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INSTITUTO SUPERIOR MARIA MÃE DE

ÁFRICA
Licenciatura em Serviço Social

DEPARTAMENTO DE: ACÇÃO SOCIAL


DISCIPLINA: Métodos e Técnicas de Intervenção Social
DOCENTE: Hinervo Marqueza, Phd
ASSISTENTE: Isac Paço
Ano Lectivo: 2020 Turma: 3º Ano Semestre Iº
15/05/2020
UNIDADE DIDÁTICA IV: ÉTICA NA INTERVENÇÃO SOCIAL

4.1. Ética na Intervenção Social

4.1.1. Ética no Serviço Social

O serviço social é uma profissão orientada para a emancipação dos sujeitos,


capacitando-os para que a partir da análise de suas situações concretas de vida
profissional e dos recursos locais encontrem alternativas de superação dos diversos
desafios pelos quais passam. Portanto, além de recorrer às mais diversas
competências profissionais específicas da área, o assistente social na sua actuação
auxilia-se de um leque de princípios orientadores da própria profissão, os do serviço
social e o código deontológico do assistente social.
A Ética no Serviço Social assenta nos seguintes princípios e valores:

(i) Procurar entender cada utente, individualmente, o sistema social em que está envolvido,
as condicionantes que afectam o seu comportamento e acompanhamento, assim como os
serviços que lhe deveriam ser prestados; (ii) Preservar, afirmar e defender, os valores,
conhecimento e metodologia do Serviço Social, abstendo-se de qualquer comportamento
que prejudique o exercício da profissão; (iii) Reconhecer as limitações profissionais e
pessoais; (iv) Encorajar a utilização de todo o saber e experiência prática importantes; (v)
Inovar e aplicar os métodos relevantes no desenvolvimento e validação dos seus
conhecimentos teóricos e práticos;
(vi) Contribuir com a sua assessoria técnica para o desenvolvimento de políticas
e programas que promovam uma melhor qualidade de vida na sociedade; (vii)
Identificar e interpretar as necessidades sociais; (viii) Identificar e interpretar a
causa e a natureza dos problemas sociais, do indivíduo, do grupo, da comunidade
e do país, tanto a nível nacional como no contexto internacional; (ix) Identificar,
interpretar e dar a conhecer o trabalho e as actividades desenvolvidas pelos
Assistentes Sociais e; (x) Esclarecer se as declarações públicas ou as acções
realizadas são feitas numa base individual ou como representante de uma
Associação Profissional ou outro qualquer grupo.
Assim sendo, em termos de Código de Ética Profissional do Assistente Social,
na sua intervenção e/ou acção, o assistente social deve pautar:

 Pela liberdade (de pensamento, expressão e/ou acção);  Pelo valor ético
central, às demandas políticas a ela inerentes;  Pela autonomia, emancipação e
plena expansão dos indivíduos sociais;  Pela defesa intransigente dos direitos
humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo;  Pela defesa e
aprofundamento da democracia e;  Pelo posicionamento em favor da
equidade e da justiça social.
Na senda disso, falar da ética na intervenção social do assistente social é fazer
menção o seu exercício profissional como tal, combinado e harmonizado com
o compromisso éticoprofissional da profissão (ética de conduta no ambiente
de trabalho). Aliás, não basta profissionalmente possuir conhecimentos
teórico-metodológico, ético-político e técnicooperativo, é necessário observar
com rigor e cumprimento os valores e princípios éticos e as normas de
conduta que norteiam a profissão.
Kisnerman (2003), sintetiza os princípios do serviço social em três, a saber:
Individualização, Aceitação e Autodeterminação.
(i) O princípio de individualização
Este princípio reconhece que toda pessoa é diferente da outra e que precisa
de ser reconhecida e respeitada a sua dignidade inata, independentemente da
sua condição social, cultural e religiosa. Ela precisa participar activamente
em todas as actividades para a sua realização pessoal e social, implicando a
reactivação das suas potencialidades e a sua consideração como um todo e
em desenvolvimento.
(ii) Princípio de Aceitação
Neste princípio, Kisnerman (2003), defende a necessidade da pessoa ser aceite tal como ela é,
independentemente da situação em que se encontra, implicando a necessidade de
desenvolvimento da empatia por parte do agente do Serviço Social, isto é, ―sentir com‖ o
cliente o que ele sente, pôr-se no seu lugar com o fim de ajudá-lo eficazmente, sem tanto
fazer juízo de valor. O outro ponto importante neste processo é o poder e a capacidade que o
agente social deve ter de consciencializar os sujeitos envolvidos no processo sobre a sua
responsabilidade na descoberta das causas do conflito e o seu papel na conquista de
resultados positivos.
(iii) Princípio da Autodeterminação
Este princípio pressupõe a liberdade de decisão e de acção por parte dos
beneficiários do Serviço Social, dando-lhes a possibilidade para reconhecer os
recursos próprios para a solução do problema; mobilizar, estimular, motivar,
promovendo forças dinâmicas da pessoa para a sua resiliência, sem criar
dependência. O assistente social deve abster-se rigorosamente de toda
interferência directa, a não ser quando é imposto pelo princípio normativo legal
ou por incapacidade do beneficente.
Numa análise profunda sobre os princípios do serviço social infere-se que a concepção do
serviço social organizacional, suas características e atribuições do assistente social, em
função do que foi discutido até então, representa continuidade de ofício desta profissão. O
facto de o assistente social actuar numa nova dimensão, diferente da individual, familiar,
grupal ou comunitária, não retira a necessidade manter o seu compromisso com a profissão,
o de estimula, promover e motivar a todos, quer de forma individual ou colectiva para a
resolução dos seus problemas, quer de forma teórica ou técnico-prática e não o inverso. Ele
sempre é um actor indirecto da intervenção, ele assume a postura de mediador e agente de
mudança; trata-se, sim,
de uma intervenção delimitada no espaço geográfico ou institucional, abrangendo situações
restritas e limitadas, expressas por indivíduos ou grupos ligados entre si.
Importa frisar que nos países em que o serviço social encontra-se bem desenvolvido existe
um Código de ética que orienta e regula a actuação de todo e qualquer assistente social, a
exemplo do Brasil. Contundo, este código geralmente, é produzido em conformidade com
o preceituado nos princípios orientadores da profissão no geral. Assim, passa-se a
descrever alguns aspectos destacados no código deontológico brasileiro:
●Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela
inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; ●Defesa
intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; ●Ampliação e
consolidação da cidadania; ●Posicionamento em favor da equidade e justiça social;
●Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, etc. Em termos gerais o
profissional de serviço social age e tem por base as normas e princípios éticos presentes na
Declaração Internacional dos Princípios Éticos do Serviço Social.
Portanto, o profissional de Serviço Social tem como dever, actuar e
adequar a sua intervenção respeitando determinados princípios, tais
como: o respeito pelo ser humano; a sua dignidade e o valor pessoal
do individuo; a justiça social; a importância das relações humanas; a
integridade e a competência; etc.
Referências Bibliográficas
KISNERMAN, Natálio. Ética para o Serviço Social. 5. ed. Tradução. 2003.
SIMÕES, Carlos. A Ética das Profissões. In: BONETTI, Dilséa Adeodata. [et. al.] (Org.)
Serviço Social e Ética: convite a uma nova práxis. São Paulo: Cortez, 2011a, p. 60-70.
PAIVA, Beatriz Augusto de. Algumas considerações sobre Ética e Valor. In: BONETTI,
Dilséa Adeodata. [et. al.] (Org.) Serviço Social e Ética: convite a uma nova práxis. São
Paulo: Cortez, 2011, p. 105-110.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA

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