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NEGÓCIOS JURÍDICOS

PROF. DENIS DE SOUZA LUIZ


www.denis-souza.blogspot.com.br
PLANOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
É possível distinguir, no mundo jurídico, os planos de
existência, validade e eficácia do negócio jurídico.
A ESCADA PONTEANA
Esta tricotomia é também chamada de Escada Ponteana porque na visão de Pontes de
Miranda, o negócio jurídico é dividido em três planos, o que gera um esquema gráfico como
uma estrada com três degraus, denominada por parte da doutrina, como escada ponteana.

TERCEIRO DEGRAU: o plano da eficácia. Estão as


conseqüências do negócio jurídico, seus efeitos práticos
no caso concreto. Elementos acidentais (condição,
termo e encargo).

SEGUNDO DEGRAU: o plano da validade. Os substantivos recebem os


adjetivos. Requisitos de validade (art 104) -> partes capazes, vontade
livre (sem vícios), objeto lícito, possível ou determinado ou
determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei. Temos aqui os
requisitos da validade. Não há dúvida, o código civil adotou o plano da
validade. Se tenho um vício de validade, ou problema estrutural, ou
funcional, o negocio jurídico será nulo (166 e 167) ou anulável (171).

PRIMEIRO DEGRAU: o plano da existência. Onde estão os elementos mínimos,


os pressupostos de existência. Sem eles, o negócio não existe.
Substantivos (partes, vontade, objeto e forma) sem adjetivos. Se não tiver
partes, vontade, objeto e forma, ele não existe.
PLANOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
PLANO DE EXISTÊNCIA PLANO DE VALIDADE PLANO DE EFICÁCIA
Elementos Estruturais: Elementos Essenciais Elementos Acidentais
Onde estão os elementos são os requisitos do art. O plano de eficácia é
mínimos, os pressupostos 104 do CC. São condições onde os fatos jurídicos
de existência. Sem eles, o necessárias para o produza produzem seus efeitos,
negócio não existe seus efeitos. Se o s possui é pressupondo a passagem
válido, se não os possui, o pelo plano da existência,
negócio é inválido podendo não, todavia, pelo plano
declaração de vontade ser nulo ou anulável . da validade.
finalidade negocial; Condição;
Agente capaz;
idoneidade do objeto. Termo;
objeto lícito, possível,
Encargo ou modo
No plano da existência não determinado ou
se indaga da invalidade ou determinável;
As conseqüências do
eficácia, importando forma prescrita ou não
apenas a realidade da negócio jurídico, seus
defesa em lei.
existência. efeitos práticos no caso
concreto
EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DO
NEGÓCIO JURÍDICO
Dúvida prática: O CC/2002 adota
expressamente o plano da existência?

Resposta: Não, não há previsão contra a teoria


da existência. No artigo 104, já trata do plano da
validade. E também, só há regras para a
nulidade absoluta: 166 e 167; e nulidade relativa
ou anulabilidade, art 171.

O plano da existência está embutido no plano


da validade (implícito). Teoria inútil para alguns
doutrinadores: casamento inexistente: resolve
com a questão da nulidade; contrato inexistente
se resolve com a teoria da nulidade. Mas é uma
teoria didática.
Vários autores são adeptos da teoria da
inexistência.
PLANO DE EXISTÊNCIA

Os requisitos de existência são os seus


elementos estruturais

a) Manifestação de vontade.
b) Finalidade negocial.
c) Idoneidade do objeto.
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE

A vontade é o pressuposto básico do negócio jurídico, que


pode ser expressa, tácita e presumida.
O silêncio pode ser interpretado como manifestação de
vontade tácita quando a lei, as circunstâncias ou os usos o
autorizarem (CC. Art ).
A vontade uma vez manifestada, obriga o proporiente,
segundo o princípio da obrigatoriedade dos contratos (pacta
sunt servanda), ao qual se opõe o da onerosidade excessiva
(art. 478 ).
“A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor
haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou,
salvo se dela o destinatário tinha conhecimento”.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE
EXPRESSA
É a que se realiza por meio da palavra, falada ou
escrita, e de gestos, sinais ou mímicas, de modo
explícito, possibilitando o conhecimento imediato da
intenção do agente.
Ex. celebração de contratos verbais ou escritos, na
emissão de títulos de crédito, cartas, mensagens.
Os gestos e mímicas são utilizados principalmente
pelos surdos-mudos, bem como nos pregões da
Bolsa de Valores.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE
TÁCITA
É a declaração da vontade que se revela pelo
comportamento do agente.
Ex. aceitação de herança, que se infere da prática
de atos próprios da qualidade de herdeiro (art.
1.805, CC) e da aquisição de propriedade móvel
pela ocupação (art. 1.263).
Mas nos contratos, a manifestação de vontade só
pode ser tácita quando a lei não exigir que seja
expressa.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE
PRESUMIDA
É a declaração não realizada expressamente, mas que a
lei deduz de certos comportamentos do agente.
Ex. As presunções de pagamento previstas nos arts.
322, 323 e 324 do CC.; aceitação da herança quando o
doador fixar prazo ao donatário para declarar se aceita
ou não a liberalidade e este se omitir (art. 539) e de
aceitação da herança quando o herdeiro for notificado a
se pronunciar sobre ela em prazo não maior de trinta
dias e não o fizer (art. 1.807).
O SILÊNCIO COMO MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias
ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de
vontade expressa.

O silêncio só poderá ser interpretado como manifestação


tácita da vontade:
quando a lei conferir a ele tal efeito: é o que sucede na
doação pura, quando o doador fixa prazo ao donatário, para
declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário
ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração entender-
se-á que aceitou.(CC, art. 539), ou quando o herdeiro,
notificado para dizer se aceita ou não a herança, nos termos
do art. 1.807, deixa transcorrer o prazo fixado pelo juiz sem se
manifestar.
O SILÊNCIO COMO MANIFESTAÇÃO DE
VONTADE

 Quando tal efeito ficar convencionado em um


pré-contrato ou ainda resultar dos usos e
costumes: como se infere do ar. 432, CC:
“Se o negócio for daqueles em que não seja costume
a aceitação expressa, ou o proponente a tiver
dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não
chegando a tempo a recusa”.
Cabe ao juiz examinar caso por caso para verificar se
o silêncio, no caso concreto, traduz ou não a
vontade.
RESERVA MENTAL
Há reserva mental quando um dos contratantes reserva-se,
secretamente, a intenção de não cumprir o contrato.
A reserva mental é combatida no Código Civil no seu artigo
110, onde dispõe que:
"a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu
autor haja feito a reserva mental de não querer o que
manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento“.
Ex. um autor declara que o produto da venda de seus livros
será para fins filantrópicos, mas faz isto unicamente para
granjear simpatia e assim fazer com que a venda seja boa;
não poderá depois voltar atrás e não destinar o valor
auferido para o fim anunciado.
RESERVA MENTAL
Ex. estrangeiro que, em situação ilegal no país, casa-se com
uma mulher da terra a fim de não ser expulso pelo serviço de
imigração.
Ex. declaração do testador que, com a preocupação de
prejudicar herdeiro, dispõe em benefício de quem se diz
falsamente devedor.
ATENÇÃO: A reserva mental, regra geral, é irrelevante,
subsistindo a validade do negócio jurídico. Mas, se
conhecida da outra parte, gera a inexistência do negócio
jurídico, em face da ausência de vontade.
A reserva mental conhecida da outra parte não torna nula a
declaração de vontade, esta é inexistente.
FINALIDADE NEGOCIAL OU JURÍDICA
É o propósito de adquirir, conservar, modificar ou
extinguir direitos.
A existência do negócio jurídico depende da manifestação
de vontade com finalidade negocial.

IDONEIDADE DO OBJETO: é necessária para a realização


do negócio que se tem em vista.
Se a intenção das partes é celebrar um contrato de mútuo,
a manifestação de vontade deve recair sobre coisa
fungível.
No comodato, o objeto deve ser coisa infungível. Para
constituição de hipoteca, é necessário que o bem dado em
garantia imóvel, navio ou avião.

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