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capitalista
Gênese
Introdução
• Entender a administração no modo de produção capitalista implica
conhecer a gênese e os fundamentos desse modo de produção;
• Trabalho assalariado, formalmente livre, como base da produção em oposição ao
servo, ao escravo e ao livre pequeno proprietário (que segue existindo e que
passa a assumir outras formas mais tarde)
• Propriedade privada dos meios de produção: terra, instrumentos de trabalho,
maquinaria etc.;
• Concentração privada dos meios de produção e do trabalho que antes se
encontravam tendencialmente dispersos;
• Produção de valores de uso para a troca: mercadorias
• Choque entre interesses privados entre e inter-classes;
• Estado como reflexo da supremacia de interesses e alianças de classes;
• Finalidade da produção é a acumulação privada da riqueza social.
Introdução
• Economia política: busca explicar o modo como os homens
produzem e distribuem a riqueza; Quem são os economistas
políticos? (Locke, Smith, Ricardo...)
• Crítica da economia política: separar os nexos reais das
mistificações ou mesmo das vulgaridades apologéticas do modo
de produção capitalista;
• Economia política clássica e economia política vulgar;
• Mais tarde veremos as ligações entre essas vulgaridades e o
desenvolvimento das teorias da administração.
A assim chamada acumulação primitiva
• Qual a explicação da riqueza acumulada?
• Explica-se a riqueza acumulada em poucas mãos por meio do alegado
afinco ao trabalho:
“Em tempos muito remotos, havia, por um lado, uma elite laboriosa, inteligente
e sobretudo parcimoniosa, e, por outro, vagabundos dissipando tudo o que
tinham e mais ainda. A lenda do pecado original teológico conta-nos, contudo,
como o homem foi condenado a comer seu pão com o suor de seu rosto; a
história do pecado original econômico no entanto nos revela por que há gente
que não tem necessidade disso. Tanto faz. Assim se explica que os primeiros
acumularam riquezas e os últimos, finalmente, nada tinham para vender senão
sua própria pele. E desse pecado original data a pobreza da grande massa que
até agora, apesar de todo seu trabalho, nada possui para vender senão a si
mesma, e a riqueza dos poucos, que cresce continuamente, embora há muito
tenham parado de trabalhar”.
Na economia política a acumulação primitiva é apresentada
como resultado do esforço de uma aristocracia, uma elite
laboriosa e inteligente que se destaca dos demais preguiçosos
os quais, como resultado de seus gastos descontrolados, nada
conseguiram juntar e precisam, pois, vender a si mesmos. Mas
a história real mostra que imperou a dominação, a violência,
etc., para a acumulação de riquezas. Explica-se, na economia
política, a acumulação de riqueza por meio do direito (ou lei),
isto é, a propriedade privada sancionada, e pelo “trabalho” de
uma elite que, em verdade, não “trabalha”. Trata-se de
reconhecer que a acumulação primitiva teve por mediação o
confronto violento entre os homens e não lei ou o “trabalho” de
uma elite laboriosa.
• Ao menos se reconhece o trabalho e o tempo de
trabalho como a fonte da produção da riqueza.
“Os expulsos pela dissolução dos séquitos feudais e pela intermitente e violenta expropriação da base
fundiária, esse proletariado livre como os pássaros não podia ser absorvido pela manufatura nascente
com a mesma velocidade com que foi posto no mundo. Por outro lado, os que foram bruscamente
arrancados de seu modo costumeiro de vida não conseguiam enquadrar-se de maneira igualmente
súbita na disciplina da nova condição. Eles se converteram em massas de esmoleiros, assaltantes,
vagabundos, em parte por predisposição e na maioria dos casos por força das circunstâncias. Daí ter
surgido em toda a Europa ocidental, no final do século XV e durante todo o século XVI, uma
legislação sanguinária contra a vagabundagem”.
“Assim, o povo do campo, tendo sua base fundiária expropriada à força e dela sendo expulso e
transformado em vagabundos, foi enquadrado por leis grotescas e terroristas numa disciplina
necessária ao sistema de trabalho assalariado, por meio do acoite, do ferro em brasa e da tortura”
“O capital monetário formado pela usura e pelo comércio foi impedido pela
constituição feudal no campo e pela constituição corporativa nas cidades de
se converter em capital industrial [isto é, capital produtivo aplicado
diretamente à produção de mercadorias]. Essas barreiras caíram com a
dissolução dos séquitos feudais, com a expropriação e a expulsão parcial do
povo do campo. A nova manufatura foi instalada nos portos marítimos de
exportação ou em pontos no campo, fora do controle do velho sistema urbano
e de sua constituição corporativa. Na Inglaterra verificou-se, por isso, amarga
luta das corporate towns contra esses novos viveiros industriais”
Capital comercial via sistema colonial: