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Gestão do stress do

profissional

UFCD – 7229
25 horas
Objetivos Gerais
• Identificar o conceito de stress, causas, consequências
negativas do mesmo.
• Identificar as técnicas preventivas, de controlo e gestão
de stress profissional.
• Caracterizar o conceito de emoção.
Breve Introdução
• Todos os seres humanos de uma forma ou de outra estamos
expostos ao stress.
• A própria sociedade em que vivemos, produz – nos situações de
stress contínuo alterando a nossa qualidade de vida.
• No entanto em alguns de nós, os efeitos produzidos por este
fenómeno são mais graves e traduz-se no aparecimento de
inúmeros problemas de saúde .
Breve Introdução (Cont.)
• A personalidade de cada indivíduo influência a forma em com
este reage numa situação de stress e determina o grau de
intensidade o stress se manifesta.
• Os desafios ao longo da vida vão mudando á medida que o
indivíduo envelhece e as causas deste fenómeno a que ele está
sujeito , vão também sendo alteradas.
Conceito de stress:
• O conceito de stress teve origem no termo inglês stress.
• O especialista que apelidou este termo foi o fisiologista e
médico vienês Hans Selye (1907-1982).
O que é o stress:

• Tensão provocada por situações arrebatadoras, as quais criam


reações psicossomáticas ou transtornos psicológicos.

• O stress é uma tensão física ou psicológica fora do habitual,


que provoca um estado ansioso no organismo.
Conceito de Stress (Cont.)

• Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, trata-se


de um estado gerado pela perceção de estímulos que
provocam excitação emocional. Ao perturbarem a homeostasia
(modo pelo qual um organismo consegue manter o equilíbrio),
esses estímulos levam o corpo a desencadear um processo de
adaptação caracterizado pelo aumento de secreção de
adrenalina, com várias consequências sistémicas que afetam
todo o organismo.
Conceito de Stress (Cont.)

• O stress relacionado com o trabalho pode ser definido


como um conjunto de reações emocionais, cognitivas,
comportamentais, e fisiológicas a aspetos adversos da
organização e do ambiente de trabalho.
Conceito de Stress (Cont.)

• No entanto também podemos dizer que o stress pode ser definido


como uma situação de alerta física e mental, que nos prepara para
satisfazer uma necessidade ou superar uma dificuldade.

• Quando a tensão aumenta os níveis de atenção e concentração


também crescem e, como consequência o desempenho melhora.

• O Stress permite-nos enfrentar desafios, utilizando o máximo das


capacidades de cada um.
Stress (Cont.)

• Podemos então afirmar que apesar de tudo stress não merece ter
uma imagem tão negativa.
• E que algum stress não faz mal pois a sua ausência pode produzir
tédio e apatia e diminui a concentração.
• No entanto deve-se evitar o seu excesso pois a exposição
prolongada ou muito intensa tem como consequência a diminuição
de desempenho.
Gráfico de relação entre stress e
desempenho

A curva mostra a relação entre o estado de alerta (provocado pela excitação e o


desempenho)
Fases do stress - Descrição
O processo de stress perante um ou dois estímulos stressores faz com que o individuo entre em
várias fases a seguir descritas:

 Fase de alarme: Organismo em estado de alerta

 Fase de resistência, intermediária ou stress contínuo: persiste o desgaste necessário à


manutenção do estado de alerta.

 Fase da exaustão ou esgotamento : queda de imunidade e surgimento da maioria das


doenças.

 Stress agudo : Organismo incapaz de lidar com os estímulos e tem reações que geralmente
afasta da realidade.
Conceito de Stress (Cont.)
• O stress relacionado com o trabalho é um dos grandes problemas da
atualidade, em particularmente nos países mais desenvolvidos, onde o
mundo do trabalho é caraterizado pela necessidade de constante inovação,
mudanças tecnológicas e organizativas acompanhado de uma crescente
insegurança no trabalho.
• Vários estudos têm demonstrado como a organização do trabalho está
diretamente relacionada com o stress no trabalho, a satisfação e motivação
do trabalho.
• Nas últimas décadas, tem sido dada uma grande importância ao estudo do
impacto das condições de trabalho sobre o bem-estar psicológico e a
saúde das pessoas.
Conceito de Stress (Cont.)
• Então podemos dizer que existem 2 tipos de stress:
Conceito de Stress (Cont.)
• Alguns estudos epidemiológicos têm demonstrado
existir uma relação entre os sintomas do stress e a
exposição combinada a múltiplos fatores do ambiente
e da relação do trabalho e das condições deste.

• Os fatores de risco emocionais, sociais e


organizacionais de stress no trabalho são inúmeros,
podemos destacar alguns:
Stress -Vídeo

https://youtu.be/VdJP6QsEZ3U
Fatores de Risco: Emocionais
são fatores intrínsecos ao próprio indivíduo
• Acontecimentos traumáticos – acontecimentos graves que nos
marcaram tais como: ameaça de morte, ser vitima de um incêndio ,
vitima de violência, naufrágio entre outros.
• Acontecimentos na vida que alteram todo o funcionamento que gerava a
estabilidade Ex: divórcio ou morte do cônjuge, despedimento de um
emprego, saída dos filhos de casa (o chamado ninho vazio).
Fatores de Risco: Emocionais
são fatores intrínsecos ao próprio indivíduo (Cont.)

• Situações crónicas indutoras de stress/ problemas


perturbadores constantes nas atividades diárias ex.:
constantes conflitos familiares ou colegas de trabalho, várias
tarefas para realizar ao mesmo tempo, imposição de prazos
limite nas tarefas diárias a cumprir .
Fatores de Risco: Emocionais
são fatores intrínsecos ao próprio
indivíduo(Cont.)
• Pequenos acontecimentos que acontecem no nosso quotidiano – os
chamados Micro Indutores de stress – ex.: circular diariamente em zonas
de muito trânsito, realizar tarefas que não pertencem á nossa área de
conforto, estar exposto diariamente a ambiente de fumo, sendo não
fumador, ter vizinhos incomodativos. Não podemos esquecer que o
impacto que estes têm no indivíduo, depende da forma em como este
reage as dificuldades.
Fatores de Risco: Sociais
• Estes fatores estão diretamente ligados á organização e funcionamento
do sistema social e que afetam o indivíduo, a título exemplificativo:
Impostos elevados, grande prevalência de desemprego, períodos
económicos de recessão.
• Não ocorrência de acontecimentos desejados EX.: promoção na carreira,
pretensões de nascimento de um filho que não acontece, ter divergências
com um familiar de quem se gosta e não se consegue fazer as pazes etc.
Fatores de Risco: Sociais

• Traumas ocorridos nos desenvolvimento – alguns acontecimentos que


aconteceram na infância podem ter consequências graves na vida adulta,
isto porque enquanto crianças estamos num processo formativo,
vulneráveis portanto devido á ausência ou fracas defesas psicológicas.
• Assim, uma criança que viveu num clima de violência ou negligência,
tende a ter dificuldades de vinculação com outras pessoas.
Fatores de Risco: Sociais (Cont.)

• Estas crianças habitualmente apresentam perturbações na capacidade


de auto - regulação, esta por vezes está associada a comportamentos
adictos, estados de depressão e comportamentos impulsivos e
tendencialmente desenvolvem comportamentos autodestrutivos, como
causar lesões nele próprio, transtornos alimentares e numa fase mais
grave tentativas de suicídio
Fatores de Risco: Organizacionais
Na âmbito profissional, Vives (1994), reúne 5 potenciais fontes de
stress:

• Fatores ambientais diretamente relacionados com o trabalho:


• Condições físicas do serviço;
• Exigência de Formação;
• Exposição a perigos físicos;
• Escassos recursos materiais disponíveis;
Fatores de Risco: Organizacionais (Cont.)

Fatores relacionais - relacionados com elementos da equipa de


trabalho:

• Informação estanque;
• Mau relacionamento com superiores hierárquicos, colegas e
subordinados;
• Receber ordens contraditórias;
• Restrição de autonomia e falta de confiança;
Fatores de Risco: Organizacionais (Cont.)

• Fatores Organizacionais e burocráticos :

• Horários sobrecarregados;
• Aumento de responsabilidades e falta de recompensas afetas a este
aumento de volume laboral;
• Má organização na distribuição de tarefas;
Fatores de Risco: Organizacionais (Cont.)

Fatores profissionais inerentes ao desempenho de papeis:


• Baixos salários;
• Tarefas repetitivas e pesadas;
• Contacto com público alvo agressivo ou não colaborante;
• Noção de baixo nível de formação;
• Ambições pessoais frustradas;
Fatores de Risco: Organizacionais (Cont.)
Fatores relacionados com a exigência:

• Falta de Colaboradores para execução das tarefas;


• Solicitação da presença do indivíduo em vários locais em simultâneo;
• Cumprir ordens por duas ou três pessoas em simultâneo;
• Imposição de prazos por outras pessoas;
• Necessidades e exigências familiares;
Sinais e sintomas do stress
• É do conhecimentos geral que o stress pode causar danos
generalizados, pelo facto, é importante conhecermos as nossas
limitações como indivíduos e as suas diferentes fases. Como já foi
referido a resistência de cada individuo é diferente. Enquanto que
uns desmoronam perante uma frustração ou obstáculo outras lidam
bem com as situações e até parecem prosperar sobre a emoção e o
desafio de um estilo de vida de exposto a alto stress.
Sinais e sintomas do stress (Cont.)

• Já foi referido que a capacidade de tolerância do indivíduo depende


de fatores, tais como, a qualidade dos seus relacionamentos, a sua
visão geral sobre a vida, a sua inteligência emocional e a própria
genética.
Sinais e sintomas do stress (Cont.)
• Sendo que se torna imperativo aprender a reconhecer quando o
nível de stress está fora do seu controlo e é entendido por si como
ultrapassando os seus recursos disponíveis, físicos e psicológicos. É
importante saber reconhecê-lo e efetuar uma boa gestão do stress,
de forma a minimizar o problema.

• Para melhor perceção é conveniente ter noção das diferenças entre


sinais e sintomas, pois na maior parte das vezes os dois conceitos
tendem a ser confundidos.
Sinais e sintomas do stress (Cont.)
Sinais
• Os sinais são alterações do organismo de uma pessoa que podem
ser percebidas através do exame médico ou medidas em exames.
sintomas:
• são alterações do organismo apenas percebidas e relatadas pela
própria pessoa, não sendo possível a outra pessoa diagnosticar
(Vaz Serra, 2007).
Sinais e sintomas do stress (Cont.)

• Os sinais e sintomas estão intrínsecos ao indivíduo á sua a forma de


reagir, sendo este influenciado pelos aspetos culturais, pelo tipo de
situação que desencadeou a situação de stress, pela sensação de
controlo ou não controlo e pelo organismo de cada indivíduo.
Sinais e sintomas do stress (Cont.)

• Alguns exemplos de Sinais do stress:


• Diminuição de rendimento, erros, distrações e faltas no trabalho;
• Indecisão, julgamentos errados e precipitados;
• Falta de Organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de
prazos;
• Insónia, sono agitado, pesadelos;
• Irritabilidade, agressividade;
Sinais e sintomas do stress(Cont.)
• A concentração e a memória diminuem;
• Coisas que anteriormente eram prazerosas tornam-se uma
sobrecarga;
• Reclamações mais frequentes que o habitual;
• Uso de férias, feriados e fins de semana utilizados para por serviço
em dia, nos quais devia relaxar e divertir-se;
• Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas;
Sinais do stress
• A concentração e a memória diminuem;
• Coisas que anteriormente eram prazerosas tornam-se uma
sobrecarga.
• Reclamações mais frequentes que o habitual;
• Uso de férias, feriados e fins de semana utilizados para por serviço
em dia, nos quais devia relaxar e divertir-se;
• Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas;
• Sensação de monotonia;
• Insatisfação com tudo;
Sintomas do stress
• Os sintomas podem ser subdivididos em quatro classes sendo
elas:
• Emocionais;
• Mentais;
• Comportamentais;
• Físicas;
• Laborais
Sintomas do stress (Cont.)
Alguns exemplos de sintomas Emocionais que mais se
destacam:
• Cansaço;
• Ataques de ansiedade;
• Baixa autoestima;
• Instabilidade emocional;
Alguns exemplos de sintomas Comportamentais:
• Ranger dos dentes durante o sono;
• Tentativa de relaxamento com álcool, nicotina, drogas excesso
de comida causando outras complicações no organismo;
• Afastamento social (da família e amigos);
• Posição de conflito constante com os outros;
Sintomas do stress (Cont.)
Alguns exemplos de sintomas Físicos:
• Ganho ou perda de peso;
• Infeções, gripes e outras viroses, tais como, herpes;
• Pressão arterial e colesterol elevados, favorecendo o aparecimento
de arteriosclerose, derrames e enfartes;
• Dores de cabeça; musculares, “coluna” e fibromialgia;
• Má digestão, úlceras e gastrites;
• Prisão de ventre, diarreia e flatulência;
• Acne, pele envelhecida, olheiras, queda de cabelo e
enfraquecimento de unhas;
• Diminuição de líbido;
Sintomas do stress (Cont.)
Alguns exemplos de sintomas Mentais:
• Ataques de pânico, que podem ou não evoluir para a síndrome de
pânico;
• Perda de memória;
• Apatia e desânimo (pensamentos negativos);
• Ansiedade;
• Preocupação excessiva;
• Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
• Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
• Depressão ou tristeza;
Sintomas do stress (Cont.)
Alguns exemplos de sintomas Laborais:

• Menor satisfação com o emprego;


• Redução do rendimento laboral;
• Perda de vitalidade e de energia;
• Quebra de comunicação;
• Deficiente tomada de decisões;
• Falta de criatividade e inovação;
• Concentração em tarefas improdutivas.
Consequências negativas do stress

O stress tem consequências que contribuem para o deterioramento


da qualidade de vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Os custos associados ao stress só podem ser calculados por
indicadores indiretos.
Estes consistem no mal estar, nas incapacidades, e nas mortes
prematuras que gera, na maneira como afeta o coração e outros órgão
vitais, no transtorno físico, psíquico que provoca no consumo de
analgésicos, tranquilizantes, tabaco drogas ilícitas e bebidas alcoólicas.
Consequências negativas do stress (Cont.)
• No plano organizacional - reflete-se diretamente no
comportamento do indivíduo e indiretamente no clima da
organização ou entidade, na insatisfação com o desempenho das
tarefas, na baixa adesão aos objetivos propostos pela entidade, nos
atrasos de produção, nos acidentes com máquinas, nas constantes
mudanças de emprego e nas reformas antecipadas( Vaz Serra, 2007).
Consequências negativas do stress (Cont.)
Existem características em determinados empregos que têm
influências negativas sobre o indivíduo, nas quais podemos destacar
:
• O trabalho por turnos;
• Pouca autonomia de decisão;
• Sobrecarga no trabalho;
• Condições físicas adversas.
Consequências negativas do stress (Cont.)
No entanto não podemos deixar de salientar que o stress não está
apenas relacionado com situações incomodativas, quando é intenso,
repetitivo e prolongado, suas consequências poderão ser muito
preocupantes, lesando o bem estar físico e psíquico do indivíduo.
Indicamos aqui algumas consequências da exposição ao stress
excessivo:
• Desenvolvimento ou agravamento de uma doença física ou psíquica;
• Influência negativa na família e vida social;
• Evocar emoções negativas fortes;
Consequências negativas do stress (Cont.)

• Proporciona maior número de acidentes no trabalho e/ou rodoviário;


• Prejudica processos de tomada de decisão;
• Tem efeitos negativos a nível económico;
• Provoca alterações no sono, metabolismo e sistema imunitário;
Medidas Preventivas
Após a referência as fatores de risco e potenciais fontes de stress
abordamos a seguir algumas medidas preventivas de stress descritas
por Rossi(2010), para que não se atinjam situações de limite.
Não menos importante será referenciar que, não só, o indivíduo, mas
também, a entidade patronal tem um papel ativo na prevenção de
combate ao stress.
Num plano organizacional temos:
• Avaliação apropriada dos riscos: utilização de inquéritos e escalas de
avaliação do stress para avaliar o estado atual dos indivíduos/
trabalhadores e permitir medidas de antecipação;
Medidas Preventivas (Cont.)
• Planificação e ajustamento gradual: os objetivos a atingir, as tarefas
a cumprir, as responsabilidades, os recursos necessários devem ser
planificados antes de início da atividade/tarefa;
• As medidas devem ter sempre como alvo o grupo de trabalho: as
intervenções devem ser sempre dirigidas a grupos de trabalho e
apenas, se estritamente necessário, a uma pessoa em particular;
• Inclusão da opinião dos trabalhadores: a experiencias dos
trabalhadores nas distintas atividades devem ser levadas em conta
para identificar problemas e possíveis soluções;
Medidas Preventivas (Cont.)
• Intervenções efetuadas por profissionais especializados: os planos
de prevenção devem ser elaborados por profissionais competentes
nas áreas da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais);

• Gestão dos riscos pelas hierarquias superiores: compromisso dos


quadros superiores de colocar a gestão dos riscos como uma
prioridade.
Medidas Preventivas (Cont.)
Num plano mais pessoal/individual, certas condutas poderão ter
efeitos preventivos, tais como:
• Encontrar ideias construtivas para resolver um problema;
• Estabelecer prioridades, avaliar o que é inadiável e o que pode ser
delegado;
• Comunicar aos superiores possíveis lacunas ou excessivo volume de
trabalho.
• Apresentar propostas de melhoria;
• Identificar novas tarefas que possam ser atribuídas;
• Seguir as políticas vigentes na entidade;
Medidas Preventivas (Cont.)
• Defender a responsabilidade para planear o trabalho;
• Em situação de assédio sexual, reportar imediatamente a situação
para os superiores hierárquicos;
• Pedir informações sobre inovações que serão implementadas;
• Aceitar e contribuir para uma avaliação de desempenho justa;
• Comprometimento em formação continua.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
O termo Inglês “Coping” apesar de não ter tradução fácil para a língua
(portuguesa) é atualmente muito usado e o seu significado refere-se a
estratégias para lidar com o stress (Vaz Serra, 2007).

• Deste modo, as estratégias de coping correspondem às respostas que


o sujeito tem, com a finalidade diminuir a “carga” física, emocional e
psicológica ligada aos acontecimentos geradores de stress. As
estratégias para lidar com situações de stress podem ser centradas:
no indivíduo, na diminuição das emoções sentidas ou, na busca de
apoio social.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
Estratégias para lidar com o stress focadas no problema:
• As estratégias focadas no problema procuram estabelecer um plano de
ação e segui-lo até eliminar o problema. Os planos de ação evitam que um
estado/sensação desagradável se prolongue e prejudique o bem-estar e a
saúde do ser humano.
• Um plano de ação passa por desenvolver várias etapas intermédias até
chegar à resolução do problema. Vejamos um exemplo: Numa instituição,
duas pessoas que trabalham num mesmo sector não conseguem dialogar
e chegar a entendimento sobre as tarefas e isso provoca um estado de
tensão constante.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
• Um plano de ação ideal seria:
• Primeiro alguém tomar a iniciativa de querer resolver o problema;
• Segundo, recorrer a alguém que possa mediar um diálogo entre ambas as
partes;
• Terceiro, avaliar os pontos divergentes;
• Quarto, reunir com o mediador e o/a colega de trabalho; debater os
pontos divergentes e tentar encontrar soluções e medidas para que o
trabalho possa fluir.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
• As estratégias focadas na resolução do problema são as mais
aconselhadas, pois, permitem remover definitivamente as fontes de
perturbação.
• As estratégias de coping que levam à busca de informação e resolução do
problema têm efeitos benéficos sobre o funcionamento psicológico e,
permitem reduzir a influência adversa das mudanças negativas e das
situações de pressão que reaparecem no tempo.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
Estratégias para ligar com o problema focadas na emoção:
• Quando o stress é sentido como mais grave, o foco é mais orientado para
o controlo das emoções. Quando atingem uma intensidade grave são
difíceis de tolerar e afetam as rotinas e interferem largamente com o seu
bem-estar.

• Por vezes, tentamos fugir das situações que nos provavam demasiada
tensão, fugimos de forma real ou imaginada da situação desagradável em
que vivemos. Os mecanismos que reduzem os estados de tensão têm
diferentes finalidades.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
Algumas são uteis, onde a pessoa apenas busca uma forma imediata para reduzir as
emoções desagraváveis, no entanto, ajuda a uma análise posterior mais objetiva:
• Ouvir musica, ver um filme;
• Praticar Ioga ou relaxamento;
• Fazer exercício físico;
• Distanciar-se do problema para vê-lo de uma forma/perspetiva diferente;
• Comparar os problemas com outros potencialmente mais graves (relativizar a
situação);
• Canalizar a energias para outros objetivos prioritários/importantes.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)

Outras são prejudiciais na medida em que adiamos indefinidamente a


resolução do problema e apenas adiamos a dor moral, tais medidas poderão
ser:

• Ficar na cama durante dias seguidos;


• Pensar como que o problema não existisse;
• Consumir drogas ilícitas e automedicação;
• Beber ou comer em excesso.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)
Estratégias para lidar com o stress focadas na interação social:
• Estes tipos de estratégias estão associadas à forma como lidamos e
mantemos o relacionamento com outras pessoas em situação de stress. A
pessoa que dá apoio manifesta uma relação empática. Se souber ter o
dom para observar a situação na perspetiva/ ponto de vista de quem o
solicita, se souber evitar o juízo de valor e, compreender o que a pessoa
diz em linguagem verbal e não-verbal, tende a ser procurada, pelos outros,
para ser um apoio na resolução do problema e redução da sensação
de stress.
Técnicas de controlo e gestão de stress profissional
(CONT.)

Aqueles que prestam cuidados a terceiros tendem a ser os mais


compreensivos e genuinamente empáticos e desenvolvem mais facilmente
planos de ação para a resolução dos problemas. A procura de apoio
emocional tende a recair para alguém com quem se possa desabafar, contar
os problemas e encontrar compreensão.
Como lidar com situações de agonia e sofrimento

• Sofrimento o que é?

O sofrimento é o padecimento, a pena ou a dor que sente uma pessoa. Trata-se


de uma sensação, consciente ou inconsciente, que se reflete no padecimento, no
esgotamento (ou depressão) ou na infelicidade.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)
• Agonia o que é?
O conceito de agonia é usado para se referir a um sofrimento doloroso e muito
forte que uma pessoa ou animal pode viver como uma espécie de sentimento
pouco antes de morrer. A palavra agonia vem da língua grega que significa “dor”
e “sofrimento”. Como se pode imaginar, a noção de morrer é muito complexa,
pois ela pode ser entendida a nível concreto, ou seja, sensações fisiológicas ou
corporais que uma pessoa tem, assim como a nível espiritual, em que entram em
jogo diferentes religiões ou crenças que uma pessoa pode ter.
A agonia é um sentimento comparado a uma dor ou sofrimento longo e
profundo, geralmente presente nos momentos antes da morte.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)
• Se quisermos compreender o que é capaz de ameaçar ou lesar uma
pessoa, teremos de perceber a sua rede de preocupações. Se quisermos
perceber quais são as suas preocupações, teremos de conhecer, quais são
as suas crenças e valores.
• Assim os valores relacionam-se com aquilo que um indivíduo quer ou
prefere e ligam-se aos ideais ou objetivos que a pessoa pretende atingir,
enquanto, as crenças dizem respeito ao que o indivíduo pensa na
realidade independentemente de gostar e aprovar ou não.
• Os valores e crenças são gerados no seio de família, os valores
influenciados pela cultura e as crenças pela relação que existe entre os
elementos da família (Vaz Serra, 2007).
• Qualquer um destes conceitos pode levar a formas desajustadas de
lidar com a vida.
Como lidar com situações de agonia e sofrimento(Cont.)

• A psicoterapia é um meio para a mudança e para o restabelecimento


emocional. Não podemos descurar a ajuda de profissionais, quando deixamos
de ser capazes de gerir emocionalmente o que nos preocupa, nos bloqueia, nos
retira o bem-estar necessário para uma vida saudável.
• Recorrer a técnicos especializados (psiquiatras, psicólogos) pode ser o caminho
mais rápido para a recuperação e evitar as recaídas.
Como lidar com situações de agonia e sofrimento
(Cont.)

• A forma como nos colocamos perante uma situação desagradável poderá


aumentar ou diminuir o foco de tensão, assim como a dor ou sofrimento.
• Desta forma, quando estamos associados (associação) a uma dada situação,
estamos no aqui e no agora, absorvidos no presente e damos muita
importância ás sensações vividas, assim, tendemos a aumentar o grau de
agonia, de sofrimento pois estamos a viver a situação na primeira pessoa.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)

• No entanto, se conseguirmos distanciar-nos da situação (dissociação), no plano


de pensamento, da imaginação, podemos afastar-nos das sensações corporais e
vivemos a situação na terceira pessoa. A dissociação permite gerir, reduzir o
grau de desconforto e sofrimento e distanciar-se de situações desagradáveis.
As técnicas de relaxamento e de indução de pensamento, como a Hipnoterapia
e Programação Neurolinguística, permitem adquirir e desenvolver a capacidade
de dissociação cognitiva (O’Connor, 2001).
Como lidar com situações de agonia e sofrimento
(Cont.)

• O processo de luto (perda), não só, poderá significar a morte de um familiar,


amigo, ou pessoa ao seu cuidado, mas também outro tipo de perdas, tais como:
emprego, divórcio ou mudança de residência. Existe uma sensação de
desmoronamento, agonia e tristeza profunda.
• Desde o momento em que se dá a perda até ao restabelecimento emocional
total, o indivíduo passa por várias etapas.
• A etapa seguinte só pode acontecer após a resolução da anterior.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)

• 1- Aceitar a realidade da perda: A primeira tarefa é aceitar que a pessoa não


voltará. Se no seu íntimo não deixa a pessoa partir, pois assume nas suas
vivências como se ela estivesse presente no dia-a-dia criará resistências à
aceitação natural.
• Desprender-se da maioria dos objetos ou recordações e no discurso usar os
verbos no passado “ ele/ela foi, esteve, gostava…” será um meio para a
aceitação.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)
• 2- Elaborar a dor da perda: É necessário que a pessoa em luto passe e assuma
a dor, não deve evitar ou suprimir a dor da perda. Não elaborar a dor é não
sentir e prolongar no tempo o sentimento de agonia, sendo então fulcral uma
terapia do luto.
• 3- Ajustar-se ao ambiente diário sem presença da pessoa: A perda significa um
vazio criado, novos papéis a assumir, reajustar as tarefas do dia-a-dia de forma
diferente, pois quem estava já não está. Torna-se importante adaptar as novas
rotinas e encontrar motivação para os novos desafios/compromissos.
Como lidar com situações de agonia e
sofrimento(Cont.)

• 4- Reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a


vida: Ninguém esquece as lembranças de alguém que teve grande significado
na sua vida. O importante não é esquecer, mas sim, recolocar a pessoa num
“local emocional” adequado para que se possa estar disponível para as novas
experiências/vivências e continuar a viver com motivação e interesse.
Técnicas de auto-protecção
• A experiência do stress é muito pessoal. As pressões têm várias origens
e afetam-nos de formas diferentes em ocasiões diferentes.
• Quando nos encontramos submetidos a uma pressão extraordinária,
enfrentamo-las, sentimo-nos estimulados, e, por vezes conseguimos
seguir em frente.
• Em outras circunstâncias, talvez padeçamos dos seus efeitos de alguma
forma, revelemos indícios de prostração e nos sintamos incapazes e de
tornar as expectativas realidade.
• O reconhecimento das origens de tais pressões e o desenvolvimento de
estratégias para as abordar e prevenir, pode livrar-nos de um stress
considerável.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
• Não se expor a situação de stress: Para conservar a sua saúde e energia, não
pode dizer sim a tudo quanto lhe pedem; delegar tarefas reduz o volume de
situações potencialmente stressantes; é útil utilizar os dias de férias, feriados e
fins-de-semana para descansar e realizar atividades que conceda satisfação
pessoal.
• Aprender a resolver problemas: A resolução adequada de um problema
elimina, ou pelo menos modifica de forma substancial a fonte de stress.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
A resolução adequada passa por 4 etapas:

• 1) Definição e formulação: reunir a maior quantidade de informação para o


problema passar de vago a concreto, seguidamente, estabelecer objetivos
realistas de resolução;
• 2) Génese de soluções alternativas: passa por criar o maior número possível de
alternativas válidas;

• 3) Tomada de decisão: tem como propósito avaliar as várias alternativas e


escolher/aplicar/agir a que nos parece mais indicada para resolver o
problema/situação;
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
A resolução adequada passa por 4 etapas:
• 1) Definição e formulação: reunir a maior quantidade de informação para
o problema passar de vago a concreto, seguidamente, estabelecer
objetivos realistas de resolução;
• 2) Génese de soluções alternativas: passa por criar o maior número
possível de alternativas válidas;
• 3) Tomada de decisão: tem como propósito avaliar as várias alternativas
e escolher/aplicar/agir a que nos parece mais indicada para resolver o
problema/situação;
• 4) Implementação e verificação das soluções: avaliação dos resultados após a
ação realizada, ou seja perceber se foi eficaz.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
Pensar com lógica: A avaliação dos acontecimentos nem sempre é realizada com
lógica, é importante:
a) Não sustentar o pensamento com crenças irracionais;
b) Não atribuir arbitrariedade às causas das ocorrências;
c) Não utilizar deduções preconceituosas ao comportamento de terceiros;
d) Não criar expectativas sem fundamentos;
e) Não discriminar inadequadamente as situações.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)

• Melhorar a autoestima: Entre diversas mudanças necessárias para melhorar a


autoestima, uma delas é:

Aprender: a compreender, aceitar, perdoar a si mesmo e aos outros.


Outra consiste em criar objetivos de vida.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)

• Modificar comportamentos: As mudanças podem ser introduzidas percorrendo


diversas etapas a seguir indicadas:

a) Identificar sinais induzidos pelo stress;


b) Identificar os estímulos que dão origem ao stress;
c) Envolver-se em atividades relaxantes;
d) Aprender a executar outras atividades para além do trabalho.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
• Em contextos interpessoais (relação no trabalho, nos grupos, com pares
sociais) ser autoafirmativo permite, embora respeitando os direitos dos outros,
lutar pela defesa dos seus próprios direitos.
As aptidões de autoafirmação estão ligadas a duas grandes classes (Vaz Serra,
2007).
• Quando o próprio precisa responder à iniciativa de alguém ou quando tem que
tomar a iniciativa em relação a outra pessoa.
• Quando responde à iniciativa de alguém: há assinalar a importância de dizer
não, saber lidar com as críticas, aceitar felicitações, saber manter conversas e
responder a solicitações para futuros encontros;
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
• Realizar críticas construtivas: não impor pontos de vista. Serve para ajudar o
próprio a criar perspetivas diferentes sobre um dado problema;

• Revelar preferências: demostrar o que agrada ou não e mudar o assunto


quando está desgastado ou a tornar-se desagradável;

• Capacidade para tomar iniciativa: iniciar conversas, terminar interações


indesejáveis, aprender a discordar, pedir favores, impedir que lhe interrompam
o que está a expor.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
Quando é necessário fazer uma crítica deve-se:

• começar e terminar com uma referência positiva à outra pessoa, exprimir o que
sente em relação a determinada situação, dirigir-se sobre os aspetos específicos
do seu comportamento, solicitar modificações concretas, e, falar em voz neutra
e não zangada.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)
• Relaxamento deriva da hipnose e produz modificações físicas e psíquicas.

• Atua determinando uma resposta de repouso. Esta prepara o organismo para


um estado de calma, inatividade do comportamento e o restauro das
modificações existentes.

Com o relaxamento consegue-se a diminuição da atividade fisiológica do


indivíduo que é acompanhada de uma sensação de bem-estar. Usualmente é
utilizado como meio de controlo da ansiedade.
Técnicas de auto-protecção (Cont.)

• Nas pessoas muito emotivas, predispostas a reagir de forma intensa perante


um problema menor pode ajuda-las a confrontar os acontecimentos de uma
forma mais controlada.

Várias são as disciplinas e técnicas que trabalham as questões do relaxamento,


entre elas podemos destacar: o ioga, pilates, meditação transcendental,
relaxamento progressivo de Jacobson e hipnose.
As emoções
Conceito de emoção
• Do latim emotĭo, a emoção é uma alteração intensa e passageira do
ânimo, podendo ser agradável ou penosa, que surge na sequência de
uma certa comoção somática. Por outro lado, de acordo com o Dicionário
da Língua Portuguesa da Porto Editora, a emoção desperta, em certa
medida, um sentimento de agitação no indivíduo, expectante perante
aquilo em que participa ou determinada circunstância.
As emoções (Cont.)
As emoções são reações psicofisiológicas, que representam modos eficazes
de adaptação face às mudanças ambientais, contextuais e/ou situacionais.
Em termos psicológicos, as emoções alteram a atenção e elevam o nível de
determinados comportamentos na hierarquia de respostas do indivíduo.
No que diz respeito à fisiologia, as emoções organizam as respostas de
muitos sistemas biológicos, inclusive as expressões faciais, os músculos, a
voz e o sistema endócrino, com vista a estabelecer um meio interno ótimo
em prol de um comportamento mais efetivo.
As emoções (Cont.)
• As emoções permitem que uma pessoa estabeleça a sua posição
relativamente ao seu meio envolvente, sendo projetada para terceiros,
objetos, acções ou ideias. As emoções funcionam também como uma
espécie de depósito de influências inatas e aprendidas.

• Na ótica do psicólogo Jean Piaget, existem condutas emocionais que estão


relacionadas com os processos de construção de uma mente individual
inteligente.
As emoções (Cont.)
• Os processos de conhecimento do meio circundante são adquiridos
através de um processo de evolução individual da inteligência, que
seleciona estruturas internas relacionadas com a formação e as
características estruturais do cérebro e os elementos do sistema nervoso, e
as liga às perceções do meio.
• Deriva em processos mentais cada vez mais complexos, que envolvem a
epigénese das estruturas cognitivas.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções.
• As emoções são respostas neurológicas e fisiológicas, a estímulos
(externos e internos), coordenados pelo próprio pensamento que
envolvem as estruturas do sistema límbico.

• Os estudos na área neurológica, têm vindo a crescer e as pesquisas têm


confirmado a relação somática(condições que se referem ao corpo,
emprega-se esta expressão em oposição ao que é psíquico e concerne ao
espírito), com o centro das emoções.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
• Segundo Vaitsman, os alicerces da vida emocional começam no cérebro
e se estendem ao sistema imunológico.
• Pesquisas feitas pelos neurocientistas António Damásio e Joseph
LeDoux, indicam que a maioria das emoções - como a raiva e o medo -
têm origem bioquímica. As pesquisas de LeDoux sobre o funcionamento
cerebral explicam, por exemplo, que alguém seja capaz de detetar o
perigo antes mesmo que uma situação de ameaça aconteça. Isso
significa que a reação bioquímica é anterior a emoção (1998).
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
• O ser humano possui no seu cérebro, uma estrutura chamada
sistema límbico, responsável pelas emoções e sentimentos.
• O sistema límbico, quando recebe um estimulo, sensitivo (Audição,
paladar, visão, olfato), envia essas “informações” para o tálamo
e hipotálamo que elabora respostas aos estímulos através do
sistema endócrino e do sistema nervoso autônomo.
Automaticamente produzem repostas, ativando esses sistemas, e
então temos um estado, que são as emoções e sentimentos
manifestadas.
• Sistema Límbico é o nome dado às estruturas cerebrais que
coordenam o comportamento emocional e os impulsos
motivacionais e é formado por diversas estruturas localizadas na base
do cérebro.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)

• De acordo com Ballone, os sentimentos e emoções, como amor, alegria, ódio,


pavor, ira, paixão e tristeza tem origem no Sistema Límbico. Chama-se
circuito de Papez a porção do Sistema Límbico relacionada às emoções e seus
estereótipos comportamentais.
• Na década de 30, o neurofisiologista Papez propôs que componentes do
Sistema Límbico mantinham numerosas e complexas conexões entre si. Este
Sistema é responsável também pelo aspetos da identidade pessoal e por
funções ligadas à memória (2005).
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)

• Segundo Newen, na teoria James-Lange, as emoções são o resultado de


estados fisiológicos desencadeados por estímulos ou situações
ambientais. Eles postulam que não choramos porque estamos tristes,
mas ficamos tristes porque choramos. Uma pessoa sente medo porque
o seu corpo respondeu com determinadas reações fisiológicas a uma
situação.
• A perceção do estado de nosso próprio corpo: são simplesmente aquilo
que experimentamos quando esse estado se altera devido a
acontecimentos do meio ambiente (2009).
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)

• Resumindo, perante uma situação de emergência, primeiro o homem reage e


foge e é por fugir que sente medo. De acordo com William James, o que
diferencia as emoções é que cada uma delas esta relacionada a perceção de
transformações corporais. Esta teoria é conhecida como teoria de James-
Lange, porque essa teoria era defendida por ele.
• James. declarava que quando um indivíduo é afetado por um estimulo, sofre
alterações fisiológicas perturbadoras, como falta de ar, palpitações, angústia e
etc. O reconhecimento desses sintomas é que vai gerar emoção no
indivíduo.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
• A teoria de James-Lange recebeu críticas do fisiologista Walter Cannon, que
em 1927 propôs uma teoria alternativa, baseando-se nas investigações de
Philip Bard. De acordo a teoria de Cannon-Bard, as emoções têm origem no
cérebro, ocorrem ao mesmo tempo que as reações fisiológicas, mas não
são causadas por estas. Segundo essa Teoria, os estímulos emocionais têm
dois efeitos excitatórios independentes: Provocam o sentimento da emoção
no cérebro bem como a expressão da emoção no sistema nervoso
autônomo e somático. Tanto a emoção como a reação a um estímulo seriam
simultâneos.
• Assim, numa situação de perigo, o indivíduo perante um estímulo
ameaçador sente primeiro medo e depois tem a reação física, foge.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)

• As teorias cognitivistas afirmam que os processos cognitivos, como as


perceções, recordações e aprendizagens, são fundamentais para se
perceberem as emoções.
• Uma situação, provoca uma reação fisiológica e procuramos identificar e
compreender a razão dessa excitação fisiológica, de modo a nomear a
emoção que lhe corresponde.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
Na Perspetiva Culturalista das Emoções:
• Segundo Pereira, a perspetiva Culturalista diz que as emoções são
comportamentos apreendidos no processo de socialização. Cada
cultura tem diferentes formas de exprimir as diferentes emoções. As
emoções são uma construção social que exige aprendizagem e que,
por isso, dependem da cultura em que o indivíduo está inserido. O
tipo de emoções que se manifesta em cada situação, a forma como
são demonstradas, e o conjunto de regras de cada cultura especifica é
própria em cada cultura e para cada uma delas, há uma linguagem da
emoção específica que é reconhecida por todos aqueles que nela
estão inseridos.
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
Na Perspetiva Culturalista das Emoções (cont.)

• Segundo Casanova et alli, para os partidários da abordagem


Culturalista, a emoção é um papel social que aprendemos num certo
tipo de sociedade, o que supõe que outras pessoas criadas em
outros lugares sentirão e expressarão emoções diferentes (2009).
Características Fisiológicas, cognitivas e
comportamentais das emoções. (Cont.)
• A título conclusivo, podemos dizer que estudo das emoções é muito
importante com relação a nossa sobrevivência enquanto seres Humanos.
• Se não mantivermos nossas emoções bem estruturadas, nossas chances
de sobrevivência ficam bem reduzidas. Somos seres com uma biologia
elaborada e de emoções bem refinadas como altruísmo, solidariedade,
compaixão.
• Porém é imprescindível que essas atividades emocionais sejam
harmonizadas e equilibradas com o uso da racionalidade e do
pensamento analítico e investigativo. Cultivando a tolerância e
respeitando as diferenças individuais, a fim de termos um convívio
pacífico, Assim, teremos todas as possibilidades de sobreviver em todas as
situações, inclusive, as vindouras.
Estratégias de gestão das emoções
Devido á importância das emoções, não descurando até mesmo das
desagradáveis, relevo a importância, não de as anular, mas,
conseguirmos ter a capacidade de as regular de forma a ser o indivíduo
a assumir o controle e não deixar que sejam elas a controlar-nos.
• A resposta para obter esse controle é a Regulação Emocional.
Estratégias de gestão das emoções(Cont.)
Mas o que é Regulação emocional?
• A regulação das emoções tem dois componentes: por um lado é
importante regular a experiência emocional, por outro regular a expressão
emocional, tornando-se importante, de facto, distingui-los:
• Experienciar uma emoção, não implica necessariamente atuar, e mesmo
expressá-la, não tem de ser feito de uma forma dura e inapropriada.
Estratégias de gestão das emoções (Cont.)

Na Regulação da experiência emocional


• Na regulação da experiência emocional, é importante permitirmo-nos
aceder às nossas emoções, entrarmos em contacto com elas, para as
podermos simbolizar (dar-lhes um significado coerente) e integrá-las na
nossa visão, reconhecermos que elas fazem parte de nós.
Estratégias de gestão das emoções (Cont.)
Na Regulação da expressão emocional
Relativamente a expressar aos outros as nossas emoções, é
importante gerir quando, os outros estão disponíveis ou nos
estamos preparados, e gerir o controlo da nossa parte:
• Se me controlo demasiado e não expresso de todo o que sinto,
fico com as minhas emoções entaladas e não dou a possibilidade
ao outro de vir ao encontro das minhas necessidades;
• Se não controlo de todo a expressão das minhas emoções,
dificilmente reparo nos sinais do outro que poderá não estar no momento
disponível e corro o risco de o sobrecarregar e afastá-lo.
Estratégias de gestão das emoções (Cont.)

Conseguir fazer este tipo de gestão sozinho, pode não se revelar tarefa fácil.
No entanto, pode inicialmente experienciar e expressar as suas emoções
mais dolorosas no seio de um ambiente seguro e aceitante, através da ajuda
de um profissional , que desde logo facilita muito este processo.
Bibliografia sugerida

Como Lidar com o Stresse, 1998, 2011 Deco Proteste , 2ª Edição, Editores, Lda.

Cooper C. e Straw A., Como Controlar o Stress Eficazmente Numa Semana, copyright Ediciones Gestion, 2000 S. A .
O`Connor, J. (2001)Manual de programação neurolinguística. Rio de Janeiro : Qualitymark
Rossi, A. (2010). Stress e qualidade de vida no trabalho: perspetivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas
Serra, Adriano Vaz (1999), O Stress na vida de todos os dias .Coimbra: Gráfica de Coimbra, Lda.
Vives, J. F. (1994). Respuesta Emocional al Estrés Laboral.
Webgrafia
http://blog.safemed.pt/causas-sintomas-e-consequencias-do-stress-relacionado-com-o-trabalho
http://www.iasaude.pt/Saude_trabalho/Diretivas/Diretiva-89-391-CEE.pdf
https://josejorgemonteiro.wordpress.com/2016/11/02/a-psicoterapia-no-processo-de-luto/
http://massagemshantala.com.br/wp-content/uploads/2013/07/estresse_e_desempenho.jpeg
http://www.claudetedemorais.com.br/emocoes2.html
https://conceito.de/emocao
https://conceito.de/sofrimento
https://oquee.com/agonia/
https://psicologado.com/psicologia-geral/introducao/as-emocoes
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=25
https://youtu.be/VdJP6QsEZ3U (vídeo sobre o Stress no trabalho)

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