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Pós-graduação em Direito

Imobiliário

Procedimentos
Especiais
[JANEIRO E FEVEREIRO/2007]
Processo e Procedimento
Visão conceitual de processo
do professor Cândido
Rangel Dinamarco:
1.Relação Jurídica Processual
em movimento;
2.Relação almejando a
prestação da tutela
jurisdicional;
Procedimento:
1.Forma como se dá a prática
dos atos processuais;

2
Modalidades de Processo:
• Conhecimento;
• Executivo e,
• Cautelar;

3
Modalidades de Procedimento:
• Ordinário;
• Sumário;
• Sumaríssimo;
• Procedimentos Especiais

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Procedimentos especiais na Jurisdição
Contenciosa
ação de consignação em
pagamento;
ações possessórias;
usucapião;
demarcação de terras;
embargos de terceiro;
vendas à crédito com
reservas de domínio;
ação monitória
5
Procedimentos especiais na Jurisdição
Voluntária
• alienação judicial de bens;
• separação judicial consensual;
• arrecadação de herança
jacente, dos bens dos ausentes
e das coisas vagas;
• na curatela dos interdito;

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Ação de consignação em pagamento;

• O professor Freitas Câmara


Salienta que a origem histórica
remonta da Roma antiga onde o
depósito era realizado na Igreja ou
no armazém;
• Finalidade dupla:
1. Cumprir a obrigação;
2. Receber quitação pelo cumprimento;

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Ação de consignação em pagamento;

A doutrina, por muito tempo, considerou a


consignação em pagamento como sendo uma
“execução às avessas”, impondo à
consignatória os requisitos da execução;

Entretanto, O STJ e a doutrina atual,


consolidaram entendimento em sentido
diverso: Para que haja a consignação em
pagamento basta que o autor delimite a sua
obrigação;

A ação de consignação em pagamento é um


procedimento especial, havendo cognição
exauriente; portanto, admite discussão de
toda matéria de fato e de direito;
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Objeto da
Consignatória:
Quando esta quantia se
relaciona a uma verba locatícia:
a ação de consignação de
pagamento será aquela da
Lei de Locação;
Quando esta quantia se
relaciona a qualquer outra
verba: a ação de consignação
em pagamento será aquela
regida pelo Código de Processo
Civil a partir do art. 890;

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Requisito Específico
& Hipóteses de Cabimento
• O requisito específico da consignatória em
pagamento é a mora do credor: situação em
que se considera sua ação ou omissão for
considerada ilícita.
• Podem ser divididas as ações de consignação
em pagamento em dois grandes grupos,
quais sejam:
• Casos em que existe impossibilidade real de
pagamento: situações em que o devedor
quer cumprir sua obrigação, mas este
cumprimento está obstaculizado, como, por
exemplo, o credor se recusa a receber;
inércia do credor em obrigação querable;
ausência do credor; credor desconhecido;
credor inacessível, etc;
• Insegurança no cumprimento da obrigação:
são hipóteses em que o devedor, em tese,
pode cumprir a obrigação; entretanto, existe
o fundado risco de que este cumprimento
seja questionado no futuro;

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Competência para
Julgamento
• A regra do sistema processual é de que
a consignatória deverá ser proposta no
local do cumprimento da obrigação,
excepcionando a regra geral do
Processo Civil (domicílio do réu);
• A posição dominante da doutrina é de
que essa regra excepciona, até
mesmo, a eleição do foro, [vide art.
112 p.ú. do CPC];
• Deve-se ao fato de a consignatória ter
por objeto o depósito judicial da
obrigação;

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Consignatória
extrajudicial
• CPC prevê no art. 890, § 1.º que o
devedor pode depositar, perante
uma instituição financeira oficial,
o valor devido, nesse caso o credor
será notificado por carta com aviso
de recebimento p/, no prazo de 10
dias, levantar o dinheiro ou impugnar
o depósito;
• A consignação extrajudicial tem
caráter optativo, ou seja, se o
devedor quiser poderá propor
diretamente a ação de consignação
em pagamento.

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Consignatória extrajudicial –
opções do réu:
Se levantar o dinheiro ou
permanecer inerte, considera-se
quitada a obrigação;
Caso ocorra impugnação, o devedor
deverá propor a ação de
consignação em pagamento no
prazo de 30 dias (art. 890, § 3. º);
As vias da consignação extrajudicial
apenas estão abertas quando se
enfrenta obrigação de pagar;
A consignatória é admissível quando se
tratar de credor certo;

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Consignatória
extrajudicial
• Embora se trate de dispositivo do CPC, a
consignação extrajudicial é de direito
material, trata-se de regulação sobre
forma alternativa de cumprimento de
obrigação;
• Obs.: admite-se a consignação extrajudicial
para pagamento de aluguel, visto ser uma
norma puramente de direito material;
• Os professores Nelson Nery Jr. E
Alexandre Freitas Câmara negam
possibilidade ao procedimento extrajudicial
de consignação de alugueres tal negativa se
pauta na definição de procedimento
especial no art. 67 da lei do inquilinato: LI:
8245/1991.

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• Processo: REsp 618295 / DF ; RECURSO
ESPECIAL_ 2003/0230085-0
Relator(a)Ministro FELIX FISCHER
( 1109) Órgão JulgadorT5 - QUINTA
TURMA
• Data do Julgamento06/06/2006Data
da Publicação/FonteDJ 01.08.2006 p.
• Ementa LOCAÇÃO. ALUGUÉIS.
CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
CREDOR. NOTIFICAÇÃO. PESSOAL. I- O
depósito extrajudicial dos aluguéis tem
o efeito de desonerar o locatário da
obrigação. II - É necessário que o
locatário comprove o efetivo
conhecimento do depósito pelo locador, o
que se perfaz com a notificação pessoal
deste. Interpretação sistemática do §1º
do art. 890 com o art. 223, parágrafo
único do CPC. Recurso especial
desprovido.
15
Ação de consignação em
pagamento
 Previsão dos art. 39, I; 282 e 283,
bem como o 295, V (x teoria da
substanciação);
 Deve-se ainda individualizar o bem
a ser consignado;
 Por força de lei, admite-se a
consignatória judicial de obrigações
alternativas. Neste caso, o autor
está se colocando à disposição para
cumprir a obrigação, podendo o réu
optar pela obrigação, não havendo
a necessidade da individualização
do bem;
 A citação do réu é para oferecer
resposta em 15 dias;
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Proposta a demanda, o juiz, admitindo a
inicial, deve determinar que o bem seja
depositado:
• Há duas exceções a este depósito prévio:
1. Quando o devedor tiver proposto a
consignação extrajudicial (neste caso, o
depósito já ocorreu);
2. Quando se tratar de obrigação alternativa
(há necessidade de que o réu escolha o
bem a ser depositado);
• Depositado o bem, o réu é citado para
responder, salvo no caso de obrigação
alternativa, [hipótese da escolha]. O
prazo para esta escolha é de cinco dias,
desde que o contrato não disponha em
sentido diverso;
• Se o réu não indicar o bem, o direito de
indicação passa a ser do autor;

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Modalidade de Resposta:
• Salientam os professores Nelson
Nery e Rosa Mª Nery ser facultado
ao réu qualquer modalidade de
resposta;
• Admite-se reconvenção, visto que,
embora sendo um procedimento
especial, a partir da defesa segue-
se o procedimento ordinário (por
isso que prazo é de quinze dias);

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Alegação de Insuficiência do
Depósito
• o réu poderá levantar o valor já
depositado e o autor terá 10 dias
para complementar;
• Nas obrigações em que a mora do
devedor produz rescisão contratual
o autor não poderá complementar o
depósito;
• Se a demanda versar sobre
insuficiência do depósito, caso o juiz
entenda que o depósito não foi
integral, sempre que possível, ele
condenará o autor ao pagamento
da diferença;

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Últimas Considerações:
• Código autoriza a consignação de
prestações periódicas, podendo
inclusive consignar até a sentença,
visto que, tecnicamente, os
depósitos posteriores serão
analisados somente pelo tribunal;

• O próximo slide conterá um quadro


com as Diferenças entre a
consignação em pagamento no
Código de Processo Civil e na Lei de
Locação;

20
Diferença Procedimento do CPC Procedimento L.I.
[8245/91]
Foro Domicílio do Foro da situação da
pagamento: art. 891 coisa art. 58, II
[CPC]
Prazo da Cinco dias 892 24 horas
consignação
Complementação 10 dias caput 899 5 dias: 67 VII

Alegação de Condenação Reconvenção


insuficiência não
complementada
Efeito da Suspensivo Meramente
Apelação Devolutivo

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Ação de Depósito
Procedimento para se reaver a coisa
depositada;
O depósito é o contrato por meio do
qual um dos contraentes (depositário)
recebe do outro (depositante) um
bem móvel, obrigando-se a guardá-lo,
temporária e gratuitamente, para
restituí-lo quando lhe for exigido;
A ação está regulada pelos arts. 901 a
906 do CPC | A palavra "depósito"
advém do Latim depositum, que
significa confiança;

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Temos cinco modalidades de
depósito:
Depósito voluntário ou convencional:
resulta da vontades das partes;
Depósito necessário: se divide em
depósito legal (que decorre de lei) ;
depósito miserável (calamidade
pública); e depósito do hoteleiro;
Depósito irregular: é aquele que incide
sobre bens fungíveis;
Depósito judicial: realizado pelo juiz;
Depósito mercantil;

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Legitimação para propositura da ação de
Depósito:
Daquele que entregou a coisa para
depósito, independentemente de ser o
proprietário;
Legitimado passivo é o que tem dever
legal e ou convencional de devolver a
coisa depositada;
A ação pode ser proposta em face de
pessoa física ou jurídica _ uma vez
proposta contra pessoa jurídica, a
prisão recai sobre o administrador
que se coloca na posição de
depositário;

24
Procedimento para se reaver
• Petição inicial:
inicial além dos requisitos do art.
282 do CPC deve a inicial descrever
minuciosamente a coisa depositada,
indicando o local onde se encontra e sua
estimativa de valor. Aliás, este último requisito
é fundamental para que o réu possa depositar
o valor;
• O art. 902 exige que a petição inicial contenha
a prova literal do depósito, isto é, o
documento que comprove o depósito,
caso não exista a prova documental do
depósito, o procedimento especial não
poderá ocorrer, devendo a parte ingressar
com uma ação sob o rito ordinário;
ordinário
• A petição inicial já pode conter o pedido de
prisão.

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Defesa: uma vez citado, o réu pode:
• Entregar a coisa ao depositante e ser
condenado nas verbas de sucumbência;
• Consignar a coisa em juízo; nesse caso,
pode contestar e discutir o mérito sem a
possibilidade de prisão;
• Depositar o equivalente da coisa em
dinheiro; aqui também o réu pode discutir
o mérito e contestar, sem o risco da prisão;
• Simplesmente contestar; o réu pode alegar
nulidade ou falsidade do título e a extinção
da obrigação correndo, porém, o risco de
prisão;
• Reconvir e excepcionar;
• Por fim, o réu pode permanecer inerte e
sofrer os efeitos da revelia;
26
Sentença
A sentença tem um caráter
condenatório e executivo. O juiz
determina que o réu, em 24 horas,
entregue a coisa ou o equivalente em
dinheiro;
O juiz, na sentença, deve fixar o valor
correto, quando há dúvida sobre o
mesmo;
Respeitando-se a regra da
fundamentação e adstrição;
Pedidos Genéricos;

27
Prisão Civil:
• é uma forma de impor ao réu o
cumprimento da obrigação;
• O Texto Constitucional, no art. 5.º,
inc. LXVII, autoriza tal prisão.
Portanto, não cumprindo o réu a
ordem de entregar a coisa, o juiz
aguarda o pedido expresso do autor,
para, depois, decretar a prisão;
• O prazo máximo de prisão é de um
ano, mas cessa imediatamente se a
coisa for encontrada;
• A ordem de prisão pode ser
suspensa durante a fase recursal;

28
Prisão Civil STJ 305
Enunciado É descabida a prisão
civil do depositário quando,
decretada a falência da empresa,
sobrevém a arrecadação do bem
pelo síndico;
Órgão Julgador: CORTE
ESPECIAL |Data: 03/11/2004:

29
PRISÃO CIVIL. DEPOSITÁRIO INFIEL. PENHORA EM
EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. PACTO DE SÃO
JOSÉ DA COSTA RICA.

• 1. A prisão civil do depositário infiel de bens penhorados


independe do prévio esgotamento de providências para
localizar tais bens. É dever do depositário apresentá-los,
tão pronto intimado para tanto.
• 2. Mantem-se, mesmo após a EC 45/04, o entendimento
da jurisprudência do STF e do STJ no sentido de que a
adesão do Brasil ao Pacto de São José da Costa Rica
não excluiu de nosso ordenamento jurídico a prisão civil
do depositário infiel. É que, nos termos do art. 5º, § 3º da
CF, com a redação da citada Emenda, os tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos
somente terão força equivalente à das emendas
constitucionais.quando "forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros", o que não
ocorreu na hipótese.
• 3. Recurso especial a que se dá provimento.

30
PRISÃO CIVIL – VISÃO
DOUTRINÁRIA
A prisão não possui natureza
punitiva, mas sim coercitiva;
Rol de direitos e garantias individuais
é do tipo aberto, exemplificativo, em
função da aplicação do §2º do art. 5º
da CRFB;
Pacto de São José da Costa Rica
entrou no nosso ordenamento por
força do Decreto Federal 678 de
6/11/1992;
Previsão no pacto no art. 7º. Item 7;
31
Jurisdição Voluntária
• Administração Pública de
Interesses Privados;
• Mitigação do Princípio da
Legalidade Estrita e da coisa
julgada;
• Teses sobre a natureza Jurídica da
Jurisdição Voluntária:
1. Administrativa (maioria, Nelson
Nery Jr.)
2. Revisionista ou Jurisdicionalista;
3. Lide Virtual (Chiovenda, 1937); -
dada a importância da matéria
entelada;

32
1º POSIÇÃO -
ADMINISTRATIVA
• Liebman nos trouxe que essa atividade
teria a natureza administrativa;
• Nela o juiz não estaria exercendo jurisdição,
mas sim atividade administrativa. Seria uma
atividade atípica exercida pelo órgão
jurisdicional;
• Atividade do julgador estria vinculada à
análise do atendimento dos pressupostos
legais para deferir um efeito jurídico
desejado por um interessado
• Assemelhando, pois há uma atividade
tipicamente administrativa;
• o Frederico Marques, o Amaral Santos e
Nelson Nery Jr. 33
2ª POSIÇÃO - TESE
REVISIONISTA OU
JURISDICIONALISTA
• Começou a ser questionado, portanto, a
natureza dessa atividade. Se colocou,
então, nessa visão contraposta que essa
atividade não poderia deixar de ser
reconhecida como jurisdicional;
• Deve-se ao fato de além de ser exercida
por um órgão jurisdicional, encontra-se
presente a atuação concreta da lei;
• Ademais, e muito embora não tenha a
função de dirimir conflitos, tem ela a
função de preveni-los,
• Acatando o mandado de otimização
preconizado pelo artigo quinto, inciso
XXXV da Constituição da República;
34
• Ainda sobre a controvérsia de ser a JV atividade
administrativa ou jurisdicional:
• Ensina Barbosa Moreira que não existe uma linha
divisória que possa separar em compartimentos
estanques os terrenos da jurisdição voluntária e
contenciosa;
• Diz ainda que na doutrina alemã já se abandonou tal
tentativa;
• Tanto assim é que temos processos tidos como
contenciosos aonde não há conflito algum e nos temos
procedimentos de jurisdição voluntária onde pode
haver litígio;
• Basta imaginarmos um processo de inventário e
partilha (procedimento de jurisdição contenciosa)_ Tem
que haver necessariamente litígio, a resposta se faz
negativa;
• Já do lado da jurisdição voluntária nós temos, por
exemplo, a alienação de coisa comum (chamada de
condomínio);
• Mas é claro que pode haver litígio entre os
condôminos acerca da extinção e suas conseqüências.
Então nem mesmo esse marco diferenciado - a lide –
serve;

35
Separação Consensual:
A lei 6.815/1977 | determina que seja seguido
o procedimento do CPC 1120 à 1124;
A separação judicial não consensual segue o
rito ordinário;
A lei material disciplina o instituto no artigo
1574[1] do CC.
Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por
mútuo consentimento dos cônjuges se forem
casados por mais de um ano e o manifestarem
perante o juiz, sendo por ele devidamente
homologada a convenção.
Parágrafo único. O juiz pode recusar a
homologação e não decretar a separação
judicial se apurar que a convenção não
preserva suficientemente os interesses dos filhos
ou de um dos cônjuges.

36
Nota
NOTA que merece apontamento
é a exordial assinada por ambos
os cônjuges e podendo haver
mais de um advogado. A PI há
de ser instruída com a certidão
de casamento, para
comprovação do lapso temporal
e o contrato antenupcial 1121
CPC com quatro incisos.

37
Preocupação da Lei de
Divórcio
A LDi, no p.único do art. Segundo se
preocupa em distinguir com clareza que a
separação consensual não põe fim ao
casamento, mas somente à sociedade
conjugal;
Enquando perdura o víncula matrimonial,
permanece para o separado o impedimento
de convolar novas núpcias;
Previsão do art. 24 da LDi;
Continua a vigorar os deveres da mútua
assistência e guarda sustento e educaçCao
dos filhos CC 1566;
Possível não convolação do acordo em
senteça homologatória [pelo MP{CPC 82, II},
ou pelo Juiz];
38
Questionamentos sobre a
constitucionalidade
Constitucionalidade do artigo IV
1121 do Código de Processo Civil;
“ iv – O valor da pensão alimentícia do marido à
mulher, se esta não possuir bens suficientes para
se manter;”

CRFB_art. 226. § 5º - Os direitos e deveres referentes


à
sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.

§2º do artigo 34 L.6.815/77 +1574


recusa ante a hesitação;
39
Arrecadação-Herança Jacente
• Exceção ao princípio da demanda –
regra do art. 1142;
• Bens Arrecadáveis são aqueles em
que aberta a successão, não
haverá herdeiros conhecidos ou
todos expressamente recusam
recebê-la;
“CC | Art. 1.823. Quando todos os
chamados a suceder renunciarem à
herança, será esta desde logo declarada
vacante.”;

40
Arrecadação
A arrecadação visa cumprir e respgardar o
cumprimento do CC 1784;
Hipóteses enumeradsa no art. 1819 do CC
pressupõe que se não houver a arrecadação da
Herança Jacente não se dará regularmente a
transmissão do domínio e da posse de todos os
bens aos herdeiros legítimos e testamentários;
A arrecadação se fará como prescrito no CpC
1145 a 1153 e será precedida da nomeação de
Curador [1143];
Inexistirá estado de jacência, quando
companheiro[a] postular o reconhecimento da
união estável;

41
Competência
• Lugar em que vivia o autor
da herança; 1785 do CC;
• Mais de um domicílio aplica-se o
CPC 94 parágrafo primeiro por
analogia;
• Sem domicílio certo, no local
onde se deu o óbito 94, II púnico;

42
Declaração de Vacância
• Apesar da cautela, inexistindo
herdeiro que se habilite, o juiz
declarará, por sentença,
vacante a herança;
• O curador permanecerá
responsável pela massa até
que os bens arrecadados
sejam incorporados ao
domínio da União, do
Município do do DF, conforme
seja a localização deles;

43
Ações Possessórias:
Discorre sobre procedimentos para
pedidos de proteção possessória;
O direito de uso e gozo da coisa,
quando não cedido legalmente gera o
direito de reavê-la de quem quer que
esteja em sua posse;
Previsão do CC no art. 1228;
É o direito de possuir;
Regra da Aparência: uso e gozo =
proprietário;

44
Ação Possessória – exceção a proibição
à autotutela
Discussões acerca do cc 1210, §1º ,
Polêmica profunda sobre a extensão da
expressao legal “contando que se faça
logo” – 2 correntes de posicionamento:
1. Objetiva  imediatamente após a ofensa
cometida à posse;
2. Subjetiva  no momento em que o
ofendido toma conhecimento da ofensa;
Corrente Acertada  corrente objetiva, por
se tratar de perigosa exceção à proibição de
tutela privada que deve ante a critérios
sociais ser interpretada restritivamente;
45
Desforço Físico – Fâmulo
da Posse
Um detentor [como o caseiro, p.ex.] não
pode ser considerado possuidor, por
ausência do elemento animus,
animus daí a
consideração de que o fâmulo da posse
estaria impedido de utilizar de desforço
físico para defender a posse;
Uma segunda corrente é permissiva por
compreender que a defesa da posse é a
essência da detenção, visto que o
detentor é exatamente o defensor da
posse alheia;

46
A proteção possessória é efeito
específico da posse;
• Isso se deve ao fato do possuidor ser:
• Mantido em caso de turbação;
• Reintegrado em hipótese de
esbulho e,
• Protegido, em caso de ameaça;
• Estabelecida a situação fática da
posse, sua proteção, como efeito
dela decorrente, independe de
qualquer titulação;

47
Possessórias – Introdução:
 A exteriorização da propriedade chama-
se posse;
 A posse é protegida isoladamente;
 Quem tem de fato o exercício de poderes
inerentes à propriedade é considerado pela
lei possuidor CC Art. 1196;
 Ressalte-se que é irrelevante a titulação da
posse;
 Desde que tenha sido estabelecida e
tornada permanente será protegida;
 Ainda que tenha sido adquirida por
violência, clandestinidade ou
precariedade, vícios que a tornem injusta –
art. 1120; 48
Posse injusta x Posse de Má-Fé
• POSSE - INJUSTA E DE MA-FE -
DISTINÇÕES. A JUSTIÇA OU INJUSTIÇA DA
POSSE DETERMINA-SE COM BASE EM
CRITERIOS OBJETIVOS.
• DIVERSAMENTE DO QUE OCORRE COM A
POSSE DE BOA OU DE MA-FE QUE TEM
EM VISTA ELEMENTOS SUBJETIVOS, POIS
DECORRE DA CONVICÇÃO DO
POSSUIDOR. O RECONHECIMENTO DA
INJUSTIÇA DA POSSE, LEVANDO A
PROCEDENCIA DA REIVINDICATORIA,
NÃO OBSTA, POR SI, TENHA-SE
COMO PRESENTE A BOA-FE;
BOA-FE

49
Proprietário e
Comprovação:
O proprietário, que também é
possuidor [ainda que indireto]
uma vez esbulhado ou turbado,
não precisa provar domínio
para proteção de sua posse;
Não precisa sequer alegar a
propriedade, o que na prática é
aconselhável para que não seja
perdido tempo com discussões
demoradas e perda de foco;
50
Foco da Possessória: Posse!
O juízo possessório só admite
pretensão e oposição que se
relacionem com a posse;
Pode o domínio, que concede o
direito de possuir, ser até isento de
qualquer dúvida, mas, mesmo
assim, não deve influenciar a
demanda possessória (CC
1210§2º);
O domínio só se leva em conta,
quando a posse, a título exclusivo
dele, for disputada;
51
Previsão do CPC 924
• Rito [comum]para força velha;
• Especial se se tratar de força
nova;

Possibilidade de requerimento de
antecipação de tutela no caso de
força velha;

52
Súmula 487 do Supremo
• SERÁ DEFERIDA A POSSE A QUEM,
EVIDENTEMENTE, TIVER O DOMÍNIO, SE COM
BASE NESTE FOR ELA DISPUTADA.

• Aprovação Sessão Plenária de 03/10/1969;

• Fonte de Publicação DJ de 10/12/1969, p.


5930; DJ de 11/12/1969, p. 5946; DJ de
12/12/1969, p. 5994.

• Referência Legislativa
Código Civil de 1916, art. 505. 
• “Não se deve, entretanto, julgar a posse em favor
daquele a quem evidentemente não pertencer o
domínio”
53
REsp 609260 / DF, Julgamento:
15/12/2005
• Ementa:
• Direito civil e processual civil. Ação possessória.
Reintegração de posse. Imóvel objeto de contrato
de arrendamento. Cláusula contratual que veda
expressamente o subarrendamento. Infringência.
Alegação de domínio. Caráter secundário.
• A reintegração de posse de imóvel objeto de contrato de
arrendamento rescindido por descumprimento de cláusula
contratual que previa expressamente a proibição de
subarrendamento é cabível. - A titularidade do domínio
aludido pelo Tribunal de origem como reforço argumentativo
não desvirtua a natureza da ação possessória cuja
controvérsia foi solvida com base na interpretação de
cláusula do contrato não observada, o que deu azo à
rescisão e conseqüente reintegração de posse. Recurso
especial não conhecido

54
Solução do CC 2002
• Houve por parte do CC resolução
da celeuma em torno da famosa
exceção de domínio no juízo
possessório e que obrigou os
esclarecimentos da súmula 487;
• CPC_Art. 923. Na pendência do
processo possessório, é defeso,
assim ao autor como ao réu,
intentar a ação de
reconhecimento do domínio.
55
Ainda sobre a exceção de
domínio
Há a proibição legal (CPC 923) de que,
pendente processo onde se pleiteie a posse
da coisa, se instaure o juízo de
reconhecimento de domínio;
A vedação dá-se em razão da haver
independência de um juízo sobre o outro e
só se justifica nos casos em que a
posse está sendo disputada com
fundamento no domínio;
O objetivo cognitivo da possessória é a
devolução da gestão fática do bem;
Ressalte-se a possessória não pode
representar prejudicial da declaração
de domínio de bem;
56
Reintegração de Posse
• Dão-se por intermédio do emprego de
violência [física ou moral];
• A invasão sorrateira, na ausência do
possuidor, é gerada por violência
consubstanciando o esbulho, mesmo
que haja ciência superveniente do fato
– por precariedade no ingresso;
• O esbulho é o que pode acontecer de
pior ao possuidor, é a mais grave
moléstia da posse, pq no esbulho o
possuidor perde a posse, é demitido
contra a sua vontade pelo esbulhador;

57
Esbulh
o
Esbulho é tão grave como fato
antijurídico, que é até tipificado como
ilícito penal, não é apenas civil, é penal é
crime;
E por isso, ocorrendo o esbulho, que é a
mais gravosa ofensa à posse o remédio é
o interdito de recuperação, de
reintegração de posse;
O possuidor, que foi demitido da posse,
pede então ao magistrado que ela lhe
seja devolvida, que ele seja reintegrado
na posse, que perdera ao esbulhador;
58
Reintegração de Posse x
Possessória
Faz-se comum o adquirente da
coisa requerer Reintegração de
posse contra possuidor que dele,
especificamente, não esbulhou;
Seja por tê-lo feito contra outro
qualquer alienante anterior;
Seja por se também por ser
adquirente da posse de
esbulhador, sem ter
conhecimento do vício [boa-fé];

59
Manutenção de Posse
A turbação corresponde a restrição ao
pleno exercício da posse;
Na turbação ocorre a impossibilidade
que a posse seja utilizada em sua
plenitude;
O agressor perturba !
Exemplo: extensa propriedade urbana
de veraneio em que o agressor
invade a casa de máquina da piscina,
não impedindo a utilização das
demais edificações que porventura
possua a propriedade;

60
Interdito Proibitório
Dispositivo designado para a
proteção que merece ser feita ante
a ameaça;
No interdito a tutela pretendida
é a jurisdicional proibição que
o réu concretize a ameaça de
violação possessória;
possessória
No interdito não houve a lesão, o
que há é a concreta suspeita, por
parte do possuidor, que a ofensa
possessória aconteça;

61
Da distinção com a imissão
na posse
• Erro previsto na sistemática do CPC
revogado de 1939;
• Na verdade serve a imissão para que o
requerente seja investido na posse;
• Nessa situação imitiva o requerente
nunca esteve investido sua pretensão é
justamente essa, qual seja a de ser
investido na posse;
• Possessória é para proteger quem possui
a posse e não a pessoa que vislumbra
investir-se;

62
Mecanismos
Processuais
Com as constantes vertentes celerizadoras
na sistemática processual se vinculou
justamente a proporcionar melhorias no
campo das ações possessórias;
A primeira delas é a possibilidade de
concessão de liminares ante a robustez
probatória;
Tal liminar pode acontecer s/ a oitiva do réu;
A segunda é a questão vinculada à
audiência de justificação, com vistas ao
aprofundamento cognitivo e decidir sobre a
conveniência da concessão de liminar;
63
Da liminar: posse velha
x nova
Ano e dia é prazo cabalístico
concessivo de liminar;

• A possessória é
oportunizada apenas não o é
a concessão de liminares;

• Deve-se a imediatez de
reação e a justiça da liminar;

64
Possibilidade de Antecipação de
Tutela
Após o prazo de ano e dia seria possível
a concessão com base no art. 273;
Corrente preponderante: a que impede
ante a ratio limitadora da concessão
que é a do benefício do possuidor que
dentro de 366 dias toma ciência da
moléstia possessória e toma providência;
A concessiva é preponderante
jurisprudencialmente, que preconiza
haver disparidade entre a carga
probatória ensejadora da liminar
possessória e a prova inequívoca do 273;

65
Legitimidade
No pólo ativo poderão figurar tanto
o possuidor indireto como o direto;
Assim, se o locatário for esbulhado,
o proprietário em nome próprio
pode defender a posse;
O compossuidor em nome próprio
pode defender a posse;
§2º do art. 10 do CPC a participação
apenas se faz imperiosa, quando da
verificação em nível fático da
efetiva composse entre os cônjuges;
66
Molestamento da Posse
Turbação e esbulho são efetivas
causas de molestamento da posse;
A lei ainda protege a simples
ameaça, por intermédio do interdito
proibitório;
A permanência na posse não é
requisito configuração da turbação,
pois pode revelar ânimo de
reiteração de atos;
67
Exemplos de turbação:
• Invasão de terras para colheita;
• Qualquer embaraço no exercício
da posse;
• Indução de passagem de
semoventes;
• Desvio de resíduos industrieis;
• Criação de obstáculos ao acesso
à área possuída;

68
Procedimento, Fungibilidade:
Ordinário/Sumário [alçada];
Procedimento especial quando
se requer a concessão antecipada
da medida, em liminar, sendo
concedida ou não;
Tanto para móveis quanto para
imóveis o autor poderá optar pelo
procedimento especial;

69
Fungibilidade
Possibilidade do juiz aplicar a tutela
mais adequada ao caso concreto,
independentemente do tipo de ação
que foi proposta pelo autor;
A fungibilidade aplica-se às
possessórias, justificando-se tal fato
por ser de difícil identificação a
espécie de agressão à posse e por
existir a possibilidade de que a
agressão inicial venha a alterar-se no
curso da demanda;

70
Justificativas da
Fungibilidade
Dificuldade de distinção objetiva das
moléstias;
Própria característica dessas ofensas,
consubstanciadas no dinamismo
fático o que ora corresponde a
turbação pode tornar-se esbulho;
Art. 920. A propositura de uma ação
possessória em vez de outra não
obstará a que o juiz conheça do
pedido e outorgue a proteção legal
correspondente àquela, cujos
requisitos estejam provados.

71
Características das
Possessórias
A. Possibilidade concessiva de liminares;
B. Fungibilidade;
C. Duplicidade [a própria contestação
possui força reconvencional, ou seja,
réu na contestação é hábil a postular
pretensão antagônica];
D. Comulatividade:
D. 1 - Com astreíntes;
D. 2 - Reposição da coisa no estado
anterior;
D. 3 – perdas e danos;

72
Natureza da Sentença
 Mandamental;
 Inibitória;
 Exemplo de auto-executoriedade
pois se executa sem
necessidade de ato ulterior;
 Dinamarco e a conceituação das
executivas lato sensu;

73
Requisitos da Inicial
CPC282 + alegação da posse +
alegação da turbação com a
continuação da posse;
CPC282 + alegação da posse +
alegação da do esbulho com sua
perda;
Ônus da prova para o requerente:
1. Posse;
2. Molestamento;

74
Defesa
Prova de sua posse;
Ação tem cunho dúplice, não
restando reconhecida posse do
autor pode estar sendo
reconhecida a do réu;
Livre convencimento motivado e
Cognição;
Inafastabilidade (5º, XXXV CRFB)
4º e 5º da LICC;

75
OBSERVAÇÃO
Como o adiantamento da medida
protetiva de manutenção, isto é,
proibição ao réu que prossiga nos
autos turbativos, ou de reintegração,
fazendo devolver-se ao autor o que lhe
foi esbulhado, o juiz poderá outorgar a
proteção possessório liminarmente, se
pedido. A liminar, todavia, só será
concedida se a turbação ou esbulho
dataram de menos de ano e dia
(924CPC), o que obriga o autor
também a alegar e provar o prazo.

76
Usucapião – Procedimento para
declaração de Usucapião
Usucapião é instituto do direito
material que corresponde a
forma de aquisição de da
propriedade;

Ocorre usucapião quando, quem


possui o bem, por tempo certo,
o faz sem interrupção ou
oposição e com ânimo de
dono;
77
Usucapião - Prazos
Bem Móvel: Bem Imóvel:
1. Justo Título e 1. Justo Título e
boa fé: 3 anos boa fé: 10 anos
CC art. 1260; CC art. 1242;
2. Prolongamento 2. Prolongamento
da posse por da posse por
cinco anos há 15 anos há
presunção presunção
absoluta de absoluta de
boa-fé, boa-fé,
dispensando o dispensando o
justo título CC justo título CC
art. 1261; art. 1238

78
Justo Título – Definição:
• Aparentemente hábil para
aquisição de propriedade, como
seria a transcrição e a
sucessão;
• A oposição, impeditiva a
usucapir impõe atos judiciais e
não consubstanciado em fatos;
• Divisão – usucapião:
1. Ordinário: base em justo título;
2. Extraordinário: transcurso do
prazo;
79
Imóveis que podem ser
adquiridos por usucapião:
A priori apenas os particulares;
Pois os bens públicos, de uso
comum, especial e dominicais,
só perdem a inalienabilidade
nos casos e na forma que a lei
prescrever, CC 98 à 103 e 340
do STF;
Decretos 1.924/1931 e
22.785/1935 _ impõe a
imprescritibilidade de bens de
PJDP,
80
Imóveis que podem ser adquiridos
por usucapião:
• O STF vem se inclinando pela
possibilidade de que sejam
usucapidos bens dominicais
se o lapso prescricional
aquisitivo se deu antes dos
referidos diplomas legais
terem entrado em vigor;
• Assim, se já havia posse ad
usucapionem, a aquisição se
consumou;
81
RE 7442 /
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
• Relator(a):  Min. ANTONIO VILLAS
BOAS
Julgamento:  03/05/1957           
Órgão Julgador:  SEGUNDA TURMA
USUCAPIAO. BENS DOMINICAIS.
POSSIBILIDADE DA PRESCRIÇÃO
AQUISITIVA ANTES DA VIGENCIA DO
DECRETO N. 19.924, DE 1931.
EXEGESE E NATUREZA DOS DIVERSOS
DISPOSITIVOS LEGAIS SOBRE A
MATÉRIA. VOTO VENCIDO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO.
USUCAPIAO DE BENS DOMINICAIS,
CONSUMADO ANTES DO DECRETO N.
19.924 DE 1931. POSSIBILIDADE.

82
Terras Devolutas
Conceito são aquelas que não estão no
domínio dos particulares e não são do
Estado – são as que não estão
transcritas no RGI;
Terras devolutas não são adquiríveis
por usucapião quer ordinário ou
extraordinário;

83
Usucapião Rural Especial
L. 6969/81: pessoa natural, que
não seja proprietária rural ou
urbana e possuir como sua por
cinco anos ininterruptos, sem
oposição,
área rural contínua, não excedente a
extensão do módulo rural, tornando-a
produtiva com seu trabalho e nela
morando, adquire-lhe o domínio, que
pode ser declarado;

84
Usucapião Rural
Constitucional
• Previsão do Art. 191 da CRFB
• Art. 191. Aquele que, não sendo
proprietário de imóvel rural ou urbano,
possua como seu, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de
terra, em zona rural, não superior a
cinqüenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia,
adquirir-lhe-á a propriedade.
    Parágrafo único. Os imóveis públicos
não serão adquiridos por usucapião.
85
Usucapião Rural
Quanto a regra constitucional compreende-se a
extensão das prescrições dimensionais, como
também a proibição das terras devolutas, já
que se proibiu sobre terras públicas;
Nova forma de usucapião não impede a
recepção de lei anterior que preveja hipótese
parecida, mas não idêntica, quando a própria
lei está condizente com os princípios
programáticos presentes no artigo 188 da
CRFB;
Por serem espécies distintas o usucapião rural
especial continua seguindo do procedimento
que lhe foi previsto (sumário com adaptações);
Enquanto o usucapião constitucional segue o
procedimento previsto pelo artigo do CPC;
86
Usucapião Constitucional Urbano
• Limite dimensional de 250 m2 ;
• Previsão CRFB 183 e 1240 CC;
• Condições:
1. Posse ininterrupta;
2. Sem oposição jurídica;
3. Lapso temporal de 5 anos;
4. Área de sua morada ou de sua
família e que não seja
proprietário de outro imóvel
urbano ou rural;

87
Ação Monitória
O processo monitório é um processo
destinado a oferecer a satisfação de direitos
não amparados por título executivo, sem
que haja necessidade de julgamento do
mérito;
Sua previsão encontra-se no artigo 1102-a
introduzido pela lei 9079/95;
Estando preenchidos os requisitos constante
do art.1102-a, o juiz determinará a
expedição de mandado para que réu pague
ou entregue a coisa em quinze dias. (1102-
b);
88
Ação Monitória – Defesa
No prazo de quinze dias poderá o réu
oferecer defesa;
Se pagar ou entregar os bens no prazo
para a resposta restará isento de custas
e honorários (1102-c§1º);
Desejando impugnar a pretensão
autoral [CRFB 5º LV], deverá o réu
oferecer embargos (que possuirá
natureza de resposta do réu), NÃO
confundir com os embargos do artigo
741 tb do cpc, pois estes possuíram
natureza de ação autônoma de
impugnação;

89
Efeito da Defesa
oferecida:
O efeito principal da defesa será a
suspensão do mandado inicialmente
deferido;
Efeito de igual relevância é traduzido pela
convolação do procedimento monitório
em ordinário (1102-c§2º);
Na hipótese de embargos intempestivos
ou incipientes o mandado se transformará
de pleno direito em “título executivo
judicial”;

90
Pretensões que podem ser
objeto da ação monitória:
Serão veiculáveis através de ação
monitória as pretensões relativas ao
pagamento de soma em dinheiro e à
entrega de bem fungível ou coisa
determinada móvel;
EXCLUEM-SE as pretensões
referentes a fazer, não fazer e entregar
bens imóveis. Opção política
legislativa;
Monitória ajuizada em face da
fazenda pública;

91
Sobre a prova monitória:
A mensagem do art.1102 “a” é qualquer
documento isolado out grupo de
documentos conjugados de que seja
possível o juiz extrair razoável convicção
acerca da veracidade de que o direito
pretendido existe - há um juízo de
verossimilhança em cognição sumária;
Na perquirição probatória há de se
empregar a regra do 335. exemplo
documento de acompanhamento
hospitalar na ressarcitória de danos
sofridos por causa de um atropelamento;
A prova escrita não poderá ter força de
título executivo. Porque há vedação
expressa da monitória; previsão das
súmulas stj 247/299;

92
Citação por Edital e por hora
certa no processo monitório:
No processo comum de conhecimento, não
é imposto aos que foram citados de forma
ficta os efeitos da revelia, posto que se faz
a nomeação de curador especial (9º, II);
Se contra o réu que foi fictamente citado e
ficou revel não se aplica o feito da revelia,
se faz injustificável que o réu citado da
mesma forma não interponha embargos
sofra o grave efeito da formação do título
executivo automática;
Daí se aplica a regra da súmula 196 do STJ;
Não cabimento contra fazenda pública
nova súmula. Artigo 100. CRFB;

93
Ação de Demarcação de
Terras
Procedimento para Demarcação de
Terras;
Traduz conseqüência dos direitos do
proprietário o uso e gozo da coisa em
sua plenitude;
Entretanto, p/ que o referido gozo atinja
sua finalidade, imperioso que haja a
devida individualização da coisa;
Notadamente, com relação aos bens
imóveis deverão estar precisamente
delimitda, com visíveis marcos, naturais
ou não, a fim de que o dono possua a
exata noção dos limites do seu direito;

94
Ação de Demarcação de
Terras
A precisão dos limites pode ser gerada por
variadas causas: Traduzidos pela expressão
da norma no art. 946, I do CPC: “ cabe ação
de demarcação ao proprietário para obrigar
seu confinante e estremar os respecitvos
prédios, fixando-se novos limietes entre eles
ou aviventando0se os já apagados.”
1. Marcos [naturais ou artificiais] foram
destruídos ou desapareceram;
2. Nunca houve a efetiva constatação da
extensão real da propriedade;
Havendo tais casos é pertinente e razoável
que a segurança jurídica se imponha para
dque haja a demarcação judicial para obrigar
o confinante à fixação de novos limites ou
aviventação dos já apagados; CPC 946, I;
95
Observância Obrigatória:
1. Demarcatória é reservada ao
proprietário, que deve ser legitimado por
seu título;
2. Trata-se de ação real imobiliária, o que
impõe a autorização do cônjuge [cpc 10]
ou sua participação no feito; [questão do
art. 47 parágrafo único];
3. Todos os confrontantes devem ser citados;
4. O condômino também tem legitimidade
para promoção da demarcatória 47pú c/c
952 CPC;

96
Observância Obrigatória:
5. A ação possui natureza dúplice;
6. A ação de demarcação pode ser
cumulada com a ação de divisão;
7. A ação de demarcação pode ser
cumulada com queixa de esbulho ou
turbação, consoante dispõe o art. 951;
8. Tal cumulação pode inclusive gerar
pedido de restituição do terreno
invadido com os rendimentos que deu,
ou a indenização dos danos pela
usurpação verificada;

97
Ação real decorrente de Direito de
Vizinhança
São requisitos para o exercício da ação
demarcatória:
1. terem as partes, autor e réu, direito
real sobre a coisa demarcanda, prédio
reural ou urbano;
2. Haver contigüidade de prédios;
3. Haver confusão entre os limites, ou
risco de haver confusão [ameaça] entre
os limites dos prédios confiantes;
Previsão Legal: CC 1297;

98
Ação de Demarcação de
Terras
Ação real decorrente de direito de
ocondômino exigir a divisão da coisa
comum (art. 1320):
O proposto nesse caso, que o imóvel seja
divisível;
Se o imóvel objeto da compropriedade é
indivisível, Os consortes podem adjudicá-
lo a um só, indienizando os outros, ou, se
nao for essa a vontada deles, vendê-lo
repartindo-se o preço, tudo em
conformidade ed na esteiro do que está
previsto nos artigos 1322 e 504 do CC;

99
Ação de Demarcação de
Terras
Bens de Herança:
Se a demarcatória vai ser ajuizada por ou
contra titulares de direito real adquiridos
em razão de direito sucessório, serão
partes legítimas para a ação os herdiros e
não o espólio, caso já tenha sido
homologada a partilha;
Os herdeiros ainda serão estarão em
litisconrsórcio mesmo que não tenha
havido transcrição do título de aquisição
da propriedadae.

100
Ação de Demarcação de
Terras
o destino de ua demarcatória ajuizado
por quem não comprovar a situação de
proprietário deve ser de carência
acionária por ilegitimidade autoral;
A ação demarcatória é destinada
somente para caso de terrar particulares,
sendo vedada expressamente sua
utilização para que verse sobre terras
públicas;
Competência  aplicação da regra
constante no artigo 95 do CPC;

101
Limitação sobre terras
públicas:
• Quando se tratar de terras
transcritas em nome da União do
Estado, Município, DF, é possível a
demarcação [como objeto da lide];
• A ação cabível é a discriminatória
• Previsão legal: L. 6386 de 1976;
• O objeto deve estar restrito a:
1. Terras Devolutas;
2. Não as dominicais ou de bens
comum;

102
Exórdial da Demarcatória
• Indicação do imóvel;
• Limites que se pretende conferir ao
imóvel serja pela constituição
aviventação ou renovação;
• Descrição dos limites não
necessariamente se deve fazer
criteriosa, bastando a indicação de
seus pontos extremos;
• O valor da causa é a estimativa oficial
para o lançamento de imposto;
• Documetnos indispensáveis:
1. Títulos de propriedade ou de direito
real de ogozo do imóvel

103
Defesa
• Prazo = vinte dias;
• Não se prorroga com a hipótese do CPC191;
• A citação é por edital com relação a réus que
residam em outra comarca, mas poderá a
opção pela forma pessoal (alínea F do artigo
222 do CPC) para evitar a situação de
curatela especial (artigo 9o);
• Deve haver a expressa outorga do cônjuge
para o ajuizmento da ação, bem como sua
citação no pólo passivo (art. 10, caput e
parágrafo primeiro)

104
Defesa

 Defesa ampla que não implica em deferência


a defesa genérica;
 Poderá alegar a desnecessidada da
demarcação;
 Impugnar a legitimidade do promovente;
 Alegar usucapião da área já possuída;
 A ação é dúplice por isso nao se pode inverter
a pretensão demarcatória;
 A revelia não gera os efeitos que lhe são
próprios, posto que a perícia se faz imperiosa;

105
Perícia obrigatória
A perícia há de ser realizada em conjunto a partir de um
laudo proferido por um agrimensor e dois arbitradores
[CPC 958];
Entre eles pode haver divergência solucionável pelo juiz
na primeira sentença;
Orientação do Laudo pericial:
1. Orientação pela força dos títulos;
2. Planta da região;
3. Memorial das operações efetivamente realizadas em
campo;
Carecendo os imóveis de demarcação [prévia] a
perícia em nenhuma hipótese poderá abster-se de
fazê-lo;
Na completa ausência de elementos inspiradores,
os limites se determinam pela posse, pela
repartição proporcional entre os prédios ou por
adjudicação condicionada à indenização
[CC1.298]
106
Objeto da Perícia
Levantamento da linha demarcanda,
mas poderá ela concluir que a
demarcação já está feita caso em que
o juiz, se entender procedente o
parecer, deve julgar improcedente o
pedido;
Previsão do princípio da não-adstrição;
Princípio do Livre Convencimento
Motivado do Julgador _ proibição à
tarifação de Provas;
Laudo em outro processo = presunção
relativa;
107
Vendas a Crédito com Reserva
de Domínio
Contrato de compra e venda com pacto [adjeto] de
reserva de domínio;
Contrato de Compra e venda previsto no CC, art. 481;
Instituto de seara fática que influenciou a previsão
legal;
CC 2002 suriu tal lacuna regulanda a venda com
reserva de domínio nos artigos 521 a 528;
“TÍTULO VI
Das Várias Espécies de Contrato
CAPÍTULO I
Da Compra e Venda
Seção II
Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda
Subseção IV
Da Venda com Reserva de Domínio”
108
Definição de Reserva de Domínio

Dá-se reserva de domínio quando se


estipula pacto adjeto ao contrato de
compra e venda, em virtude do qual o
vendedor reserva para si a
propriedade da coisa alienada, até o
momenteo em que se realize o
pagamento integral do preço. É
usado nas vendas em prestação, com
invistidura do comprador, desde logo,
na posse da res vendita, ao mesmo
passo que se subordina a quisição do
domínio à solução da última prestação
[Caio Mário, Vol III, p. 153]
109
Conseqüências da Mora do
Comprador
Da definição constante na tela
anterior, denota-se que a mora do
comprador é a geradora de conflito
nesse contrato com cláusula
acessória de domínio reservado [ao
integral adimplemento], quais
sejam:
1. Execução do valor não pago;
2. Recuperação da coisa vendida;

110
Execução do Preço
Previsão do CPC 1070;
Estando o crédito representado por título
executivo, poderá o credor ajuizar
pretensão executiva;
Não estando presente os requisitos da
liquidez e certeza, deverá haver o
ajuizamento de ação visando essa cobrança
[rito proporcional ao do valor restante];
Penhora pode recair sobre qualquer bem ou
sobre a coisa vendida;
A penhora, recairá não sobre a coisa, mas
sim sobre o direito do comprador a sua
aquisição
Previsão do p. primeiro do 1070;

111
Procedimento para Recuperação
da Coisa Vendida:
Trata-se da segunda opção conferida ao
credor, disciplinada pelo art. 1071 do
CPC;
Deve-se nesse caso, ser anexado à
petição inicial prova que o título foi
protestado, requerendo a concessão de
liminar inaudita altera pars para que se
efetiva a apreensão e o depósito da
coisa vendida;
Medida que possui verdadeira natureza
cautelar _ impondo necessidade de
nomeação de perícia tendente a atestar
o estado; na resposta Antecipação;

112
Embargos de Terceiro
No exercício da jurisdição contenciosa o
juiz poderá determinar apreensão de
bens de quem não é parte no processo;
Tal constrição indevida se derá nos
seguintes casos:
Penhora; Arrolament
Arresto [653 e 813]; o;
Seqüestro; Partilha;
Busca e Apreensão; Qualquer
Alienação Judicial; outra
Arrecadação espécie de
constrição
113
Embargos de Terceiro |
Objetivo:
O objetivo claro dos E.3O[S] será
reintegrar ou produzir a manutenção
do terceiro na possa da coisa
apreendida;
A justificativa é também a injustiça na
constrição em função de ter recaída a
conseqüência sobre terceiro possuidor;
Responsabilidade Patrimonial como
vértice do conceito de obrigação;
Responsabilidade é a conseqüência legal
a incidir sobre quem não
voluntáriamente cumpre sua parte na
obrigação;

114
Parte Possuidora – Equiparação a
terceiro:
O locatário ou devedor fiduciante;
Poderão defender-se, alegando
domínio alheio, por óbvio ficando
também o possuidor indireto ou o
credor fiduciário com o direito de opor
embargos;
A coisa, em função de especificidade
do título de aquisição,
aquisição em alguns
casos não pode ser objeto de
constrição judicial, como por ex.
a coisa recebida com cláusula de
inalienabilidade;
115
Cônjuge | Defesa de Bens Próprios
É o caso da necessidade de defesa de
bens próprios, dotais, reservados e de
sua meação (art. 1046, § 1o);
Os E.T. apenas serão admitidos quando o
cônjuge não for pate no processo;

116

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