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Psicóloga Carolina

Pascoal

NA HORA DA
SEPARAÇÃO
COMO EXPLICAR AO MEU FILHO QUE ME VOU
DIVORCIAR?
Lei 61/2008 de 31 de Outubro
Modalidades de Divórcio
a) Sem Consentimento do outro cônjuge;

ENQUADRAMENTO b) Por Mútuo Consentimento;

LEGAL
c) Regulação do Exercício das Responsabilidades
Parentais;
Mediação Familiar;
A sua abordagem na Lei;
Vantagens do recurso à mediação vs procedimento judicial.
Requerido na Conservatória do Registo civil
• Relação de Bens Comuns;
DIVÓRCIO POR • Acordo sobre Regulação do Exercício das
MÚTUO responsabilidades parentais;

CONSENTIMENTO • Acordo sobre a prestação de alimentos ao cônjuge que


deles careça;
• Acordo sobre o destino da casa de morada de família.
Requerido em tribunal, por um dos cônjuges contra o
outro e com fundamentos legais previstos no art. 1781,º
C.C.
DIVÓRCIO SEM
a) Separação de facto por + de 1 ano;
CONSENTIMENTO
b) Alteração das faculdades mentais que dure há + de 1
DO OUTRO CÔNJUGE ano;
ART.º 1773 C.C. c) Ausência por + de 1 ano;
d) Outros factos que comprovem a ruptura da vida em
comum.
Acordo sobre Exercício de Responsabilidades Parentais
integra:
a) Modalidade de Exercício de Responsabilidades
Parentais;
RESPONSABILIDADES
b) Definição da residência da criança;
PARENTAIS
c) Convívios com o progenitor não guardião (semanais,
fins-de semana, datas festivas, férias, datas especiais
para a família em concreto);
d) Definição de pensão de Alimentos.
Princípios da Mediação
• Voluntariedade;
• Confidencialidade;
MEDIAÇÃO • Imparcialidade;
FAMILIAR • Neutralidade;
• Independência;
• Competência e responsabilidade;
• Executoriedade dos acordos.
FENÓMENOS
ASSOCIADOS • Alienação parental;
• Parentificação/sobrecarga dos menores;
• Ilusão de reconciliação.
• Existência de uma sobrecarga dos menores no que se
refere a determinadas questões e tarefas para as quais
não estão preparados, nem a nível psicológico, nem
PARENTIFICAÇÃO desenvolvimental.
• Poderá desencadear distúrbios emocionais e de conduta
nos menores.
• Os menores acreditam que os seus pais podem vir a
ILUSÃO DE reconciliar-se, investindo em estratagemas (e.g. “ a mãe
RECONCILIAÇÃO disse que gostava muito de ti”) para unir novamente
ambos os pais.
ALIENAÇÃO PARENTAL
• Manifestação de extrema desaprovação perante um dos
progenitores, através de uma atitude crítica e um descrédito
exagerado e injustificado;
Alienação Parental
• Reflete a tentativa contínua de um dos progenitores, em alienar
É CRIME
os filhos, do outro progenitor.

“As crianças começam sempre por amar os seus


pais;
crescidas, julgam-nos;
por vezes, perdoam-lhes.”
Oscar Wilde
O QUE ESPERAR DA
SEPARAÇÃO/DIVÓRCIO?
RAIVA

TRISTEZ
A FRUSTRAÇÃO

MUDANÇA

MEDO MÁGOA

INSEGURANÇA
A família é um sistema dinâmico interdependente que está
O DIVÓRCIO E sujeito a mudanças ou transições, mais ou menos

O SISTEMA acentuadas, e geradoras de stress. Qualquer mudança na


estrutura familiar, em alguns dos seus membros ou dentro
FAMILIAR de um dos seus subsistemas terá repercussões em todo o
sistema (Cantón, Cortés, & Justicia, 2017).
SISTEMA FAMILIAR

MUDANÇAS OU TRANSIÇÕES

CRISES FAMILIARES

RISCO OPORTUNIDADE
Patologia ou disfunção Evolução e Aprendizagem
ETAPAS DO DIVÓRCIO
ESTÁDIO 2: Problemas no Lar
ESTÁDIO 3: O Lar que se
ESTÁDIO 1: O Lar de Sonho – – Discórdias prolongadas
divide – Cada vez mais existe
Mãe, Pai e filhos vivem na levam a diminuição dos
desrespeito e desconfiança no ESTÁDIO 4: O Lar Dividido –
mesma casa e existem sentimentos de confiança e
casal. Embora o lar não esteja Dá-se a separação física.
sentimentos de respeito, respeito e ao aumento das
totalmente dividido, é iniciada
confiança e amor. tensões até níveis
a separação.
insustentáveis.

ESTÁDIO 5: A Casa da Mãe,


A Casa do Pai – Este estádio ESTÁDIO 6: A Casa da Mãe e ESTÁDIO 7: A Casa da Mãe e
pode tornar-se o mais difícil e A Casa do Pai (a) – O processo A Casa do Pai (b) – Nesta fase,
o mais prolongado. Surgem de reconstrução está mais claro os adultos já conseguem
mudanças nos rendimentos, e a estabilidade volta ao separar as suas vidas pessoais
profissões, hábitos pessoais, contexto familiar. das suas funções parentais.
amizades e rotinas.
1. Todos os divórcios implicam conflitos e discussões;
MITOS DO 2. Se me divorciar os meus filhos vão ficar perturbados para
DIVÓRCIO o resto da vida;
3. Se me divorciar corro o risco de perder os meus filhos.
OS PAIS DIVORCIAM-SE UM DO OUTRO, MAS
AGORA, AS NÃO DOS FILHOS.
VERDADES... Houve uma rutura do relacionamento de duas pessoas
enquanto casal, mas não deixou de existir uma família
Com a separação a família muda a sua forma, mas deve
manter a sua função de criar e educar os filhos.

Não há pais nem mães perfeitos e todos vamos errar,


SER PAI/MÃE certamente. Ninguém nasce com livro de instruções.
DEPOIS DA
SEPARAÇÃO O que é preciso é garantir:
• Ambiente seguro e acolhedor;
• Fomentar o sentido de confiança das crianças, fazendo-
as sentir-se amadas e protegidas;
• Validar sempre as emoções.
COMO VAI Não existe um filho do divórcio padrão, mas filhos e
REAGIR O múltiplas formas de viver o divórcio" (poussin & martin-

MEU FILHO? lebrun, 1999).


DIFERENTES Independentemente da forma como os pais experienciam o

IDADES... divórcio/separação... os filhos veem, sentem e vivem-no de


forma completamente diferente. O que desestabiliza
DIFERENTES emocionalmente os filhos, por ocasião de um divórcio dos

FORMAS DE pais, não é só a separação em si, mas também os conflitos


prévios e o modo como a separação é transmitida e
VER E VIVER A vivenciada daí em diante por ambos os progenitores.

SEPARAÇÃO Demora algum tempo até que a criança seja capaz de


elaborar, integrar e aceitar o sucedido, primeiro a nível
DOS PAIS intelectual, e só depois a nível afetivo.
18 MESES – 3 ANOS
Percebe que um dos pais já não vive em casa, mas não entende o porquê.

• Choro intenso;
• Mau humor;
• Sono e/ou alimentação irregular;
• Explosões de raiva;
• Dificuldades de separação dos pais;
• Comportamentos regressivos;
• Perde de algumas competências adquiridas... (pode diminuir a sua capacidade de investir em
novos domínios de exploração tais como o andar, o jogo...)
3 AOS 5 ANOS (IDADE PRÉ ESCOLAR)
Começa a perceber que um dos pais tem um papel menos ativo na sua vida.

• Não percebe o que significa a separação ou divórcio;


• Tem dificuldade em compreender porque é que as duas pessoas mais importantes na sua vida e de
quem depende para sobreviver, não podem estar mais juntas;
• Apercebe-se do sofrimento dos pais, mas é-lhe difícil por vezes compreender os motivos.

G R A N D E re c e i o d e
ser substituída no
coração do
p ro g e n i t o r c o m
quem não vive.
• Pode manifestar sentimentos de culpa pela separação dos pais. Este sentimento de culpa raramente
se traduz por palavras. Na maioria dos casos é denunciado por um comportamento agressivo ou por
um retraimento;
• Insegurança e medo relativamente ao futuro. Exprime muitas vezes esse sentimento de insegurança
através de carência afectiva. Por vezes, refugia-se num mundo imaginário em que recusa a realidade
e fantasia a não existência da separação ou sobre a conciliação dos pais;
• Dificuldade em controlar a agressividade;
• Pode haver alguma regressão das capacidades psicomotoras ou escolares, perturbações do sono
(pesadelos e dificuldades em adormecer), ou manifestações de angústia (choro), no momento da
separação.
6 AOS 11 ANOS (IDADE ESCOLAR)
Com eç a m a c om p r ee nd e r m el h or .

• Menos intenso é o se refugiar num mundo imaginário, mas mais intenso o receio do abandono;
• Sentem-se sós;
• Fantasiam que os pais vão ficar juntos;
• Sentem-se rejeitados pelo pai que deixou a casa;
• Preocupação face ao futuro;
• Podem ignorar a escola e os amigos;
• Queixam-se de dores de cabeça e estômago, problemas em dormir/apetite/enurese;
• Agressividade face ao pai com o qual vive, mas esconde facilmente a sua agressividade contra o
outro pai;
• Tem dificuldade em suportar dois sentimentos contrários: gostar de duas pessoas que se detestam,
sentir amor e ódio pela mesma pessoa, gostar do afecto do pai pelo novo cônjuge da mãe.
12 AOS 17 ANOS (PRÉ-ADOLESCENTES E ADOLESCENTES)
Têm u m a c a p ac i d a d e c r es c en t e d e c om p r ee nd er os p r ob l em a s d a s p es s oa s .

• Entendem, por isso, mas não aceitam. Geralmente reagem à notícia do divórcio com raiva e os adolescentes
mais velhos podem questionar a sua capacidade para formar boas relações;
• Raiva e desilusão;
• Sentimentos de abandono relativos ao pai que saiu de casa;
• Tentativa de cortar laços com um ou ambos os pais;
• Tentativa de obter controlo sobre a família;
• Comportamentos de extremos (bons e maus);
• Comportar-se bem como tentativa de juntar a família;
• Comportamentos de risco;
• Mais moralistas;
• Sentir que não é capaz de relacionamentos de longa duração;
• Preocupações relativas a questões financeiras.
COMO POSSO CONTAR AOS MEUS FILHOS?

IGNORAR NÃO É SOLUÇÃO


Evite esperar até o último minuto para contar, mas apenas
diga quando tem a certeza deste passo.
MÉTODOS ACONSELHADOS
• Pense antecipadamente e escolha a melhor ocasião e local para falar (onde o seu filho se sinta confortável);
• Elabore um guião do que pretende dizer e se tiverem idades muitos díspares, fale isoladamente com cada um;
• Opte por conversas curtas, em vez de muita informação de uma só vez;
• Ambos devem falar juntos. Transmite união;
• Conte em traços gerais o porquê de estar a ocorrer a separação;
• Explique e garanta que a separação não é culpa deles e que os pais se vão separar um do outro, mas não deles;
MÉTODOS ACONSELHADOS
• Permita que coloquem questões e partilhem sentimentos e pensamentos;
• Mostrem disponibilidade para retomar a conversa, quando eles se sentirem preparados ou com necessidade de
tal;
• Fale acerca das possíveis alterações do quotidiano familiar (onde vão viver, com qual dos pais, quando podem
estar com o outro, onde vão ser as férias de verão e natal). É frequente que as crianças não façam estas
perguntas, mas precisam de obter estas respostas, de modo a entenderem uma realidade que desconhecem e
que, de algum modo, lhes assusta;
• É necessário algum tempo para que as crianças reajam ao que lhes é dito e que o integrem de uma forma
concreta na sua vida.

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