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INTEGRAÇÃO NO

CURRÍCULO:
INTERDISCIPLINARIDADE
E CONTEXTUALIZAÇÃO
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ORIGEM DA DESINTEGRAÇÃO
DISCIPLINAR
Na Grécia antiga, os sofistas – os professores da época – contribuíram
bastante com a difusão do conhecimento. Foram eles os primeiros a entender
que o conhecimento podia ser divido em fatias. Para facilitar suas
exposições, dividiam ou fragmentavam o todo em áreas específicas.
No século XVI, Descartes revolucionou a filosofia criando o método
cartesiano, que trabalha também com o princípio da fragmentação.
Isso contribuiu para que a ciência fosse se especializando e se
compartimentando em saberes específicos (áreas e campos) com objeto e
metodologias próprias. Como resultado, o conhecimento humano foi
desintegrado em áreas, campos, domínios e disciplinas.
A Revolução Industrial, com sua necessidade de mão de obra especializada,
acentuou ainda mais a fragmentação do conhecimento, que foi perdendo cada
vez mais seu caráter global, holístico, sistêmico. 2
DESINTEGRAÇÃO DISCIPLINAR NA
ESCOLA
Ao adotar o sistema de desintegração disciplinar, a
escola seguiu a lógica mecanicista do paradigma
newtoniano-cartesiano (BEHRENS, 2005) segundo
a qual o saber deve ser segmentado em “fatias“ ou
”frações” e hipertrofiou ainda mais essa
segmentação. Os conteúdos escolares passaram a
ser reunidos em matérias, disciplinas ou
componentes curriculares específicas (português,
matemática, geografia, história, ciências etc.), por
entender que assim fosse de mais fácil assimilação
pelo aluno, cujo cérebro teria “gavetas” ou
“prateleiras” para cada área epistemológica do
saber. 3
CRÍTICAS AO SISTEMA DE
DEISNTEGRAÇÃO DISCIPLINAR
Por volta dos anos 1950 começam a surgir críticas ao sistema de desintegração
disciplinar. Percebeu-se que disciplinas isoladas não conseguiam dar conta da
realidade, que é complexa. O problema detectado foi não só a compartimentação
do conhecimento, mas também a criação de fronteiras entre as suas áreas, que
demarcavam territórios específicos de atuação para determinados conteúdos,
capazes de ser estudados apenas dentro do âmbito da disciplina que lhe
correspondia. Um professor de geografia, por exemplo, não podia trabalhar o
sistema excretor, pois é conteúdo específico do professor de biologia. Ainda que
sejam trabalhadas várias disciplinas na escola (10 no ensino fundamental e 13
no ensino médio), elas não interagem entre si, ficando apenas justapostas no
quadro curricular, sem conexão, interação ou cooperação entre elas.
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PROPOSTAS DE INTEGRAÇÃO
DISCIPLINAR
Dentre os autores que propõem a religação dos saberes, encontram-se Jean
Piaget (1950-1970) e Edgar Morin (1980-1980). Organismos internacionais
encamparam a proposta de visão integracionista: a OCDE (Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) realizaram
conferências e encomendaram relatórios sobre a forma como o conhecimento
é organizado. Dessas reuniões surgiram os termos com os quais trabalhamos
hoje na escola e que dizem respeito aos graus de integração entre as
disciplinas na organização dos conteúdos: multidisciplinaridade,
pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade
(ZABALA, 1998: 143-144).
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MULTIDISCIPLINARIDADE
Sistema de disciplinas em um só nível, a multidisciplinaridade consiste na
justaposição de disciplinas diversas a fim de obter informações para
estudar determinada temática, fenômeno ou problema. Embora sejam
trabalhadas simultaneamente com cada matéria fornecendo informações
própria de seu campo, não há interligação, relação, diálogo nem
cooperação entre elas, de modo que as disciplinas envolvidas não são
modificadas nem enriquecidas. Cada disciplina mantém sua metodologia
e teoria. A multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de
currículo nas escolas, fragmentado em várias disciplinas (MACHADO,
2011: 184). O que se busca é o acúmulo de conhecimentos (organização
somativa do conhecimento). Essa forma de relação entre as disciplinas é
consideradas pouco eficaz.
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PLURISCIPLINARIDADE
Sistema de disciplinas em um só nível, a pluridisciplinaridade consiste
na justaposição de disciplinas afins ou correlatas, situadas no mesmo
nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer as relações
existentes entre elas. A pluridisciplinaridade corresponde à estrutura dos
cursos de especialização . O que se busca é a especialização.

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INTERDISCIPLINARIDADE
Sistema de disciplinas de vários níveis, a interdisciplinaridade consiste na
interação de duas ou mais disciplinas na construção do conhecimento em
torno de um tema gerador, de forma articulada e cooperativa, mediante uma
relação de troca, nas quais elas se modificam e enriquecem. O que se busca é
uma visão sintética, interativa, complementar. As disciplinas não se diluem,
não perdem a identidade nem há hierarquia entre elas. Interação tanto de
disciplinas quanto de profissionais. Para Piaget (1981: 52), a
interdisciplinaridade pode ser entendida como o “intercâmbio mútuo e
integração recíproca entre várias ciências”. Na prática, a
interdisciplinaridade é um esforço de superar a fragmentação do
conhecimento, tornar este relacionado com a realidade e os problemas da
vida moderna. O trabalho por projeto é talvez a metodologia mais adequada
para trabalhar a interdisciplinaridade.
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TRANSDISCIPLINARIDADE
A transdisciplinaridade é a interdisciplinaridade levada às últimas
consequências, de modo que não haja mais fronteiras entre as disciplinas.
Consiste na fusão entre as disciplinas, sistematizadas por um pensamento
organizador (o pensamento complexo) que ultrapassa as próprias
disciplinas. Ela faz emergir da confrontação das disciplinas numa relação
vertical novos dados que as articulam entre si e que nos dão uma nova
visão da natureza e da realidade. Grau máximo e global de
interdisciplinaridade em que são eliminadas as fronteiras entre as
disciplinas convencionais através de um pensamento holístico
organizador a ponto de criar uma macrodisciplina. Termo proposto em
1970 por Piaget. Educação é um exemplo de estudo transdisciplinar.

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GRAUS DE INTEGRAÇÃO
DISCIPLINARCIPLINAR
MULTIDISCIPLINARIDADE/PLURIDISCIPLINARIDADE –
Justaposição de disciplinas conexas a fim de obter informações para
tratar de uma temática, fenômeno ou problema comum. Não há
integração nem diálogo; apenas colaboração. Cada disciplina mantém
sua metodologia e teoria. Não há integração de resultados. Organização
somativa.
INTERDISCIPLINARIDADE – Integração de disciplinas sobre uma
temática comum de forma articulada e cooperativa, mediante uma
relação de troca, nas quais elas se modificam e enriquecem Perspectiva
teórico-metodológico comum. Organização interativa.
TRANSDISCIPLINARIDADE – Grau máximo e global de
interdisciplinaridade em que são eliminadas as fronteiras entre as
disciplinas convencionais através de um pensamento holístico
organizador a ponto de criar uma macrodisciplina. Termo proposto em
1970 por Piaget. Mais ideal que realidade (ZABALA, 1998:143-144). 10
CONCEITO DE
INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade poderia ser definida a princípio como o movimento,
o conceito, o esforço, o enfoque não linear para superar a fragmentação do
conhecimento em matérias isoladas e a segmentação curricular, por meio da
integração de duas ou mais disciplinas na construção do conhecimento, não
só na partilha de saberes, mas também na transferência de métodos.
Interdisciplinarizar significa, portanto, procurar, pelas interconexões,
entender um fenômeno sob diferentes pontos de vista.

Para os PCNs, dois importantes princípios de


organização do currículo são a
INTERDISCIPLINARIDADE e a
CONTEXTUALIZAÇÃO. 11
CONTEXTUALIZAÇÃO
Processo curricular pelo qual estabelecemos pontes/relações entre os
conteúdos teóricos/práticos ensinados na escola e as questões da vida real do
aluno e de sua comunidade. A contextualização admite que “todo
conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto” (BRASIL, 1998b,
p. 30).
Todo conhecimento deve ter como ponto de partida a experiência do
estudante, o contexto onde está inserido e onde ele vai atuar como
trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua comunidade”.

Essa vinculação do conhecimento ao estudante e à sua aplicação à


vida cotidiana é elemento fortemente motivador e transformador.
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TIPOS DE CONTEXTUALIZAÇÃO
A CONTEXTUALIZAÇÃO PODE DAR-
SE EM TRÊS NÍVEIS:
1. SINCRÔNICA: Analisa o objeto em
relação à época e a sociedade que o
gerou.
2. DIACRÔNICA: Analisa o objeto em
relação ao eixo do tempo.
3. INTERATIVA: Analisa o objeto em
relação ao universo específico do
aluno.
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BIBLIOGRAFIA
FAZENDA, Ivani (Org.) Práticas Interdisciplinares na Escola. 6.ed.
São Paulo: Cortez, 1999.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de
Janeiro: Imago, 1976.
MACHADO, Nilson José. Epistemologia e Didática. 7.ed. São Paulo:
2011.
POMBO, Olga. Problemas e Perspectivas da Interdisciplinaridade.
Revista de Educação, IV, 3-11, 1994.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre:
Editora Artes Médicas, 1998.

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