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Filosofia

Profª Maricélia Lopes da Silva

Distorções do conhecimento:
Análise de falácias (sofismas)
Falácia ou sofisma
• Argumentos dedutivos e indutivos
que não apresentam premissas e
conclusão verdadeiras.

• Argumentos que tentam persuadir


o interlocutor pelo efeito
psicológico que causa e não pela
correção lógica.
Exemplos de raciocínios
indutivos
Francisco é brasileiro e não gosta de trabalhar.
Maria é brasileira e não gosta de trabalhar.
Amilton é brasileiro e não gosta de trabalhar.
Oswaldo é brasileiro e não gosta de trabalhar.
...
Logo, todos os brasileiros não gostam de trabalhar!
O raciocínio indutivo pode nos levar à conclusões erradas,
pois partimos de casos particulares para concluir uma verdade
geral ou universal. No entanto, nem sempre a conclusão é
verdadeira, principalmente quando não se trata de um
conhecimento dado pela Ciência, como o exemplo dado.
Exemplos de raciocínios
indutivos
Francisco mora no bairro « X » e usa drogas.
Maria mora no bairro « X » e usa drogas.
Amilton mora no bairro « X » e usa drogas.
Logo, todos que moram no bairro « X » usam drogas!
Diga-me com quem tu andas, que eu direi quem tu és! Argumento
indutivo, que apesar de não apresentar bem distintas as premissas, induz à uma
conclusão que não pode ser validada em todos os casos. Ex.: posso ter um
amigo brigão, mas não concordar com tal atitude.
Filho de peixinho, peixinho é!
É comum que os filhos sejam parecidos com seus pais não só em aparência,
mas também em comportamento. Porém, não é uma regra geral e por isso não
deve ser entendida como tal. Ex.: É comum vermos pais de comportamento e
caráter inquestionávies que têm filhos problemáticos, assim como o inverso
também. Há outros fatores que influenciam e determinam o caráter de um
indivíduo.
Exemplos de raciocínios
indutivos
Em relação aos raciocínios indutivos nas ciências experimentais, nas quais
são amplamente utilizados, também é necessário prestar atenção, pois como as
leis e regras científicas são generalizações feitas de observações particulares,
nem sempre podemos constatar que se tratam de certezas empíricas.
No caso das ciências, a certeza aumenta à medida que casos particulares são
empiricamente verificados e validados.

O leite é um alimento nutritivo, rico em cálcio, vitaminas e minerais. Logo, é


saudável tomar leite.
Nesse caso, é importante compreender que, apesar de ser um alimento nutritivo,
tomar leite nem sempre pode ser saudável. Há pessoas que são intolerantes ou
alérgicos ao leite, sendo portanto, um alimento perigoso.

Por muito tempo sustentou-se a ideia de que todo gato de três cores é fêmea,
dado a verificação empírica. Entretanto, é possível existir gatos machos de três
cores (raros). Menos de 1% dos gatos de três cores são machos (provenientes de
uma anomalia cromossômica).
Exemplos de raciocínios

Observem esse exemplo:

As estatísticas revelam que 86% das pessoas que


se vacinam contra a gripe não a contraem.
João vacinou-se contra a gripe há dois meses.
Logo, João ficará imune à gripe que agora atinge
tanta gente.

O argumento é indutivo ou dedutivo?


Exemplos de raciocínios
O argumento é indutivo.

Seria dedutivo se bastasse inspecionar a ligação lógica entre as


premissas e a conclusão. Não é o caso quanto a este argumento.
Temos de esperar para ver se João irá contrair gripe ou não. Por
outras palavras, admitida a verdade das premissas, é provável que
João fique, em virtude da vacinação, imune à gripe, mas não é
impossível que ele a contraia.

Este argumento é indutivamente válido porque as estatísticas e o


fato de João se ter vacinado nos dão boas razões para acreditar na
verdade da conclusão. Trata-se de um argumento forte.
Exemplos de raciocínios
dedutivos
Os raciocínios dedutivos partem de uma regra universal
considerada válida para aplicá-la a casos particulares.

Todos os homens são mortais.


Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
Um raciocínio dedutivo válido é aquele em que a pessoa que
aceitar as suas premissas não pode, sem se contradizer, negar a
conclusão.
Exemplos de raciocínios
dedutivos
Todas as pessoas que se vacinam contra a gripe não a
contraem.
João vacinou-se contra a gripe há dois meses.
Logo, João ficará imune à gripe que agora atinge tanta gente.

Trata-se de um argumento dedutivo válido. Se é verdade, se


tomamos como verdadeiro que toda a gente que se vacina
contra a gripe não fica gripada, então, se João se vacinou,
concluímos sem necessidade de inspecionar empiricamente o
conteúdo do argumento que João não ficará gripado.
No nosso cotidiano, a mídia, políticos, religiosos,
familiares, amigos, professores, patrões etc. tentam nos
convencer sobre algum assunto. Ex.: A importância de
estudar, de ter uma alimentação saudável, de seguir essa ou
aquela religião, de votar em determinado candidato, de
obedecer as regras aplicadas pelos familiares, de comprar
determinado produto...
PORÉM, nem sempre os argumentos utilizados são
coerentes. É por isso que precisamos ficar atentos ao
discurso, para que possamos chegar a uma conclusão
adequada a respeito do que estão tentando nos dizer ou
convencer.
Pessoas que analisam adequadamente o discurso do
interlocutor tem menos chances de serem enganadas ou
manipuladas.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE FALÁCIAS MAIS COMUNS

• APELO À AUTORIDADE: Argumentação baseada no apelo a


alguma autoridade reconhecida para comprovar a premissa.

Ex. 1: Aristóteles, um dos maiores filósofos de todos os tempos,


disse que o Sol gira ao redor da Terra em uma das esferas
celestes, então é certamente verdade.
É como se um especialista pudesse acertar em tudo o que diz, mesmo sendo
algo fora da sua área de especialidade. Essa falácia consiste em usar as
opiniões de especialistas em áreas nas quais eles são leigos, como um físico
se pronunciando sobre antropologia. A opinião dele só vale dentro da física.

Ex. 2: Propaganda do Pelé dizendo “Tome Vitasay! A vitamina


dos campeões da saúde!”.
É possível que, o consumidor seja persuadido, por conta do garoto
propaganda, uma autoridade no esporte, no entanto ele não é nem médico,
nem cientista para atestar a eficácia do medicamento.
• APELO À FORÇA: Argumentação baseada em algum tipo de
privilégio, força, poder ou ameaça para impor a conclusão.

Ex.: Acredite no que eu digo, não se esqueça de quem é que


paga o seu salário.
O oponente pode perder a coragem de enfrentar seu chefe porque pode
perder o emprego.

• APELO À CONSEQUÊNCIA: Considerar uma premissa


verdadeira ou falsa conforme a consequência desejada.

Ex.: Você deve ser bom com os outros ou irá para o Inferno.
Você nada tem a perder sendo religioso porque, se Deus existe,
você será recompensado.
A premissa é tida como válida somente porque a conclusão nos agrada ou
nos é conveniente.
•APELO AO MEDO: Argumentação baseada no medo que
pode surgir caso o que se esteja defendendo não se concretize.

Ex.: Vote no candidato X, pois o seu adversário vai trazer a


ditadura de volta.

• APELO À ANTIGUIDADE (Argumentum ad antiquitatem):


Afirmar que algo é verdadeiro ou bom somente porque é antigo
ou "sempre foi assim".

Ex. 1: Devemos seguir a Bíblia porque é um livro que


atravessou os séculos intacto.
Ex. 2: Não adianta a sociedade se mobilizar contra a corrupção.
Ela sempre existiu e sempre vai existir!
•APELO À IGNORÂNCIA: Argumentação baseada na tentativa
de provar algo a partir da ignorância quanto à sua validade.
Ex. 1: Ninguém conseguiu provar que Deus existe, logo ele não
existe. Ou o contrário.
Ex. 2: Esse político é honesto, pois até hoje ninguém
comprovou qualquer irregularidade no seu mandato.

• APELO AO PRECONCEITO: Associar valores a uma pessoa


ou coisa para convencer o adversário.

Ex. 1: Uma pessoa religiosa como você não é capaz de


argumentar racionalmente comigo.
Ex. 2: O que um suburbano analfabeto pode saber sobre
política?
• APELO À MULTIDÃO: É a tentativa de ganhar a causa por
apelar a uma grande quantidade de pessoas.
Ex. 1: Inúmeras pessoas acreditam em Deus, portanto Deus
existe.
Ex. 2: A voz do povo é a voz de Deus!

• APELO À EMOÇÃO: Recorrer à emoção para validar o


argumento.
Ex.: Apelo ao júri para que contemple a condição do réu, um
homem sofrido, que agora passa pelo transtorno de ser julgado
em um tribunal. O advogado quer que o júri absolva o réu por
compaixão.
• FALSA CAUSA: Afirma que, apenas porque dois eventos
ocorreram juntos, eles estão relacionados.
Ex. 1: Nota-se uma maior frequência de erros de português em
sala de aula desde o início das redes sociais e o uso do
“internetês”. O advento das redes sociais vem degenerando o
uso do português correto. Falta mostrar uma pesquisa que o
comprove.

• INVERSÃO DE CAUSA E EFEITO: Considerar um efeito


como causa.
Ex.: O número de homossexuais no país está aumentando por
causa da grande abordagem dada ao tema na TV,
principalmente nas novelas. As novelas estão abordando o tema
por que a questão se faz importante e se as pessoas estão tendo
coragem de se assumir é justamente pela abertura que hoje se
dá ao tema e pelo combate ao preconceito.
• CÍRCULO VICIOSO ou PETIÇÃO DE PRINCÍPIO: Tentar provar
uma conclusão com base em um ponto de partida não demonstrado.
Ex. 1: “Como bem sabemos, a inflação é o que corrói o poder de
compra dos salários. Teremos então que aumentar os salários. Mas,
ao aumentar os salários, os preços também aumentarão, o que
aumentará a inflação”.
Ex. 2: O policial passou-me uma multa porque não gosta de mim. E a
prova de que não gosta de mim é ter-me passado uma multa.

• CAUSA COMUM: Afirma que um fato é causa de outro, sem


considerar que há um terceiro fato que causa os dois primeiros.
Ex. 1: “A qualidade de ensino é ruim, porque os professores são
despreparados”. Tanto a qualidade de ensino quanto o despreparo
dos professores podem ser resultados de uma ineficiente política
educacional.
• GENERALIZAÇÃO APRESSADA: conclui uma lei geral a
partir de um caso particular apenas.
Ex. 1: “A medicina é inútil. Meu pai gastou muito dinheiro com
médicos e morreu doente”.
Ex. 2: “É mentira dizer que fumar causa câncer. Meu avô fumou
a vida toda e morreu aos 96 anos de velhice!”

• EQUÍVOCO: Para confundir, são utilizadas palavras que têm


várias concepções.
Ex. 1: “O que eu sou, tu não és. Ora eu sou homem. Logo, tu
não és homem.”
Ex. 2: “Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os
humanos não matam crianças.”
• ANFIBOLOGIA: ocorre quando a construção da frase
permite atribuir-lhe diferentes significados.
Ex. 1: “Onde está o cavalo do seu irmão?”
Ex. 2: “João deixou as pessoas felizes”. - João fez as pessoas
ficarem felizes ou saiu de onde estão as pessoas que eram
felizes?

• CONTRA O HOMEM: se ataca diretamente a pessoa, ou uma


circunstância especial com a finalidade de rebater sua posição
ou afirmação.
Ex. 1: “Se foi um burguês quem disse isso, certamente é
engodo.” O argumento está errado porque foi dito por um
"canalha".
Ex. 2: “Ele é um bêbado! Por isso não acreditem em sua
palavra.”
Exemplo de Discurso Falacioso

Caros cidadãos orizonenses! Hoje estou aqui, diante de vocês para implorar o
voto de vocês, pois sei que querem o melhor para esta cidade e pelas
criancinhas sofridas que não tem o que comer!
A situação é tão alarmante que até uma vaca de suas fazendas é capaz de
perceber que meu adversário é corrupto. Então por que votar nele?
Sou um candidato idôneo, prova disso é que nunca conseguiram comprovar
qualquer desvio ou falcatrua.
Estando no poder, só farei o que for melhor para todos. Poderão participar do
meu governo, pois o povo sabe o que é melhor para a cidade.
Até o Fulado de Tal, que já é velho e caduco, conseguiu perceber que sou a
única opção para essa cidade. Vocês não vão ser contra, não é mesmo?
Como vamos confiar no atual prefeito? Ele é filho do Beltrano de Tal, o mais
corrupto de Orizona.
Exemplo de Discurso Falacioso

Além disso, ele é alcoólatra. Como deixar o destino da cidade nas mãos de um
bêbado?!
O atual prefeito nunca pensou no bem-estar de seus cidadãos! O melhor médico da
cidade, Dr Cicrano de Tal já havia dito isso.
Todos sabem que se continuarem a apoiar este prefeito, acabarão ficando pobres, e
assim não têm alternativa senão gastar todas as suas economias. Ao gastarem todas as
economias, acabarão por seguir muitas vezes o caminho da vagabundagem. Logo, se
continuarem a votar nele, vão se tornar vagabundos. Quem sabe, até ladrões.
Sou a única opção. Deem-me uma chance! Pois sou de uma família pobre, sofrida,
meus pais criaram-me com muito sacrifício. Eu serei capaz de entender os problemas
de vocês.
Serei um bom prefeito, pois respeito a tradição.
Meu bisavô foi um bom homem, meu avô foi um bom homem, meu pai foi um bom
homem, então eu só poderia ser como eles!
Votem em mim, ou ficarão na ruína!!

Candidato Robalto Vigaristus, do PMU – Partido dos Mentirosos Unidos.

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