ouvido humano pode suportar
pressões acima de um milhão de vezes mais alta. Assim, se nós
tivéssemos que medir o som em Pa, chegaríamos a números
bastante grandes e de difícil manejo. Para evitar isto, outra
escala foi criada – a escala decibel (dB).
A escala decibel usa o limiar da audição de 20 µ Pa como o seu
ponto de partida ou pressão de referência. Isto é definido para
ser 0 dB. Cada vez que se multiplica por 10 a pressão sonora em
Pascal, adiciona-se 20 dB ao nível em dB.
Desta forma, a escala dB comprime os milhões de unidades de
uma escala em apenas 120 dB de outra escala.
Resumindo, um aumento de 1 dB é o menor incremento
necessário para se notar um aumento do som. Decibel é 1/10 do
Bel, e foi definido em honra a Alexander Graham Bell.
Alguns conceitos
basicos:
Soma de NPS:

O NPS mede a intensidade do som, cuja unidade é o decibel (dB).


Os níveis de pressão sonora podem ser somados. Quando se
utiliza a escala em dB, a soma de NPS não pode ser feita
algebricamente.
Na realidade, quando se deseja conhecer o valor total da
combinação de dois ou mais níveis, é preciso transformá-los em
pressão sonora (Pa), somá-los e novamente retornar ao dB,
através da relação logarítmica.
Para tornar os cálculos mais fáceis e rápidos, podemos utilizar a
regra de Thumb:
Soma de NPS:
Se a diferença entre dois níveis estiver
entre:
0-1 dB => adicione 3 dB ao maior valor
2-3 dB => adicione 2 dB ao maior valor
4-7 dB => adicione 1 dB ao maior valor
8 dB ou mais => adicione 0
A acuidade deste método é 1 dB.
Exemplo: 90 dB + 90 dB = 93dB
Este método não deve ser utilizado para
estimar exposição individual ao ruído.
Substracao de NPS:
Os níveis de pressão sonora também podem ser subtraídos.
A subtração de decibéis pode ser feita com ajuda do ábaco.
Modulo II
O ouvido
humano
A anatomia do
ouvido:
Martelo
Canais Semi
Circulares
Bigorna
Estribo
Orelha Nervo
Auditivo

Cóclea

Trompa de
Canal Eustáquio
Auditivo
Tímpano
Ouvido
Ouvido Externo Ouvido Interno
Médio
A fisiologia do
ouvido:
1 – OUVIDO EXTERNO:
• FORMADO PELA ORELHA
CANAL AUDITIVO
TÍMPANO

• COLETA E CONCENTRA AS ONDAS SONORAS, ATÉ O


TÍMPANO;
• QUANDO A ONDA SONORA BATE NO TÍMPANO, ELE VIBRA
DE UM LADO PARA O OUTRO E PASSA ESTE MOVIMENTO
PARA O OUVIDO MÉDIO.
A fisiologia do
ouvido:
2 – OUVIDO MÉDIO:

• COMPOSTO DE TRÊS DELICADOS OSSOS MARTELO


BIGORNA
ESTRIBO

• A VIBRAÇÃO DO TÍMPANO FAZ COM QUE ELES BATAM UNS


CONTRA OS OUTROS, CONDUZINDO AS VIBRACOES, PARA A
OUTRA MEMBRANA, A JANELA OVAL.
A fisiologia do
ouvido:
3 – OUVIDO INTERNO:
• COMPÕE-SE CANAIS SEMICIRCULARES
CÓCLEA

• A CÓCLEA É CHEIA DE CÉLULAS AUDITIVAS;

• QUANDO A JANELA OVAL SE MOVE, A CÓCLEA SOLTA UM


LÍQUIDO QUE DESLIZA SOBRE AS CÉLULAS AUDITIVAS,
ESTIMULANDO O NERVO AUDITIVO.
A fisiologia do
ouvido:
4 – NERVO AUDITIVO:

TRANSMITE IMPULSOS NERVOSOS AO CÉREBRO,


TRANSFORMANDO-OS EM SENSAÇÃO AUDITIVA,
OU SEJA, PERMITINDO SENTIR O SOM.
A fisiologia do
ouvido:
5 – CÓCLEA:

É ONDE OCORRE A PERDA AUDITIVA INDUZIDA


PELO BARULHO, POIS ELE DESTRÓI AS CÉLULAS
AUDITIVAS, AS QUAIS NÃO PODEM SER
RECUPERADAS.
Efeitos do Ruido no
organismo humano:
DILATAÇÃO DA PUPILA;

AUMENTO DA PRODUÇÃO
DE
HORMÔNIOS DA TIREÓIDE;

AUMENTO DO RITMO DE
BATIMENTO CARDÍACO;

AUM ENTO DA PRODUÇÃO


DE ADRENALINA E
CORTICOTROFINA;

AUMENTO DA PRESSÃO
ARTERIAL;

PODE GERAR IMPOTÊNCIA


SEXUAL MASCULINA;

CONTRAÇÃO DOS VASOS


SANGUÍNEOS;
Modulo III
Reducao do
Ruido
Reducao do Ruido
Redução de ruído na fonte:
Reduzindo a transmissão do
som:
Reduzindo no receptor
Excluindo a fonte ruidosa
Reducao do Ruido
Redução de ruído na fonte:
Através de tratamento acústico das superfícies da máquina ou
substituição de parte da máquina ou toda a máquina, de forma a
se reduzir a geração de som.
Reducao do Ruido
Reduzindo a transmissão do som:
Através de isolamento da fonte sonora ou através de tratamento
do ambiente, através da inclusão de superfícies absorvedoras, no
teto, paredes e piso.
Exemplos de
barreiras:
Combinação de efeito Barreira e de absorção.
Redução típica 12 a 15 dB
Exemplos de
barreiras:
Barreira Modular, Redução típica 6 a 12 dB
Exemplos de
barreiras:
Reducao do Ruido
Fornecer Protetor Auricular para as pessoas
expostas:
Esta medida é a última a ser considerada como solução definitiva e
somente deve ser usada na fase de implantação das soluções de
engenharia. A prioridade deve ser sempre direcionada para eliminar
/ reduzir o nível de ruído da fonte geradora.

Excluir as fontes mais ruidosas:


Através da compra de novos equipamentos, remoção para outras
áreas isoladas, ou se nada for possível, deve-se ainda reduzir a
exposição do pessoal que trabalha no local.
Modulo IV
Protecao
Auditiva
Tipos de protetores
auditivos

“Uma vez que existem muitos tipos diferentes


de protetores, que podem ser utilizados em
diversos ambientes de trabalho, é desejável
que se escolha o protetor auditivo mais
adequado para cada caso”. (Livro: Protetores
Auditivos – Samir Gerges)
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos de Inserção Pré – Moldados:
São aqueles cujo formato é definido, por exemplo, três flanges ou
protetores não roletáveis. Podem ser de diferentes materiais:
borracha, silicone, PVC.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores
- Vantagens: Auditivos de Inserção Pré – Moldados:
Diversos modelos; - Desvantagens:
Compatíveis com outros Movimentos (fala, mastigação)
equipamentos, como podem deslocar o protetor,
capacetes, óculos, prejudicando a atenuação
respiradores, etc; Necessidade de treinamento
Reutilizáveis ou descartáveis; específico
Pequenos e facilmente Bons níveis de atenuação
transportados e guardados; dependem da boa colocação
Relativamente confortáveis em Só pode ser utilizado em canais
ambiente quente; auditivos saudáveis
Não restringem movimentos Fáceis de perder
em áreas muito pequenas Menor durabilidade
Podem ser utilizados por
pessoas com cabelos longos,
barba e cicatrizes, sem
interferência na vedação.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos de Inserção Moldaveis:
Feitos em espuma moldável, com superfície lisa que evita
irritações no condutoauditivo. Contornam-se ao canal auditivo do
usuário, independentemente do tamanho ou formato do canal.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos de Inserção Moldaveis:
- Vantagens:
De espuma macia, não machucam o ouvido;
- Desvantagens:
Podem ser utilizados por pessoas com
Movimentos (fala e
cabelos longos, barba e cicatrizes, sem
mastigação) podem deslocar o
interferência na vedação.
protetor, prejudicando a
Se ajustam bem a todos os tamanhos de
atenuação;
canais auditivos;
Necessidade de treinamento
Compatíveis com outros equipamentos como
específico para colocação;
capacetes, óculos, respiradores, etc;
Bons níveis de atenuação
Descartáveis e de baixo custo;
dependem da boa colocação;
Pequenos e facilmente transportados e
Não é recomendado o
guardados;
manuseio se o usuário estiver
Relativamente confortáveis em ambiente
com as mãos sujas;
quente;
Só podem ser utilizados em
Não restringem movimentos em áreas muito
canais auditivos saudáveis;
pequenas
Fáceis de perder.
Quando colocados corretamente,
proporcionam excelente vedação no canal
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos Tipo Concha:
Formado por um arco plástico
ligado a duas conchas plásticas
revestidas internamente por
espuma, que ficam sobre as
orelhas. Possuem as almofadas
externas para ajuste confortável
da concha ao rosto do usuário, ao
redor da orelha.
Podem ser do tipo “acopláveis à
capacetes”, não apresentando,
neste caso, a haste de
interligação das conchas.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos Tipo Concha:
- Vantagens: - Desvantagens:
Único tamanho - serve para Desconforto em áreas quentes;
todos os tamanhos de cabeça; Dificuldade em carregar e guardar
Utilização simples / Colocação devido ao seu tamanho;
rápida; Pode interferir com outros
Pode ser utilizado mesmo por equipamentos de proteção como
pessoas com infecções mínimas óculos, capacetes, etc;
no canal auditivo; Pode restringir movimentos da
Atenuação uniforme nas duas cabeça;
conchas; Pressão das conchas pode ser
Partes substituíveis: possuem desconfortável para 8 horas de
várias peças de reposição; jornada de trabalho;
Higiênicos – podem ser Cabelos longos, barba, uso de óculos,
utilizados em canais auditivos cavidades profundas na região entre
doentes, desde que permitido o maxilar e o pescoço em muito
pelo médico responsável. prejudicarão a atenuação.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos Tipo Capa de canal:
São formados por uma haste plástica de alta resistência à
deformação e rompimento, utilizadas abaixo do queixo ou atrás
da cabeça, com plugues de espuma substituíveis em suas
extremidades. Acomodam-se na entrada do canal auditivo,
possuem formato definido, não entrando em contato com o canal
auditivo do usuário.
Tipos de protetores
auditivos
Protetores Auditivos Tipo Capa de canal:
- Vantagens:
Boa durabilidade dos plugues; - Desvantagens:
Plugues descartáveis Não é recomendado o
Podem ser utilizados com a haste manuseio dos plugues com as
atrás da cabeça ou debaixo do mãos sujas.
queixo. Pode ser desconfortável para 8
Podem ser usados com capacetes, horas de trabalho.
óculos e outros equipamentos sem A atenuação depende da boa
que reduza a atenuação e acomodação dos plugues na
mantendo a eficiência da vedação; entrada do canal auditivo
Possuem haste que pode ser
regulada para não incomodar o
usuário, ainda
oferecendo certa pressão dos
plugues, mantendo a atenuação.
Excelente opção para usos
intermitentes
Selecao dos protetores
auditivos
A consideração mais crítica na seleção e uso de protetores
auditivos é a habilidade em ajustar os protetores, a fim deles
proporcionarem uma vedação ao ruído de uma maneira
confortável e que a vedação possa ser consistentemente
mantida durante todas as exposições ao ruído. Outras
considerações importantes incluem: capacidade de redução de
ruídos do protetor auditivo (atenuação), a exposição diária ao
ruído (uso diário), variações no nível de ruído (dose),
preferências do usuário (conforto), necessidades de
comunicação, perda auditiva (se houver), compatibilidade com
outros equipamentos de segurança, habilidades físicas, clima e
outras condições de trabalho e requerimentos de troca, cuidado
e uso.
Selecao dos protetores
auditivos
É de responsabilidade das áreas de Segurança e Saúde/Médica a
escolha pela proteção apropriada, em termos de atenuação
mínima necessária, após a avaliação das exposições dos
trabalhadores (dose de exposição). Porém, deverão ser
consideradas as opiniões finais dos usuários em relação a alguns
pontos muito importantes, que aumentarão as chances do uso
correto e eficácia da proteção.
“A seleção do protetor auditivo deve ser feita envolvendo o
usuário. Uma forma prática é selecionar vários tipos de protetores
auditivos e fornecer ao usuário para que experimentem e
escolham o tipo em que melhor se adaptam”. (Livro: Protetores
Auditivos – Samir Gerges)
Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vários
aspectos deverão ser observados, dependendo das condições de
trabalho em cada área e do tipo de ruído existente.
Elementos de protecao
efetiva
Existe uma diferença entre os termos Eficiência dos protetores e sua
Eficácia.
A Eficiência de atenuação está relacionada à capacidade que os
protetores têm de amenizar os ruídos externos, ou seja, poder de
redução ou nível de redução do ruído.
Esta medida de eficiência é realizada em laboratório, através de uma
metodologia de ensaio conforme sugerido em uma norma.
Atualmente, no Brasil, são seguidos os critérios da ANSI S12.6/1997 –
método B, cujo resultado é denominado NRRsf (nível de redução de
ruído – “subject fit”), cujo resultado está explícito no certificado de
aprovação (C.A.), emitido pelo Ministério do Trabalho.
No entanto, a Eficácia do protetor depende de alguns fatores, que
são os elementos da proteção efetiva:
- Colocação e uso corretos
- Qualidade da vedação no canal auditivo
- Porcentagem do tempo de uso
- Atenuação oferecida
Um pouco de historia
O Rc:
Meados da década dos anos 80, em um laboratório do Instituto
Eletrotécnico da USP, professores daquele renomado instituto
começaram a realizar ensaios com protetores auditivos em uma
câmara anecóica. Neste mesmo local, foi desenvolvido um
equipamento que produzia um som com componentes em
praticamente todas freqüências audíveis pelo ouvido humano. Este
equipamento, com medidores de nível de ruído apropriados, foi
utilizado para avaliação de protetores auditivos. Os valores de
atenuação, chamados de Rc, obtidos pelo método então empregado,
chegava a resultados tão absurdos quanto 42 dB para protetores de
inserção.
Em vista de distorções desta grandeza, formou-se um grupo para
discussões e elaboração de um projeto de norma que seria então
submetido ao sistema ABNT de criação de normas de ensaio. Este
grupo, após anos de discussões, criou padrões para ensaio de
protetores do tipo concha, e criou condições favoráveis à implantação
de um Laboratório de ensaio de protetores auditivos na Universidade
Federal de Santa Catarina (LARI).
Um pouco de historia
O Termo de Responsabilidade:
Ao mesmo tempo em que seguiam discussões para elaboração
de normas de ensaio, fabricantes nacionais e internacionais
instalados no Brasil, seguiam a comercialização de seus produtos
com base em informações obtidas por laboratórios estrangeiros.
Os números representativos do desempenho destes protetores
auditivos - Rc ou NRR, dependendo da fonte - eram obtidos
através de ensaios realizados em laboratórios de reconhecimento
internacional, em alguns casos; através de ensaios realizados
sem qualquer padrão científico e com metodologia duvidosa em
outros; ou ainda por similaridade, ou seja, tendo como base
resultados obtido com produto similar comercializado no
estrangeiro. Em outras palavras, valia qualquer coisa, uma vez
que o Ministério do Trabalho solicitava apenas um Termo de
Responsabilidade do Fabricante, no qual constavam valores de
atenuação de ruído, sem a necessidade de comprovação da
origem destes resultados.
Um pouco de historia
O NRR:
Ao mesmo tempo em que, no Brasil, não se definia uma
metodologia padronizada para ensaios de protetores auditivos,
nos Estados Unidos as discussões se davam em torno do valor
de atenuação NRR, obtidos pelos laboratórios de ensaio segundo
norma ANSI S3.19/1974 e sua aplicação como representativo do
nível de atenuação oferecido por este mesmo produto em um
ambiente real, de fábrica.
Estudos comprovavam que os valores de atenuação constantes
das embalagens e folhas de informações técnicas sobre
desempenho destes produtos estavam muito distantes dos
valores reais obtidos na prática. O resultado de tais discussões
foi uma recomendação do NIOSH de 1998 para que os valores de
atenuação constantes das embalagens e dados técnicos sobre o
desempenho do produto fossem reduzidos de acordo com o
seguinte critério:
25% para protetores auditivos tipo concha
50% para protetores de espuma moldável
70% para protetores pré- moldados
Consideracoes gerais
sobre NRR
NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONNAL
SAFETY AND HEALTH ( NIOSH)
Diz o referido Instituto:
Atenuação (NRR) seja "corrigido" por um desconto de 25, 50, e
75% respectivamente para conchas, "plugs" moldáveis e plugs
pré - moldados .
Quando o nível de ruído é conhecido em dB(A), é preciso deduzir
do NRR um fator de 7 dB(A) que é utilizado para fazer uma
"correção" devido as baixas freqüências inerentes à escala (A).
Isso significa que o usuário de uma concha com NRR 24, quando
utilizada num ambiente cujo nível de ruído é de 95 dB(A) ( 24 - 7
= 17 ; 17- 25 % = 13; 95 - 13 = 82). Se o utilizado fosse um
"plug" moldável com NRR de 29, a exposição seria de 84 dB(A)
( 29 - 7 = 22 ; 22 - 50% = 11 ; 95 - 11 = 84).
Consideracoes gerais
sobre NRR
EPI's Atenuação Exposicao Atenuacao Exposicao
Tipo - NRR ( NRR - 7 ) protegido/correc corrigida em dB(A) protegido c/
ao em dB(A) correcao
Plug Pré- (21 - 7) = 14 95 – 14 = 81 -75% de 14 = 04 95 - 04 = 91
Moldado-21
Plug Moldável - (29 - 7) = 22 95 – 22 = 73 -50% de 22 = 11 95 - 11 = 84
29
Concha - 24 ( * ) (24 - 7)=17 95 – 17 = 78 -25% de 17 = 13 95 - 13 = 82
Concha - 15 ( * * ) (15 - 7)= 08 95 – 08 = 82 -25% de 08 = 06 95 - 06 = 89

( * ) concha de melhor qualidade


( * * ) concha de pior qualidade e mais freqüentemente utilizada.
OSHA = recomenda que seja deduzido 50% da atenuação, para todos os protetores.

OSHA = recomenda que seja deduzido 50% da atenuação, para todos os


protetores.
Assim, o simples fornecimento de protetor auriculares não é sinônimo de
proteção absoluta e muito menos elide determinadas condições de
Consideracoes gerais
sobre NRRsf
As discussões também seguiam e ainda seguem nos Estados
Unidos para a definição de uma metodologia de ensaio que tenha,
como resultado de atenuação, valores mais próximos da realidade.
Foi assim que surgiu o Método “B” da norma ANSI 12.6/97.
Este método de ensaio, diferentemente do Método utilizado pelos
laboratórios Norte Americanos, tem como principal diferença o uso
de pessoas que não possuam qualquer familiaridade com o uso de
protetores auditivos para serem submetidos como objetos do
ensaio.
Os valores de atenuação obtidos através desta metodologia são
então definidos como NRRsf. Tendo em vista a capacitação do
laboratório LARI da Universidade de Santa Catarina em realizar
tais ensaios, o Ministério do Trabalho decidiu que somente
aceitaria laudos de ensaio deste laboratório para Renovação /
Emissão de novos Certificados de Aprovação. Os valores de
atenuação definidos por este método ”B” são em geral bem
inferiores aos valores de NRR até então divulgados pelo fabricante.
Consideracoes gerais
sobre NRRsf
Portanto, temos hoje valores de atenuação preconizados aos
protetores auditivos comercializados no país de um terço ou
menores que aqueles indicados nas embalagens dos mesmos
produtos em 1987, sem que necessariamente estes produtos
tenham perdido eficiência. O que mudou, de lá para cá, foram
apenas os
critérios para ensaio dos referidos produtos.
Para aplicar corretamente o valor de atenuação NRRsf, obtido
segundo metodologia de ensaio ANSI 12.6/1997- método B, basta
subtraí-lo do valor da exposição individual medida em dB(A), como
a seguir, lembrando que não se deve fazer nenhum tipo de
redução em seu valor antes de aplicá-lo, pois estas “salvaguardas”
já foram consideradas durante a obtenção do número único de
atenuação, conforme a metodologia acima mencionada:
Consideracoes gerais
sobre NRRsf
dBA = dBA’- NRRsf
onde:
dBA = ruído entrando no ouvido protegido
dBA’ = ruído equivalente (dose de exposição) medido na
escala A
NRRsf = atenuação do protetor
Ensaiar o protetor para quantificar sua atenuação de ruído
não significa aprovar ou mostrar a qualidade do E.P.I.. O ensaio
apenas fornece os resultados de atenuação medidos em
laboratórios, independentemente do protetor ser de boa qualidade
ou ruim.
Durabilidade e
substituicao
A durabilidade varia bastante dependendo do cuidado, da
freqüência de uso, de fatores ambientais e fatores inerentes ao
E.P.I. O usuário deve ser treinado para saber identificar quando
é necessário substituir seu protetor, bem como seguir as
indicações de limpeza prescritas pelo fabricante.
O critério para descarte e substituição é subjetivo, pois o termo
“condição não higiênica para uso” não estabelece um
parâmetro e pode ser interpretada de diferentes formas por
diferentes indivíduos. Além disso, existe grande variação entre
os ambientes e tipos de trabalho e entre o cuidado que cada
indivíduo tem com o EPI.
Em termos gerais, é importante que o Serviço de Segurança das
empresas oriente os funcionários quanto ao uso, cuidados e
descarte dos protetores e estabeleça de acordo com cada área
e tipo de trabalho, um programa de trocas periódicas, que deve
considerar também as diferenças no manuseio entre os
diferentes indivíduos.
Durabilidade e
substituicao

É importante também, a existência de um programa de


inspeção dos protetores, para que seja garantido o uso do EPI
nas condições adequadas. Na inexistência de programas de
trocas periódicas, deve ser permitida aos usuários a troca dos
protetores quando, junto ao departamento de segurança,
julgarem necessário. Acreditamos que a melhor maneira de
manter os protetores auditivos em boas condições de uso seja
treinar muito bem o usuário, demonstrando as limitações de
uso e a forma de obter o máximo rendimento dos protetores.
Conservacao

PROTETORES TIPO INSERÇÃO MOLDÁVEIS:


Sendo o material destes protetores espuma, não devem ser
lavados, pois isto ocasionaria alterações nas propriedades do
mesmo além de acumular água em sua estrutura, podendo
assim se tornar um meio de cultura de microorganismos
causando problemas a saúde dos usuários. Devem ser
substituídos sempre que se encontrarem e condição não
higiênica para uso.
Conservacao
PROTETORES TIPO INSERÇÃO PRÉ-
MOLDADOS:
A durabilidade variável conforme o nível de cuidado do usuário e
ambiente de trabalho. Devem ser trocados sempre que se
apresentarem deformados, rasgados, endurecidos ou com
alterações em sua forma, dimensão ou maciez original.
Se forem lavados diariamente com água e sabão neutro, poderão
ter sua vida útil estendida, porém por se tratar de equipamento de
uso individual, o cuidado e a observação do usuário são os fatores
principais que determinarão sua vida útil, pois assim como roupas
e sapatos, o usuário poderá por sua ação aumentar ou diminuir
sua durabilidade.
Conservacao

PROTETORES TIPO CONCHA:


A vida útil dos protetores auditivos tipo concha é variável, levando
em conta os cuidados tomados pelo usuário e condições do
ambiente de trabalho. Este produto deve ser descartado quando
estiver fisicamente deteriorado sem possibilidades de
recuperação, utilizando apenas as partes substituíveis disponíveis
ou de tal forma sujo, que seja impossível limpá-lo utilizando
apenas métodos convencionais de lavagem com água e sabão
neutro. É recomendada substituição das almofadas (peça de
reposição) periodicamente, para que seja obtido o melhor
resultado no isolamento do ruído externo.
Conservacao

PROTETORES TIPO CAPA DE CANAL:


Sendo o material dos plugues espuma, não devem ser lavados,
pois isto ocasionaria alterações nas propriedades do mesmo, além
de acumular água em sua estrutura, podendo assim se tornar um
meio de cultura de microorganismos causando problemas a saúde
dos usuários. Os plugues devem ser substituídos por novos
sempre que se encontrarem e condição não higiênica para uso. A
haste deve ser descartada quando estiver fisicamente deteriorada,
ou de tal forma sujo, que seja impossível limpá-lo utilizando
apenas métodos convencionais de lavagem com água e sabão
neutro.
Obrigado pela
atencao

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