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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À

SAÚDE DA CRIANÇA

Profª. MSc: GRACIANA LOPES


Mestre em Enfermagem – UFAM
Esp. em Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente
Esp. em Enfermagem em Infectologia
Esp. em Urgência e Emergência
Membro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Enfermagem e Saúde – NIPES (UFAM)
Conceito de criança e adolescente

• De acordo com a Convenção Internacional dos Direitos da Criança de


1989: “criança é todo ser humano menor de 18 anos”.

• Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº


8.069/90, “criança é a pessoa que possui idade inferior a 12 anos
completos e os adolescentes se enquadram na faixa etária entre 12 e
18 anos de idade”.

• No Parágrafo Único de seu art. 2º, que “nos casos expressos em lei,
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 18 e 21
anos de idade”.
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 2
Contextualização Histórico-cultural da
atenção à criança
Sociedade
Primitiva

Fonte: HypeScience
História Fonte: coladaweb.com

Sociedade da Sociedade
Moderna Antiga
Sociedade

Sociedade
Medieval
Fonte: grupoescolar.com
Fonte: sociedademedia.blogspot.com História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 4
Contextualização Histórico-cultural da
atenção à criança

• Não havia propriedade privada;


• Não havia “Estado”;
• Educação informal, não sistematizada;
I- Sociedade • Educação relacionada às relações de
Primitiva trabalho (caça, pesca);
• Não havia camadas sociais, aprendizado
igual para todos.

Fonte: Estudo Prático História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 5


Contextualização Histórico-cultural da
atenção à criança

• O homem assegurava a subsistência,


apanhando toda a espécie de alimentos
que a natureza casualmente lhe
I- Sociedade oferecesse, como frutos, e caçando
Primitiva pequenos animais.

• E como, nesse tempo, o homem era em


grande parte impotente perante as forças
da natureza, era obrigado a viver, a
trabalhar e a defender-se em grupo.
(MANFRED, 1981)
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 6
Contextualização Histórico-cultural da
atenção à criança
A Idade da Pedra

• Paleolítico (Idade Antiga da Pedra),


I- Sociedade • Mesolítico (Idade Média da Pedra) e
• Neolítico (Nova Idade da Pedra).
Primitiva

Paleolítico Mesolítico Neolítico


Fonte: youtube.com Fonte: SocialHizo Fonte: youtube.com
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Contextualização Histórico-cultural da atenção
à criança

I- Sociedade
Primitiva
Fonte: Colégio Web
Fonte: Mundo Educação

• O fim do Paleolítico Inferior houve um novo (terceiro) período


glaciário.
• Condições climáticas desenvolveram-se de forma repentina e
muitos animais não conseguiram sobreviver.
• Entretanto, o homem conseguiu adaptar-se às novas condições.
Tinha aprendido a fabricar o fogo.
• O uso do fogo permitiu-lhe proteger-se do frio e dos animais
selvagens e cozinhar os seus alimentos.
• A arte de fazer fogo representou a primeira grande vitória do
homem sobre a natureza. (MANFRED, 1981)
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Contextualização Histórico-cultural da atenção
à criança

II- Sociedade Antiga


Transição do período Propriedade
Primitivo para o Escravista privada/Estado
(Grécia, Roma) Sociedade
Antiga
Terra Meios de produção

Proprietários Homens livres Tempo livre


de terras (cidadãos)
Diferenças
Instrumentos
sociais Os sem
Escravos vivos de
propriedade produção 9
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Contextualização Histórico-cultural da atenção
à criança

II- Sociedade Antiga


Escola

Fonte: nospassosdepaulo.com.br

Trabalho intelectual

• Artes;
• Literatura;
Acesso para
• Filosofia;
poucos
• Política;
• Retórica
Fonte: WordPress.com
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 10
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• Cenário mundial:
• Idade Antiga: no período entre a invenção da escrita (4000 a.
C. a 3500 a. C.), da queda do Império Romano do Ocidente e
do início da Idade Média, que ocorreu no século V d. C;
• Os vínculos familiares eram estabelecidos não por vínculos
consanguíneos, nem tampouco afetivos, mas em decorrência
de vínculos religiosos.
• Astecas praticavam infanticídio;
• Em Atenas, o tipo de educação regulamentada pelo Estado
determinava que a criança deveria receber a educação no seio
da família e nas escolas particulares.

(MANFRED, 1981)
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• Em Roma, a mãe era responsável pelo crescimento físico e moral da


criança.
• Entretanto a educação da criança caberia à mãe até os 7 anos de
idade, após, a educação seria exclusiva do pai, por ele ser
considerado o “verdadeiro educador”.
• A ação dos mestres era sempre considerada semelhante à autoridade
paterna.
• Ainda em Roma, o culto referente a todos os rituais de determinada
família eram exercidos pelo pai, considerado o chefe, o pater
familiae, a quem era atribuída imagem de autoridade tanto familiar
quanto religiosa.
• Quanto às crianças e aos adolescentes, não eram considerados como
merecedores de proteção especial.
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
(MANFRED, 1981)
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• “Em Roma (449 a.C), a Lei das XII Tábuas permitia ao pai matar o
filho que nascesse disforme mediante julgamento de cinco vizinhos
(Tábua Quarta, nº 1), sendo que o pai tinha sobre os filhos nascidos
de casamento legítimo o direito de vida e de morte e o poder de
vendê-los (Tábua Quarta nº2).
• Em Roma e na Grécia Antiga, a mulher e os filhos não possuíam
qualquer direito. O pai, o chefe da família, podia castigá-los,
condená-los e até excluí-los da família.”
• As crianças nascidas com alguma deformidade eram sacrificadas 13
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
(AZAMBUJA, 2006)
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• Diferenciação conforme o gênero, no qual às meninas eram


atribuídos apenas serviços domésticos, enquanto que, aos
meninos, era atribuído um objetivo maior, pois, deveriam ser
preparados para exercerem a cidadania.

História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES 14


Tratamento dispensado à criança e ao
adolescente ao longo da história

• Esparta: formação de caráter militarista;


• crianças eram tidas como objeto estatal, servindo aos
interesses políticos na preparação de seus contingentes
guerreiros;
• Logo após o parto, a criança era avaliada por um ancião, que
decidia se o RN tinha aptidão física suficiente para defender o
seu povo.
• Com sete anos de idade o menino era enviado pelos pais ao
exército. Começava a vida de preparação militar com muitos
exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava
um oficial e ganhava os direitos políticos.
• A menina espartana também passava por treinamento militar
e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes
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para o exército. (MANFRED, 1981)
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• “No Oriente Antigo, o Código de Hamurábi (1728/1686 a.C.) previa o


corte da língua do filho que ousasse dizer aos pais adotivos que eles não
eram seus pais;
• A extração dos olhos do filho adotivo que aspirasse voltar à casa dos
pais biológicos (art. 193).
• Caso um filho batesse no pai, sua mão era decepada (art. 195).
• Em contrapartida, se um homem livre tivesse relações sexuais com a
filha, a pena aplicada ao pai limitava-se a sua expulsão da cidade” (art.
154).
(BARROS, 2005)

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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• No transcorrer do séc. XVI para o XVII, a percepção quanto à


necessidade de garantia da infância surgiu de forma tênue e nada
admirável.
• As crianças até por volta dos 7 anos eram tratadas como o centro
das atenções, cabendo-lhes tudo quanto permitido, e, após os 7
anos, assumiam deveres e responsabilidades de adulto.
• Surgiram as punições físicas e espancamentos como método de
fazer com que as crianças agissem conforme desejo dos adultos e
fossem afastadas de más influências.

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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES (MANFRED, 1981)
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• O sentimento pela infância nasce na Europa com as grandes


ordens religiosas que pregavam a educação separada, preparando
a criança para a vida adulta.
• Apenas no século XIX passou-se a ter uma visão da criança
enquanto indivíduo, a quem deveriam ser dispensados afeto e
educação. Dessa forma, a criança passou a ser o centro de
atenção dentro da família que, por sua vez, passou a
proporcionar-lhe afeto.

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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES (MANFRED, 1981)
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

III- Sociedade Medieval (Feudal)


No período inicial da queda do Império Romano e da conquista dos
seus territórios pelos bárbaros deu-se um drástico declínio cultural.

Igreja católica

Organização
Visão religiosa
social

Escola com Homem


Formação Família
Religiosa sociedade 19
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
(MANFRED, 1981)
Fonte: lingua-bocaberta.blogspot.com
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
III- Sociedade Medieval (Feudal)

Servia aos interesses daqueles


Paralização que viviam do trabalho
do avanço alheio/Absolutismo
científico

Escola com
Idade das Empirismo
Formação Religiosa
trevas

Visão religiosa

Fonte: sites.google.com Fonte: Toda Matéria 21


Santa Inquisição História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES Copérnico
IV- Sociedade Moderna

Êxodo rural

Surgimento da classe burguesa


Fonte: Google Sites
Fonte: WordPress.com

Dona dos meios de produção

Terra Indústria

Diferentes da
Idade antiga e Desenvolvimento do
Gestores
medieval, os capitalismo
Empreendedores
Burgueses não
eram ociosos 22
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
IV- Sociedade Moderna Transformações
O renascimento (XV/XVI) sociais, científicas,
culturais,
religiosas, políticas.
O Iluminismo (XVII/XVIII)
Fonte: Colégio Web

Forma de pensar mais


Modelo antropocêntrico racional (racionalismo);
Progresso científico
(observação e
O foco deixa de ser religioso experiência).
e passa a ser o homem
Fonte> maufir.blogspot.com Revolução
Educação(sec XVIII) Francesa
Lema: (conquista
Gratuita de direitos
Laica civis,
obrigatória propriedade)
23
IV- Sociedade Moderna

Cultura O mesmo modelo


letrada escolar para todos.
Criação da escola
moderna
Condição para Pública, estatal
compor a sociedade.

Fonte: Ivone Boechat

Fonte: WordPress.com Fonte: camarapiracicaba.sp.gov.br

Sociedade Democratização
Sec. XX
contemporânea da educação 24
Fonte: ITPAC Palmas
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• Em 1919, foi criado o Comitê de Proteção da Infância, quando de fato


houve a efetivação no direito internacional sobre as obrigações
coletivas em relação às crianças;
• Posteriormente, a primeira declaração dos direitos da criança surgiu
influenciando os Estados filiados a elaborarem suas próprias leis em
defesa dos direitos da criança e do adolescente;
• A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança foi um marco,
estabeleceram-se bases para a implantação de uma doutrina de
proteção integral. Em seguida, outras medidas visando à proteção à
infância foram tomadas (a Cúpula Mundial de Presidentes -
estabelecendo o plano de ação de 10 anos em favor da infância; e a
instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, por
meio da Lei nº 8.069/90).
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

Cenário nacional:

• No Brasil Colônia não havia qualquer proteção destinada à criança e


ao adolescente. Buscando satisfazer os interesses da Coroa
Portuguesa, as crianças eram catequizadas segundo os costumes
daqueles, objetivando a compreensão da nova ordem que se
estabelecia.
• Em 1549 meninas órfãs eram trazidas de Portugal para casarem-se
com os súditos da Coroa residentes no Brasil. “Nas embarcações,
além de “obrigadas a aceitar abusos sexuais de marujos rudes e
violentos”, eram deixadas de lado em caso de naufrágio.
• Essas crianças tinham expectativa de vida muito baixa, até por volta
dos 14 anos. (BARROS, 2005)
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

Cenário nacional:
• Mortalidade Infantil (MI), os quais se mantinham próximos a 70%;
• As crianças eram vistas como um instrumento para as famílias,
agentes passivos, amedrontadas pelos cruéis castigos físicos,
submetidas ao serviço e aos poderes paternos, quando não
abandonadas em casas de caridade ou hospitais;
• Em 1920, a criança, considerada dependente dos trabalhadores das
indústrias, recebia assistência médica dos médicos contratados por
proprietários das indústrias.
• Iniciaram-se discussões a respeito do aleitamento maternos. O
estímulo ao aleitamento materno teve como meta reduzir o
adoecimento infantil para que suas mães cumprissem com a jornada
de trabalho. 27
História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao adolescente ao
longo da história

• Entre 1930 e 1940, iniciaram-se os programas de proteção à


maternidade, à infância e à adolescência, todos submetidos às
propostas do Departamento Nacional da Criança (DNCr). Foram
instituídas algumas ações de vigilância e educativas, envolvendo a
mulher em todo ciclo gravídico-puerperal.
• Na década de 1970, foi implantado o Programa Nacional de Saúde
Materno-Infantil, apresentando como objeto a redução da
morbimortalidade entre crianças e mães. Iniciaram as ações com
caráter preventivo

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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Tratamento dispensado à criança e ao
adolescente ao longo da história

• 1980, identificou-se como necessidade o acompanhamento do


processo de crescimento e desenvolvimento de todas as crianças.
Assim, o MS elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da
Mulher e da Criança (PAISMC);
• Os serviços deveriam estar preparados para resolver todos os
problemas que poderiam afetar a saúde materno-infantil.
• Estabeleceu-se cinco ações básicas para o atendimento às crianças
brasileiras: aleitamento materno e orientação familiar sobre a
alimentação em situação de desmame; estratégias para o controle
das afecções respiratórias agudas; imunização básica; controle das
doenças diarreicas e, por último, o acompanhamento profissional do
crescimento e do desenvolvimento infantil.
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História da Saúde da Criança - MSc. GRACIANA LOPES
Bibliografia

• ARAÚJO, et. al. História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas.


Rev Bras Enferm. 2014 nov-dez;67(6):1000-7.
• AZAMBUJA, Maria Regina Fay de. Violência sexual intrafamiliar: é possível
proteger a Criança? Revista Virtual de Textos e Contextos. São Paulo: vol. 01, n.
05, nov., p. 12, 2006.
• BARROS, Nívea Valença. Violência intrafamiliar contra a criança e adolescente.
Trajetória histórica, políticas, sociais, práticas e proteção social. 2005. 248 f. Tese
(Doutorado em Psicologia Forense). Departamento de Psicologia, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2005, pp. 70-71.
• MANFRED, A. Z. História do Mundo. Editora: Edições Sociais, 1981. Disponível
em: https://www.marxists.org/portugues/manfred/historia/v01/10.htm.
Acesso: Jan, 2019.

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