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PROJETO PAISAGEM

SONORA MUNDIAL
MURRAY SCHAFER
Em 1969, com a finalidade de estudar o ambiente
sonoro, Murray Schafer e um grupo de pesquisadores:
- Bruce Davis,
- Peter Huse,
- Barry Truax
- Howard Broomfield
da Simon Fraser University no Canadá ,formaram o
World Soundscape Project (WSP) – Projeto Paisagem
Sonora Mundial – na tentativa de unir arte e ciência no
desenvolvimento de uma inter-disciplina chamada
Projeto Acústico.
Os objetivos da pesquisa de Schafer e seus
colegas eram:
1) Realizar um estudo interdisciplinar a
respeito de ambientes acústicos e seus
efeitos no homem;
2) Modificar e melhorar ambientes
acústicos;
3) Educar estudantes, pesquisadores e
público geral;
4) Publicar materiais que servissem de
A pesquisa resultou nas seguintes publicações:
- The book of noise (O livro do ruído)
- The Music of the Environment (A música do meio-
ambiente)
- A Survey Community Noise By-laws in Canadá (Uma
pesquisa sobre os ruídos na comunidade e as leis do
Canadá)
- The Vancouver Soundscape (A paisagem sonora de
Vancouver)
- Dictinonary of Acoustic Ecology, (Dicionário de Ecologia
Acústica)
- Five Village Sondscape (A paisagem sonora de cinco vilas)
- A European Sound Diary (Um diário do som na Europa)
A AFINAÇÃO DO MUNDO

Em 1977, oito anos após o início do grupo de


estudos, Murray Schafer escreve o livro The
Tuning of the World (A Afinação do Mundo)
onde sintetiza todas as pesquisas realizadas no
Projeto Paisagem Sonora Mundial. Este
livro se tornou referencial completo existente
a respeito da paisagem sonora enfatizando a
interdisciplinaridade do tema e abrindo
conexões importantes a respeito do som nas
mais diferentes áreas do conhecimento.
No livro “A Afinação do Mundo” M. Schafer
busca traçar a história da paisagem
sonora. O livro é dividido em quatro partes,
acompanhado de glossário, interlúdio e
alguns apêndices.
AS PRIMEIRAS PAISAGENS
SONORAS

Na primeira parte, M. Schaefer faz um exercício imaginativo


para reconstituir ambientes sonoros do passado, se valendo para
isso de textos consagrados da literatura universal de autores
como: Hesíodo, Isaias (Bíblia), do Corão, Scott Fitzgerald,
Proust, Herman Hesse, Ezra Pound, Thomas Mann, entre outros.

Murray procura desvendar características sonoras do mar,


vento, chuva que passariam despercebidos, tomando emprestado
a percepção auditiva registrada pelos escritores.

A preocupação nesta parte do livro é encontrar elementos


descritos na literatura que pudessem ajudar na descrição da
paisagem sonora em períodos anteriores à presença da máquina
na vida cotidiana do homem, que o autor situa como um marco
divisório à audição.
A PAISAGEM SONORA PÓS-
INDUSTRIAL

A segunda parte aborda as transformações


e impactos da Revolução Industrial e
Elétrica no ambiente sonoro.

Uma multidão de novos sons passam


habitar o ambiente acústico, criando
muitas informações sonoras ao mesmo
tempo.

A paisagem sonora pós-industrial se torna


“O ambiente silencioso da paisagem sonora
hi-fi permite o ouvinte escutar mais longe,
a distancia, a exemplo dos exercícios de
visão a longa distancia no campo. A cidade
abrevia essa habilidade para a audição (e
visão) a distancia, marcando uma das mais
importantes mudanças na história da
percepção”
(SCHAFER, p.71)
“ANÁLISE” DA PAISAGEM
SONORA

Na terceira parte, M. Schafer escreve sobre:


1) Notação, discorrendo sobre as diversas
tentativas em apreender o som por meio de
uma representação visual do som (imagens
sonoras), alertando para o fato de que “todas
as projeções visuais de sons são arbitrárias e
fictícias” (SCHAFER, p.180)
2) 2) Classificação - apresenta diversas formas
de se agrupar os sons: características físicas
(acústica), modo como são percebidos
(psicoacústica), função e significado (semiótica
e semântica), ou ainda, de acordo com as
3) Percepção - onde demonstra uma preocupação
em descobrir quais as mudanças nos “modos de
escuta” dos indivíduos e das sociedades conforme
determinado período histórico
4) Morfologia - o termo é empregado referindo-se
às formas sonoras que se modificam no tempo e
no espaço. Os materiais utilizados pelas culturas
de determinadas regiões do mundo, como por
exemplo, ferro, madeira, vidro etc. é que definirão
a morfologia sonora dos sons produzidos pela
sociedade em que se está inserido.
5) Simbolismo - Schafer se pauta na psicologia
analítica de Carl Gustav Jung e no conceito de
arquétipo, fazendo o mesmo caminho de Jung
que apontou símbolos coletivos inconscientes
à psique humana, M. Schafer discorre sobre
os significados inconscientes que podem ter
determinados sons, tentando traçar arquétipos
sonoros aos sentidos auditivos da
humanidade, ou de determinadas povos
6) Ruídos - descreve quatro significados
atribuídos à palavra ruído conforme os tempos:
- som indesejado,
- som não musical,
- som que fere o aparelho auditivo
- distúrbio na comunicação.
Schafer presenta um relato sobre os riscos e a
rapidez no aumento do nível de ruído na paisagem
sonora. Aborda ainda questões que dizem respeito
a legislação que regula os níveis de ruído desde
Julio César até atualmente. Escreve também
sobre os sons tabus tidos como ruídos em
EM DIREÇÃO AO PROJETO
ACÚSTICO

A última parte discute possíveis soluções à


poluição sonora, pensando na melhoria da
qualidade auditiva e sensibilidade estética das
pessoas, na busca por sonoridades agradáveis,
bonitas e saudáveis à sociedade.
Neste capítulo M. Schafer apresenta de maneira
mais contundente os motivos e ideais que guiaram
seus estudos, vislumbrando a figura de um novo
profissional dos sons preocupado em estabelecer
uma ecologia acústica dos espaços, capaz de
projetar edifícios que sejam “politicamente
corretos” em termos auditivos. A busca por uma
sociedade sonora que preserve as condições
A finalidade do Projeto Paisagem Sonora
Mundial, de acordo com o livro “Afinação do
Mundo”, foi descobrir os princípios estéticos
que regiam o ambiente acústico e a influência
dos sons na vida das pessoas. O pensamento
que delineia os estudos está relacionado à
tentativa de restituir uma relação equilibrada
entre homem e ambiente, que conforme M.
Schafer, foi destituída após a Revolução
Industrial
SOUNDSCAPE - PAISAGEM SONORA

Desde a Revolução Industrial, com os sons das


máquinas cada vez mais presentes no cotidiano, houve
uma transformação profunda na sonoridade dos
espaços, principalmente na zona urbana. Diante da
urgência desse novo fenômeno que se apresenta à
escuta, M. Schafer se debruçou de forma rigorosa
frente esse tema com o grupo de pesquisadores no
Projeto Paisagem Sonora Mundial, que depois sintetizou
os resultados dos estudos de sete anos de pesquisa no
livro “A afinação do mundo: uma exploração pioneira
pela história e pelo atual estado do mais negligenciado
aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora”
Ao pesquisar a sonoridade relacionando-a com aspectos
do ambiente, Schafer teve que criar uma terminologia
particular para abordar os fenômenos que estudava.

“Tive de inventar meu próprio vocabulário, à medida


que o conceito evoluía: ecologia acústica, esquizofonia,
marca sonora, som fundamental etc.” ( SCHAFER,
1977, p.11)

O conceito mais significativo que formulou foi


soundscape, traduzido para o português como paisagem
sonora.
SOUNDSCAPE

Schafer define soundscape como todo e qualquer evento


acústico que compõe um determinado ambiente.

Dentro dessa perspectiva, “o termo pode referir-se a


ambientes reais ou a construções abstratas, como
composições musicais e montagens de fitas, em particular
quando consideradas como um ambiente.” (p.366).

O termo soundscape não existe na língua inglesa, foi um


neologismo inventado por Murray que deriva da palavra
landscape cujo significado é paisagem, vista panorâmica.
O OUVIDO PENSANTE
Já neste livro Schafer desenvolve a noção de
"paisagem sonora" (soundscape).

Nele, o autor busca dar relevância ao chamado


ambiente sônico que nos envolve como
fenômeno musical, ambiente cuja paleta é
composta por sonoridades que vão do ruído
estridente das metrópoles aos sons dos
elementos primordiais - terra, fogo, água e ar.
Dessa forma, abre-se um novo domínio
compreensivo da música, que não deixa de
dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao
silêncio dos lugares distantes e esquecidos.

A proposta de Schafer é particularmente


possível para o Brasil. Não se trata de uma
proposta dirigida a alunos especialmente
dotados, mas a toda população,
independentemente de talento, faixa etária,
ou classe social.
Em “O ouvido pensante” Schafer preocupa-se
em particular com as questões mais simples:

- De quantos modos diferentes pode-se fazer


soar uma folha de papel?
- Como soam as cadeiras de uma sala de aula?
- Como sonorizar uma história de modo a
torná-la reconhecível apenas pelos seus sons?
- Como construir uma estrutura sonora?
O LIVRO “O OUVIDO
PENSANTE” ESTÁ DIVIDIDO
DA SEGUINTE MANEIRA:
O COMPOSITOR NA SALA DE
AULA

- Primeiro Contato

- O que é Música?

- Música Descritiva

- Texturas de Som,

- Música e Conversa

- A Máscara do Demônio da Maldade


LIMPEZA DE OUVIDOS

- Ruído
- Silêncio
- Som
- Timbre
- Amplitude
- Melodia
- Textura
- Ritmo
- A Paisagem Sonoro-Musical

- Transcrição I: Charles Ives e Perspectiva

- Transcrição II: Música para Papel e


Madeira

- Quatro pós-escritos
A NOVA PAISAGEM SONORA

- Sim, mas Isso é Música?


- O Ambiente Sônico
- A Respeito do Silêncio
- Uma Nova Definição de Ruído
- Esgoto Sonoro: Uma Colagem
- Três Limiares do Audível e Um do Suportável
- Além do Audível
- A Música das Esferas
- Esquizofonia
- O Objeto Sonoro

- A Nova Paisagem Sonora

- Epílogo

- Diário de Sons do Oriente Médio


QUANDO AS PALAVRAS
CANTAM

-Impressão Vocal
- Melisma
- Concerto da Natureza
- Palavra-Trovão
- A Biografia do Alfabeto
- Onomatopéia
- Vogais
- A Curva Psicográfica da Alma da Palavra
- Segredos em Pianíssimo
- Poema Sonoro
- Palavras e Música
- Choros
- Texturas Corais
- Haiku
- Canto à Vista
- Luar
- Apêndice: Textos sem Comentários
O RINOCERONTE NA SALA
DE AULA

• Introdução
• Educação Musical
• Considerações
• Educação Musical: Mais Considerações
• Notas sobre Notação A Caixa de Música
• Trenodia
• Partindo para Novas Direções
• Curriculum Vitae
ALÉM DA SALA DE MÚSICA

• Bricolagem
• Jonas e o Coro da Comunidade de
Maynooth
• Carta aos Portugueses
• A Orquestra Mágica de Edward
• Aqui os Sons Rodam
REFERÊNC IAS

FONTERRADA, Marisa Trench. O Lobo no Labirinto: uma


incursão a obra de Murray Schafer. São Paulo: UNESP, 2003

SCHAFFER, Murray. A Afinação do Mundo. São Paulo: Editora


UNESP, 2001.

SCHAFFER, Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: Editora


UNESP, 2003.

OBICI, GIULIANO. Projeto Paisagem Sonora Mundial:


Murray Schafer, 2006. Disponível em
http://territoriosonoro1.blogspot.com/2006/02/projeto-
paisagem-sonora-mundial-murray.html Acesso em 05/11/2010

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