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O Brasil foi o último país da América a

abolir a escravidão (1888). Ao longo de


mais de três séculos, foi o maior destino
de tráfico de africanos no mundo, quase
cinco milhões de pessoas. Grande parte
dos descendentes daqueles que chegaram
também fora escravizada.
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de
União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade
autossustentável, um reino (ou república na visão de
alguns) formado por escravos negros que haviam escapado
das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava
uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se
onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas.
Naquele momento sua população alcançava por volta de
trinta mil pessoas. Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas,
livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um
missionário português quando tinha aproximadamente
seis anos. Escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou
ao seu local de origem.
Como a existência do quilombo estimulava as fugas de
escravos, os fazendeiros da região reuniram milícias para
atacar Palmares durante todo o século 17. Diante dos
conflitos constantes, Ganga Zumba, então líder de
Palmares, aceitou um acordo de paz com os brancos, em
1678. Isso enfureceu os palmarinos, que assassinaram
Ganga Zumba dois anos mais tarde. Zumbi, seu sucessor,
liderou uma guerra contra os invasores. Mas na manhã de
6 de fevereiro de 1694 a Cerca Real do Macaco, capital de
Palmares, foi ocupada por um batalhão comandado pelo
bandeirante Domingos Jorge Velho. Nos meses seguintes,
as outras aldeias caíram. Zumbi escapou do massacre
inicial e liderou uma luta de guerrilhas, mas acabou morto
em 20 de novembro de 1695.
Na década de 1970, um grupo de quilombolas no Rio
Grande do Sul cunhou o dia 20 de novembro como o
Dia da Consciência Negra: uma data para lembrar e
homenagear o líder do Quilombo dos Palmares,
Zumbi, assassinado nesse dia pelas tropas coloniais
brasileiras, em 1695. A representação do dia ganhou
força a partir de 1978, quando surgiu o Movimento
Negro Unificado no País, que transformou a data em
nacional. A lei federal 12.519 de 2011 institui o 20 de
novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.
Machado de Assis
(RJ, 21/06/1839 —
RJ, 29/09/1908)
Escritor brasileiro, considerado por
muitos críticos, estudiosos, escritores e
leitores um dos maiores senão o maior
nome da literatura do Brasil. Poeta,
romancista, cronista, dramaturgo,
contista, folhetinista, jornalista e crítico
literário.
Nascido no Morro do Livramento, Rio de “Todos saímos à rua. Todos respiravam
Janeiro, mestiço, de uma família pobre,
mal estudou em escolas públicas e nunca
felicidade, tudo era delírio.
frequentou universidade. Verdadeiramente, foi o único dia de
delírio público que me lembra ter visto”
Machado de Assis sobre a abolição da escravidão no
Brasil, em 1893.
Lima Barreto
(RJ, 13/05/1881 —
RJ, 1/11/1922)
Afonso Henriques de Lima Barreto
foi um jornalista e escritor que
publicou romances, sátiras, contos,
crônicas e uma vasta obra em
periódicos, principalmente em
revistas populares ilustradas e
periódicos anarquistas do início do
século XX.
• Recordações do Escrivão Isaías
Caminha.
“Jamais na minha vida vi tanta alegria. Era geral, era
• Triste fim de Policarpo Quaresma. total. E os dias que se seguiram, dias de folganças e
• Clara dos Anjos. satisfação, deram-me uma visão da vida inteiramente
(de) festa e harmonia”.
Lima Barreto, que completava 7 anos em 13/05/1888, recorda a
data décadas depois.
“O trem parara e eu abstinha-me de saltar. Uma vez, porém, o fiz; não sei
mesmo em que estação. Tive fome e dirigi-me ao pequeno balcão onde havia
café e bolos. Encontravam-se lá muitos passageiros. Servi-me e dei uma
pequena nota a pagar. Como se demorassem em trazer-me o troco reclamei:
"Oh! fez o caixeiro indignado e em tom desabrido. Que pressa tem você?!
Aqui não se rouba, fique sabendo!" Ao mesmo tempo, a meu lado, um
rapazola alourado reclamava o dele, que lhe foi prazenteiramente entregue.
O contraste feriu-me, e com os olhares que os presentes me lançaram, mais
cresceu a minha indignação. Curti, durante segundos, uma raiva muda, e
por pouco ela não rebentou em pranto. Trôpego e tonto, embarquei e tentei
decifrar a razão da diferença dos dois tratamentos. Não atinei; em vão
passei em revista a minha roupa e a minha pessoa. Os meus dezenove anos
eram sadios e poupados, e o meu corpo regularmente talhado. Tinha os
ombros largos e os membros ágeis e elásticos. As minhas mãos fidalgas,
com dedos afilados e esguios, eram herança de minha mãe, que as tinha tão
valentemente bonitas que se mantiveram assim, apesar do trabalho
manual a que a sua condição, a obrigava. Mesmo de rosto, se bem que os
meus traços não fossem extraordinariamente regulares, eu não era
hediondo nem repugnante. Tinha-o perfeitamente oval, e a tez de cor
pronunciadamente azeitonada.
Lima Barreto – Recordações do Escrivão Isaías Caminha (2004, p. 29-30)
Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março
de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977):
escritora, compositora e poetisa brasileira, conhecida
por seu livro "Quarto de Despejo: Diário de uma
Favelada“ (1960). Foi uma das primeiras escritoras
negras do Brasil e é considerada uma das mais
importantes escritoras do país. Viveu boa parte de
sua vida na favela do Canindé (SP) sustentando a si
mesma e seus três filhos como catadora de papéis.

Conceição Evaristo (Belo Horizonte, 1946)


Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro, 17 de outubro
de 1847 — 28 de fevereiro de 1935) - compositora,
instrumentista e maestrina brasileira. Foi a
primeira pianista chorona (musicista de choro),
autora da primeira marcha carnavalesca com letra
("Ó Abre Alas", 1899) e também a primeira mulher
a reger uma orquestra no Brasil.

Tia Ciata (Santo Amaro da Purificação, 1854 — Rio de


Janeiro, 1924) foi uma cozinheira e mãe de santo
brasileira, considerada por muitos como uma das
figuras mais influentes para o surgimento do samba
carioca. Em sua casa na Praça Onze, onde os sambistas
se reuniam, foi criado o primeiro samba gravado em
disco - "Pelo Telefone“.
Maria Firmina dos Reis (São Luís, 1825 –
1917) – Considerada a primeira romancista
brasileira. Com 22 anos foi aprovada em
um concurso para ser professora na cidade.
Seu primeiro livro, Úrsula, foi o primeiro
romance publicado por uma mulher no
país, e também o primeiro
antiescravagista.

Luís Gama (São Paulo, (1830 - 1882) -


considerado o Patrono da Abolição da
Escravidão do Brasil, um dos raros intelectuais
negros do Brasil do século XIX. Mesmo sem
formação, exercia advocacia, principalmente
para libertação de pessoas negras escravizadas
ou acusadas de algum crime
Grande Otelo (Minas Gerais, 1915-1993) - Sebastião
Bernardes de Souza Prata começou a sua vida
artística no circo. Uma das maiores estrelas do
cinema nacional, atuou nas principais rádios e
emissoras do Brasil. Sua parceria com Oscarito tornou
a dupla a mais famosa e bem sucedida do cinema
brasileiro. Na época em que era a proibida a entrada
de negros pela porta da frente do Cassino da Urca, foi
o primeiro a fazê-lo, na companhia da atriz e
dançarina norte-americana Josephine Baker.

Pixinguinha (Rio de Janeiro, 1897 – 1973) - Alfredo da Rocha


Vianna Filho é um dos pais do choro brasileiro, ritmo que
ajudou a popularizar com a sua maestria para tocar flauta.
Ele também dominava o saxofone, cavaquinho e outros
instrumentos. Seu pai era flautista e com apenas treze anos
o menino já compunha músicas. Com quinze, tornou-se
músico pela orquestra do Teatro Rio Branco. Com o tempo o
garoto fez partes de importantes grupos musicais da década
de vinte, como o Caxangá, saiu em turnês internacionais e
ganhou fama como um dos maiores músicos que o Brasil já
teve, em uma época em que músicos negros são
subvalorizados no Brasil. "Carinhoso" seu arranjo mais
conhecido, com composição de Orlando Silva, é considerada
uma das obras mais importantes da música popular
brasileira.
Cartola (Rio de Janeiro, 1908 – 1980)
- Angenor de Oliveira foi cantor e
compositor brasileiro. "As Rosas Não
Falam", música e letra de sua autoria,
um clássico do samba, foi escrita
quando cartola tinha 67 anos.

Ruth de Souza (Rio de Janeiro 1921 – 2019) - Primeira dama


negra do teatro, do cinema e da televisão do Brasil, Ruth de
Souza foi a primeira artista nascida no país a ser indicada ao
prêmio de melhor atriz num festival internacional de
cinema, por seu trabalho em Sinhá Moça, no Festival de
Veneza de 1954. Em 1968, integrou o elenco da TV Globo,
tornando-se a primeira atriz negra a protagonizar uma
telenovela, em Passo dos Ventos de Janete Clair e depois em
A Cabana do Pai Tomás (ambas em 1969), passando a
participar intensamente da teledramaturgia da emissora, em
diversas produções.

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