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Semana de Arte Moderna

(Semana de 22)

Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922


Contexto histórico
• República Velha, liderada por oligarcas do café
• Política conservadora dominava o cenário brasileiro
• Burguesia habituada a modelos estéticos europeus mais arcaicos

28 de julho de 1919 15 de novembro de 1922


até até
15 de novembro de 1922 (3 15 de novembro de 1926 (4
anos e 110 dias) anos)

Epitácio Pessoa Artur Bernardes


Partido Republicano Mineiro – PRM Partido Republicano Mineiro – PRM
"subversores da arte", "espíritos cretinos
e débeis" ou "futuristas endiabrados"

Charge da época ironizando os objetivos modernistas


Antecedentes
• 1912: Oswald de Andrade, ao retornar da Europa, traz as ideias de
Futurismo de Marinetti e afirma: "Estamos atrasados cinquenta anos
em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo". 
• 1913: Lasar Segall, pintor lituano, realiza "a primeira exposição de
pintura não acadêmica em nosso país", nas palavras de Mário de
Andrade.
• 1914: Acontece a primeira exposição de Anita Malfatti, que retorna da
Europa impregnada de influências pós-impressionistas.
• 1917: Mário de Andrade e Oswald de Andrade, considerados os dois
grandes líderes da primeira geração do Modernismo brasileiro, se
tornam amigos. Ocorre a publicação de Há uma gota de sangue em
cada poema; livro de poemas de Mário de Andrade, que utilizou o
pseudônimo Mário Sobral para assinar a obra pacificadora, onde
protesta contra a Primeira Guerra Mundial. 
Antecedentes
• 1919: Manuel Bandeira publica Carnaval, apresentando versos livres.
• 1921: Durante festa no Palácio Trianon, em homenagem ao lançamento
de As máscaras, de Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade faz um
discurso, declarando a chegada da revolução modernista em nosso
país. Ocorrem exposições de quadros de Vicente do Rego Monteiro, em
Recife e no Rio de Janeiro, que exploram a temática indígena. 
• Mostra apresenta desenhos e caricaturas de Di Cavalcanti,
denominada “Fantoches da Meia-noite”, na cidade de São Paulo. Oswald
de Andrade, Menotti Del Picchia, Cândido Mota Filho e Mário de
Andrade divulgam o Modernismo em revistas e jornais. 
Principais participantes da Semana
de 22
• Literatura: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha,
Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida,
Sérgio Milliet.
• Artes Plásticas e Música: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Santa Rosa,
Villa-Lobos, Guiomar Novaes.
A Semana
13 de fevereiro (Segunda-feira) - Casa cheia, abertura oficial do evento.
Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias
pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte
do público.
O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha,
intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em
certa calma neste dia.
A Semana
15 de fevereiro (Quarta-feira) - Guiomar Novaes era para ser a grande
atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas,
aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos
consagrados, iniciativa aplaudida pelo público.
Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a
arte estética. Surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos,
grunhidos, relinchos…) que se alternam e confundem com aplausos.
Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os Sapos de Manuel Bandeira.
O público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em
algazarra. Ronald teve de declamar o poema porque Bandeira foi
acometido por uma crise de tuberculose.
“Os Sapos”, de Manuel Bandeira
Enfunando os papos, O meu verso é bom Brada em um assomo Lá, fugido ao mundo,
Saem da penumbra, Frumento sem joio. O sapo-tanoeiro: Sem glória, sem fé,
Aos pulos, os sapos. Faço rimas com - A grande arte é como No perau profundo
A luz os deslumbra. Consoantes de apoio. Lavor de joalheiro. E solitário, é
Em ronco que aterra, Vai por cinquenta anos Ou bem de estatuário.
Berra o sapo-boi: Que lhes dei a norma: Tudo quanto é belo, Que soluças tu,
- "Meu pai foi à guerra!" Reduzi sem danos Tudo quanto é vário, Transido de frio,
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". A fôrmas a forma. Canta no martelo". Sapo-cururu
O sapo-tanoeiro, Clame a saparia Outros, sapos-pipas Da beira do rio...
Parnasiano aguado, Em críticas céticas: (Um mal em si cabe),
Diz: - "Meu cancioneiro Não há mais poesia, Falam pelas tripas,
É bem martelado. Mas há artes poéticas..." - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Vede como primo Urra o sapo-boi: Longe dessa grita,
Em comer os hiatos! - "Meu pai foi rei!"- Lá onde mais densa
Que arte! E nunca rimo "Foi!" A noite infinita
Os termos cognatos. - "Não foi!" - "Foi!" - Veste a sombra imensa;
"Não foi!".
A Semana
17 de fevereiro (Sexta-feira) - O dia mais tranquilo da semana.
Apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários
músicos.
Público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até
que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um
sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como
futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente.
Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim,
de um calo inflamado.
*Podemos dizer que a maior contribuição da Semana de Arte Moderna
foi dar liberdade à arte brasileira.
Desdobramentos da Semana de
22
A Revista Klaxon – São Paulo 

Conhecida também por Mensário de Arte Moderna, essa revista foi a primeira
Modernista no Brasil, e sua circulação começou logo depois da Semana de Arte Moderna.
Essa revista conteve 9 edições, sendo que sua primeira foi publicada no dia 15 de maio de
1922.
Desdobramentos da Semana de
22
• Revista Klaxon (1922)
• Revista Estética (1924)
• Movimento Pau-Brasil (1924)
• Movimento Verde-Amarelo (1924) – em 1927, transformou-se na Escola da Anta
• A Revista (1925)
• Manifesto Regionalista (1926)
• Terra Roxa (1927)
• Outras Terras (1927)
• Revista de Antropofagia (1928)
• Movimento Antropofágico (1928)
Movimento Pau-Brasil (1924)

Capa do Livro “Pau-Brasil”, de Oswald de Andrade


Estrada de Ferro Central do Brasil (1924), de Tarsila do Amaral

Traço constante de sua


obra, a presença da
Quadro ícone do busca de uma cor
Manifesto e Movimento verdadeiramente
Pau-Brasil, esta obra brasileira ou caipira :
evidencia bem o rosa e azul claros, ou o
contraste das paisagens verde e amarelo do
rurais e estradas de nosso colorido tropical,
ferro da emergente São a cor é um dos
Paulo industrial; mescla elementos mais
profunda entre a valorizados em sua
herança dos cenários composição.
abertos da fazenda e o
futuro das cidades
modernas.
A Negra (1923) Óleo tela, 100 x 81,3 cm

Pintura precursora do Movimento Antropofágico, que só aconteceria em 1928.


Movimento Antropofágico
(1928)

Junção dos
vocábulos
tupis aba (homem), pora (ge
nte) e ú (comer). Sendo
assim, seu significado é
"homem que come gente"
ou "homem antropófago".

Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral


Floresta (1929) Óleo 63, 9 x 76,2 cm

Em Floresta, a artista dá-nos a


conhecer uma paisagem de
encantamento; sob arvoredo fantástico
repousam formas ovóides de matizes
arroxeados, parecendo estar em
transmutação. Nesta imagem
misteriosa da floresta, de cores irreais,
aparecem um universo de formas
originais, de seres, primaciais, latentes
de vida, em relação aos quais as
árvores se encurvam como a oferecer
uma maternal proteção.
Questões
• https://blogdoenem.com.br/semana-de-arte-moderna-simulado-ene
m-literatura/
1. (ENEM 2010) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com
uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por
seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho
no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção
de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros
modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias,
valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma
irrestrita, afetando a criação artística nacional.
c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza,
tendo como finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma
liberdade artística ligada à tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de
temas abordados.
2. (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte influência das
vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses
conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente.
Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas
artes plásticas, a
A) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
B) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
C) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
D) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
E) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
3. (ENEM 2012) O trovador a) abordado subliminarmente, por meio de
Sentimentos em mim do asperamente expressões como “coração arlequinal” que,
dos homens das primeiras eras… evocando o carnaval, remete à brasilidade.
As primaveras do sarcasmo b) verificado já no título, que remete aos
intermitentemente no meu coração repentistas nordestinos, estudados por Mário
arlequinal… de Andrade em suas viagens e pesquisas
Intermitentemente… folclóricas.
Outras vezes é um doente, um frio c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de
na minha alma doente como um longo som expressões como “Sentimentos em mim do
redondo… asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma
Cantabona! Cantabona! doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde
Dlorom… “Dlorom” (v. 9).
Sou um tupi tangendo um alaúde! d) problematizado na oposição tupi (selvagem)
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.
x alaúde (civilizado), apontando a síntese
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
nacional que seria proposta no Manifesto
Antropófago, de Oswald de Andrade.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os
nacional é recorrente na prosa e na poesia de “sentimentos dos homens das primeiras eras”
Mário de Andrade. Em O trovador, esse para mostrar o orgulho brasileiro por suas
aspecto é raízes indígenas.
FGV 2014
Observe o quadro Estrada de Ferro Central do Brasil (1924), de Tarsila do Amaral.
4. Na obra, podem-se reconhecer algumas características do modernismo brasileiro nas
artes, como
A) o extremo pessimismo em relação ao futuro das cidades modernas, porque coisificam
todos os seus habitantes, associado à atitude de enorme repúdio contra as raízes
religiosas brasileiras
B) a aversão ao desenvolvimento urbano-industrial, responsabilizado pelo aparecimento
de cidades caóticas e desiguais, e a negação das tradições nacionais por meio da
utilização de cores presentes na cultura europeia.
C) a concepção de que a felicidade humana relaciona-se com o espaço rural e não com o
urbano, fazendo a apologia da vida campesina, ao mesmo tempo em que nega ao
cubismo sua condição de arte.
D) a exaltação da melancolia, porque passou a ser considerada a mais importante
qualidade do brasileiro, somada ao individualismo, representados pela utilização
exclusiva de formas arredondadas.
E) a busca por temas e fontes nacionais e com o contraste das paisagens rurais e dos
aspectos urbanos, com a presença do templo católico e da estrada de ferro,
representando, de forma geral, o atraso e o progresso do Brasil.
5. (PUC-RS 2003) Associe os nomes dos artistas modernistas brasileiros (Coluna A) às
respectivas características das suas obras (Coluna B).

Coluna A Coluna B
1- Anita Malfatti [  ] produziu uma série de quadros de
2- Di Cavalcanti influência expressionista sobre a seca no
3- Portinari Nordeste, como os "Retirantes".
4- Tarsila do Amaral [  ] provocou a ira de Monteiro Lobato ao
romper com o realismo em obras como o
A numeração correta na coluna B, de cima "Homem Amarelo".
para baixo, é [  ] expressou e sintetizou conceitos do
Manifesto Antropofágico em quadros
(A) 1 - 2 - 3 - 4. como o "Abaporu".
(B) 2 - 4 - 3 - 1. [  ] representou os diferentes grupos
étnicos que formaram a sociedade
(C) 2 - 1 - 3 - 4.
brasileira, utilizando, entre outros, o tema
(D) 3 - 1 - 4 - 2. da sensualidade da mulher mestiça
(E) 4 - 1 - 3 - 2. brasileira.
 “O projeto do Parque do Ibirapuera foi idealizado para as comemorações do IV Centenário da
fundação de São Paulo, em 1954. Era um projeto de 1,5 milhão de metros quadrados,
desenhava o perímetro do lago imaginário para captar as águas dos córregos que atravessam a
região e, assim, garantir a drenagem dos locais charcosos e o posicionamento dos edifícios
acima do percurso das águas pluviais. Foi um trabalho insano.
De todo modo, o Ibirapuera é o pulmão saudável de uma metrópole poluída, o melhor parque
da América Latina, segundo o site Tripadvisor, o oitavo melhor do mundo. Recebe por semana
uma média de 220 mil visitantes.”
(Revista Carta Capital; 27/08/2014)
6. Cartão postal de São Paulo, o parque do Ibirapuera comemorou 60 anos, de sua inauguração,
em 21/08/2014. (...) O projeto arquitetônico descrito no enunciado foi de autoria de:

(A) Flávio de Carvalho;


(B) Lina Bo Bardi;
(C) João Batista Vilanova Artigas;
(D) Oscar Niemeyer;
(E) Paulo Mendes Rocha.
Obelisco de São Paulo Oca

Monumento às Bandeiras (1920 – 1953), do escultor Victor Brecheret


7. A obra Antropofagia, de Tarsila do Amaral,
UFSM 2002 sintetiza uma das características dos
modernistas, em 1922, ou seja,
(A) renovação artística de inspiração europeia,
voltada aos padrões externos, negando em
definitivo a temática nacional.
(B) ufanismo brasileiro, expresso nas cores,
formas e conteúdos, de inspiração nacionalista
e de culto ao herói.
(C) renovação artística quanto à forma e
conteúdo, repensando a cultura brasileira e a
realidade nacional.
(D) revisão da temática brasileira, reavaliando
os conteúdos artístico-culturais, impregnados
da ideologia socialista e da estética surrealista.
(E) reprodução da estética europeia,
incorporando cenas do cotidiano, porém sem
liberdade de linguagem pictórica e literária.
8. Sobre este quadro, "A Negra", pintado por
FUVEST 2005 Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar
que
a) se constituiu numa manifestação isolada,
não podendo ser associada a outras mudanças
da cultura brasileira do período.   
b) representou a subordinação, sem
criatividade, dos padrões da pintura brasileira
às imposições das correntes internacionais.   
c) estava relacionado a uma visão mais ampla
de nacionalização das formas de expressão
cultural, inclusive da pintura.   
d) foi vaiado, na sua primeira exposição,
porque a artista pintou uma mulher negra nua,
em desacordo com os padrões morais da
época.   
e) demonstrou o isolamento do Brasil em
relação à produção artística da América Latina,
que não passara por inovações.   
9. Olhando para esta tela do pintor brasileiro, Candido Portinari, "Família de
Retirantes", de 1944, pode-se estabelecer relações com

a) as ideias integralistas dos nacionalistas.   


b) a doutrina social da hierarquia da Igreja
católica.   
c) a propaganda oficial da política de
Vargas.   
d) a desesperança típica do pós-guerra.   
e) a postura de engajamento e crítica
social. 
10. O quadro Os operários (1933), de Tarsila I. Esse quadro foi o marco inicial da pintura
do Amaral, é um dos exemplos da arte modernista no Brasil.
moderna brasileira. Com base na análise II. A Semana de Arte Moderna, realizada no Rio de
desse quadro e no contexto histórico de sua Janeiro, em 1922, foi um dos eventos iniciais de
produção, analise as seguintes afirmações: divulgação da estética modernista no país.
III. O quadro Os operários representa, entre outras
questões, a diversidade étnica do povo brasileiro.
IV. Além de Tarsila do Amaral, destacaram-se, na
pintura modernista brasileira, as figuras de Anita
Malfatti e Cândido Portinari.
V. A presença africana no Brasil também está
representada na referida obra da artista.

Estão CORRETAS
a) I, II e IV.   
b) II, IV e V.   
c) III, IV e V.   
d) I, III e V.   
e) II, III e V.
Prova para lascar os alunos
1. A Semana de Arte Moderna (1922), expressão de um movimento cultural que atingiu
todas as nossas manifestações artísticas, surgiu de uma rejeição ao chamado
colonialismo mental, pregava uma maior fidelidade à realidade brasileira e valorizava
sobretudo o regionalismo. Com isso, pode-se dizer que:

a) romance regional assumiu características de exaltação, retratando os aspectos


românticos da vida sertaneja.

b) a escultura e a pintura tiveram seu apogeu com a valorização dos modelos clássicos.

c) movimento redescobriu o Brasil, revitalizando os temas nacionais e reinterpretando


nossa realidade.

d) os modelos arquitetônicos do período buscaram sua inspiração na tradição do


barroco português.

e) a preocupação dominante dos autores foi com o retratar os males da colonização.


2. Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura
nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta
para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a
intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros modernistas

a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a
originalidade e os temas nacionais.

b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a
criação artística nacional.

c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a
prática educativa.

d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística
ligada à tradição acadêmica.

e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.


3. Sobre a Semana de Arte Moderna, é incorreto afirmar:
a) é tida, por muitos estudiosos da literatura brasileira, como um divisor de águas na
cultura nacional. A partir dela, os ideais modernistas ganharam visibilidade em todo o país.
b) à época, a Semana provocou grande comoção, sendo destaque em vários jornais, que
dedicaram suas páginas à cobertura do polêmico evento que reuniu várias tendências de
renovação que vinham ocorrendo na arte e na cultura antes de 1922.
c) Não se conhece ao certo de quem partiu a ideia de realizar a Semana, contudo, sabe-se
que, já em 1920, Oswald de Andrade prometera para 1922 – ano do centenário da
Independência – uma ação dos artistas novos “que fizesse valer o Centenário!” (palavras
de Oswald).
d) A Semana de Arte Moderna ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro
Municipal de São Paulo, com a participação de artistas do Rio de Janeiro e São Paulo.
e) Do ponto de vista artístico, o objetivo fundamental da Semana foi acertar os ponteiros
da nossa literatura com a modernidade contemporânea. Para isso, era necessário entrar
em contato com novas técnicas artísticas, expressas principalmente pelas vanguardas
europeias.
4. Sobre a Semana de Arte Moderna e o Modernismo, estão corretas as seguintes
proposições:
I. Inserida nas festividades em comemoração do centenário da independência do
Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresentou-se como a primeira
manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito
novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes
no país desde o século XIX.
II. As discussões em torno da necessidade de renovação das artes surgem em meados
da década de 1910, em textos de revistas e em exposições. Em 1921, já existia, por
parte de intelectuais como Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, a intenção de
transformar as comemorações do centenário em momento de emancipação artística.
III. A dimensão verbivocovisual (conceito criado pelo poeta irlandês James Joyce que
trata de uma área da linguística que participa das vantagens da comunicação não
verbal sem abdicar das virtualidades da palavra) permeia toda a produção artística da
poesia e da prosa modernista, que valorizava também a interação da poesia com a
música.
IV. Apesar das primeiras manifestações modernistas terem surgido em São Paulo,
na década de 1910, foi apenas a partir de 1922 que o movimento ganhou
visibilidade fora da capital paulista, alcançando outras partes do país. A ampla
divulgação dos ideais modernistas deveu-se, principalmente, à Semana de Arte
Moderna.
V. Manuel Bandeira participou ativamente da organização da Semana de Arte
Moderna. O poeta foi considerado o mais radical entre os primeiros modernistas,
uma vez que sua obra representa um dos cortes mais profundos do Modernismo
brasileiro em relação à cultura do passado.
a) I e V estão corretas.
b) III e IV estão corretas.
c) III e V estão corretas.
d) I, II e IV estão corretas.
e) II, III e V estão corretas.
5. (ENEM 2012) O trovador a) abordado subliminarmente, por meio de
Sentimentos em mim do asperamente expressões como “coração arlequinal” que,
dos homens das primeiras eras… evocando o carnaval, remete à brasilidade.
As primaveras do sarcasmo b) verificado já no título, que remete aos
intermitentemente no meu coração repentistas nordestinos, estudados por Mário
arlequinal… de Andrade em suas viagens e pesquisas
Intermitentemente… folclóricas.
Outras vezes é um doente, um frio c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de
na minha alma doente como um longo som expressões como “Sentimentos em mim do
redondo… asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma
Cantabona! Cantabona! doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde
Dlorom… “Dlorom” (v. 9).
Sou um tupi tangendo um alaúde! d) problematizado na oposição tupi (selvagem)
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.
x alaúde (civilizado), apontando a síntese
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
nacional que seria proposta no Manifesto
Antropófago, de Oswald de Andrade.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os
nacional é recorrente na prosa e na poesia de “sentimentos dos homens das primeiras eras”
Mário de Andrade. Em O trovador, esse para mostrar o orgulho brasileiro por suas
aspecto é raízes indígenas.
6. A Semana da Arte Moderna de 1922 tinha como uma das grandes aspirações
renovar o ambiente artístico e cultural do país, produzindo uma arte brasileira
afinada com as tendências vanguardistas europeias, sem, contudo, perder o caráter
nacional; para isso contou com a participação de escritores, artistas plásticos,
músicos, entre outros. Analise as sequências que reúnam as proposições corretas
em relação à Semana da Arte Moderna.
I. O movimento modernista buscava resgatar alguns pontos em comum com o
Barroco, como os contos sobre a natureza; e com o Parnasianismo, como o estilo
simples da linguagem.
II. A exposição da artista plástica Anita Malfatti representou um marco para o
modernismo brasileiro; suas obras apresentavam tendências vanguardistas
europeias, o que de certa forma chocou grande parte do público; foi criticada pela
corrente conservadora, mas despertou os jovens para a renovação da arte
brasileira.
III. O escritor Graça Aranha foi quem abriu o evento com a sua conferência
inaugural "A emoção estética na Arte Moderna"; em seguida, apresentou suas
IV. O maestro e compositor Villa-Lobos foi um dos mais importantes e atuantes
participantes da Semana.
V. As esculturas de Brecheret, impregnadas de modernidade, foram um dos
estandartes da Semana; sua maquete do Movimento às Bandeiras foi recusada
pelas autoridades paulistas; hoje, umas das esculturas públicas mais admiradas em
São Paulo.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) II, III e V.
b) II, IV e V
c) I e III.
d) I e IV.
e) II e V.

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