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Tecnologias - História
Ensino Médio - 3º ano
O conceito de resistência a partir da luta travada pelos
próprios escravos e pelo movimento abolicionista
HISTÓRIA - 3º ano
O conceito de resistência a partir da luta travada pelos
próprios escravos e pelo movimento abolicionista
ÍNDICE
1. Introdução
2. Ser escravo no século XIX
3. Resistência escrava
4. O movimento abolicionista
5. Conclusão
HISTÓRIA - 3º ano
O conceito de resistência a partir da luta travada pelos
próprios escravos e pelo movimento abolicionista
1. INTRODUÇÃO
público
Gravura de Jean Baptiste Debret.
HISTÓRIA, 3º ano
O conceito de resistência a partir da luta travada pelos
próprios escravos e pelo movimento abolicionista
Imagem: O Pelourinho. Gravura de Jean Baptiste Debret / Imagem: Negros de Carro. Gravura de Jean Baptiste Debret /
United States Public Domain. United States Public Domain.
Imagem: Antiga Rua da Cruz, atual Rua do Bom Jesus. Gravura de Luis
Schlappriz entre 1863-68. Domínio Público
Tente identificar na imagem as características da escravidão urbana estudadas até aqui.
Antiga Rua da Cruz, atual rua do Bom Jesus, com chafariz no meio dela. Alguns prédios a esquerda ainda existem. No último
plano a Torre Malakoff. Desenho e litografia de Luiz Schlappriz, editada no Recife por Francisco Henrique Carls em 1863. –
Exposição Comemorativa Iconográfica do Recife, século XIX.
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Imagens: Barbeiros ambulantes, 1835. Jean Baptiste Debret / United States Public Domain.
liberdade de circulação e uma
Negros vendedores de aves, 1823. Jean Baptiste Debret / United States Public Domain.
permanência demorada nas ruas.
Negros Cangueiros, 1830. Jean Baptiste Debret / United States Public Domain.
Esta vantagem proporcionou a
construção de redes de
relacionamento próprias, distante
das vistas dos senhores,
facilitando as manifestações de
resistência.
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3. RESISTÊNCIA ESCRAVA
FORMAS DE FORMAS DE
RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA
“PASSIVA” “ATIVA”
• Suicídio • Revoltas
• Fuga • Violência contra
terceiros
• “Matar o trabalho” • Violência contra
senhores e feitores
• Formação de
quilombo
• Capoeira
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Suicídio
Uma das reações extremas de protesto dos
escravos era a autodestruição da vida.
Insatisfeitos com a situação de sujeição em que se
achavam, com trabalho excessivo, maus-tratos,
humilhações e não tendo possibilidades de mudá-
la, recorriam a diversas formas de suicídio. As
formas mais comuns eram o autoenvenenamento
(mesmo proibidos de portar veneno), afogamento
e o enforcamento (estes últimos facilitariam que
seus espíritos encontrassem os de seus
ancestrais).
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Fuga
Os cativos fugiam por vários motivos e para muitos destinos. Ao
fugir causavam prejuízos econômicos, além de danos à
autoridade do senhor.
A liberdade e o fim do controle senhorial eram seus principais
objetivos, ainda que fosse perigoso e dependessem da
solidariedade de outras pessoas. Eram elas que facilitavam a
fuga, forneciam abrigo, alimentação e trabalho para não levantar
suspeitas. Geralmente buscavam refúgio em quilombos,
fazendas, povoados e cidades (onde se misturavam aos negros
livres e libertos).
Algumas vezes se ausentavam por tempo limitado, só para
pressionar o senhor a negociar melhores condições de trabalho
e sobrevivência, mas depois voltavam (3).
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Já no segundo anúncio, 2
escravas são reclamadas pelo
proprietário de um só vez.
Maria tinha uma espécie de
tatuagem, costumava beber
(apesar de a bebida ser
proibida para os escravos),
“Matar o trabalho”
Formação de quilombo
Capoeira
Movimentos de
luta adaptados às
cantorias e
músicas para que
parecessem uma
dança.
(“Jogar capoeira ou danse de la guerre", de J. B. Rugendas, é considerado o primeiro registro preciso sobre a capoeira.)
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Durante o século XIX, a atuação dos capoeiristas foi uma preocupação das
elites e ganhou espaço nos noticiários.
Revoltas
“Era meia-noite, quando os cães latiram com furor. Hermano acordou ao grito de alerta
das suas sentinelas, e quis levantar-se do leito; mas o latir dos cães serenou tão
depressa que adormeceu. À uma hora da noite soou três vezes seguidas perto da casa
o piar sinistro de uma coruja. Eufêmia, que velava, ergueu-se da esteira e foi, pé por pé,
mas trêmula, até a cozinha, que era vasta, estendeu o braço e arranhou a porta. De fora
arranham também a porta. Eufêmia dirigiu-se então à janela, desprendeu sem ruído as
duas traves de ferro, com o vestido envolveu a enorme tranca igualmente de ferro para
ver se abafava o ranger daquele grilhão da fortaleza, hesitou... tremeu... reanimou-se, e
suspendendo a respiração e com ímpeto nervoso deu a volta e destrancou a janela que
se abriu em par. Saltaram logo para dentro quatro homens; o Barbudo, que trazia
espingarda e uma grande faca, dois escravos da fazenda seduzidos por Simeão, e este
desprendendo ameaçadores machados. Os cães não latiam mais; Simeão os tinha
trancado facilmente em seu quarto. Simeão marchou adiante, ensinando o caminho.
O que em seguida se passou foi horrível. Chegados à sala de jantar o crioulo mostrou ao
lado direito a porta do aposento de Hermano e de Florinda; Simeão avançou para a
frente e entrou no quarto de dormir de sua senhora. Angélica dormia profundamente, e
diante dela em uma esteira ressonava a sua escrava estimada, a mãe de Eufêmia.
Simeão aproximou-se do leito, e sem compaixão da fraqueza, sem lembrança dos
benefícios levantou o machado, e descarregou-o sobre a cabeça de Angélica, que
morreu sem expirar. O machado partira pelo meio a cabeça da protetora e segunda mãe
do assassino; mas ao ruído do golpe a velha escrava despertando assombrada, e vendo
a cena atroz, soltou um grito pavoroso.
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4. O MOVIMENTO ABOLICIONISTA
Merecem destaque:
Imagens da esquerda para a direita: (a) Autor Desconhecido / United States Public Domain. (b) Retrato de André Rebouças, óleo sobre tela, uma das
raras pinturas de Rodolfo Bernardelli / United States Public Domain. (c) Albert Henschel, cerca de 1870 / Domínio Público. (d) Albert Henschel /United
States Public Domain. (e) Autor desconhecido / United States Public Domain.
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O conceito de resistência a partir da luta travada pelos
próprios escravos e pelo movimento abolicionista
5. Conclusão