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PROJECTO DE OBRAS E ESTALEIRO

Departamento de Engenharia Civil

5º Ano 1º Semestre

Ano Lectivo 2014

Docente: Prof.º M.Sc Durbalino de Carvalho


PROJECTO DE OBRAS E ESTALEIRO

P O E – Capítulo 1

Introdução ao Estudo da Disciplina


Sumário nº 1
1. CONTRATOS E EMPREITADAS;
1.1 Introdução;
1.2 Terminologia e Definições;
1.3 Fases de um Empreendimento;
1.4 Sistemas de Gestão de Empreendimentos;
1.5 Tipos de Obras;
1.6 Fases de Realização de uma Obra;
1. 7 Modos de Realização de uma obra;
1. 8 Legislação Aplicável às Empresas de Obras Públicas e
Construção Civil;
INTRODUÇÃO
 A gestão e direcção de obras é um tema muito vasto e com
alguma complexidade, dado ser uma actividade que
envolve muitos recursos, sendo estes um somatório de
pessoas, serviços e bens indispensáveis para a realização
de uma dada empreitada.

 De facto, um dos principais meios a considerar são os


recursos humanos, dado que estão envolvidos em todas as
fases do processo e para além do término ou conclusão da
obra, pois estão presentes desde o estudo preliminar até à
vistoria definitiva (no final do prazo legal de garantia) e na
fase de exploração.
 A presente cadeira de “Projecto de Obras e
Estaleiro” pretende tratar, de um modo genérico e
sucinto, as directrizes de como é feita a gestão e
direcção em fases de execução, em termos da
máxima rentabilização dos recursos, assim como
em termos económicos.

 De acordo com o Artigo nº 59 do Decreto de Lei nº


59/99 o processo de um concurso público
compreende as seguintes fases:
 1. Abertura do concurso e apresentação da
documentação;
 2. Acto público de concurso;
 3.Qualificação dos concorrentes;
 4. Análise das propostas e elaboração de
relatórios;
 5. Adjudicação.
 A abertura do concurso (público ou limitado) e apresentação
da documentação é a primeira fase, sendo a obra posta a
concurso mediante a publicitação de anúncio ou convite,
tendo os concorrentes interessados ou convidados de
apresentar as suas propostas.

 O acto público ou privado do concurso destina-se à abertura


das propostas, sendo analisados todos os documentos que
foram entregues por parte de todos os concorrentes.

 NOTA: É nesta fase que é avaliada a qualificação dos


concorrentes em termos financeiros, económicos e técnicos.
 Sendo cumpridos os passos desta avaliação dos
concorrentes, é realizada a análise das propostas
qualificadas, em função do critério de adjudicação
estabelecidos.

 A comissão de análise das propostas deve elaborar um


relatório fundamentando sobre o mérito das mesmas,
ordenando-as, para efeito de adjudicação, de acordo
com os critérios preestabelecidos e com os factores e
eventuais subfactores de apreciação claramente
ponderados e fixados no programa de concurso.
 A obra é, por norma adjudicada à proposta
economicamente mais vantajosa, dentro dos
critérios de qualidade satisfatórios, implicando,
contudo e percentualmente, a ponderação de
factores variáveis para além do preço, como:
 Valia técnica da solução;
Quadro de pessoal do Empreiteiro;
Prazo de execução;
Experiência do empreiteiro;
Custo de utilização;
Garantia de boa execução.
 NOTA: Após a realização do concurso, o relatório
da comissão de análise deve ser aprovado pelo
orgão competente.

 A obra é adjudicada e é celebrado o contrato de


empreitada com a empresa selecionada.
Preparação da empreitada
O Engenheiro responsável deverá estudar todos os
detalhes para uma boa gestão, tendo em atenção
os seguintes pontos:
1 O projecto;
2. O local de execução;
3. A área disponível para o estaleiro;
4. Os meios necessários;
5. O controlo de custos;
6. O controlo de prazos;
7. O controlo da qualidade e segurança.
2. Terminologia e Definições
No âmbito da gestão de empreendimentos (ou
projectos) e gestão de obras, existem termos e
definições que se consideram fundamentais tais
como:
 EMPREENDIMENTO/PROJECTO
Programa de investimento que tem por objecto a
realização de uma ou mais obras de qualquer tipo,
abordando todos os aspectos: sociais, económicos,
tecnológicos e administrativos nas diversas fases
da sua vida;
 OBRA
É todo o trabalho de construção, reconstrução,
restauro, reparação, conservação ou adaptação de
bens imóveis.

OBS. Distinguem-se as obras públicas e as obras


particulares (privadas) consoante a entidade
promotora seja pública ou particular.
 EMPREITADA
 Forma de contrato pelo qual uma das partes se
obriga em relação a outra, a realizar uma certa
obra, mediante um preço de acordo com o código
civil.

Corresponde a execução de um conjunto de


trabalhos que podem ou não cobrir a totalidade
de uma dada obra ou seja, numa mesma obra
poderão existir diversas empreitadas;
 DONO DE OBRA

 Pessoa individual ou colectiva, a quem pertence os


bens e que manda executar uma obra, quer
directamente ou por interposta pessoa;

OBS. 1 Quando o dono da obra é o estado, a obra


em causa é considerada como sendo, Obra Pública.
 EMPREITEIRO

 Entidade responsável pela execução de uma obra


em regime de contrato de empreitada.

OBS 2. No caso de se tratar de obra onde intervêm


diversos subempreiteiros, ao empreiteiro a quem
é atribuída a responsabilidade total da realização
designa-se, normalmente por “Empreiteiro Geral”.
 OBS. 3 Uma obra poderá ser executada por diversos
Empreiteiros agrupados, segundo uma das
seguintes modalidades jurídicas de associação:

1. Agrupamento Complementar de Empresas (ACE);

2. Consórcio ( joint Venture );

3. Associação em Participação;
 O agrupamento Complemantar de Empresas
forma-se através de contrato constitutivo entre as
empresas agrupadas que regula a actividade
comum a desenvolver no caso da execução de
importantes obras de construção.

 A ACE possui personalidade jurídica independente,


mantendo os seus membros a sua individualidade
jurídica e pode constituir-se com ou sem capital
próprio.
 No caso concreto de associação por
“Consórcio” e “Associação em participação”
os entes não possuem personalidade jurídica
e por esta razão não estão sujeitas a
formalidades especiais de constituição.
 AUTOR DO PROJECTO

 Empresa, Técnico ou Grupo de Técnicos que é


contratado pelo Dono da Obra para a elaboração
do projecto.

 OBS. 4 Na prática corrente muitas vezes utiliza-se o


termo de “PROJECTISTA”.
 FISCALIZAÇÃO (REPRESENTANTE DO DONO DA
OBRA)
Actividade da Empresa, Técnico ou Grupo de
Técnicos a quem compete verificar o cumprimento
do projecto, em representação do Dono da Obra,
perante o qual é responsável, devendo igualmente
colaborar com o Empreiteiro, Técnicos ou Grupo
de Técnicos ligados à construção da obra.
 OBS: Nos dias de hoje em muitas obras temos a
figura da entidade de controle de qualidade,
segurança e higiene no trabalho – que cuida de
todas as matérias relacionadas à qualidade dos
materiais e dos procedimentos.

 Esta entidade pertence a equipa do Empreiteiro.


Sumário nº 2
3. FASES DE UM EMPREENDIMENTO
 Na vida de um empreendimento podemos
distinguir as seguintes fases principais:

1. Fase de Concepção;

2. Fase de Realização;

3. Fase de Exploração / Utilização;


 FASE DE CONCEPÇÃO – Nesta fase utilizam-se
meios essencialmente intelectuais, englobando
estudos e definições de objectivos, estudos
técnico-económicos (estudos de viabilidade,
planeamento preliminares, elaboração das
diversas fases do projecto, convites à empresas
para procederem a concretização do referido
empreendimento e acto do concurso);
 FASE DE REALIZAÇÃO – Procede-se a execução
física das obras previstas no empreendimento,
com base nos estudos e planos estabelecidos na
Fase de Concepção.

Nesta fase para além do potencial intelectual


empregam-se essencialmente meios financeiros,
físicos e mecânicos (mão de obra, materiais e
equipamentos);
 FASE DE EXPLORAÇÃO – Constitui a última fase da
vida útil do empreendimento, considera-se a
gestão dos empreendimentos pós-construção,
salientando-se entre outras, as obras de
conservação, reabilitação e renovação das
estruturas físicas existentes de acordo com o
manual de utilização fornecido pelo Empreiteiro.
 OBS. 4 As principais decisões devem ser tomadas
durante os momentos iniciais da realização do
empreendimento face aos custos que as alterações
em momentos mais avançadas do processo
poderão implicar.

 OBS. 5 Revela-se particularmente importante uma


adequada gestão durante as fases iniciais para se
evitarem alterações futuras.
4. SISTEMA DE GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS

 A crescente complexidade dos empreendimentos


tem causado uma evolução dos sistemas de gestão
que hoje podem ser agrupados em duas categorias
a saber:

1. Sistemas tradicionais de Gestão;

2.Sistema de Gestão Faseada;


1. Os Sistemas Tradicionais de Gestão –
caracterizam-se por as diferentes fases de
realização de um empreendimento serem
encadeadas no tempo, de forma sequencial em
que cada etapa ou serviço é iniciada após a
precedente estar concluída.
 2. Nos Sistemas de Gestão Faseadas, muitas das
etapas/serviços dos empreendimentos sobrepõem-se
parcialmente.

Admite-se não ser necessário aguardar pela elaboração


completa dos projectos para se iniciarem os trabalhos,
mas à medida que determinadas partes do projecto são
concluídas procede-se à consulta do mercado para
escolha do Empreiteiro e inicia-se a execução dessa
parte da obra.
OBS.
 Nos Sistemas de Gestão Faseada é possível em
alguns casos reduzir o prazo global de execução do
empreendimento e o seu custo final, devido à
ausência de margens de lucro adicionais que os
Empreiteiros Gerais aplicam às partes das obras que
mandam executar por subempreiteiros;
5. TIPOS DE OBRAS
A classificação de obras por tipos pode ser
efectuada de diversas formas.

1. Quanto à entidade empreendedora podem


distinguir-se:

 Obras Públicas;

 Obras Particulares;
2. Quanto à sua natureza poder-se-ão agrupar
nos seguintes tipos:

1. Construção Civil;
2. Obras Hidráulicas;
3. Pontes e Viadutos;
4. Vias de Comunicações e Aeródromos;
5. Obras de Urbanização;
6. Instalações Mecânicas;
7. Outros trabalhos;….
6. FASES DE REALIZAÇÃO DE UMA OBRA

Podem distinguir-se as seguintes fases de realização


de uma obra:

 Concurso;
 Adjudicação;
 Consignação;
 Preparação;
 Execução;
 Recepção;
 FASE DE CONCURSO - A fase de concurso
compreende as tarefas necessárias para a escolha
dos empreiteiros que irão executar a obra, desde a
organização do processo a patentear a concurso
até à avaliação das propostas apresentadas pelos
concorrentes.
 FASE DE ADJUDICAÇÃO - Na fase de adjudicação o
Dono da Obra exprime a vontade de contratar com
o Empreiteiro que apresentou a proposta mais
vantajosa de acordo com os critério de
adjudicação definidos na fase anterior
procedendo-se então à formalização do processo
tendente à assinatura do contrato, devendo
notificar os outros concorrentes as posições em
que se encontraram.
 FASE DE PREPARAÇÃO - Na fase de preparação da obra
elaboram-se diversos documentos visando a
programação das acções a empreender no decurso da
execução da obra.

 Nesta fase de acordo com o caderno de encargo,


elabora-se o programa de trabalho, definem-se as
equipas, procede-se à elaboração do plano de
aprovisionamento dos materiais, aquisição ou
aluguer dos equipamentos necessários, estudam-se
os processos construtivos a utilizar.
 FASE DE EXECUÇÃO - Na fase de execução procede-
se à realização física da obra segundo os planos
concebidos.

 Nesta fase geralmente o Director da Obra altera


com o aval da Fiscalização o programa de
trabalhos inicialmente elaborado, adequando-o às
diferentes condições durante a execução da obra.
 FASE DE RECEPÇÃO - Na fase de recepção a
Fiscalização da obra procede à vistoria da obra
com a assistência do Empreiteiro.

 Não sendo encontradas deficiências consideradas


resultantes de infração às obrigações contratuais
e legais do Empreiteiro, elabora-se o auto de
recepção provisória com as notas para correção.
 Caso existam não conformidades de fundo
elabora-se um auto de não recepção e o
Empreiteiro procederá às modificações ou
reparações necessárias no prazo para o efeito
estabelecido, após o que se efectuará nova
vistoria.

 O auto de recepção provisória será elaborado


quando aquelas deficiências forem eliminadas.
 Um ano ápos a recepção provisória deverão ser
restituídas ao Empreiteiro as cauções prestadas no
caso do caderno de encargo não estabelecer de outro
modo.

 Decorrido o prazo de garantia em geral 1 ano para


obras particulares e 5 anos para obras públicas
proceder-se-á a nova vistoria, elaborando-se o auto
de recepção definitivo se a obra não apresentar
deficiências, caso contrário procede-se de forma
idêntica ao auto de recepção provisório.
1.6 MODOS DE REALIZAÇÃO DE UMA OBRA

 Distinguem-se os seguintes modos de realização


de uma obra:

1. Empreitada;

2. Concessão;

3. Administração Directa;
 1. EMPREITADA – é a forma de contrato pelo
qual uma das partes se obriga em relação à outra
a realizar certa obra, mediante um preço;

 2. CONCESSÃO – é uma forma de contrato pelo


qual uma das partes se obriga em relação a outra a
realizar certa obra, tendo como contrapartida a
exploração da obra durante um certo período,
podendo ou não haver lugar ao pagamento de um
preço;
 ADMINISTRAÇÃO DIRECTA – é o modo de
realização de uma obra a qual é executada pelo
próprio Dono da Obra. Utiliza-se mão de obra
pertencente aos quadros do Dono da Obra.

 Os materiais são em geral adquiridos directamente


no mercado e para a sua aplicação em obra,
utilizam-se equipamentos próprios ou alugados.
 Dos três modos de realização de uma obra
estudados o modo de EMPREITADA é o mais
utilizado na prática corrente.

 Temos os seguintes tipos de empreitada:

1. Por Preço Global, Preço Fixo ou Chave na mão;

2. Por Série de Preços ou à Medições;

3. Por Percentagem;
EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL
A remuneração do empreiteiro é fixada
adiantadamente num valor certo, correspondente à
realização de todos os trabalhos necessários para a
execução da obra ou parte da obra objecto de
contrato.

 Neste tipo de empreitada o Empreiteiro dispõe de um


prazo fixado no caderno de encargo, que
normalmente não deverá ser inferior a 15 dias nem
superior a 66 dias, para reclamação de erros e
omissões do projecto.
São basicamente as possíveis reclamações:

1. Diferenças entre as condições locais existentes e as


previstas;

2. Diferenças entre os dados em que o projecto se baseia e


a realidade;

3. Contra erros de cálculo, erros de materiais, outros erros


de omissões do mapa de medições por se verificarem
divergências entre este e o que resulta das restantes
peças do projecto;
 OBS. O prazo conta a partir da data de consignação
dado que é nesse momento que o Empreiteiro
dispõe de todos os elementos que permitem
verificar tais erros e omissões.

 Findo este prazo o Empreiteiro terá que se


conformar com as medições previstas
eventualmente corrigidas e executar a obra pelo
preço correspondente.
EMPREITADA POR SÉRIE DE PREÇO

 A remuneração do Empreiteiro resulta da


aplicação dos preços unitários previstos no
contrato para cada espécie de trabalho a realizar
às quantidades desses trabalhos realmente
executadas.

 Neste tipo de empreitada não é necessário


apresentar reclamações referidas para a
empreitada por preço global.
EMPREITADA POR PERCENTAGEM
 Neste tipo de empreitada o Empreiteiro assume a
responsabilidade de executar a obra por preço
correspondente ao custo, acrescido de uma
percentagem destinada a cobrir os encargos de
administração e a remuneração normal da
empresa.

 Este tipo de empreitada apenas pode ser utilizado


com prévio despacho de autorização devidamente
fundamentado do Ministro de tutela.

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