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Cidadania Europeia

 
Introdução

A cidadania
  da União conferida aos nacionais de todos os Estados-
Membros pelo Tratado da União Europeia (TUE), destina-se a
tornar o processo de integração europeia mais relevante para os
cidadãos, incrementando a sua participação, reforçando a
protecção dos seus direitos e promovendo a ideia de uma
identidade europeia.

A cidadania é uma noção dinâmica, que deverá evoluir acompanhando o


progresso da União. A ideia de uma União Europeia eficaz e
susceptível de promover a emergência de uma verdadeira
comunidade política pan-europeia está associada ao aumento das
expectativas dos cidadãos em relação não só aos seus direitos,
liberdades e garantias, mas também ao reforço da sua participação
cívica como forma de influenciar o rumo de um projecto europeu
que se pretende vinculativo e inclusivo.

A cidadania europeia articula-se em torno de um conjunto de direitos e


deveres.
Os direitos definidos nos Tratados não enumeram
exaustivamente os direitos dos cidadãos da União.
São adicionais:
 

aos direitos que cada cidadão tem como nacional de um


Estado-Membro;
aos direitos da Declaração Universal dos Direitos do
Homem - Nações Unidas;
aos direitos da Convenção Europeia de Salvaguarda dos
Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais -
Conselho da Europa (referida no art. 6º, nº 2 do TUE);

à jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades


Europeias (TJCE), para quem, os direitos
fundamentais, constituem princípios gerais do direito
com a mesma posição hierárquica do direito
comunitário primário;
ao princípio da não-discriminaão devido à nacionalidade
(art. 18º TFUE);
a outros princípios inscritos nos Tratados.
Conceito de cidadania

"Cidadania" tem origem etimológica no latim

civitas, significando "cidade". Designa um

estatuto de

pertença de um indivíduo a uma comunidade

politicamente articulada e que lhe atribui

um conjunto de direitos e obrigações


Evolução do conceito

Cada Estado determina a cidadania em função de dois


critérios: o da filiação ou jus sanguinis, vindo da
Grécia e de Roma e o do local de nascimento ou jus
soli, vindo da Idade Média, por influência dos laços
feudais. Na Grécia antiga, cidadania e
nacionalidade identificavam laços culturais comuns
a determinados indivíduos. No Império Romano, a
cidadania era vista como o vínculo a um Estado e a
nacionalidade como a ligação a uma comunidade
cultural. No pós Revolução Francesa, passou a
existir uma coincidência entre o Estado e a
comunidade cultural, entre cidadania e
nacionalidade.
Carácter supranacional

No momento atual, em especial na União Europeia, a

cidadania assume um carácter supraacional

podendo o seu conceito ser usado de forma

independente ou desvinculado do Estado-nação.

Expressa uma condição ideal baseada na perceção,

por parte do indivíduo e do coletivo, quanto aos seus

direitos e obrigações
Dimensões civil, política e social
A cidadania comporta, genericamente, três dimensões:

civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de


expressão e de pensamento; direito de propriedade e de
conclusão de contratos; direito à justiça;

política: direito de participação no exercício do poder


político, como eleito ou eleitor, no conjunto das
instituições de autoridade pública;

social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar


económico e social, desde a segurança até ao direito de
partilhar do nível de vida segundo os padrões
prevalecentes na sociedade.
Nacionalidade e cidadania
Nacionalidade é o vínculo que se estabelece entre uma pessoa e um
determinado Estado. Em princípio, os Estados são lives na fixação de
quem são os seus nacionais. Normalmente a atribuição ou aquisição
da nacionalidade dependem de certos factos ou relações.

A atribuição da nacionalidade portuguesa é dada seguindo os princípios


da Constituição da República Portuguesa (7ª revisão constitucional -
2005), de acordo com a Lei da Nacionalidade (Lei nº 37/81, com a
quarta alteração que lhe foi introduzida - Lei Orgânica nº 2/2006 de
17 de Abril)(PDF 115KB) e do Regulamento da Nacionalidade
Portuguesa (Decreto-Lei n.o 237-A/2006 de 14 de Dezembro)(PDF
255KB). Informações práticas sobre quem pode requerer, ou
legislação aplicável, podem ser obtidas no Portal do Cidadão.
A cidadania da União não pode ser adquirida nem perdida sema
aquisição ou a perda da nacionalidade de um Estado-Membro.
Representa, sobretudo, um novo estatuto decorrente do direito
comunitário
Direito comunitário

"É cidadão da União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-Membro"


(art. 17º TCE). A cidadania da União é complementar da cidadania nacional e não a
substitui. A nacionalidade dos Estados-Membros é inteiramente da competência desses
Estados que estabelecem as condições de aquisição e perda da nacionalidade.

O que significa, do ponto de vista da cidadania europeia, a nacionalidade de um Estado-


Membro? Esta disposição deverá ser interpretada de acordo com a Declaração da
Conferência Intergovernamental relativa à nacionalidade de um Estado-Membro,
anexa ao Tratado da União Europeia: "Sempre que o Tratado que Institui a
Comunidade Europeia é feita referência aos nacionais dos Estados-Membros, a
questão de saber se uma pessoa tem nacionalidade de um determinado Estado-Membro
é exclusivamente regida pelo direito nacional desse Estado-Membro"

A Declaração afirma aindaque, "os Estados-Membros podem indicar, a título informativo,


mediante declaração a depositar junto da Presidência, quais as pessoas que devem ser
consideradas como seus nacionais, para efeitos comunitários, podem se for caso disso,
alterar esta última declaração".

Na sequência da assinatura do TUE, a Declaração do Conselho Europeu de Birmingham


intitulada: "Uma comunidade próxima dos seus cidadãos" especificou, em Outubro de
1992, os contornos dessa cidadania, assumindo o dever de "esclarecer que a cidadania
da União trará aos nossos cidadãos direitos e proteção adicionais, sem de modo algum
se substituir à sua cidadania nacional".
Constituição Portuguesa e a União Europeia
A Constituição da República Portuguesa, que estabelece os
princípios basilares da democracia através do respeito e
garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais
dos cidadãos, consagrou o art. 4º à cidadania portuguesa.
Nos termos deste artigo, "(...) são cidadãos portugueses todos
aqueles que como tal sejam considerados pela lei ou por
convenção internacional", usufruindo dos direitos e estando
sujeitos aos deveres consignados na Constituição.
Na sua interligação com a União Europeia, a Constituição
Portuguesa consagra alguns pontos à cidadania da União:
 •art. 7º, ponto 5 - "Portugal empenha-se no reforço da
identidade europeia e no fortalecimento da ação dos Estados
europeus a favor da democracia, da paz, do progresso
económico e da justiça nas relações entre os povos.";
•art. 15º, ponto 5 - "A lei pode ainda atribuir, em condições de
reciprocidade, aos cidadãos dos Estados-Membros da União
Europeia residentes em Portugal o direito de elegerem e
serem eleitos Deputados ao Parlamento Europeu";
•art. 33, ponto 5 - diz ainda que Portugal se compromete a
aplicar as "normas de cooperação judiciária penal
estabelecidas no âmbito da União Europeia".
Constituição Portuguesa e o direito internacional

Também no que diz respeito aos acordos internacionais é ainda


consagrado na Constituição Portuguesa que:

art. 7, ponto 7 - "Portugal pode, tendo em vista a realização de


uma justiça internacional que promova o respeito pelos
direitos da pessoa humana e dos povos, aceitar a jurisdição
do Tribunal Penal Internacional, nas condições de
complementaridade e demais termos estabelecidos no
Estatuto de Roma;art. 16, ponto 2 - "Ospreceitos
constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais
devem ser interpretados e integrados de harmonia com a
Declaração Universal dos Direitos do Homem, que no art.
15º refere, "todo o indivíduo tem direito a ter uma
nacionalidade" e "ninguém pode ser arbitrariamente privado
da sua nacionalidade nem do direito de mudar de
nacionalidade".
João Jesus da Paz

FIM

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