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Terapia Centrada no Cliente

Através dos Olhos de uma Cliente


Dados Preliminares
● Senhora Cam, Mulher, entre 35 a 40 anos de idade, estudante de
graduação em psicologia.
● O processo começou com um problema de pouca importância, avançando
para níveis mais profundos e envolveu, na medida em que o terapeuta pôde
ver, uma reorganização considerável da personalidade.
● Depois da primeira entrevista, a cliente registrou suas reações, mostrando-as
para o terapeuta que, por sua vez, a incentivou a manter esse hábito durante
todo o processo.
Primeira Entrevista
● Experienciar a responsabilidade de si mesmo é muito diferente de a
conhecer.
[...] se eu der uma vista de olhos pelo armário talvez encontre algo que altere o
equilíbrio - algo que o senhor não compreenda, qualquer coisa sobre a qual você
tenha uma opinião, algo que conheça melhor e que possa esclarecer, mesmo que
seja captar um sentimento ou um sentido por detrás das minhas palavras, em
relação ao qual eu tenho pouca ou nenhuma consciência.
Primeira Entrevista
● A reformulação de atitudes, por parte do terapeuta, dirige a atenção do
cliente para as várias coisas que não tinham sido ditas;
● Percebe-se que os próprios sentimentos são fundamentais em toda a
experiência e que existe a certeza de que qualquer intrusão de atitudes ou
sentimentos do terapeuta possam prejudicar a relação;
[...] experimento a agradável sensação de que um grande número de
decisões [...] se tornaram muito mais fáceis para mim e que outras confusões
e problemas psicológicos se resolvem numa síntese mais ampla. Esta é uma
terapia penetrante - algo que se introduz na corrente sanguínea.
Segunda Entrevista
● A impossibilidade de prever o efeito da sessão anterior;
● “O fato de empurrar um pequeno tijolo pode causar um desmoronamento,
significa, sem dúvida, o fato do self ter sido organizado a partir de bases
não realistas”
“O fato de o terapeuta ter fé suficiente para aceitar calma e corajosamente as
experiências “perigosas” do cliente - como se vê pela sua capacidade em
reformulá-las - dará ao cliente a fé suplementar no resultado necessário para
suportar uma reorganização drástica?”
Segunda Entrevista
● O self não luta para distorcer a experiência, mas aceita-a, movendo-se com a
experiência de base, renunciando o controle (e paradoxalmente, assumindo-
o plenamente);
● Congruência: o conceito organizado do self e do self-em-relação são
congruentes com as experiências sensoriais e viscerais do organismo.
“Descobre-se então que as peças misturadas, entregues a si mesmas caem
naturalmente nos seus lugares e que se desenha um modelo vivo sem qualquer
esforço.”
Segunda Entrevista
● A prova da eficácia da nossa organização total fisiológica e psicológica está
na eficiência com que nos protegemos da obrigação de reconhecer atitudes
ou experiências rejeitadas da consciência por constituírem ameaças para o
self;
“É agradável sentir-me livre para me exprimir a mim mesma, é interessante
descobrir que há mais coisas para exprimir do que suspeitava e há uma
satisfação obscura no esforço contínuo para enfrentar os obstáculos; [...] mas no
caso de você enfraquecer ou retirar essa atmosfera, inclinar-me-ia para outra
possibilidade.”
Terceira Entrevista
● Aperto no estômago: enfrentar uma situação ameaçadora, mesmo que o
terapeuta e o contexto não sejam;
● Esclarece-se que terapeuta e cliente trabalham ambos na relação;
● Cuidado Contra o Silêncio: evitar projeções, atitudes transferenciais;
“Depois de olhar para mim, durante tanto tempo, é repousante olhar à volta.
Evidentemente que me achei muito interessante, mas depois de um certo tempo,
senti-me demasiado preenchida com um tema tão limitado.”
Quarta Entrevista
● Atenção Total a Si X Por de Lado Preocupação Consigo: atitudes que
ocorrem simultaneamente, sem a existência de contradições;
● É a atitude do self para consigo próprio que parece ter-se alterado;
● A pessoa psicologicamente complexa tende a sentir que não rejeitou suas
próprias atitudes e sentimentos, aceita aqueles que habitualmente são
rejeitados;
● As tensões interiores apontam para falta de integração, resultante do
impedimento dos sentimentos de seguirem rumo à consciência.
Quarta Entrevista
● As respostas do terapeuta incidem como reflexo das atitudes expressas, do
mesmo modo que nas entrevistas passadas;
Quando estas proposições de atitudes na fronteira da consciência são
tomadas e reformuladas, de forma sucinta, pelo counsellor, a sua percepção
numa forma mais definida aparece, aos olhos do cliente, como sendo uma
experiência nova. A cliente vai mais longe no seu próprio pensamento, vê-se
a aprofundar o seu sentido como ainda não fizera, vê mesmo que há algo a
recear, a fugir dela.
Quarta Entrevista
Você diz coisas que não parecem ser aquilo que quero dizer. Mas, longe de
serem ameaçadoras, são positivamente estimulantes. É engraçado descobrir que
uma incompreensão não é irrevogável - que posso corrigi-la e que compreende e
aceita a correção. Não é necessário ser perfeitamente claro e ser compreendido
sempre que se falar. Não é necessário ter um medo de morte, todas as vezes que
abro a boca, com receio de dizer alguma coisa que não seja perfeitamente
adequada e isenta de crítica ou de censura como não há necessidade de
escolher as palavras com tanto cuidado [...].
Quarta Entrevista
● A comunicação do self real, das atitudes reais de alguém, pode ser a base de
uma experiência social profunda, de amizade, de desenvolvimento
interpessoal, como é a experiência terapêutica;
● As experiências podem ser deformadas ou rejeitadas quando nos parece que
admiti-las será destrutivo demais para o self;
Na segurança da relação terapêutica descobre-se que, embora o reconhecimento
consciente e a reorganização daí resultantes sejam penosos, o que se ganha em
tranquilidade interior e em abrandamento da tensão supera claramente o
sofrimento.
Quinta Entrevista
● Desespero completo;
● Reorganização das bases na amplitude da constituição do self;
É difícil exprimir o estado peculiar de desânimo, de mortalidade, como se todo o
universo não tivesse nenhum sentido - nenhuma indicação ao tentar resolver o
mistério de si próprio, nenhuma indicação seja o que for, porque se a vida não
tem sentido só pode terminar na frustração e na morte e aquilo que se considera
como mistério é apenas a revelação da futilidade e da negação supremas.
Quinta Entrevista
● A experiência precisa dizer seu próprio sentido;
● O insight significativo ocorre no intervalo das entrevistas;
Em geral, nos clientes que sofrem uma auto-reorganização drástica, encontram-
se com alguma frequência comportamentos que seriam rotulados como
“psicóticos” no âmbito de um quadro de referência de diagnóstico. Quando esses
comportamentos são vistos a partir do quadro de referência interno, o seu
significado funcional surge de maneira tão clara que se torna incompreensível
considerá-los como sintomas de uma “doença”.
Sexta Entrevista
Não há nada a dizer sobre a entrevista de ontem. Foi sem interesse, sem vida,
quase como se estivesse lá porque disse que estaria, mas ambos
compreendíamos que era uma formalidade - era uma questão de ser bem-
educada. Oca e neutra, e você também parecia neutro - como alguém que
desempenhava, delicadamente, um papel que lhe tinham indicado...
Sexta Entrevista
Era como se em todo o universo não houvesse senão sofrimento - tão cruel, tão
terrivelmente incompreensível, tão estéril. [...] Não há crescimento sem
sofrimento, mas é impossível acreditar - não, não acreditar - sentir que algo
criador possa surgir de uma coisa que parece tão injustificadamente destrutiva...
Sétima e Oitava Entrevistas
● Desenvolve a ideia de auto-castigo: “que era ela quem ‘torturava o
animalzinho’, que era ela quem formulava juízos implacáveis sobre si própria
e que isso não devia ser necessariamente assim;
Posso ver que as coisas não são irremediáveis, que isso está em mim e que há
algo que posso fazer em relação a elas. Não quer dizer que isso seja fácil. Mas
penso que devo ser atenciosa para comigo mesma e não me castigar como fiz.
Algumas Semanas Depois
● Quando a experiência é simbolizada livremente, na consciência, está muito
mais sujeita ao controle;
● A terapia estabelece apenas o modelo de reorganização para o self;
● A reorganização do self implica uma nova percepção de tudo, incluindo
experiências anteriormente consideradas agradáveis.
Três meses depois
● As alterações do comportamento ocorrem de forma tão espontânea que não
são notadas até que haja circunstâncias exteriores que chamem a atenção
sobre elas;
● Sentimento de “Renascimento”: inexperiência e pouca firmeza,
acompanhadas da modificação da personalidade;
● Diminuição da consciência de si e aumento no funcionamento regular do
self diante da experiência.

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