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A HORA DE JOGO - DIAGNÓSTICA

INDIVIDUAL (ARZENO, Maria Esther


Garcia.)
Durante a hora lúdica não é necessário que a criança permaneça o tempo todo
brincando.
Há silêncios eloquentes como os dos adultos, há momentos de inatividade que não
significam passividade, assim como há muitas conversas que não podem ser
consideradas como comunicação e atividades que tampouco podem ser consideradas
como tais.
Um paciente pode chegar e contar tudo o que fez na escola como se etivesse
simplesmente relatando um noticiário, carente de qualquer emoção.
O papel do psicólogo na hora de jogo diagnóstica é o de um observador não
participante. Mas essa não participação tem um limite. Existem crianças que ao
chegar já solicitam que façamos alguma coisa com elas. Essa pode ser a forma que
elas encontram para manter-nos entretidos porque temem que possamos fazer-lhe
algum mal, uma sedução por motivos mais ou menos semelhantes, ou então, uma
verdadeira forma de buscar contato.
Outra dúvida frequente se refere ao fato de fazer ou não anotações durante o
transcurso da sessão, seja ela diagnóstica ou terapêutica: o ideal é não fazê-lo, ou
então, anotar algum detalhe que nos permita depois reconstruir a sequencia
completa.
O psicólogo anotando minunciosamente tudo o que a criança faz torna-se
persecutório, distrai tanto a criança como a si mesmo e provoca outras reações na
criança (ou adolescente e, inclusive, nos adultos), como, por exemplo, rivalidade se
eles não sabem escrever ou não o fazem tão rapidamente quanto nós, intriga se não
entendem nossa letra, tentação de transformar a sessão em uma aula escolar,
favorecendo as resistências, ou então em um escritório no qual somos a sua
secretária e ele nos dita o que devemos escrever.
Dentro de um armário permanecerão guardadas as caixas dos outros pacientes e não
será permitido que a criança nem a sua família as examinem livremente. Esse
também é um elemento importante do enquadre e significa que prometemos guardar
segredo profissional, não permitindo a interferência de estranhos na sua
individualidade, assim como nesse momento não permitimos que eles toquem o que
não lhes pertence.
No primeiro contato com os pais, ou seja, durante a primeira entrevista, faremos
perguntas sobre as diferentes áreas da vida da criança. Uma dessas áreas a serem
exploradas é o seu tempo livre, o que faz, de que brinca e com quem. Se existir um
material que seja de sua especial preferência, podemos incluí-lo no material da caixa
ou, dependendo do que for, pedir à mãe que o traga quando vier com o filho para a
hora de jogo. Em certos casos, é conveniente incluir brinquedos ou materiais que
estejam relacionados com o conflito da criança para ver quais as associações que
surgem.
Não é permitido, seguindo a regra de abstinência de S. Freud, assumir papéis que a
criança (ou adolescente ou adulto) nos atribua e que impliquem uma atuação da
transferência agressiva ou erótica, pois isso perturba o sentido da situação analítica.
A mesma postura aplica-se à situação diagnóstica.
Em relação às condutas agressivas, tais como sujar ou estragar, devemos deixar fazer
até o ponto em que possamos nós mesmos consertar o objeto danificado. Por
exemplo, podemos aceitar que suje uma parede de azulejos, mas não uma que não
possamos lavar facilmente, podemos aceitar que rasgue papéis, giz, lápis, mas não a
cadeira na qual logo após deverá sentar outra criança.
Quando os pais estiverem presentes e a criança fizer algo perigoso ou danoso, serão
eles os que, em primeiro lugar, deverão colocar os limites. Se não o fizerem, já
teremos uma informação muito valiosa. Se o fizerem, observaremos quem e como o
faz. No caso de nenhum dos membros da família colocar um limite necessário, isso
deverá ser feito pelo profissional.

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