PORTUGAL DO

SÉCULO XX
O 25 DE ABRIL DE 1974
PORTUGAL DO SÉCULO XX – O 25 DE ABRIL DE 1974

O 25 DE ABRIL DE 1974 - ANTECEDENTES

Como viviam os Portugueses, no início da década de 70?

• Desagradados com a guerra colonial que, para além das mortes que
provocava, representava uma elevada despesa para o Estado.
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O 25 DE ABRIL DE 1974 - ANTECEDENTES

Como viviam os Portugueses, no início da década de 70?

• Desagradados com a guerra colonial que, para além das mortes que
provocava, representava uma elevada despesa para o Estado.
• Sem liberdade e em condições de vida difíceis.
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O 25 DE ABRIL DE 1974 - ANTECEDENTES

Como viviam os Portugueses, no início da década de 70?

• Desagradados com a guerra colonial que, para além das mortes que
provocava, representava uma elevada despesa para o Estado.
• Viviam sem liberdade e em condições de vida difíceis.
• Assistiam à fuga de muitos jovens para o estrangeiro para evitarem a
guerra colonial.
• Dececionados em relação às expectativas criadas com a chegada ao
governo de Marcello Caetano.
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O 25 DE ABRIL DE 1974 - ANTECEDENTES

Os militares, cansados da guerra colonial, criaram o Movimento das

Forças Armadas (MFA) que preparou o golpe militar que viria a
derrubar o regime do Estado Novo.
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O 25 DE ABRIL DE 1974 – O GOLPE MILITAR

No dia 24 de abril de 1974, um grupo de

militares, comandados por Otelo Saraiva de
Carvalho, instalou secretamente o posto de
comando do movimento golpista num quartel
de Lisboa.
Às 22h55, ainda do dia 24, através da rádio, foi
transmitida a canção E depois do Adeus, OTELO SARAIVA DE CARVALHO, AO CENTRO,
CONVERSA COM OS MILITARES.
interpretada por Paulo de Carvalho, sinal
previamente combinado entre os militares e os
civis envolvidos no golpe. Esta canção
desencadeou a tomada de posições da primeira
fase do golpe de Estado.
O segundo sinal foi dado às 00h20, já do dia 25
de abril, quando a canção proibida, Grândola,
Vila Morena, de José Afonso, foi transmitida
pelo programa Limite, da Rádio Renascença.
Esta música confirmou o golpe e marcou o início ZECA AFONSO, CANTOR E COMPOSITOR DE
GRÂNDOLA VILA MORENA.
das operações militares
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O 25 DE ABRIL DE 1974 – O GOLPE MILITAR

O movimento militar iniciou a ocupação da rádio, da televisão, dos

quartéis militares e da Praça do Comércio, onde se situavam os vários
ministérios.
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O 25 DE ABRIL DE 1974 – O GOLPE MILITAR

Marcello Caetano e Américo Thomaz, representantes

máximos do País, sabendo que as forças militares
ocupavam pontos estratégicos da cidade de Lisboa,
refugiaram-se no Quartel do Carmo. MARCELLO CAETANO

Aí se concentraram, entretanto, as tropas e centenas de

populares que seguiam, de forma atenta, as operações
comandadas pelo capitão Salgueiro Maia.
AMÉRICO THOMAZ
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O 25 DE ABRIL DE 1974 – O GOLPE MILITAR

À medida que as horas do dia iam passando, a população juntou-se aos

militares, apoiando o Movimento das Forças Armadas (MFA).

O sucesso da revolução estava confirmado e a população reconhecida

começou a distribuir cravos vermelhos aos militares. Por isso, esta
revolução ficou, também, conhecida pela Revolução dos Cravos.
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OA25
quemDE ABRILo Governo
ficou entregue DE 1974 – depois
de Portugal, AS PRIMEIRAS MEDIDAS
de se ter posto fim ao Estado Novo? DO MFA

JUNTA DE SALVAÇÃO NACIONAL.

À frente da Junta de Salvação Nacional encontrava-se o

general António de Spínola, responsável por apresentar
ao País o Programa do MFA com as orientações de
Governo até que a nova Constituição fosse aprovada.
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A DEMOCRATIZAÇÃO

O que trazia de novo o Programa do MFA?

• Extinção da PIDE/DGS.
• Extinção da Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa.
• Abolição da Censura e do Exame Prévio.
• Libertação dos presos políticos.
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A DEMOCRATIZAÇÃO

Aguardava-se a realização de eleições livres

que elegeriam os deputados para a
Assembleia Constituinte. A estes deputados
caberia a tarefa de redigir uma Constituição,
que substituísse a de 1933.

Nas eleições livres de 25 de abril de 1975

foram chamados a escolher os seus
representantes todos os cidadãos (homens e
mulheres) com mais de 18 anos de idade.

AS PRIMEIRAS ELEIÇÕES LIVRES EM PORTUGAL

REALIZARAM-SE EM 1975, UM ANO APÓS A
REVOLUÇÃO DOS CRAVOS.
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A DEMOCRATIZAÇÃO

Que direitos consagrou a Constituição de

1976?
• A separação de poderes dos órgãos de
soberania.
• Os órgãos do Poder Central e do Poder
Local.
• A igualdade de todos os cidadãos perante a
lei.
• O direito de voto.
• O direito à educação e ao trabalho.
• A liberdade de expressão e opinião.
• A liberdade de reunião e associação e a
liberdade sindical.
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A DEMOCRATIZAÇÃO

Uma das promessas dos Militares de Abril consistia em dar a

independência às colónias portuguesas. Esta iniciativa levou milhares
de colonos portugueses a voltarem à Pátria, num movimento de
retorno; daí a denominação de “retornados”.

RETORNADOS NO CAIS DE LISBOA.

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A DEMOCRATIZAÇÃO

Com o processo de descolonização surgiram novos países

independentes de língua oficial portuguesa.

OS NOVOS PAÍSES DE EXPRESSÃO PORTUGUESA E DATAS DA INDEPENDÊNCIA DESSES TERRITÓRIOS.

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A Constituição de 1976 vai, ainda, reformular os órgãos do poder que passam a estar distribuídos da seguinte forma:
A DEMOCRATIZAÇÃO

A Constituição de 1976 vai, ainda, reformular os órgãos do poder, que

passam a estar distribuídos da seguinte forma:
ÓRGÃOS DO PODER CENTRAL
Presidente da Assembleia da
República Governo República Tribunais
(eleito por 5 anos) (nomeado por 4 anos) (eleita por 4 anos)

- Nomeia e demite o - Chefiado pelo primeiro- - Constituída pelos - Os juízes aplicam e

primeiro-ministro. ministro, que escolhe os
- Aprova e manda seus ministros e
publicar as leis. secretários de Estado.
- Define a data das - Apresenta o seu
eleições. Programa à Assembleia
da República para
aprovação.
- Faz cumprir as leis;
apoiado pelos Tribunais.
deputados eleitos (dos fazem cumprir as leis.
partidos com assento
parlamentar).
- Faz as leis.
- Aprova ou não o
Programa do Governo.
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A Constituição de 1976 vai, ainda, reformular os órgãos do poder que passam a estar distribuídos da seguinte forma:
A DEMOCRATIZAÇÃO
ÓRGÃOS DO PODER LOCAL
Autarquias
Município Freguesia

Câmara Municipal de Beja. Junta de Freguesia da Sé, Bragança.

Assembleia Municipal Câmara Municipal Assembleia de Junta de Freguesia

(poder deliberativo)
- Propõe soluções para
os problemas do
município.
(poder executivo) Freguesia (poder executivo)
Formada pelo Presidente, (poder deliberativo) Formada por um Presidente
Vice-presidente e e Vogais.
Vereadores.
- Toma decisões que - Propõe soluções para - Toma decisões que
interferem com o os problemas da interferem com o
bem-estar da população freguesia. bem-estar da população
do município. da freguesia e transmite
à Câmara Municipal as
obras de maior
dimensão.
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A Constituição de 1976 vai, ainda, reformular os órgãos do poder que passam a estar distribuídos da seguinte forma:
A DEMOCRATIZAÇÃO

REGIÕES AUTÓNOMAS
(Açores e Madeira)
Assembleia Regional Governo Regional

Assembleia Regional dos Açores. Edifício do Governo Regional da Madeira.

- Faz as leis da região autónoma. - Administra e ordena o cumprimento das

- Controla as atividades do Governo leis de cada uma das regiões autónomas.
Regional.
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ADESÃO À CEE – VANTAGENS E DESAFIOS

Após a Revolução do 25 de Abril de 1974, Portugal ganhou prestígio

internacional que foi reforçado com a adesão à CEE, em 1986. Esta
adesão permitiu a Portugal receber fundos comunitários para o seu
desenvolvimento e modernização.

EM 1986, MÁRIO SOARES CONFIRMA A ADESÃO DE PORTUGAL À CEE.

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ADESÃO À CEE – VANTAGENS E DESAFIOS

Os fundos comunitários permitiram melhorar:

• o acesso aos cuidados de saúde, à justiça e à educação;
• rede de estradas;
• soluções energéticas.

Apesar de todo este esforço, Portugal precisa, ainda, de percorrer um

grande caminho até se igualar a alguns países europeus.
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ADESÃO À CEE

A CEE, criada em 1957, deu origem à União Europeia (UE) que entrou
em vigor em 1993, após a assinatura do Tratado de Maastricht.
A União Europeia é constituída atualmente por 28 países
(encontrando-se o Reino Unido em processo de saída).

BANDEIRA DA UNIÃO EUROPEIA.

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ADESÃO À CEE

BANDEIRA DA UNIÃO EUROPEIA.

Principais objetivos da União Europeia Principais instituições europeias

• Criação de políticas comuns. • Parlamento Europeu.
• Livre circulação de pessoas e mercadorias. • Comissão Europeia.
• Criação de uma moeda única – o Euro. • Banco Central Europeu.
• Defesa da liberdade e da democracia.
• Auxílio aos países com maiores
dificuldades.
• Criação de uma cidadania europeia – os
cidadãos europeus têm liberdade de
trabalhar e viver em qualquer Estado
membro.
• Promover o progresso científico e técnico.
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PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS INSTITUIÇÕES EM QUE PORTUGAL SE INTEGRA

ONU OTAN/NATO CPLP

• Promover e defender a paz e a • Garantir a liberdade e a • Preservar e divulgar a língua

segurança no Mundo. segurança política dos seus portuguesa.
membros.

• Defender os direitos do • Promover os valores • Valorizar a cultura.

Homem. democráticos.

• Desenvolver a solidariedade • Cooperar para evitar conflitos. • Fomentar a cooperação

internacional. económica e social.

• Resolver, de forma pacífica,

disputas.
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