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Arendt

Apontamentos de Claudio Andrade


Por fim, Eichmann em Jerusalém e “A
banalidade do mal”.
• Objeto do livro: Adolf Eichmann foi um oficial
da Gestapo nazista responsabilizado pela
logística de extermínio de milhões de pessoas.
Foi capturado na Argentina e julgado em
Jerusalém no ano de 1961. Hannah Arendt foi
enviada como correspondente pela revista The
New Yorker para cobrir as sessões do
julgamento tornadas públicas pelo governo
israelense. De seus artigos, resulta o livro.
Tese do livro
• Chocando a opinião pública mundial, segundo
Hannah Arendt, Adolf Eichmann não era um
monstro, alguém com um espírito demoníaco
e antissemita. Ela o identificou como um
burocrata, um sujeito medíocre, que de certa
forma renunciou a pensar nas consequências
que os seus atos poderiam ter.
Originalidade da tese
• A percepção de Arendt acerca do caráter
desse personagem histórico, de sua postura
comum que o fazia igual à tanta gente, causou
mal estar.
O que é a banalidade do mal ?
• Por banalidade do mal, ela se referia ao mal
praticado no cotidiano como um ato qualquer.
A banalidade do mal significa que o mal não é
praticado como atitude deliberadamente
maligna.  O praticante do mal banal é o ser
humano comum, aquele que ao receber
ordens não se responsabiliza pelo que faz, não
reflete, não pensa.
• A banalidade do mal é, portanto, uma
característica de uma cultura carente de
pensamento crítico, em que qualquer um –
seja judeu, cristão, alemão, mulher, homem,
não importa – pode exercer a negação do
outro e de si mesmo.
Citação de Arendt
• “Será que a natureza da atividade de pensar, o
hábito de examinar, refletir sobre qualquer
acontecimento, poderia condicionar as pessoas
a não fazer o mal? Estará entre os atributos da
atividade do pensar, em sua natureza intrínseca,
a possibilidade de evitar que se faça o mal? Ou
será que podemos detectar uma das expressões
do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do
não-exercício do pensar?” (ARENDT, 2008).
Questões ?

• Eichmann teria sido um bom cidadão


( cumpridor do dever ) em um Estado
assassino ?
• Eichamn foi caracterizado por Arendt como
uma pessoa tomada pelo “vazio do
pensamento”, incapaz de um exame de
consciência.
• O mal, segundo Arendt, mais que uma
patologia podia ser caracterizado como uma
possibilidade da liberdade humana.
• O mal sem motivos, sem raízes, sem
explicações.
• O novo conceito de Arendt apresenta um mal
sem inspiração própria, porém não menos
monstruoso em suas consequencias.
• Todavia, para Arendt, banalidade não significa
inocência e banalidade não significa
normalidade.
• Para tentar explicar o mal banal, Arendt
aponta para a sociedade de massas: a
superficialidade e a superfluidade. Ou seja, o
mal se torna banal porque os seus agentes são
superficiais e suas vítimas são consideradas
supérfluas.
Problemas colocados por Arendt

• Primeiro.Por que aconteceu ?


• Segundo. Como foi possível acontecer ?
• Arendt passou a considerar o Holocausto
como um crime de massas.
Argumentações de Arendt
• A) teoria da peça de engrenagem ( argumento de
defesa de Eichmann ) = de que o mesmo seria
apenas uma pequena engrenagem na maquinaria
chamada solução final.
• B) Teoria da culpa coletiva = “se todos tem culpa,
ninguém efetivamente pode ser julgado. Se ninguém
pode ser julgado, ninguém é imputável de crimes.
• C) A voz da consciência = Eichmann tinha
consciência do que estava fazendo ?
Distinção entre culpa e responsabilidade

• Para Arendt a culpabilidade é algo individual,


por isso passível de penalidades jurídicas. Já a
responsabilidade coletiva é mais um termo da
categoria política entre culpa ( individual ) e
responsabilidade ( coletiva ), por considerar
que onde todos são culpados, ninguém é.
Tese de Arendt
• As barbáries cometidas por Eichmann não se
fundamentaram na inveja, no ódio, na cobiça,
nem mesmo na estupidez
( desconhecimento ), mas sim na irreflexão.
• Relação entre a banalidade do mal e o vazio
do pensamento.
• Relação de ausência do pensamento e sua
possível relação com os atos maus.
• A incapacidade de pensar oferece um
ambiente privilegiado para o fracasso moral.
A hipótese de Arendt é que o ato de pensar
poderia condicionar os seres humanos a não
praticar o mal.
Logo …
• Seria possível relacionar, segundo o
pensamento de Arendt, banalidade do mal, o
vazio do pensamento e os imperativos de
uma tarefa educativa que se queira moral ?
• Poderia a educaçãao ser propícia ao
pensamento enquanto estranhamento das
coisas cotidianas ?
Referências
• Arendt, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um
relato sobre a banalidade do mal. Trad. José
Rubens Siqueira. São Paulo: Cia das Letras,
1999.
• Arendt, Hannah. Homens em tempos
sombrios. Trad. Denise Bottmann. São Paulo:
Cia das Letras, 1987.

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