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Cap.

17 – Entre o bem e o mal

Colégio São Carlos


Prof. Paulo Rogério
1. Uma história real

Catherine Genovese
(1935-1964)
Um história real

O caso de Catherine
Genovese, 28 anos,
assassinada a facadas em
1964, nos Estados Unidos.
Ao todo, 38 pessoas viram o
assassinato e não fizeram
nada para ajudar.
2. Os Valores
Valores

Diante de pessoas,
coisas e situações,
estamos constantemente
fazendo avaliações:
“Esta caneta é ruim, pois
falha muito”; “Esta moça
é atraente”; esta chuva
é bela etc.
Juízo de realidade e Juízo de valor
Essas afirmações referem-se a:

Juízo de realidade: Juízo de valor


Quando constatamos um Quando atribuímos uma
fato: “Está chovendo”. qualidade: “Esta chuva é bela!”
Teoria dos Valores
Mas o que são valores? Embora a temática dos
valores seja antiga, só no século XIX surgiu a
teoria dos valores ou axiologia.

A axiologia não se ocupa


do ser (como a
metafísica), mas das
relações entre os seres e
o sujeito que os aprecia.
Teoria dos Valores
Os seres (coisas, seres vivos ou ideias) mobilizam
nossa afetividade por atração ou por repulsa.
Portanto, algo possui valor quando não nos deixa
indiferentes.

“Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e


outra coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não
dizemos nada do seu ser, mas dizemos que não é
indiferente. A não indiferença constitui esta variedade
ontológica que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença
é a essência do valer” (MORENTE. Fundamentos da
Filosofia, p. 296).
Teoria dos Valores

Os valores são, num primeiro momento, herdados.

Ao nascermos, o mundo
cultural é um sistema de
significados já
estabelecido, de tal
modo que aprendemos
desde cedo como nos
comportar nas diversas
situações do cotidiano.
Teoria dos Valores

Conforme atendemos ou
transgredimos os padrões,
os comportamentos são
avaliados como bons ou
maus, belos ou feios,
úteis ou inúteis, seja do
ponto de vista ético,
estético, religioso etc.

Embora haja diversos tipos de valores, vamos considerar


neste capítulo apenas os valores éticos ou morais.
3. Moral e Ética
Moral e Ética

Os conceitos de moral e ética ainda que


diferentes, são com frequência usados como
sinônimos.

No entanto, podemos
estabelecer algumas
diferenças entre eles,
embora essas
definições variem
conforme o filósofo.
Moral
Moral é o conjunto de regras que determinam o
comportamento dos indivíduos em um grupo social.

De modo simplificado, o
sujeito moral é aquele que
age bem ou mal na medida
em que acata ou desobedece
as regras morais admitidas
em determinada época ou
por um grupo de pessoas.
Questões da Moral
Diz respeito à ação moral concreta, quando nos
perguntamos: O que devo fazer? Como devo agir
nessa situação? O que é certo? O que é
condenável? E assim por diante.
Ética
Ética é a reflexão sobre as noções e princípios
que fundamentam a vida moral.

Essa reflexão orienta-se


nas mais diversas
direções, dependendo
da concepção de ser
humano tomada como
ponto de partida.
Questões da Ética

Por exemplo, à pergunta


“O que é o bem e o
mal?”, respondemos
diferentemente, caso o
fundamento da moral
esteja na ordem
cósmica, na vontade de
Deus ou em nenhuma
ordem exterior à própria
consciência humana.
Questões da Ética
Do ponto de vista da ética, podemos ainda
perguntar: Há uma hierarquia de valores a
obedecer? Qual? Os valores têm conteúdo universal
e válido em todos os tempos e lugares? Ou, ao
contrário, são relativos?

Dogmatismo
4. O Caráter histórico da
Moral
A função da cultura
A fim de garantir a sobrevivência, o ser humano
age sobre a natureza transformando-a em
cultura.

Assim, para que a ação


coletiva seja possível,
são estabelecidas
regras e normas de
conduta que
organizam as relações
entre os indivíduos.
O Caráter cultural da Moral
Exterior e anterior ao indivíduo, há portanto a
moral constituída, pela qual o comportamento é
orientado por meio de normas.

Em função da
adequação ou não à
norma estabelecida, o
ato será considerado
moral ou imoral.
A Moral muda com a cultura
O comportamento moral
também varia de acordo
com o tempo e o lugar,
conforme as exigências das
condições nas quais as
pessoas organizam-se ao
estabelecerem as formas
de relacionamento e as
práticas de trabalho.

À medida que essas relações se alteram, ocorrem lentas


modificações nas normas de comportamento coletivo.
5. A liberdade do sujeito
moral
A liberdade do sujeito moral
A moral, ao mesmo tempo que é o conjunto de
regras de como deve ser o comportamento dos
indivíduos de um grupo, é também a livre e
consciente aceitação das normas.

Isso significa que o


ato só é propriamente
moral se passar pelo
crivo da aceitação
pessoal da norma.
A liberdade do sujeito moral
Por um lado, se aceitarmos Por outro lado, se aceitarmos
unicamente o caráter como predominante a
social da moral, o ato crítica do indivíduo que
moral reduz-se ao põe em dúvida a regra,
cumprimento da norma corremos o risco de destruir
estabelecida, dos valores a moral e cair no
dados e não discutidos. individualismo.

Ou seja, não se trata nem apenas da massificação pelo


social, nem do relativismo do indivíduo: quando criamos
valores, não o fazemos para nós mesmos, mas como
seres sociais que se relacionam com os outros.
6. Dever e liberdade
Liberdade e Dever
O ato moral provoca efeitos não só na pessoa que
age, mas naqueles que a cercam e na própria
sociedade como um todo.

Portanto, o ato moral


supõe a solidariedade e
a reciprocidade com
aqueles com os quais nos
comprometemos
(comunidade).
Liberdade e Dever
Dessas características decorre a exigência da
responsabilidade.

Responsável é a pessoa
consciente e livre que
assume a autoria do seu
ato, reconhecendo-o como
seu e respondendo pelas
consequências dele.
Liberdade e Dever
A responsabilidade cria um dever: o
comportamento moral, por ser consciente, livre e
responsável, é também obrigatório.

Pode parecer paradoxal,


mas a obediência à lei
livremente escolhida
não é coerção: ao
contrário, é liberdade.
Liberdade e Dever

Como juiz interno, a


consciência moral avalia
a situação, consulta as
normas estabelecidas,
interioriza-as como suas
ou não, toma decisões e
julga seus próprios
atos.
Desejo e vontade
Desejo e vontade
O que caracteriza fundamentalmente o agir
humano é a capacidade de antecipação ideal
do resultado a ser alcançado.

Por isso o ato moral é um


ato voluntário, ou seja, um
ato de vontade que decide
realizar o fim proposto.
Desejo e vontade
É importante não confundir desejo e vontade.

O desejo não resulta de Já a vontade consiste


escolha, porque surge no poder de reflexão
em nós com toda a sua que antecede a
força e exigência de realização ou não do
realização. desejo.

Seguir o impulso do desejo sempre que ele se


manifesta é a negação da moral e da possibilidade
de qualquer vida em sociedade.
7. A “bússola” e a “balança”
A bússola e a balança

Bússola: é aquilo que nos “norteia”


internamente na direção do que é
melhor para ser feito no plano moral.

Balança: trata-se do conflito que


existe entre o que é justo do ponto
de vista moral e o que é conveniente
aos interesses particulares dos
sujeitos envolvidos na ação moral.
8. Ética Aplicada
Ética Aplicada
A partir da década de 70, intelectuais das mais diversas
áreas têm refletido quais tecnologias têm sido danosas
ao ambiente. Deste debate surgiu a Ética Aplicada, da
qual destaca-se temas como:

Bioética (ou Ética Ética dos


ética da vida) Ambiental negócios
Ética Aplicada

O que há de comum
nesses três ramos da ética
aplicada é o diálogo
multidisciplinar, que não
se restringe aos filósofos,
mas se amplia no debate
com os diversos
profissionais sobre os
desafios dos problemas
práticos da atualidade.
9. Aprender a conviver
Aprender a conviver
Apesar de diferentes, o privado e público não
estão desvinculados: ao mesmo tempo que a
nossa consciência interna no indica o que fazer,
estamos também diante do coletivo que nos indica
quais padrões obedecer.

Compreender a lógica
entre público e privado
significa aprender a
conviver na sociedade.

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