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QUINCAS BORBA

Machado de Assis
Sobre o autor
• Joaquim Maria Machado de Assis, ou somente
Machado de Assis, é considerado o maior nome
da ficção brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro, em
21 de junho de 1839.
• Começou a trabalhar na Imprensa Nacional como
aprendiz de tipógrafo e lá foi crescendo
profissionalmente. Em 1858, tornou-se revisor e
colaborador do Correio Mercantil. Dois anos mais
tarde, migrou para a redação do Diário do Rio de
Janeiro.
• Escreveu romances, contos, críticas teatrais e
poesias
• Morreu no Rio de Janeiro, aos 69 anos, em 29 de
setembro de 1908.
A obra
• É o sexto romance machadiano, foi
publicado, inicialmente, sob a forma de
folhetins, entre junho de 1886 e setembro
de 1891, sem periodicidade regular, na
revista A estação.
• A primeira edição d obra em livro é
publicada com muitas reformulações em
relação à folhetinesca.

• O estilo machadiano: com a relativização


dos valores morais, o constante diálogo
com o leitor, as digressões e o humor fino,
quase sempre pessimista.
• A obra com um das marcas do romance de folhetim, a cordialidade, pois o
narrador de Quincas Borba não é benevolente. Muitas vezes, o romance
demonstra um profunda indiferença em relação aos sentimentos humanos, por
extensão, aos leitores:

“[...] ou, mais propriamente, capítulo em que o leitor, desorientado, - não pode
combinar as tristezas de Sofia com a anedota do cocheiro. [...] Calúnia do leitor e de
Rubião, não do pobre cocheiro que não proferiu nomes, não chegou seque a contar uma
anedota verdadeira. É o que terias visto, se lesses compaus. Sim, desgraçado,
adverte bem que era inverossímil [...]”
• Para compreender Machado: “[...] a linguagem não é
representação transparente de uma realidade, mas é criação de
diferentes realidade, de diversos pontos de vistas sobre o real.
Mostra-nos, por conseguinte, a relatividade da verdade, a
possibilidade de que a realidade seja outra. Não há nada fixo,
imutável, verdadeiro.” (José Luiz Fiorin).

• “Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler Memórias


Póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência,
que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado e inventor de uma
filosofia. Aqui o tens agora, em Barbacena”.
Resumo
• O protagonista Pedro Rubião de Alvarenga era um professor primário que se tornou
enfermeiro e amigo do milionário Quincas Borba.
• Com a morte de Quincas Borba, Rubião herda tudo o que pertencia ao magnata: escravos,
imóveis, investimentos, com a condição de cuidar do cachorro do falecido, Quincas Borba.

• “Quando o testamento foi aberto, Rubião quase caiu para trás. Adivinhais por quê. Era nomeado
herdeiro universal do testador. Não cinco, nem dez, nem vinte contos, mas tudo, o capital inteiro,
especificados os bens, casas na Corte, uma em Barbacena, escravos, apólices, ações do Banco do
Brasil e de outras instituições, jóias, dinheiro amoedado, livros, - tudo finalmente passava às
mãos do Rubião, sem desvios, sem deixas a nenhuma pessoa, nem esmolas, nem dívidas. Uma só
condição havia no testamento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre cachorro Quincas
Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe tinha.”
• Subitamente enriquecido, Rubião se muda para o Rio de Janeiro e já na viagem conhece o casal
Sofia e Cristiano Palha, que se comprometem a apresentar-lhe a corte e cuidar para que ele não
seja alvo de aproveitadores. De fato, Sofia e Cristiano logo incluem Rubião em seu círculo de
amizades.

• Com a convivência, nasce o interesse de Rubião pela bela Sofia. Ela logo percebe a paixão que
provoca, utilizando-se disso para envolver ainda mais o milionário.

• A submissão de Rubião às opiniões de Palha e a convicção de que Sofia “o amava muito”


sugerem, logo no início do romance, duas coisas: a necessidade de Rubião ser aceito em um
ambiente que não é o seu e sua dificuldade em interpretar as ações e as intenções das outras
pessoa. A combinação dessas duas características antecipa muitos dos problemas que o
capitalista ira viver.

• Acreditando-se correspondido (cesta de morangos), Rubião se declara à amada durante um baile.


Sofia comenta com o marido a ousadia do convidado, mas Cristiano tenta diminuir a ira da esposa,
comentando que já devia muito dinheiro a Rubião. O marido ainda sugere que ela alimente aquele
sentimento, para que eles possam continuar a explorar o pobre milionário.
• Camacho: “homem político” que também tira vantagem da bondade e da ingenuidade de Rubião.
• Rubião e Cristiano se tornam sócios em uma importadora, Palha & Cia. Com o tempo, o
capitalista passa a administrar os bens e a fortuna do mineiro. A condição de vida do casal
Palha melhora a olhos vistos. Quando Rubião continua gastando dinheiro.

• Passa a sentir ciúmes crescentes do jovem Carlos Maria, que dirige gracejos a Sofia. Atingindo
o estado de desespero, Rubião chega certa vez a gritar com Sofia, insinuando o adultério. A
mulher contorna a situação e prova sua inocência, posteriormente confirmada com o
casamento de Carlos Maria com Maria Benedita, prima de Sofia.

• Cristiano rompe a sociedade com Rubião, alegando a necessidade de desligar-se da empresa


a fim de capacitar-se a assumir cargos no sistema financeiro. Na verdade, já estabelecido. O
casal ascende socialmente, o que os faz distante dos velhos amigos.

• Enlouquecido de desejo, Rubião visita Sofia, mas a encontra de saída. Quando ela sobe na
carruagem que a espera, ele também entra, intempestivamente, baixando em seguida as
cortinas. Mais uma vez, declara-se a ela, desta vez acrescentando ser Napoleão III e ela, sua
amante. Sofia percebe a demência de Rubião.
• Logo, a notícia se espalha por toda a cidade. Seus delírios se acentuam à mesma proporção
em que seu patrimônio diminui.

• Pouco a pouco, todos os amigos de Rubião, a quem ele tanto ajudou, vão se afastando. Palha,
por exemplo, hesita em chamar um médico: “Já ando com grande carga sobre mim, Sofia. E
depois como há de ser? Havemos de trazê-lo para casa? Parece que não. Metê-lo onde?

• Por insistência de amigos, os Palha assumem a responsabilidade de cuidar do doente. Como


primeira providência, transferem-no para uma casa mais humilde. Os acessos de loucura
continuam e Rubião acaba internado em um hospício.

• Rubião foge e, acompanhado do cão, retorna a Barbacena. Ninguém os recebe e os dois


acabam dormindo na rua. No dia seguinte, Rubião morre, ainda acreditando ser um
imperador francês, repetindo “Ao vencedor, as batatas!”
• “Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente,
fugiu desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois.
Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me
perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes
um que outro, — questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os
dois recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso ri-te! É a mesma coisa. O
Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para
não discernir os risos e as lágrimas dos homens.”

• É evidente que o narrador não acredita na humanidade e não se interessa pela


dor que a aflige, ao explicitar sua indiferença em relação os sofrimentos do
“leitor”.

• A vitória de Palha e Sofia sobre Rubião, que lhes rende muito mais do que
batatas, para “uma transposição para um contexto moral e humano do
princípio darwinista da sobrevivência dos mais apto”. Lei de Humanitas.
Personagens
• Quincas Borba era um intelectual que vivia em Barbacena, interior de Minas Gerais. Foi
apaixonado por Maria da Piedade, irmã de Rubião. A moça morreu jovem e Quincas
Borba não deixou nenhuma viúva ou filho. O herdeiro escolhido, registrado em
testamento, foi o grande amigo Rubião, que esteve ao seu lado nos últimos meses antes
da morte.

• Quincas Borba, o cachorro

• Rubião: Ingênuo, o antigo professor primário Pedro Rubião de Alvarenga recebe, aos
quarenta anos, uma herança de Quincas Borba. Após a morte do amigo, Aqueçe
descobre um inesperado testamento que o deixava como único responsável por todos
os bens: imóveis, investimentos, livros. Também havia herdado o cão, Quincas Borba.
• Sofia Palha: Casada com Cristiano Palha, Sofia é a musa de Rubião. O rapaz apaixona-se pela
moça desde o momento que a conhece, na estação de Vassouras. Sofia tinha entre vinte e sete e
vinte e oito anos e era descrita como uma belíssima senhora. “[...] longa está de ser um caráter
nobre, mas pertence àquela galeria interessante de mulheres forte e sedutoras que Machado
descreveu com sensual admiração.”
• Cristiano Palha: Interesseiro, Cristiano de Almeida e Palha vê em Rubião uma oportunidade
para crescer na vida. A partir do momento que percebe a ingenuidade do rapaz, Cristiano tenta
tirar vantagem da sua condição financeira abastada.
• Carlos Maria: jovem vaidoso, esnobe, altivo e galanteador. Conquistador endeusado pelas
mulheres que o rodeiam, principalmente sua futura esposa, Maria Benedita, prima de Sofia.
• Maria Benedita: adotada como pupila por sua prima Sofia. Ao final, torna-a seu objeto de
despeito pelo seu casamento com Carlos Maria. Aniquila-se em função do marido.
• Camacho: personagem caricaturesco, politiqueiro e de fala empolada, cujos ideais e ideias são
tomados de empréstimo. É versátil na arte da dissimulação. Dirige o jornal O Atalaia.
• D. Fernanda: mulher casamenteira, de boa índole e certa generosidade, a ponto de condoer-se
do destino de Rubião. Promove o casamento de Carlos Maria com Maria Benedita.
Narrador e a escrita do livro
• A narrativa começa in media res, ou seja, começa no meio das coisas, designa uma
narrativa que começa pelo meio da fábula, cujo início só vamos conhecer por meio
de um flashback.

• Apesar de tecnicamente o narrador do romance ser onisciente, ele não mantém


distanciamento dos fatos narrados. Ao contrário, ele comenta os acontecimentos
da fábula, demonstrando dúvidas e hesitações, relativizando a própria onisciência.
“Deixemos Rubião na sala de Botafogo, batendo com as borlas do chambre nos
joelhos, e cuidando na bela Sofia. Vem comigo, leitor; vamos vê-lo, meses antes, à
cabeceira do Quincas Borba.”
• “Rubião
lembrou-se de uma comparação velha, mui velha, apanhada em não sei
que décima de 1850, ou de qualquer outra página em prosa de todos os
tempos. Chamou aos olhos de Sofia as estrelas da terra, e às estrelas os olhos do
céu.Tudo isso baixinho e trêmulo.
• “Não,senhora minha, ainda não acabou este dia tão comprido, não sabemos o
que se passou entre Sofia e o Palha, depois que todos se foram embora.”

• Coloca em dúvida o próprio saber, produzindo efeito de subjetividade, que é


reforçado pelo constante diálogo com os leitores e pelo emprego de primeira
pessoa gramatical, em alguns casos o narrador parece efetivamente uma
pessoa.
• “Onde li eu que uma traição antiga fazia esperar a uma virgem de Israel, durante
certa noite do ano, a concepção divina?”
• Outracaracterística é dizer algumas coisa de modo indireto, delicado, mais
sugerindo do que mostrando, mais insinuando do que afirmando. Os desejos
adúlteros de Rubião, por exemplo, são referidos inicialmente de modo
metafórico:

• “Rubiãoestava resoluto. Nunca a alma de Sofia pareceu convidar a dele, com


tamanha instância, a voarem juntas até às terras clandestinas, donde elas
tornam, em geral, velhas e cansadas. Algumas não tornam. Outras param a
meio caminho. Grande número não passa da beira dos telhados.”
• Há no livro o uso constante das digressões, trata-se de um comentário, de uma narrativa
subsidiária, de uma paródia, enfim, de uma passagem que interrompe o ritmo natural da
fábula.

• Tem-se a impressão de que essas digressões são acessórias, desnecessárias para a


compreensão da obra, mas é nelas que encontramos muitas das melhores pistas para
apreender as visões do mundo veiculadas nos textos.
“O rumor das vozes e dos veículos acordou um mendigo que dormia nos degraus da igreja. O pobre
diabo sentou-se, viu o que era, depois tornou a deitar-se, mas acordado, de barriga para o ar, com os
olhos fitos no céu. O céu fitava-o também, impassível como ele, mas sem as rugas do mendigo, nem
os sapatos rotos, nem os andrajos, um céu claro, estrelado, sossegado, olímpico, tal qual presidiu às
bodas de Jacó e ao suicídio de Lucrécia. Olhavam-se numa espécie de jogo do siso, com certo ar de
majestades rivais e tranquilas, sem arrogância, nem baixeza, como se o mendigo dissesse ao céu:
— Afinal, não me hás de cair em cima.
E o céu:
— Nem tu me hás de escalar.”
Tempo e espaço
• Trata-se de um período de agitação política do Segundo Reinado, que inclui
mudança de governo de 1868 (quando D. Pedro II impôs o Visconde de Itaboraí, do
Partido Conservador, como Presidente do Conselho, em uma câmara dominada
pelo Partido Liberal); a Guerra do Paraguai (1864-1870) e a Lei do Ventre Livre
(1871).

• A ruína financeira é resultado da dificuldade de compreender a dinâmica da vida


na Corte e, talvez, por extensão, a dinâmica da política, no sentido mais amplo do
termo.
• John Gledson, importante crítico literário inglês, que se especializou na obra de Machado
de Assis, faz uma leitura interessante do final do romance, quando Rubião passa a se
identificar com Napoleão III.

• Luís Napoleão governou a França entre 1851 e 1870, oscilando entre momentos mais e
menos autoritários. O fato de Rubião identificar-se com o monarca francês pode ser
explicado por uma questão de sincronia: a Terceira República francesa, que derruba
Napoleão III, ocorre na mesma época da fábula do romance. Mas não é só isso. Na versão
folhetinesca do romance, publicada entre 1886 e 1891 (mês época da Proclamação da
República), nosso protagonista se chamava Rubião José de Castro. Na versão em volume,
de 1891, ele ganha outro nome: Pedro Rubião de Alvarenga. Os nomes podem ser fruto do
acaso, mas é no mínimo curioso que os dois primeiros nomes do nosso monarca fossem
“Pedro de Alcântara”. Para Gledson, há:

• “um paralelo ente a queda do Segundo império francês e uma crise fundamental no último
Império da América”.

• Assim, Pedro Rubião, louco, falido, coroando-se Napoleão III pode ser uma alegoria política
que o império brasileiro enlouquecera.
Ao vencedor as batatas - Humanitismo
•O Humanitismo já havia aparecido em Memórias póstumas de Brás Cubas.
Naquela obra, Quincas Borba dizia que sua teria “acomodava-se
facilmente com os prazeres da vida, inclusive a mesa, o espetáculo e os
amores.” . Isso porque sua teoria era uma legitimação da busca do prazer,
sem condenar o egoísmo, o volubilidade, o cinismo, a superficialidade e a
vaidade.

• Osexemplos grotescos e as conclusões absurdas de Quincas Borba são


um indício de que não se deve levar a sério os princípios humanitistas, que
funcionam como paródia do positivismo e das tendências cientificistas da
segunda metade do século XIX, que são satirizados.
• No capítulo seis do romance de Machado de Assis, Quincas Borba discursa para ensinar o
amigo Rubião o conceito filosófico do Humanitismo. (morte de sua avó)

• A teoria, fundada nos ensinamentos do filósofo Joaquim Borba dos Santos, tem como base a
noção de que a guerra seria uma forma de seleção natural. Afinal, vida é um campo de
batalha onde só os mais fortes sobrevivem e que fracos e ingênuos, como Rubião, são
manipulados e aniquilados pelos superiores e espertos, como Palha e Sofia, que no fim
da obra terminam vivos e ricos.
• "Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para
alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra
vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas
do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a
destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos.
Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos demais efeitos das
ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo
motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo
motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao
vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas."
• O humanitismo parece que legitima, então, as ações e os pensamentos de Rubião.
Se, por um lado, ele cuida com afinco de Quincas Borba, ele não esconde, por outro,
suas expectativas com a possibilidade de ter uma parte da herança. Essa dualidade,
que o faz oscilar entre amizade verdadeira e a amizade interessada, retomo os
conflitos do espiríto com o coração.

• Assim, Quincas Borba representa a reafirmação dos princípios humanitistas,


desprovidos de moralidade: tudo é permitido, porque tudo se faz em nome da
substância original. A filosofia se enquadra perfeitamente no jogo de fingimento
das relações sociais: a moralidade aparente esconde a imoralidade da essência
dessas relações.
Análise
• Os temas centrais (amor, loucura e ambição) apontam para um elemento central da obra
machadiana: seu caráter universalizante. As reflexões são marcadas pelo desencanto e
pelo pessimismo, bem como pelo humor e pela paródica, superam a narrativa
moralizante dos românticos.

• A trama de Quincas Borba gira em torno das relações sociais.

• O abismo entre o espírito e o coração, entre a razão e a emoção, entre as convenções sociais
e os sentimentos inconfessáveis se torna uma das tônicas do romance e do comportamento
de Rubião. É caso de “flexibilidade” ética, bem comum na obra machadiana,
caracterizada justamente pela relativização de valores e pela negação do maniqueísmo,
tornando os conflitos simplesmente “humanos”, com o narrador analisando os
pormenores da consciência, mas evitando a todo custo os juízos de valor predefinidos.
• Cristianoe Sofia representam verdadeiras paródias da crença romântica na
sinceridade humana: o primeiro é um falso amigo, enquanto a segunda usa as
armas da sedução para manter o pobre Rubião sob controle e para permitir ao
marido uma exploração constante.

•O que a generalização do engodo sugere é a existência de uma sociedade


improdutiva e parasitária, dissimulada sob máscaras de duvidosas transações
financeiras e falsos elogios nos jornais. Uma sociedade na qual o jogo de
aparências exerce uma ação poderosa e irresistível

• A demonstração de poder é mais importante que o poder em si

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