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Marcio

Pochmann
Economista

Cientista Político

Presidente do IPEA

Consultor

Político Brasileiro (Secretário de Governo e


candidato a prefeito em Campinas)
Marcio
Pochmann

Supervisor do Escritório Regional do Departamento


Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) no Distrito Federal;
Professor da UNB;
Pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de
Economia do Trabalho (Cesit), do qual seria diretor-
executivo anos mais tarde, assim como membro do corpo
docente da Unicamp;
Marcio
Pochmann

Foi ainda pesquisador visitante em universidades da


França, Itália e Inglaterra, com pós-doutorado nos temas
de relações de trabalho e políticas para juventude;
Consultor no Sebrae, Fiesp e no Dieese, entre outras
instituições nacionais.
No plano internacional, foi consultor em diferentes
organismos multilaterais das Nações Unidas.
Desafios às políticas públicas do
trabalho no Brasil
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas

No Brasil – no último quartel do séc. XX


Mudanças vinculadas ao aumento da expectativa
média de vida e das competências laborais, com
inegável efeito sobre a nova demanda educacional –
Governo Lula
Ganha impulso a defesa da educação para a vida
toda, rompendo com a lógica de todo o século XX, de
somente haver ensino para as fases mais precoces do
ciclo da vida humana.
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas

HIPÓTESE CENTRAL
Assenta-se na discussão sobre a emergência dos
investimentos na educação que alteraram a
estrutura básica da formação profissional na
inserção e trajetória laboral.
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas

Novo tipo de trabalhador mais


condizente com as alterações no
conteúdo e nas condições de produção
e geração em rede de empresas

Os perfis ocupacionais tenderiam a se


relacionar com a crescente capacitação
tecnológica
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas

Novos conhecimentos científicos e tecnológicos


estariam associados às exigências empresariais de
contratação de empregados com polivalência
multifuncional e maior capacidade motivadora e
habilidades laborais no exercício do trabalho

para além da forma de inserção na Divisão


Internacional do Trabalho, o papel que possui a
estrutura produtiva na determinação interna do
nível geral de ocupação.
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas

Estrutura ocupacional da economia brasileira


vem, seguindo as tendências de longa
duração de transição do trabalho primário
(agropecuário), passando pelo trabalho
manufaturado até atingir o setor terciário

Avanço da sociedade pós industrial, cada


vez mais apoiada no trabalho imaterial .
Transformações Econômicas, Laborais e
Demográficas
Transformações Estruturais no Mundo do
Trabalho
Trabalho vinculado a estrita necessidade de sobreviver e
realizado no próprio local de moradia;
Transição da sociedade urbana e industrial partir do séc. XIX:
avanços construção de fundos públicos capazes de viabilizar o
financiamento da inatividade de crianças, adolescentes e idosos;
Formação do trabalho com ingresso no mundo da educação –
foco no mercado de trabalho;
Final Séc. XX – sociedade pós industrial - crescente postergação
do ingresso dos jovens no mercado de trabalho e a maior redução
no tempo do trabalho dos adultos, em combinação com a ênfase
no ciclo educacional ao longo da vida;
Contexto de trabalho precarizado
Avanço do Trabalho Imanterial e suas
Implicações regulatórias

Toyotism
Fordismo Taylorismo
o
Avanço do Trabalho Imanterial e suas
Implicações regulatórias
 Brasil tem se utilizado das crises internacionais para impor
mudanças no marco regulatório do mercado de trabalho;
Avanço do projeto nacional de construção da sociedade
salarial, por meio do avanço da urbano-industrial - CLT -1943;
1930 e 1970, o grau de cobertura da legislação social e
trabalhista aumentou rapidamente no interior do mercado de
trabalho assalariado;
1980-1990 o grau de proteção dos ocupados estancou e sofreu
importante redução ;
Diversidade de ocupações e de intensidade das proteções entre
Sudeste e Norte – Nordeste;
Avanço do Trabalho Imanterial e suas
Implicações regulatórias
Avanço do Trabalho Imaterial e suas
Implicações regulatórias

Governo Lula

Expansão do sistema de ensino superior e das escolas


técnicas aponta para a democratização da educação

Regulação e reorganização do sistema educacional se


apresenta como estratégico
Estado é fundamental para garantir a universalidade
das oportunidades no trabalho ao conjunto dos
brasileiros
Rumo ao novo padrão civilizatório
Trabalho central na luta histórica pela constituição da
sociedade superior brasileira

Lutas abolicionistas, CLT, Estatuto do Trabalhador Rural,


CF 1988, ECA

Elevação da produtividade compartilhada com a redução


do tempo de trabalho somente se possível mediante a
constituição de um fundo público - parcela da renda dos
ricos, necessária ao financiamento coletivo da inatividade
das crianças, adolescentes, deficientes e idosos
Rumo ao novo padrão civilizatório

Na sociedade do conhecimento, a preparação para a vida


laboral será cada vez mais decisiva, com a educação e a
formação ocupando papel central

o Educação continuada
o Postergação do ingresso dos jovens no mercado de
trabalho
o Universalização do tempo da inatividade amparada por
PP, com aumento dos fundos públicos
o Combinação da ampliação da expectativa média de vida
com a redução do tempo de trabalho
Rumo ao novo padrão civilizatório
O trabalho pela sobrevivência na sociedade do conhecimento
poderá equivaler a cerca de 20% de todo o tempo de vida de
um indivíduo.
Mas isso requer a mobilização das lutas sociais e políticas em
prol da construção de uma sociedade superior, que liberte ao
máximo o brasileiro do trabalho pela mera sobrevivência,
sobretudo com as distintas possibilidades para o exercício do
trabalho autônomo. Ou seja, o exercício de atividades
educacionais, de cidadania e comunitárias se apresenta como
oportunidade de regulação pública fundamental, nesses
novos tempos em que a carga de trabalho pela vida pode ser
diminuída significativamente.
RUMOS DA
POLÍTICA DO
TRABALHO NO
BRASIL
BALANÇO ECONÔMICO E SOCIAL NO
BRASIL

1. A renda per capta permaneceu estagnada,


enquanto o salário mínimo perdeu 50% do seu
poder aquisitivo e o desemprego foi multiplicado
3,5 vezes;
2. Em 1980, o Brasil situava-se entre as 8 principais
economias industriais do mundo. Hoje, o país
responde pela décima quarta posição na economia
mundial;
BALANÇO ECONÔMICO E SOCIAL NO
BRASIL

3. Volta ao modelo de
inserção internacional
praticado no século
XIX;

4.Financeirização da
riqueza
BALANÇO ECONÔMICO E SOCIAL NO
BRASIL

OBJETIVO DO ESTUDO?
O autor recupera os principais movimentos históricos
que marcam a evolução geral do trabalho no Brasil
EVOLUÇÃO GERAL DO TRABALHO NO
BRASIL
Abolição da escravatura (1888) – Revolução de 30
(1930):
o exportação de bens primários, com produção e venda
no mercado externo de produtos agropecuários e força
de trabalho no meio rural;
o formação de mercados regionais de trabalho
assalariado fundados na abundância da oferta de mão de
obra; branqueamento da população x marginalização do
negro.
EVOLUÇÃO GERAL DO TRABALHO NO
BRASIL

Revolução de 1930 – Último governo da ditadura


militar (1980):

o industrialização nacional; produção industrial


doméstica; formação de excedente de força de trabalho;
migração do campo para a cidade; baixos salários;
grande quantidade de trabalhadores autônomos.
EVOLUÇÃO GERAL DO TRABALHO NO
BRASIL
1981 – Dias atuais:
o esgotamento do projeto de
industrialização nacional;
oestagnação da renda per capta;
o mão de obra sobrante;
o ampliação das importações;
desnacionalização do parque
produtivo nacional;
o avanço do desassalariamento;
empregos e ocupações precárias.
TENÊNCIAS RECENTES DO TRABALHO

Supratrabalho?
Infratrabalho?
Outras tendências:
 1980-2003: aumento do desemprego inclusive para
aqueles com maiores graus de escolaridade;
 Crescimento de formas servis de trabalho (ver p.
46/47)
 Reforma no papel do Estado
TENÊNCIAS RECENTES DO TRABALHO

ATENÇÃO: Reforma no papel do Estado

1990: 550 mil postos de trabalho que pertenciam


ao setor produtivo foram destruídos; somente
no governo federal, 220 mil postos de trabalho
desapareceram;
Demissão de pessoal e ampliação da
terceirização;
PASSADO DAS POLÍTICAS DE EMPREGO

1930: empregos assalariados;

1940: Sistema “S”;

1960/70: FGTS e SINE;

1986/88: seguro-desemprego e
redução da jornada de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS/ TESE DO AUTOR

o O Brasil não constituiu um sistema público nacional de


emprego. O que se constituiu foi uma mera agregação de
iniciativas que opera em regime de sobreposição no
atendimento de certas clientelas;

o No tocante as medidas recentes nas políticas de emprego,


as políticas públicas direcionadas ao desemprego
aprofundou a fragmentação das ações em diversas
instituições sem coordenação, com maior pulverização dos
recursos e reduzida escala de cobertura.
AS FORMAS
CONTEMPORÂNEAS
DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO
DOS DIREITOS
SOCIAIS
Ricardo
Antunes
 graduado
em Administração
Pública (FGV-SP);

mestre em Ciência
Política pela
UNICAMP (1980)
doutor em Sociologia pela Universidade de São
Paulo (1986) com a tese "As formas de greve: o confronto
operário no abc paulista - 1978/80“;
Ricardo
Antunes

Atualmente é professor titular do Instituto de


Filosofia e Ciências Humanas(IFCH) e leciona
disciplinas como Sociologia do Trabalho e Sociologia
de Karl Marx. Ricardo Antunes é um dos maiores
conhecedores da obra marxiana da América Latina.
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

 OBJETIVO DO ESTUDO?

O autor retoma as grandes mudanças no sistema de produção


de mercadorias e suas repercussões na classe trabalhadora, bem
como seus impactos no campo dos direitos sociais;
Aponta alguns aspectos econômicos políticos e sociais das
mudanças que afetaram o capitalismo a partir de 1960/70;
Aspectos que sinalizam as transformações no mundo do
trabalho;
Movimento de desconstrução dos direitos sociais conquistados;
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

Anos dourados, welfare


state, anos 1940/60, padrão
taylorista fordista

Como funcionava a empresa


taylorista e fordista em seu
processo produtivo? (ver p.
60)
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

Década de 1970:
 financeirização da
economia;
 profundas mudanças
afetaram o capitalismo e o
sistema de reprodução do
capital;
 repercussões no universo
do trabalho e das classes
trabalhadoras;
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

E o Brasil?

“Há mais continuidade que descontinuidade


entre estes distintos governos” (p. 61).
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS NO BRASIL:

Parcela do PIB transferida do setor produtivo estatal para o capital


privado;
Anos 1980: 850 mil bancários, já em 2006, são pouco menos de 400 mil;
ABC paulista tinha cerca de 240 mil trabalhadores metalúrgicos e, hoje,
tem menos de 100 mil;
Setores em expansão: telemarketing, terceirizações, assalariados do setor
de serviços, trabalhadores em turismo, hotelaria, hipermercados, etc.
Empresa enxuta: moderna, que constrange, restringe, coíbe, amplia o
maquinário tecnico-científico.
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

RESULTADO:

1. Desemprego explosivo, precarização ilimitada, rebaixamento salarial,


perda de direitos;
2. Liofilização organizacional (ver p. 62)
3. Nova empresa, novo tipo de trabalho?
3.1 “Polivalente”;
3.2 “Trabalho multifuncional”: intensificação dos ritmos, tempos e
processos de trabalho;
3.3 Trabalho desespecializado e multifuncional PORÉM mais intensamente
explorado.
AS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DE TRABALHO E A
DESCONSTRUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS

RESULTADO:

4. Cooperativismo e empreendedorismo
4.1 Exemplo das cooperativas (ver p. 66);
4.2 Empreendedorismo: formas ocultas de trabalho assalariado,
subordinado, precarizado, instável; nova marginalização social e
NÃO um novo empresariado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Estamos vivenciando a erosão do trabalho estável, com


profundas consequências sociais” (p. 65)

À luz de Sennet em A corrosão do caráter:

1. Como se podem buscar objetivos de longo prazo, numa


sociedade de curto prazo?
2. Como se podem manter relações duráveis?
CONSIDERAÇÕES FINAIS

“O capitalismo de nossos dias, de ‘curto


prazo’, tende à corrosão do caráter dos
indivíduos. Sobretudo, das qualidades de
caráter que ligam os seres humanos uns aos
outros, e dão a cada um deles um senso de
solidariedade e identidade”
(SENNET, 1999)
OBRIGADA!!!
POCHMANN, Marcio. Rumos da política do trabalho no Brasil. In: SILVA, Maria
Ozanira da Silva; YASBEK, Maria Carmelita (Orgs.) Políticas Públicas de
Trabalho e Renda no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Cortez, 2006

ANTUNES, Ricardo. As formas contemporâneas de trabalho e a desconstrução


dos direitos sociais. In: SILVA, Maria Ozanira da Silva e YAZBECK, Maria
Carmelita (Orgs). Políticas públicas de trabalho e renda no Brasil
contemporâneo. São Paulo: Cortez, 2006.

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