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Biologia celular

Dr. Rafael Sales Arantes


Histórico
A célula foi descoberta por Robert
Hooke (1635 -1703) em 1665. Ele
construiu um dos primeiros microscópios
e o utilizou para observar fatias muito
finas de cortiça, o material de que são
feitas as rolhas. Observou que a cortiça
apresentava vários buraquinhos e os
chamou de células, palavra que significa
“pequena cela, pequeno compartimento”.

Obs: A cortiça é um material morto, em


que cada buraquinho está vazio.Ela
apresenta apenas a parte externa de
células que um dia foram vivas.
Enquanto isso, Antonie van
Leeuwenhoek (1632–1723), um
holandês que ganhava a vida vendendo
roupas e botões, estava gastando seu
tempo livre moendo lentes e construindo
microscópios de qualidade notável. Ele
desenhou protozoários, tais como o
Vorticella da água da chuva, e bactérias
de sua própria boca. Van Leeuwenhoek
foi contemporâneo e amigo do pintor
Johannes Vermeer (1632-1675) da
cidade de Delft que foi pioneiro no uso
da luz e da sombra na arte ao mesmo
tempo em que van Leeuwenhoek estava
explorando o uso da luz para descobrir o
mundo microscópico.
Em 1837, antes de a teoria
final da célula estar
desenvolvida, um cientista
tcheco de nome Jan
Evangelista Purkyňe
observou "pequenos grãos"
ao olhar um tecido vegetal
através de um microscópio.
A teoria da célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Matthias
Jakob Schleiden e por Theodor Schwann, indica que todos os
organismos são compostos de uma ou mais células. Todas as células
vêm de células preexistentes. As funções vitais de um organismo
ocorrem dentro das células, e todas elas contêm informação genética
necessária para funções de regulamento da célula, e para transmitir a
informação para a geração seguinte de células.
Definição
A célula representa a menor
porção de matéria viva. São as
unidades estruturais e
funcionais dos organismos
vivos. A maioria dos
organismos, tais como as
bactérias, são unicelulares
(consistem em uma única
célula). Outros organismos,
tais como os seres humanos,
são pluricelulares.
Eucariotas x Procariotas

De acordo com a organização


estrutural, as células são
divididas em: eucarióticas e
procarióticas. As células
procarióticas são geralmente
independentes, enquanto que
as células eucarióticas são
frequentemente encontrados
em organismos multicelulares.
Procariontes
Procariontes, procariotas ou procariotos são
organismos unicelulares que não apresentam
seu material genético delimitado por uma
membrana. Estes seres não possuem nenhum
tipo de compartimentalização interna por
membranas, estando ausentes várias outras
organelas, como as mitocôndrias, o Complexo
de Golgi e o fuso mitótico.
Esta definição engloba todos os organismos
dos domínios Bacteria e Archaea. Tais células
possuem diversas outras diferenças se
compararmos com as células eucarióticas.
Elas não possuem a maior parte das organelas
(o ribossomo é presente), seu DNA é cíclico, a
fluidez de suas membranas é controlada por
fosfolipídios (e não por fosfolipídios e esteróis
como em células eucarióticas), não se juntam
formando organismos pluricelulares, já que
não tem a capacidade de formar tecidos, etc.
Além do núcleo, os procariontes também não possuem
outras organelas celulares
(como mitocôndrias ou cloroplastos) e o seu citoplasma não é
dividido em compartimentos, ao contrário do que acontece
nos eucariontes.

O DNA dos procariontes, geralmente composto por um


único cromossoma circular, encontra-se localizado numa zona
chamada nucleóide no citoplasma. Este não constitui, no
entanto, um verdadeiro núcleo. Também pode existir DNA sob
a forma de anéis, os plasmídeos.

Os mesossomos, invaginações na membrana citoplamática,


estão incluídos na composição dos procariotos.
Os procariontes apresentam
metabolismos muito diversificados, o
que é refletido na sua capacidade de
colonização de diferentes ambientes,
tais como tratos digestivos de
animais, ambientes vulcânicos,
ambientes salobros, etc. Apesar de
não possuírem organelas celulares,
podem conduzir seus processos
metabólicos na membrana celular. A
maioria possui parede celular, algo
que não acontece com certos tipos
de células eucariotas (como as dos
animais).
São sempre organismos
unicelulares, reproduzindo-se
assexuadamente por fissão binária.
Outras formas de recombinação de
DNA entre procariontes incluem a
transformação e a transdução. Estas
podem ocorrer entre organismos de
diferentes gêneros, emprestando
características de um gênero a outro
diferente. Um exemplo deste
processo é a aquisição de
resistência a antibióticos através da
transferência de plasmídeos
contendo genes que conferem essa
resistência.
Fissão Binária ou Bipartição
Fissão binária ou bipartição é o nome dado ao processo
de reprodução assexuada dos organismos unicelulares
que consiste na divisão de uma célula em duas, cada uma
com o mesmo genoma da "célula-mãe".
Transdução
Transdução é o processo de reprodução no
qual o DNA bacteriano é transferido de uma
bactéria para outra por um vírus, os chamados
bacteriófagos.
Transformação
Uma nova combinação de material genético é
criada quando as células absorvem DNA do
meio externo. Um tipo de bactéria susceptível
a transformação é a Escherichia coli.
Células imcompletas
As bactérias dos grupos das Rickettsias e das
clamídias são muito pequenas, sendo
denominadas células incompletas por não
apresentarem capacidade de auto-duplicação
independente da colaboração de outras
células, isto é, só proliferarem no interior de
outras células completas, sendo, portanto,
parasitas intracelulares obrigatórios.
Diversas doenças de
importância médica tem
sido descritas para
organismos destes
grupos, incluindo
algumas vinculadas aos
psitacídeos (papagaios e
outras aves, a psitacose)
e carrapatos (a febre
maculosa, causada pela
Rickettsia rickettsii).
Estas bactérias são diferente dos vírus por
apresentarem:

• conjuntamente DNA e RNA (já foram encontrados vírus


com DNA, adenovirus, e RNA, retrovírus, no entanto são
raros os vírus que possuem DNA e RNA simultâneamente);

• parte incompleta da "máquina" de síntese celular


necessária para reproduzirem-se;

• uma membrana celular semipermeável, através da qual


realizam as trocas com o meio envolvente..
Eucariontes
As células eucariontes ou
eucarióticas, também
chamadas de eucélulas,
são mais complexas que
as procariontes. Possuem
membrana nuclear
individualizada e vários
tipos de organelas. Todos
os animais e plantas são
dotados deste tipo de
células.
É altamente provável que
estas células tenham surgido
por um processo de
aperfeiçoamento contínuo
das células procariontes, o
que chamamos de
Endossimbiose.

Um endossibionte é qualquer
organismo que vive no interior do corpo
ou das células de outro organismo,
realizando uma relação ecológica
designada como endossimbiose.  
Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a
célula "primitiva" levou para sofrer
aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o
modelo que hoje se repete na imensa maioria das
células, mas é provável que tenha demorado muitos
milhões de anos. Acredita-se que a célula
"primitiva" tivesse sido bem pequena e para que
sua fisiologia estivesse melhor adequada à relação
tamanho × funcionamento era necessário que
crescesse.
Acredita-se que a membrana da
célula "primitiva" tenha emitido
internamente prolongamentos ou
invaginações da sua superfície, os
quais se multiplicaram, adquiriram
complexidade crescente,
conglomeraram-se ao redor do
bloco inicial até o ponto de
formarem a intrincada malha do
retículo endoplasmático. Dali ela
teria sofrido outros processos de
dobramentos e originou outras
estruturas intracelulares como o
complexo de Golgi, vacúolos,
lisossomos e outras.
Quanto aos cloroplastos (e
outros plastídeos) e
mitocôndrias, atualmente há
uma corrente de cientistas que
acreditam que a melhor teoria
que explica a existência destes
orgânulos é a Teoria da
Endossimbiose, segundo a qual
um ser com uma célula maior
possuía dentro de sí uma célula
menor mas com melhores
características, fornecendo um
refúgio à menor e esta a
capacidade de fotossintetizar ou
de sintetizar proteínas com
interesse para a outra.
Todas as células, tanto procariontes quanto
eucariontes, tem uma membrana que envolve a célula,
que separa o interior de seu ambiente, regula o que se
move dentro e para fora (seletivamente permeável), e
mantém o potencial elétrico da célula. Dentro da
membrana, um citoplasma salino ocupa a maior parte
do volume da célula. Todas as células possuem DNA, o
material hereditário dos genes, e RNA, contendo as
informações necessárias para sintetizar várias proteínas
como enzimas, as máquinas primária da célula. Existem
também outros tipos de biomoléculas nas células.
Membrana Plasmática
A membrana plasmática, membrana celular ou
plasmalema é a estrutura que delimita todas as células
vivas, tanto as procarióticas como as eucarióticas. Ela
estabelece a fronteira entre o meio intracelular, o
citoplasma, e o ambiente extracelular, que pode ser a
matriz dos diversos tecidos.
A membrana celular não é estanque, mas uma “porta”
seletiva que a célula usa para captar os elementos do meio
exterior que lhe são necessários para o seu metabolismo e
para libertar as substâncias que a célula produz e que
devem ser enviadas para o exterior (sejam elas produtos
de excreção, das quais deve se libertar, ou secreções que a
célula utiliza para várias funções relacionadas com o meio).
Composição Química

• Açúcares
• Lipídios
• Proteínas
Açúcares
Todas as membranas plasmáticas celulares são
constituídas predominantemente por fosfolipídeos e
proteínas em proporções variáveis e uma pequena fração
de açúcares, na forma de oligossacarídeos.
Exteriormente, na grande maioria das células animais, a
membrana plasmática apresenta uma camada rica em
glicídeos: o glicocálix ou glicocálice. Entre outros papeis,
o glicocálix tem a função de reconhecimento químico da
célula para seu exterior e tem também função protetora,
impedindo que alguns tipos de vírus ou bactérias se
anexem à célula.
Lipídios
Os lipídios presentes nas membranas celulares
pertencem predominantemente ao grupo dos
fosfolipídeos. Estas moléculas são formadas pela
união de três grupos de moléculas menores: um
álcool, geralmente o glicerol, duas moléculas de
ácidos graxos e um grupo fosfato, que pode conter
ou não uma segunda molécula de álcool. A
proporção de fosfolipídeos varia muito: compõe
cerca de 50% da membrana plasmática e 90% da
membrana mitocondrial.
A estrutura das membranas deve-se primariamente a essa
camada dupla de fosfolipídios. Esses lipídios são moléculas
longas com uma extremidade hidrofílica (tem afinidade
com a água) e a cadeia hidrofóbica (não tem afinidade com
a água). O grupo fosfato está situado nas lâminas externas
da estrutura trilaminar. A parte situada entre as lâminas
fosfatadas é composta pelas cadeias hidrofóbicas.
Proteínas
As proteínas são os principais componentes funcionais das
membranas celulares. A maioria das proteínas da membrana
celular está mergulhada na camada dupla do fosfolipídios,
interrompendo sua continuidade, são as proteínas integrais.
Outras, as proteínas periféricas, estão aderentes às
extremidades de proteínas integrais. Algumas proteínas
atuam no transporte de substâncias para dentro ou para fora
da célula. Entre estas, encontram-se glicoproteínas
(proteínas ligadas a carboidratos). Algumas destas proteínas
formam conexões, os fibronexos, entre o citoplasma e
macromoléculas da matriz extracelular. Os grupos
sangüíneos A-B-O, M-N e Rh, bem como fatores HLA, são
antígenos da superfície externa da membrana.
Principais características da
membrana celular

A membrana celular é responsável pela manutenção de uma


substância do meio intracelular, que é diferente do meio
extracelular e pela recepção de nutrientes e sinais químicos
do meio extracelular. Para o funcionamento normal e
regular das células, deve haver a seleção das substâncias
que entram e o impedimento da entrada de partículas
indesejáveis, ou ainda, a eliminação das que se encontram
no citoplasma. Por ser o componente celular mais externo e
possuir receptores específicos, a membrana tem a
capacidade de reconhecer outras células e diversos tipos de
moléculas, como hormônios.
As membranas celulares possuem mecanismos de
adesão, de vedação do espaço intercelular e de
comunicação entre as células. Os microvilos ou
microvilosidades são muito freqüentes e aumentam a
superfície celular.

Não confundir a membrana celular com a parede celular


(das células vegetais, por exemplo), que tem uma função
principalmente de proteção mecânica da célula. Devido
à membrana citoplasmática não ser muito forte, as
plantas possuem a parede celular, que é mais resistente.
A membrana celular é uma camada fina e altamente
estruturada de moléculas de lípidos e proteínas,
organizadas de forma a manter o potencial elétrico da
célula e a controlar o que entra e sai da célula
(permeabilidade selectiva da membrana).

Sua estrutura só vagamente pode ser verificada com um


microscópio de transmissão electrônica.

Muitas vezes, esta membrana contém proteínas receptoras


de moléculas específicas, os Receptores de membrana, que
servem para regular o comportamento da célula e, nos
organismos multicelulares, a sua organização em tecidos
(ou em colônias).
Por outro lado, a membrana celular não é, nem
um corpo rígido, nem homogêneo – é muitas
vezes descrita como um fluido bidimensional e
tem a capacidade de mudar de forma e
invaginar-se para o interior da célula,
formando algumas das suas organelas.
Transporte através das membranas
• Transporte passivo – quando não envolve o consumo de
energia do sistema, sendo utilizada apenas a energia cinética
das moléculas; a movimentação dá-se a favor do gradiente de
concentração.

• Transporte ativo – quando o transporte das moléculas envolve


a utilização de energia pelo sistema; no caso da célula viva, a
energia utilizada é na forma de Adenosina tri-fosfato (ATP); a
movimentação das substâncias dá-se contra o gradiente de
concentração.

• O transporte através das membranas pode ainda ser


classificado em mediado, envolve permeases (transporte ativo
e difusão facilitada), e não-mediado (difusão directa).
Transporte passivo

O interior das células –


o citoplasma – é
basicamente uma solução
aquosa de sais e
substâncias orgânicas. O
transporte passivo de
substâncias na célula pode
ser realizado através de
difusão ou por osmose.
A difusão se dá quando a
concentração interna de
certa substância é menor que
a externa, e as partículas
tendem a entrar na célula.
Quando a concentração
interna é maior, as
substâncias tendem a sair. A
difusão pode ser auxiliada
por enzimas permeases
sendo classificada difusão
facilitada. Quando não há
ação de enzimas, é chamada
difusão simples.
No que se refere à osmose, quando a concentração
externa de substâncias é maior que a interna, parte do
líquido citoplasmático tende a sair fazendo com que a
célula murche - plasmólise. Quando a concentração
interna é maior, o líquido do meio externo tende a entrar
na célula, dilatando-a - Turgência, entretanto existe ainda
a situação em que a célula murcha e depois por motivos
externos volta a obter sua quantidade normal de água,
então esse fato é chamado de Deplasmólise, ou seja,
uma plasmólise inversa. Neste caso, se a diferença de
concentração for muito grande, pode acontecer que a
célula estoure. As células que possuem vacúolos são mais
resistentes à diferença de concentração, pois estas
organelas, além de outras funções, agem retendo líquido.
Transporte Ativo
O transporte ativo através da membrana celular é
primariamente realizado pelas enzimas ATPases, como a
importante bomba de sódio e potássio, que tem função de
manter o potencial eletroquímico das células.

Muitas células possuem uma ATPase do cálcio que opera as


concentrações intracelulares baixas de cálcio e controla a
concentração normal (ou de reserva) deste importante
mensageiro secundário. Uma outra enzima atua quando a
concentração de cálcio sobe demasiadamente. Isto mostra
que um íon pode ser transportado por diferentes enzimas,
que não se encontram permanentemente ativas.
Há ainda dois processos em que, não apenas
moléculas específicas, mas a própria estrutura da
membrana celular é envolvida no transporte de
matéria (principalmente de grandes moléculas) para
dentro e para fora da célula:

– endocitose – em que a membrana celular envolve


partículas ou fluido do exterior - fagocitose ou pinocitose -
e a transporta para dentro, na forma duma vesícula; e

– exocitose – em que uma vesícula contendo material que


deve ser expelido se une à membrana celular, que depois
expele o seu conteúdo.
Material Genético
Dois tipos diferentes de material genético
existem: ácido desoxirribonucleico (ADN)
e ácido ribonucleico (ARN). A maioria dos
organismos usa o ADN para o seu
armazenamento de informação de longo
prazo, mas alguns vírus (por exemplo, os
retrovírus) têm ARN como seu material
genético. A informação biológica contida
num organismo é codificado em seu ADN
ou em sua sequência de ARN. O ARN é
também utilizado para o transporte de
informação (por exemplo, ARN
mensageiro) e funções enzimáticas (por
exemplo, o ARN ribossomal) em
organismos que utilizam ADN para o
código genético em si. Moléculas de ARN
de transporte (tARN) são usadas ​para
adicionar aminoácidos durante a tradução
O material genético procariótico é organizado
em uma molécula de ADN circular simples (o
cromossoma bacteriano) na região nucleóide
do citoplasma. O material genético eucariótico
é dividido em diferentes moléculas, lineares
chamadas cromossomas dentro de um núcleo
discreto, geralmente com material genético
adicional, em algumas organelas como
mitocôndrias e cloroplastos.
Organelas

Em biologia celular, o termo organelo (organela,


organito, orgânulo ou organóide) é usado para
descrever várias estruturas com funções
especializadas, delimitadas por uma membrana
própria, suspensas no citoplasma das células vivas. A
palavra "organelo" deriva do termo latinizado
"organello" (pequeno órgão).
O corpo humano contém muitos
órgãos diferentes, tais como o
coração, pulmão e rim, com cada
órgão exercendo uma função
diferente. As células também
possuem um conjunto de
"pequenos órgãos", chamado de
organelas, que são adaptados e/ou
especializados para a realização de
uma ou mais funções vitais. Ambas
as células eucarióticas e
procarióticas têm organelas mas
organelas em eucariotas são
geralmente mais complexa e pode
ser envoltas em uma membrana.
Existem vários tipos de
organelas em uma célula.
Algumas (tais como o núcleo
e o complexo de Golgi) são
tipicamente solitárias,
enquanto outras (tais como
mitocôndrias, peroxissomas
e lisossomas) podem ser
numerosas (centenas a
milhares). O citosol é o fluido
gelatinoso que preenche a
célula e rodeia os organelos.
Mitocôndrias
São pequenos orgânulos presentes apenas
em células eucarióticas. O número de
mitocôndrias é variável, podendo existir
centena ou até milhares em única célula. O
conjunto de mitocôndrias de uma célula é
denominado de condrioma. Apesar de seu
tamanho reduzido, as mitocôndrias podem ser
vistas ao microscópio óptico, podendo ser
coradas em células vivas com Verde Janus,
corante específico para sua evidenciação.
Quimicamente, as mitocôndrias possuem lipídios,
proteínas, DNA e RNA e pequenos ribossomos, o
que indica que podem produzir suas próprias
proteínas. As mitocôndrias apresentam duas
camadas de membranas semipermeáveis, sendo
uma externa e outra interna. A membrana interna
apresenta dobras formando as cristas
mitocondriais, envolvendo um material
homogêneo denominado estroma ou matriz
mitocondrial. Na matriz e nas cristas existem
enzimas que atuam na respiração celular. As
células que possuem grande atividade respiratória
tende a possuir um maior número de cristas.
Função: Respiração celular aeróbia e produção
de energia.
Retículos Endoplasmáticos
Sistemas de membranas duplas lipoprotéica em forma
de rede. As membranas que constituem os retículos
podem ser de dois tipos: lisa ou agranular e rugosa ou
granular, devido a presença ou não de grânulos
(ribossomos). Logo, temos o retículo endoplasmático
liso (REL) e o retículo endoplasmático rugoso ou
ergastoplasma (RER). O REL é bem desenvolvida nas
células do fígado e musculares (sarcoplasmático).
Funções atribuídas ao REL

- aumenta a superfície interna da célula, ampliando o


campo de atividade enzimática

- facilita o intercâmbio de substâncias entre a célula e o


meio

- auxilia a circulação intracelular e armazena substâncias


diversas

- produz lipídios, principalmente esteróides.


O RER pode desempenhar praticamente todas
as funções atribuídas ao REL, além de estar
ligado a síntese de proteínas.
Ribossomos
Grânulos encontrados em todas as células
eucarióticas e procarióticas, dispersos no
hialoplasma ou presos as paredes dos retículos.
Cada ribossomo é formado por duas sub-unidades
designadas por S. Quimicamente é constituído por
RNA e proteínas. Função: Síntese de proteínas.
As proteínas produzidas pelos polirribossomas
geralmente permanecem dentro da célula para uso
interno, já as enzimas que serão expelidas, são produzidas
pelos ribossomas aderidos à parede do retículo
endoplasmático. As enzimas são inseridas dentro dele,
armazenadas em vesículas que são transportadas para o
complexo de Golgi, onde são "empacotadas" e enviadas
para fora da célula. São produzidos no complexo de Golgi.
Vacúolos
São espaços localizados no citoplasma,
delimitados por um pedaço de membrana
lipoprotéica denominada tonoplasto.

Funções: acúmulo de substâncias de reservas e


manutenção do equilíbrio osmótico.
Complexo de Golgi (Sistema de Golgi ou
Golgiossomo)
Conjunto de pequenos vacúolos e bolsas
achatadas, originadas do REL. Em células vegetais e
de invertebrados, o sistema de Golgi é formado por
um conjunto de quatro ou cinco sáculos achatados
conhecidos como dictiossomos. Assim com o REL, o
complexo de Golgi aparece com mais abundância nas
células secretoras. As enzimas com as quais o
complexo de Golgi trabalha são produzidas no RER.
Funções
• Secreção celular
• Formação do acrossomo
• Síntese de lipídios
• Formação do lisossomo primário
• Armazenamento de substâncias
• Síntese de polissacarídeos e glicoproteínas
• Formação da lamela média de pectina (primeira
parede a aparecer entre duas células vegetais em
divisão).
Centríolos
Estruturas cilíndricas encontradas
em todas as células, com exceção
dos organismos procariontes e
vegetais com flor (angiospermas).
Cada cilindro que constitui o
centríolo é formado por nove
trincas de microtúbulos protéicos,
em média com 0,4 micrômetro de
comprimento. Em geral uma célula
apresenta um par de cilindros,
dispostos perpendicularmente entre
si, formando um diplossomo. Na
célula que não estar se dividindo,
encontra-se numa região próxima
ao núcleo, denominado centro
celular ou centrossomo.
Funções

• ligados ao processo de divisão celular

• formação de cílios e flagelos

• coordenação dos movimentos flagelares

Obs.: Antes da divisão celular, os centríolos se


duplicam.
Plastos ou Plastídios
São orgânulos citoplasmáticos característicos das células
vegetais. Os plastos apresentam uma estrutura
constituída por uma dupla parede de membranas
lipoprotéicas. O interior é preenchido por uma
substância viscosa chamada estroma. Os cloroplastos
são os plastos mais conhecidos e mais abundantes.
Constituídos por proteínas, lipídios, DNA, RNA,
ribossomos, são capazes de sintetizar sua proteínas. As
membranas internas apresentam dilatações circulares
que formam uma espécie de pilha, o granun. Cada
granun é formado por estruturas circulares achatadas,
denominadas de tilacóides.
Cloroplastos

Seu genoma codifica algumas proteínas específicas dessas organelas;

contêm clorofila e estão associados à fase luminosa da fotossíntese,

sendo mais diferenciados nas folhas. Seu sistema de tilacóides é formado

por pilhas de membranas em forma de discos, chamado de granos; é

nesse sistema que se encontra a clorofila. Na matriz ocorrem as reações

de fixação de gás carbônico para a produção de carbohidratos, além de

aminoácidos, ácidos graxos e orgânicos. Pode haver formação de amido e

lipídios, estes últimos em forma de glóbulos (plastoglóbulos).


Cromoplastos

Portam pigmentos carotenóides


(geralmente amarelos,
alaranjados ou avermelhados);
são encontrados em estruturas
coloridas como pétalas, frutos e
algumas raízes. Surgem a partir
dos cloroplastos.
Leucoplastos
Sem pigmentos; podem armazenar várias substâncias:

- amiloplastos: armazenam amido. Ex.: em tubérculos de


batatinha inglesa (Solanum tuberosum).

- proteinoplastos: armazenam proteínas.

- elaioplastos: armazenam lipídios. Ex.: abacate (Persea


americana).
Lisossomos
São pequenas bolsas citoplasmáticas,
envolvidas por uma membrana
lipoprotéica, que contém no seu interior
enzimas digestivas (hidrolases ou
proteolíticas), que participam da digestão
intracelular. Entre as enzimas temos as
proteases, carboidrases e lipases. A ação
das enzimas se faz no interior do lisossomo,
para onde penetra o material a ser
digerido. Porém, pode ocorrer, das enzimas
lisossômicas escaparem para o hialoplasma
e digerir a própria célula. A esse processo
chamamos de autofagia ou autólise. A
autofagia tem uma finalidade conservadora
para a célula. A autólise, ao contrário, é a
destruição total para a célula, como ocorre
na regressão da cauda do girino por ação
de enzima catapsina ou catapsinase.
Fagocitose e Pinocitose
Endocitose (endo = interior + kytos= célula). O
material é transportado através de invaginações
da membrana. Essas invaginações progridem
para o interior e separam-se da membrana,
constituindo vesículas endocíticas.  Distinguem-se
dois tipos de endocitose: a fagocitose e
a pinocitose.   
Fagocitose
 (fago = comer + kytos = célula)

Na fagocitose, a célula emite prolongamentos,


denominados pseudópodes, que englobam a partícula,
formando uma vesícula fagocítica que se destaca da
membrana para o interior do citoplasma.

A fagocitose constitui o processo digestivo de muitos


organismos unicelulares como a ameba, mas também pode ser
observada em células animais como os macrófagos do sistema
imunitário (mecanismo de defesa contra bactérias, células
cancerosas e outras partículas estranhas ao organismo).
Pinocitose
 (pino = beber + kytos = célula)

A pinocitose constitui um processo semelhante,


no qual as substâncias que entram na célula são
substâncias dissolvidas ou fluidos, pelo que as
vesículas pinocíticas são de menores
dimensões. Este tipo de transporte de materiais
ocorre, por exemplo, no epitélio intestinal.
Núcleo celular
O pesquisador escocês Robert Brown
(1773- 1858) é considerado o
descobridor do núcleo celular. Embora
muitos citologistas anteriores a ele já
tivessem observados núcleos, não
haviam compreendido a enorme
importância dessas estruturas para a
vida das células. O grande mérito de
Brown foi justamente reconhecer o
núcleo como componente fundamental
das células. O nome que ele escolheu
expressa essa convicção: a
palavra “núcleo” vem do grego nux, que
significa semente. Brown imaginou que
o núcleo fosse a semente da célula, por
analogia aos frutos.
O núcleo é o centro de controle das atividades
celulares e o “arquivo” das informações
hereditárias, que a célula transmite às suas
filhas ao se reproduzir.
Células eucariontes e procariontes

A membrana celular presente nas células


eucariontes, mas ausente nas procariontes. Na
célula eucarionte, o material hereditário está
separado do citoplasma por uma membrana –
a carioteca – enquanto na célula procarionte o
material hereditário se encontra mergulhado
diretamente no líquido citoplasmático.
Carioteca
A carioteca (do grego karyon, núcleo
e theke, invólucro, caixa) é um envoltório
formado por duas membranas lipoprotéicas
cuja organização molecular é semelhante as
demais membranas celulares. Entre essas
duas membranas existe um estreito espaço,
chamado cavidade perinuclear.

A face externa da carioteca, em algumas


partes, se comunica com o retículo
endoplasmático e, muitas vezes, apresenta
ribossomos aderidos à sua superfície. Neste
caso, o espaço entre as duas membranas
nucleares é uma continuação do espaço
interno do retículo endoplasmático.
O núcleo das célula que não estão em processo
de divisão apresenta um limite bem definido,
devido à presença da carioteca ou membrana
nuclear, visível apenas ao microscópio eletrônico.

A maior parte do volume nuclear é ocupada por


uma massa filamentosa denominada cromatina.
Existem ainda um ou mais corpos densos
(nucléolos) e um líquido viscoso (cariolinfa ou
nucleoplasma).
Poros da carioteca
A carioteca é perfurada por
milhares de poros, através das
quais determinadas substâncias
entram e saem do núcleo. Os
poros nucleares são mais do que
simples aberturas. Em cada poro
existe uma complexa estrutura
protéica que funciona como uma
válvula, abrindo-se para dar
passagem a determinadas
moléculas e fechando-se em
seguida. Dessa forma, a
carioteca pode controlar a
entrada e a saída de substâncias.
A cromatina
A cromatina (do grego chromatos, cor) é um conjunto de
fios, cada um deles formado por uma longa molécula de
DNA associada a moléculas de histonas, um tipo especial
de proteína. Esses fios são os cromossomos.
Quando se observam núcleos corados ao microscópio
óptico, nota-se que certas regiões da cromatina se coram
mais intensamente do que outras. Os antigos citologistas
já haviam observados esse fato e imaginado,
acertadamente, que as regiões mais coradas
correspondiam a porções dos cromossomos mais
enroladas, ou mais condensadas, do que outras.
Para assinalar diferenças entre os tipos de
cromatina, foi criado o termo heterocromatina
(do gregoheteros, diferente), que se refere à
cromatina mais densamente enrolada. O
restante do material cromossômico, de
consistência mais frouxa, foi denominado
eucromatina (do grego eu, verdadeiro).
Diferentes níveis de condensação do DNA. (1) Cadeia simples de DNA . (2) Filamento de
cromatina (DNAcom histonas). (3) Cromatina condensada em interfase com centrómeros.
(4) Cromatina condensada em profase. (Existem agora duas cópias da molécula de DNA)
(5) Cromossoma em metáfase.
Nucléolos
Na fase que a célula eucariótica não se encontra em divisão é possível
visualizas vários nucléolos, associados a algumas regiões específicas da
cromatina. Cada nucléolo é um corpúsculo esférico, não membranoso, de
aspecto esponjoso quando visto ao microscópio eletrônico, rico em RNA
ribossômico(a sigla RNA provém do inglês RiboNucleic Acid). Este RNA é
um ácido nucléico produzido a partir o DNA das regiões específicas da
cromatina e se constituirá um dos principais componentes dos ribossomos
presentes no citoplasma.

É importante perceber que ao ocorrer a espiralação cromossômica os


nucléolos vão desaparecendo lentamente. Isso acontece durante os
eventos que caracterizam a divisão celular. O reaparecimento dos
nucléolos ocorre com a desespiralação dos cromossomos, no final da
divisão do núcleo. 
Cromossomos e genes
As moléculas de DNA dos
cromossomos contêm
“receitas” para a fabricação
de todas as proteínas da
célula. Cada “receita” é um
gene.
Portanto, o gene é uma
seqüência de nucleotídeos
do DNA que pode ser
transcrita em uma versão
deRNA e conseqüentemente
traduzida em uma proteína.
Conceito de genoma
Um cromossomo é comparável a um livro de receita de
proteínas, e o núcleo de uma célula humana é comparável
a uma biblioteca, constituída por 46 volumes, que contêm
o receituário completo de todas as proteínas do indivíduo.

O conjunto completo de genes de uma espécie, com as


informações para a fabricação dos milhares de tipos de
proteínas necessários à vida, é denominado genoma.
Atualmente, graças a modernas técnicas de identificação
dos genes, os cientistas mapearam o genoma humano
através do Projeto Genoma Humano.
Divisão celular
Divisão celular é o processo que ocorre nos
seres vivos, através do qual uma célula,
chamada célula-mãe, se divide em duas
(mitose) ou quatro (meiose) células-filhas, com
toda a informação genética relativa à espécie.
Este processo faz parte do ciclo celular.
Nos organismos unicelulares como os
protozoários e as bactérias este é o processo
de reprodução assexuada ou vegetativa.
Nos organismos multicelulares, estes processos
podem levar à formação dos esporos ou gametas,
que darão origem ao novo indivíduo, ou ao
crescimento do indivíduo desde o zigoto até ao
indivíduo adulto (por crescimento dos tecidos), ou
apenas à substituição de células senescentes por
células novas.
Tipos de divisão celular
• As células procarióticas dividem-se por fissão binária,
enquanto que as eucarióticas seguem um processo de
divisão do núcleo, chamada mitose, seguida pela divisão
da membrana e do citoplasma chamado citocinese.

• As células diplóides podem ainda sofrer meiose para


produzir células haplóides - os gâmetas ou esporos
durante o processo de reprodução. Neste caso,
normalmente uma célula dá origem a quatro células-
filhas embora, por vezes, nem todas sejam viáveis.
Mitose
As células eucarióticas seguem
um processo de divisão
chamada mitose, que permite
a distribuição dos
cromossomos e dos
constituintes citoplasmáticos
da célula-mãe igualmente
entre as duas células-filhas. Tal
processo é responsável pela
multiplicação dos indivíduos
unicelulares e pelo
crescimento dos pluricelulares,
por realizar o aumento do
número de células.
Fases da Mitose

• Prófase
• Metáfase
• Anáfase
• Telófase
Prófase
Os cromossomos atingem
seu grau máximo de
condensação e se
colocam no equador do
fuso.
Há dois tipos de fibras no
fuso: as contínuas que
vão de centríolo a
centríolo, e as
cromossômicas, que vão
de centríolo a
centrômero.
Metáfase

Há formação da placa equatorial,


ou seja os cromossomos se dispõe
na posição mediana da célula,
possibilitando a distribuição
equitativa da informação genética.
Os cromossomos estão bem
individualizados e fortemente
condensados. Essa fase é adequada
para se fazer contagem de
cromossomos e verificação de
alterações estruturais grosseiras. As
linhas do fuso surgem em forma de
linhas centrais (ou contínuas) ou de
linhas cromossomais.
Anáfase

Divisão longitudinal
do centrômero.
Cromossomos filhos
migram para os pólos
da célula, orientados
pelas fibras do fuso.
Telófase
• Desaparecimento das fibras do fuso.
• Organização da carioteca e do nucléolo.
• Descondensação dos cromossomos.
• Fim da cariocinese e inicio da citocinese.
Referencias Bibliográficas

• JUNQUEIRA, Luis C. & CARNEIRO, J. "Biologia Celular e Molecular". Editora


Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1991. 5ª Edição. Cap. 1.
• OLIVEIRA, Óscar; RIBEIRO, Elsa & SILVA, João Carlos "Desafios Biologia".
Editora ASA, Porto, 2007. 2ª Edição. Cap.1.

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