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9.4.

Limitações da Contabilidade Nacional

Limitações da
Contabilidade Nacional
Contabilidade Nacional

 A Contabilidade Nacional proporciona um conjunto de informações indispensáveis à gestão


económica e social do País.

 É, portanto, fundamental que os valores obtidos sejam fidedignos, revelando a situação do País.

Objetivos:

 descrever quantificadamente a atividade económica;


 constituir uma base informativa para a política económica;
 medir, através dos seus agregados, o bem-estar da população.
Contabilidade Nacional

 Apesar do conjunto abundante de dados que a Contabilidade Nacional fornece, nem todas
as situações são registadas.

 Este facto é de grande relevância pois a ausência de registo falseia o valor do produto.

 Por isso se pode afirmar que a Contabilidade Nacional apresenta algumas limitações.
Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

1. O PIB mede a atividade económica, independentemente do seu interesse económico, social ou


político, utilidade e consequências para o país. Em síntese, não interessa o que é produzido, mas o
valor monetário do que é produzido. A título de exemplo, é perfeitamente indiferente para a
Contabilidade Nacional que se produzam armas ou cereais.

A Contabilidade Nacional regista o valor dos bens produzidos, não a sua natureza ou
interesse social.
Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

2. Nem todos os bens e serviços são contabilizados. Só o são os que se encontram previamente
definidos. Assim, serviços como os dos partidos políticos, os religiosos, a bricolage, os serviços
domésticos e outros não se incluem no conjunto dos bens com valor contabilístico, apesar de terem
um valor social importante.

Atividades como o trabalho doméstico não são contabilizadas no PIB.


Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

3. Existem serviços cujos efeitos não são contabilizados no investimento do país, como os que
decorrem da investigação científica e do ensino. Em consequência, o valor da “aposta” em certo tipo
de investimento, suscetível de potenciar o desenvolvimento económico e social do país, a médio e
longo prazo, é omitido.

A educação e a investigação são atividades contabilizadas, mas o seu potencial para o


desenvolvimento económico, cultural e humano não é registado pela Contabilidade Nacional.
Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

4. O bem-estar da população não é avaliado nos quadros da Contabilidade Nacional e, em certa


medida, os números viciam mesmo a leitura dos indicadores da qualidade de vida das populações.
Assim, por exemplo, quanto mais automóveis houver, quanto maiores forem as distâncias entre o
local de trabalho dos indivíduos e as respetivas residências, quanto mais combustível se gastar, etc.,
maior será o PIB. Será isto sinónimo de qualidade de vida? E a poluição das fábricas que contribuem
para o aumento do PIB? Será esta situação equivalente a bem-estar?

Quanto maior for o gasto em combustível, maior será o valor do PIB, mas não o
bem-estar da população.
Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

5. Os quadros da Contabilidade Nacional também não conseguem refletir as condições sociais


da produção. Como se realiza a produção? Quais as condições de segurança para o
trabalhador? Qual a satisfação pessoal no desempenho das tarefas profissionais? Estas
referências importantes, do ponto de vista social, não têm lugar no sistema de contabilidade
da economia da nação.

As condições em que o trabalho é prestado não são contabilizadas.


Exemplos de limitações da
Contabilidade Nacional

Existem inúmeras situações que não são quantificáveis, cujos exemplos apresentámos antes,
mas existem outras que deliberadamente fogem ao registo contabilístico.

O esquema seguinte resume esses casos:


Economia Subterrânea

Existem atividades que podem ter interesse económico e ser legais mas que escapam
intencionalmente à contabilização oficial, porque:

 evitam o pagamento de impostos;


 evitam o pagamento de contribuições sociais;
 fogem ao cumprimento de requisitos legais relativamente a salários, condições de trabalho, de
segurança e de saúde;
 fogem ao cumprimento de procedimentos administrativos legais, como o preenchimento de
questionários estatísticos;
 não declaram a totalidade do produto realizado ou pagam salários muito baixos a trabalhadores
imigrantes, por exemplo.

O trabalhos dos imigrantes contratados escapa frequentemente aos


requisitos legais, não sendo declarado para efeitos fiscais e sociais.
Economia Ilegal

A economia subterrânea tem uma variante que é ilegal, cuja diferença em relação à anterior
tem a ver com o facto de as atividades envolvidas serem ilegais (tráfico de drogas, por exemplo)
ou serem desempenhadas de forma ilegal (prática ilegal de Medicina). As atividades ilegais são
puníveis por lei. Assim, incluem-se na economia ilegal as seguintes atividades:

 produção de bens e serviços cuja produção, venda ou posse é ilegal (por exemplo, distribuição de
estupefacientes, contrafação ou contrabando);
 produções normalmente consideradas legais, mas praticadas por pessoas não autorizadas.

A produção e venda de drogas é


um exemplo de atividade
incluída na economia ilegal.
Economia Informal

Este setor da economia representa uma parte importante da atividade produtiva e envolve atividades
que escapam facilmente à contabilização(1).
Os bens produzidos são legais mas as “empresas” não se encontram registadas, não para fugir
deliberadamente ao fisco, mas porque são familiares e de reduzida dimensão e preferem poupar
custos nas formalidades e noutras normas de funcionamento. Incluem-se nesta categoria:

 produção de bens para autoconsumo, trabalho das donas de casa, etc.;


 atividades que têm como objetivo principal proporcionar trabalho e rendimento às pessoas
envolvidas, como costurar para fora, tomar conta de crianças, trabalho doméstico, etc.
(1)
A grande diferença entre o setor informal e o da economia subterrânea é que no primeiro caso não há uma atitude de fraude
deliberada.

A produção de um bolo caseiro não


é registado no PIB, mas a produção
industrial já o é.
Outras situações não registadas pela
Contabilidade Nacional

Existem situações decorrentes das políticas que orientam as economias e consequentes práticas
cujos “efeitos secundários” não são registados pela Contabilidade Nacional.
A esses efeitos damos a designação de Externalidades que tanto podem ser benéficas
(Externalidades Positivas) como nefastas (Externalidades Negativas).

Externalidades
As Externalidades não são registadas na Contabilidade Nacional, mas os seus efeitos fazem-se sentir
sobre toda a economia e bem-estar das populações.

Externalidades Positivas Externalidades Negativas

Na economia, os benefícios do investimento em


A poluição cria externalidades negativas.
ciência constituem externalidades positivas.
A economia não registada
em Portugal

Economia paralela subiu para 26,7% do PIB e representa mais de metade do


empréstimo da troika.
Em valor absoluto, a economia não registada ascendeu a 44.283 milhões de euros
em 2012.
25/09/2013
9.4. Limitações da Contabilidade Nacional

Questão

 Identifica algumas condições para que o combate à economia não registada seja mais
eficaz.

 Procura mais informação sobre este tema no site do Observatório de Economia e Gestão
da Fraude da Faculdade de Economia do Porto.
www.gestaodefraude.eu/

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