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NECROPOLITICA E

NECROFILIA
... EM ESTADO PURO ...
Pensamentos Indignados para Mobilizar a Indignação

Se eu pudesse ser antropomórfico ou metafórico nisto, eu


concluiria que a Covid-19 constitui uma vingança da
natureza por mais de quarenta anos de grosseiro e abusivo
mau trato nas mãos de um violento e desregulado
extrativismo neoliberal
David Harvey, Política anticapitalista en tiempos de COVID-19, 2020, p. 88.
Uma preliminar
Sim, estamos metidos numa situação na qual estamos
desafiados a mobilizar de modo complexo e pronto várias
capacidades, para usar a distinção do velho Aristóteles,
precisamos fazer teoria, e nela sabedoria, filosofia e
ciência, mas também precisamos nos posicionar na prática
(ética e política) e mobilizar procedimentos de intervenção
(técnicos). Numa linguagem contemporânea se teria que
acrescentar ainda a inteligência emocional, entre outras,
para poder fazer a TRAVESSIA deste momento....
Aliás, compreender o momento como TRAVESSIA é fundamental
para que possamos dialogar bem sobre o que vamos propor aqui....
E neste sentido, me remeto ao Guimarães Rosa. Ele dizia em
Grande Sertão, Veredas (1956) que quem fica entretido nos lugares
de saída ou da chegada nada vê no meio da travessia. Mais, se
“Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para
a gente é no meio da travessia” (1994, p. 86), então, o risco é de,
por apegar-se demais à saída ou à chegada, não se situar
adequadamente no meio da travessia e, dessa forma, ter mais
dificuldade de achegar-se à realidade. Ora, quem se propõe à
travessia é como quem “[...] quer passar um rio a nado, e passa;
mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem
diverso do em que primeiro se pensou” (1994, p. 43).
Se sempre chegamos à margem do outro lado do rio num ponto “bem
diverso do em que primeiro se pensou”, então uma travessia não
aponta um lugar, uma margem, para a qual seguir; há sempre alguma
alternativa possível a ela e certamente será a uma destas a que se
chegará e não à que primeiro se planejou. Isso para dizer que
enfrentar este momento é conviver com a incerteza, inclusive a de que
definitivamente talvez não se chegará à sua superação definitiva,
numa “margem segura”.
Há, portanto, uma necessidade de PACIÊNCIA DA TRAVESSIA... Quase
insuportável, sobretudo porque não está dado que tipo de mundo
habitaremos.... ou seremos definitivamente dispensados de habitá-lo...
A grande questão é não abrir mão de seguirmos pensando de modo
crítico e reflexivo neste contexto... e agindo o quanto possível em
consequência.... com responsabilidade....
Elementos para compreender no que estamos metidos....

• Há uma PANDEMIA e isto é um fato mundial, massivo... Mas não é uma


guerra, nem biológica e nem cultural. O uso de terminologias de
guerra, inclusive, é funcional à necropolítica...
• Em consequência dela, como sua causa ou sua condição estamos no
meio de uma grande CRISE (que é de saúde, de economia, mas talvez
possa ser também civilizatória, societal)...
• Surgiram muitas opiniões e debates sobre este acontecimento – alguns
dos estudos reunidos em publicações organizadas em tempo recorde
como “Sopa de Wuhan” e “Coronavírus e Luta de Classes”, entre outras
• As respostas têm sido tardiamente orientadas pela OMS, sobretudo
depois de atingida a “saudável” e “octagenária” EUROPA, sendo que
todas as orientações iniciais foram feitas desde este lugar de vida...
• A maior parte das ações são coordenadas pelos Estados-Nação, num mundo
globalizado cuja fronteiras só tem servido para impedir o trânsito de pessoas que,
aliás, continuam contidas em zonas “apátridas” que reúnem milhões de refugiados
• Os Estados têm limitada capacidade de ação particularmente em consequência dos
desmontes das políticas protetivas (welfare state) ao longo dos últimos 40 anos de
neoliberalismo devastador...
• As grandes corporações econômicas não se deixam orientar por parâmetros
nacionais – vide problema da falta de suprimentos elementares como EPIs e a
“guerra comercial” para o acesso a eles... vide os 23 aviões americanos enviados à
China...
• A “mão invisível” tem se mostrado incapaz e ineficaz para proteger a vida e muitos
de seus defensores não têm a menor dúvida de pedir que o Estado socorra o
Mercado (leia-se os grandes bancos, aliás, inclusive no Brasil estes são os únicos
que até agora tiveram apoio imediato e desimpedido de mais de 1,2 trilhão,
enquanto isso, o auxilio emergencial vai demorar 15 dias....)
• Há um discurso aparentemente consolidado de que “a vida está acima de
tudo e em primeiro lugar”, mas isso não significa o mesmo para todos/as e
nem é para todas as pessoas (aliás, este slogam é invocado por Bolsonaro
para chamar as pessoas à rua, em nome da macheza, da virilidade...
• Repete-se que o “vírus ataca a todos indistintamente”, o que também não é
verdade, pois os/as trabalhadores/as, os mais precarizados pela exclusão e
pela desigualdade são profundamente mais atingidos/as... vulnerabilidade
está em alta...
• Há uma “unanimidade” para viabilizar a proteção que é o “isolamento” (e há
vários sentidos e formas de fazê-lo), que impediria a contaminação, mas
também a disseminação – como diz Mbembe, forma de “escapar da morte
ou adiá-la” (forma de “contenção da morte”) de modo a enfrentar um vírus
que “afeta nossa capacidade de respirar”... Em que medida ele protege do
vírus mas alastra a contaminação pelas práticas mais necrófilas contra as
“alteridades indesejáveis”....?
• E os direitos humanos, parecem virar uma PATRANHA, como sugere Garcia
Marques em Cien Años de Soledad...
• O máximo que se viu é um comunicado que foi feito no início de março (12)
pela Alta Comissária e que pede que direitos humanos sejam considerados
indispensáveis nas respostas de saúde. Mas, se olhamos as “Orientações” da
ONU sobre Covid-19, veremos que são primárias, para dizer o mínimo.
Começa dizendo: “COVID-19 é um teste das sociedades, dos governos, das
comunidades e dos indivíduos”. Parece que é bem mais do que um teste...
• Tudo o que li publicado pela OMS e OPAS sobre ética em saúde ou bioética na
pandemia está muito preocupado com o elementar do elementar... no que se
poderia classificar como as necessárias preocupação ou as necessárias
medidas a serem tomadas e resguardadas neste momento...
• Parece que toda a linha básica é ainda a de “redução de danos” e um mal
disfarçado “cálculo do suportável”. PRECISAMOS BEM MAIS E MELHOR!
Necrofilia e Necropolítica
• Escrevi um artigo no dia seguinte ao pronunciamento de 24/03 do presidente da
republica do Brasil. Foi isso que me motivou a expor conceitos que não são novos mas
que se renovam neste contexto...
• Uma deles é o de necrofilia e outro de necropolítica. Quando delas falo em “estado
puro” me refiro ao tipo de posição do presidente, mas também se expressa em outras
medidas, como a do CNJ de ontem, que autorizou sepultamentos sem registro de
óbito.
• ´Há outras situações que também foram caracterizadas por Mbembe numa entrevista
que deu ao ZH, um jornal gaúcho nesta terça feira (31), que foi publicada com o título
“Pandemia democratizou poder de matar, diz autor da teoria da necropolítica”;
• Tenho trabalhado estes conceitos, particularmente a partir de Erich Fromm e Paulo
Freire em Pedagogia do Oprimido, para o conceito de “necrofilia” e Achile Mbembe,
autor do conceito de “necropolítica”... Já há algum tempo.
• Na centralidade do debate esta a questão: HÁ VIDAS
MATÁVEIS! (ou será mesmo que TODAS AS VIDAD VALEM!)
• Em outras palavras, poderia haver alguma justificativa
razoável para que a morte fosse instituída como principio
ordenador e valorativo da ação e da convivência entre os
humanos...
• Antecipando o que pensamos a respeito:
A promoção da morte se constitui em prática cruel que desampara. Num
jogo de (i)responsabilidade mortífera, anima a autodestruição e a
destruição alheia. É o contrário do que se esperaria razoável, saudável.
Mas há uma racionalidade nesta prática, uma racionalidade mortífera,
uma versão ainda mais cruel da racionalidade vitimária. Vamos respeitar
os “loucos”, por favor.
Necrofilia
• Um modo de ser que está na base de orientações,
posições e ações que atua em favor da morte
(necro)
• Trata-se de um perverso amor à morte (esta é a
distorção, pois a morte e parte da vida)
• A psicanálise nos informa como tánatos (pulsão de
morte) tem força, junto com seu oposto, o eros...
Em O Coração dos Homens (1967, p. 41), Erich Fromm define necrofilia:

“Literalmente ‘necrofilia’ significa ‘amor aos mortos’, assim


como ‘biofilia’ significa ‘amor à vida’. O termo é
costumeiramente utilizado para designar uma perversão
sexual, qual seja o desejo de possuir o corpo morto (de
uma mulher) para relações sexuais ou um desejo mórbido
de estar na presença de um cadáver. Mas, como ocorre
amiúde, uma perversão sexual apresenta apenas uma
imagem mais ostensiva e clara de uma orientação
encontrada em muitas pessoas sem mescla sexual alguma”.
Paulo Freire falava de necrofilia na “Pedagogia do Oprimido”:
“dela [a prática de dominação], que parte de uma
compreensão falsa dos homens – reduzidos a meras coisas
– não se pode esperar que provoque o desenvolvimento do
que Fromm chama de biofilia, mas o desenvolvimento de
seu contrário, a necrofilia. [...] A opressão, que é um
controle esmagador, é necrófila” (FREIRE, 1975, p. 74).
As palavras contundentes são suficientemente enfáticas para que não
sobrem meias-palavras.
A opressão em geral é feita para a morte: ela “nutre-se do
amor à morte e não do amor à vida” (1975, p. 74).
Necropolítica
• Trata-se de orientar a política (que em princípio foi
constituída desde o contratualismo moderno para retirar
da mão do cidadão comum a possibilidade de
legitimamente eliminar o outro) para a morte, ou seja
para matar “idesejáveis” (por várias razões...)
• A necropolítica pode também ser necroética,
necroeconomia....
Aquile Mbembe:
“[Necropolítica] pressupõe que a expressão máxima da soberania
reside, em grande medida, no poder e na capacidade de ditar quem
pode viver e quem deve morrer. Por isso, matar ou deixar viver
constituem os limites da soberania, seus atributos fundamentais”
(2016, p. 123).
Esta situação se traduz em
“a percepção da existência do outro como um atentado contra
minha vida, como uma ameaça mortal ou perigo absoluto, cuja
eliminação biofísica reforçaria o potencial para minha vida e
segurança, eu sugiro, é um dos muitos imaginários de soberania,
característico tanto da primeira quanto da última modernidade”
(2016, p. 128-129).
Há, segundo ele, uma raiz colonial, escravocrata, tão conhecida a
brasileiros/as, da necropolítica, onde o direito de matar era lícito
para populações de negros/as escravizados/as, que se traduz numa
“ocupação colonial contemporânea”. Para ele:
“[...] as formas contemporâneas que subjugam a vida ao
poder da morte (necropolítica) reconfiguram
profundamente as relações entre resistência, sacrifício e
terror” (2016, p. 146).
Enfim, necropolítica e necropoder explicam
“[...] as várias maneiras pelas quais, em nosso mundo
contemporâneo, armas de fogo são implantadas no interesse
da destruição máxima de pessoas e da criação de ‘mundos de
morte’, formas novas e únicas da existência social, nas quais
vastas populações são submetidas a condições de vida que
lhes conferem o status de ‘mortos-vivos’” (2016, p. 146).
Em outro artigo vai dizer que
“A difamação de virtudes como o cuidado, a compaixão e a
generosidade vai de mãos dadas com a crença, especialmente entre os
pobres, de que ganhar é a única coisa que importa e de que ganhar –
por qualquer meio necessário – é, em última instância, a coisa certa”
Outros/as autores...
Para Enrique Dussel, em Ética da Libertação na idade da globalização e da exclusão
“[...] as vítimas são re-conhecidas como sujeitos éticos, como seres humanos
que não podem reproduzir ou desenvolver sua vida, que foram excluídos da
participação na discussão, que são afetados por alguma situação de morte (no
nível que for, e há muitos e de diversa profundidade e dramatismo)” (2000, p.
303).
A principal qualidade da condição de vítima é de que se trata de “sujeito ético” cuja
humanidade está negada pelo sistema. Estar com a humanidade negada é: a) não poder
produzir, reproduzir ou desenvolver a própria vida, o que significa que a vida ganha uma
centralidade fundamental; b) estar excluído da participação na discussão, ou seja, não ter
condições de tomar parte da vida comum, o que também significa, não tomar parte dos
processos de validação das condições que estabelecem os valores e o que tem sentido no
comum; c) finalmente, ser afetado por alguma situação de morte, o que significa que a vítima
é atingida por algo que ameaça sua condição de sujeito vivo – ela está em situação de morte.
Judith Butler em “Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto?” diz
que vivemos tempos de “enquadramentos de guerra” nos quais são
produzidas “vidas matáveis” ou vidas “que não são passíveis de luto”:
“Se certas vidas não são qualificadas como vidas ou se,
desde o começo, não são concebíveis como vidas de acordo
com certos enquadramentos epistemológicos, então essas
vidas nunca serão vividas nem perdidas no sentido pleno
dessas palavras” (2016, p. 13). Para ela: “[...] há ‘sujeitos’
que não são exatamente reconhecíveis como sujeitos e há
‘vidas’ que dificilmente – ou, melhor dizendo, nunca – são
reconhecidas como vidas” (2016, p. 17).
A socialidade e a interdependência são condições compartilhadas de
precariedade dos corpos. Isso, no entanto, não significa abandono: se
cada corpo é “potencialmente ameaçado por outros corpos que são,
por definição, igualmente pre­cários, produzem-se formas de
dominação”, comuns nas “condições bélicas contemporâneas” que
fazem com que a condição compartilhada de precariedade conduza
“não ao reconhecimento recíproco, mas sim a uma exploração
específica de populações-alvo, de vidas que não são exatamente vidas,
que são consideradas ‘destrutíveis’ e ‘não passíveis de luto’” (2016, p.
53). Isso significa que “essas populações são ‘perdíveis’, ou podem ser
sacrificadas, precisamente porque foram enquadradas como já tendo
sido perdidas ou sacrificadas”, pior do que isso, “são consideradas como
ameaças à vida humana como a conhecemos, e não como populações
vivas que necessitam de proteção contra a violência ilegítima do Estado,
a fome e as pandemias” (2016, p. 53).
Enfim, “[...] quando essas vidas [vidas que não são valiosas e não são
passíveis de luto] são perdidas, não são objeto de lamentação, uma vez que,
na lógica distorcida que racionaliza sua morte, a perda dessas populações é
considerada necessária para proteger a vida dos ‘vivos’” (2016, p. 53). Trata-
se de “vidas matáveis” cuja perda não significa qualquer problema jurídico,
político ou ético. Vidas matáveis, vidas que não valem e que não são
passíveis de luto, vidas precarizadas, vulnerabilizadas, sobreviventes, são
expressões graves da situação. Se todas as vidas são precárias, são
necessitadas de proteção, porque umas têm mais proteção que outras ou
porque umas são mais precárias, mais vulneráveis que outras, vivem em
“absoluta precariedade” e habitam “não-lugares”? As vidas sobre as quais o
exercício do “direito de matar” do “soberano” é legítimo são aquelas cujas
condições para dar conta de atender às necessidades comuns são
desigualmente distribuídas e a elas não chegam.
Consequências....
A necropolítica e a necrofilia invertem tudo isso em favor
unicamente do dinheiro. Há muitos/as que estão gastando seus
neurônios e conhecimentos para encontrar oportunidades para
seguir ganhando muito dinheiro, inclusive com a pandemia. Em
oferecer soluções que são falsas soluções, ou soluções somente
para os que já estão “salvos”. Essa é a crueldade mais atroz que vai
se instalando nas entranhas do terrível e vai se traduzindo em
isolamento anti-solidário que promove a saída de casa, a volta ao
trabalho, a reabertura de tudo (comércio, escolas....), no afã de
promover cuidado. Como já disse, um cuidado ao avesso, que é
puro descuidado!
Para quem tece loas à virtude do egoísmo, não há mesmo
porque se preocupar com o social, com os outros, com o
nós. O eu está sempre acima de tudo e de todos. Todo
altruísmo piegas é sinal de fraqueza. Ao modo do atleta,
forte e destemido, há que se brandir o próprio ego e colocá-
lo na rua, na batalha, contra a covardia. Há uma coragem
insana no eu. Ele pode tudo. Não será uma “gripezinha” que
haverá de derrubá-lo. Não se pode alimentar a “moral dos
escravos”, sempre afeita a vitimoses, a ressentimentos...
O egoísmo do eu autoproduzido e produtor de tudo e de
todos vencerá... Pensam e agem em favor da morte, dos
outros (acreditam).
Há em tudo isso um conceito de proteção invertido...
não se trata de proteger a quem mais precisa, trata-se de se
proteger de quem mais precisa. Critica-se os outros por
serem insensíveis, mas sua sensibilidade é profundamente
seletiva. Se quisermos falar em proteção da vida e da saúde
precisamos trabalhar com políticas de promoção da vida, da
vida em abundância, para todos/as, ainda que no meio da
mais terrível dinâmica de morte. Não há como tergiversar
ou ceder, por pouco que seja, a qualquer tipo de
seletivismo, que sempre trabalha na transformação de
privilégios em direitos, desmontando todos os direitos.
A prioridade para aqueles e aquelas em situação
de maior vulnerabilização, que têm suas vidas
ainda mais precarizadas pela desigualdade, a
pobreza, a opressão e a exploração não é
sinônimo de privilegiar. Pelo contrário, é sinônimo
de proteção no mais profundo sentido. E
proteção exige um diagnóstico da situação,
identificar aos quem (em geral os “ninguéns” para
o status quo) se deve dirigir a prioridade da
proteção.
O discurso do “lave as mãos” não pode ser abstrato, tem que
vir acompanhado de água potável e material de higiene e
limpeza – coisa rara para moradores em situação de rua,
assentamentos e acampamentos urbanos e rurais, periferias
urbanas, assentamentos precários, entre tantos. O “fique em
casa” não pode ser retórico, tem que vir acompanhado da
existência da casa e da casa com condições de habitação que
sejam decentes. O “pare de trabalhar” não pode ser cínico,
tem que vir acompanhado de manutenção do salário, de
programas de renda básica, de auxílios governamentais, de
regularidade no pagamento do INSS e do Bolsa Família (o
que inclui atender a todos/as que estão aguardando na fila).
Enfim, os cuidados têm que ser integrais,
integrados, integradores. Não basta que sejam
paliativos. Todos precisem ser urgentes, prontos
e continuados
Subsídios Utilizados
BUTLER, Judith. Quadros de guerra. Quando a vida é passível de luto? Trad. Sérgio T. de N. Lamarão e Arnaldo M. da
Cunha. Rev. Marina Vargas e Carla Rodrigues. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas. Trad. F. S. Miguens. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2018.
DUSSEL, Enrique D. Ética da Libertação na Idade da Globalização e da Exclusão. Trad. Jaime A. Clasen et al.
Petrópolis: Vozes, 2000.
DUSSEL, Enrique. Direitos Humanos e Ética da Libertação: pretensão política de justiça e a luta pelo reconhecimento
dos novos direitos. Revista InSURgência, Brasília, Universidade de Brasília (UnB), ano 1, n. 1, p. 121-136, Jan.-Jun.
2015 [tradução do capítulo “Derechos humanos y ética de la liberación” publicado no livro Hacia una filosofia
política crítica. Bilbao: Desclée de Brower, 2001].
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1975.
FROMM, Erich. O coração do homem. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
MBEMBE, Aquile. Necropolítica. Revista Arte & Ensaio, Programa de Pós-graduação em Artes Visuais EBA/UFRJ, n.
32, p. 123-151, Dez. 2016.
MBEMBE, Aquile. A era do humanismo está terminando (The age of humanism is ending), publicado originalmente
em Mail & Guardian, da África do Sul, em 22/12/2016. Traduzido por André Langer, publicado por IHU On Line em
24/01/2017. Disponível em
www.ihu.unisinos.br/78-noticias/564255-achille-mbembe-a-era-do-humanismo-esta-terminando
Videoconferência realizada no dia 02/04/2020. Organizada pela UFMA

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