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O Reverso da Diferença

Benjamin Arditi
Equipe:
Lucas G.
Camila
• O impulso inicial do pensamento progressista
pelo compromisso com a diferença: a política
de identidade.
• A proliferação das diferenças como uma
abertura à emancipação.
Argumento • A afirmação política das identidades culturais
central do pode aumentar a tolerância e as articulações
políticas entre os grupos, mas também pode
texto endurecer as fronteiras entre eles.
• O objetivo do artigo: não é questionar a
legitimidade da diferença nem descartar os
esforços progressistas para afirmá-la, mas sim
explorar melhor um conjunto de consequências
menos auspiciosas que surgem ao lado da
nossa defesa e celebração da particularidade.
Benjamin Arditi – O
reverso da diferença

COMPROMISSO
COM A
DIFERENÇA
AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE ------- POLÍTICA DE IDENTIDADE

MUNDO COSMOPOLITA ------ DESORIENTAÇÃO -------- *globalização

ESTREITAMENTO DAS FRONTEIRAS DE IDENTIDADE *Citar MUNANGA

Gianni Vattino “estamos vivendo em um novo tipo de sociedade – sociedade pós-


moderna”

Mídia de massa ------ “ a comunicação generalizada torna a sociedade mais


complexa e caótica, a circulação de variadas imagens do mundo interrompe a
ilusão de uma realidade única”

Para Vattino “a dimensão libertadora da experiência contemporânea é devido as


múltiplas imagens, interpretações e reconstruções que são distribuídas”

A liberação das diferenças aumenta a visibilidade de identidades marginalizadas


que começam a falar por si e sobre si ---- *Gera identificação
VIVER NESTE MUNDO MÚLTIPLO SIGNIFICA
EXPERIMENTAR A LIBERDADE COMO OSCILAÇÃO
CONTÍNUA ENTRE PERTENCIMENTO E ESTRANHAMENTO,
ALIENAÇÃO.

Ao contrário da mera coleção de fragmentos isolados


temos um mosaico em movimento dos múltiplos mundos
culturais

Mosaico que não são mais apenas autoreferenciais *CITAR


GLISSANT

QUEDA DA LIMITAÇÃO DE UM ÚNICO ESPAÇO 


“nomadismo” – oscilação do pertencimento e quebra da
lógica de identidades fortes
Modernidade desenvolveu tecnologia para a formação de figuras homogeinizadas -------------- objetivo 
gerar padrões  globais de consumo

MAFFESOLI a modernidade indica aos indíviduos uma estabilidade de ideologia, classe, profissão  
*genero, raça...Contemporaneamente se pertence a um certo lugar, mas não defnitivo

Liposctsky Sinaliza mudanças a partir dos anos 50 “Era do consumo e da comunicação de massa”  -
sociedade industrial, processo de personalização que esta produzindo indivíduos flexíveis, expressivos, e
narcisistas. 

Individuo em sintonia com as novas tendências

Sociedade contemporânea inicia nova fase da moralidade – ética indolor e moralidade sem sacrificio –
declínio do dever

Lógica do mercado –  Reforça as Identidades Sociais


Uma simples celebração das diferenças, negligência alguns
problemas:

Processo de individualização x impulso global da uniformidade

Vattino “Experiência da balança” ------ COMO ESPERAR


EMANCIPAÇÃO???

INDETERMINABILIDADE como consequencia de um


estranhamento da identidade

A multiplicação de opções e decisões juntamente com a


dissoluçao de identidades estáveis e duradouras, cria confusão
que favorecem as demandas por certezas para satisfazer visões de
mundo

**** Mina o potencial emancipatório das diferenças ****


“a nova afirmação do singular desaparece sob o reino
do anonimato; a afirmaçãoda diferença (das crenças,
das opiniões, dos costumes) desaparece sob o domínio
da uniformidade” REVERSO DA DEMOCRACIA (Lefort)

“Laços ideológicos fortes e estáveis estão em claro


declínio”

O mundo carece de uma base definitiva, dividuos


oscilam entre grupos e valores, “aterramento
dinâmico”

*** Deleuze e Guattari – distinção entre  raiz e


rizoma  ***
 Simbologia de raiz, tradição 
UM OTIMISMO MAIS SÁBIO

“O reconhecimento da alteridade nem sempre implica disposição para


se comprometer com essa alteridade. “

UM **Carater  POLITICO E PUBLICO  - participação – projetos públicos

OTIMISMO Multiplicações de visões de mundo, multiplicações de compromissos


*Citar Tiburi

MAIS Potencial de diversificar interesses e lugares de pertencimento

SÁBIO O OTIMISMO....

Multiplicar compromissos
&
intervenções intermitentes
POR QUE PRECISAMOS DO AUTO – ENGANO DE SONHAR
SE SABEMOS QUE É UM SONHO?
• O reverso da oscilação enquanto o nexo
entre estranhamento e emancipação.
• As duas faces da oscilação.
• A face do enraizamento dinâmico: a
oscilação entre grupos, valores, crenças e
O reverso do âmbitos, que revela a busca da autonomia e
estranhamento diversidade. É a face libertadora num
mundo múltiplo, onde as opções e a
oscilação entre as opções é possivel.
• A outra face, relacionada com a incerteza da
oscilação e a aparição de opções (para os
que têm opções) em um mundo múltiplo.
• Considerações sobre o caráter das decisões
entre opções num mundo mútiplo:
• A condição para a existência das opções:
quando ocorre a  passagem do possível para
o atual, ou seja, quando o sujeito a
experimenta através de uma decisão.
• Decidir é pôr o ponto final à deliberação,
suspendendo as outras opções.
• O risco inerente à ação de decidir.
• A liberdade como uma experiência perigosa.
• As eleições são ao mesmo tempo a
recompensa e o risco da liberdade.
O que acontece com as pessoas que valorizam
essa liberdade, mas não o suficiente para
enfrentar as consequências das situações
atuais de indeterminabilidade?
• Como se negocia o pertencimento
em situações de desenraizamento
e de estranhamento?
O perigo da encarnação dessa imagem em modelos totalitários,
como por exemplo:

• o fascismo italiano
• em seitas religiosas conservadoras 
• ou porque não, na figura do atual presidente Jair Bolsonaro? 

O fundamentalismo político ou religioso como uma resposta


defensiva a perda do sentido de pertencimento.
• A incerteza da oscilação não se restringe às
decisões, mas sim ao pertencimento e ao
estranhamento, ou desenraizamento.
• A oscilação pode resultar em uma apatia ou
imobilismo, ou conduzir a um recuo à esfera
privada.
• O caráter oscilante dos indivíduos pode
minar uma participação firme, estável e
duradoura das instituições pelo
debilitamento do pertencimento e o
relaxamento dos compromissos com as
organizações.
No Reino Unido o número de filiados
aos partidos políticos principais se
reduziu a ⅓ do que era nos anos 50 e
apenas 5% deles têm menos de 26
anos de idade. (Mulgan, p. 16)
Em que implica o reverso do
estranhamento?

No reconhecimento da emancipação
como possibilidade, mais do que um
destino e a  transformação da
emancipação em uma esperança
ativa.
O reverso da Os problemas da vida em um mundo
múltiplicidad mútiplo.

e
A contraposição da reivindicação da diferença como uma campo de ação e de
identidade política ao “marxismo vulgar”, que no interior dos partidos políticos
reduziu a identidade e as ações políticas na categoria de classe social.

Os descobramentos dessa reivindicação foram:

•  A busca entusiasta da esquerda pelo crescente refinamento conceitual do


aparato crítico e a postergação da estratégia (o que se faria dali em diante);
• A postergação de uma avaliação política mais sóbria do que se havia realizado
por uma contínua reiteração das queixas originais.
Resultado:

Um reconhecimento tardio de dois problemas


políticos:
• o limite das diferenças aceitáveis 
• o endurecimento crescente das fronteiras
entre dialetos ou imagens do mundo

  ... ou o “reverso da multiplicidade”


A problemática:

A conversão da política da diferença na


questão será que toda a diferença é
igualmente válida?

Como lidar com esse problema?


• 1a. Opção: definindo um tipo de
diferença como boa e outro como
má, e legitimando apenas as boas.
2a. Opção: a insistência na
defesa táctica da diferença. 

Defende:
• tolerância por questões de
princípio
• a universalidade dos direitos e
o sacrifício de qualquer limite a
essa universalidade, pela
prevenção de diferenças “boas”
Esta questão consiste aparentemente num paradoxo, pois implica em
dizer que uma diferença que mina o princípio da diferença como tal
não pode ser tolerada.

Ou seja não devemos tolerar a intolerância.


As consequências grotescas da idéia de que toda a diferença, por princípio, é boa:

• Nada pode ser proibido ou excluído;


• Toda autoridade se converte em autoritarismo; 
• Borram-se as distinções entre o democrático e o autoritário;
• As diferenças entre os dialetos são consideradas como valores absolutos, o que permite
compreender a permeabilidade de suas fronteiras como uma ameaça existencial;
• O  pressuposto de que os dialetos têm um consenso interno e a perturbação só pode vir do
exterior;
• Ahibridização passaria a ser combatida pela lógica do apartheid; 
• A fragmentação da sociedade em múltiplas sociedades, cada uma com sua própria
comunidade política; 
• Finalmente, o mundo múltiplo se converte em um mundo de particularidade pura onde a
possibilidade de julgar os outros se torna legítima e as articulações políticas transculturais
são improváveis.
Para Aditi, o endurecimento das fronteiras entre os dialetos são
consequências inesperadas dos esforços progressistas para defender
os direitos dos dialetos e afirmar a conveniência de uma sociedade
multicultural.

Segundo Steel, este encarceramento dos dialetos em feudos exclusivos


subverteu a natureza da solidariedade.

• A limitação do que se esperava do conceito de enraizamento


dinâmico.

• A conversão do nômade num simulacro, num voyeur cultural.


O sentido da crítica do artigo:

A ameaça da • O argumento de que a celebração legítima


direita retrô e a da diferença, do acesso das identidades
periféricas até agora silenciadas e
questão dos subordinadas não deve nos fazer ignorar o
universais problema do reverso, ou seja, suas
consequências menos desejáveis.
O sentido da crítica do artigo:

• A proliferação dos dialetos locais não se traduz automaticamente em


uma experiência de emancipação, nem parece assegurar por si mesma
uma maior solidariedade ou participação democrática.
• A perda do sentido de pertencimento e a possível proliferação de formas
sectárias de identidade como um reverso potencial da oscilação.
• O caso alarmante da “nova direita”, que se aproveita do enfraquecimento
do pertencimento e a sensação da incerteza para propagar a xenofobia e o
autoritarismo como meio para a superação da fragmentação social.
A necessidade de assegurar a sobrevivência
de um tipo de ordem política que possa
alojar e sustentar a multiplicidade.

Algumas propostas de Arditi para auxiliar a


guiar esse processo:

1. Iniciativas para forjar e manter um espaço


compartilhado para os dialetos, o que
significa reafirmar o compromisso com a
inclusividade cívica, e não simplesmente
com a etnicidade;
2. Evitar refugiar-se no
protecionismo;

3. Fomentar projetos e lealdades


internacionais comuns além de uma
afinidade étnica ou inclusão cultural;

4. Recuperar a ideia de cidadania


como contrapartida da identidade
cimentada no pertencimento do
dialeto ou grupo particular. 
A defesa da universalidade como categoria impura e não como fundamento.

• A referência aos universais como inevitável para pensar a formação do


intercâmbio ou a negociação política entre grupos particulares

• O negociar pressupõe por um lado, a existência de uma disputa de divide as


partes e, por outro, que essa disputa não as impede de chegar a um acordo, o
que:
1. Transcende a particularidade dos participantes;
2. Indica que o sentido e o alcance das regras do jogo para a negociação não são
externos a essa negociação.
Obrigado pela atenção!!

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