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TRATAMENTO DA RAIVA
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ALERTA:
Após 25 anos sem relato de Raiva em animal
doméstico, o RS registrou 2 casos de raiva em felinos,
ocorridos em 6 de dezembro de 2013 na área rural de
Passa Sete e em de 14 de janeiro de 2014 no município
de Capão do Leão.
RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL
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Na segunda-feira, 6 de julho de 1885, um pequeno garoto
alsaciano chamado Joseph Meister deu entrada no laboratório de
Pasteur, acompanhado de sua mãe. Ele tomara um atalho ao voltar
da escola, e fora atacado e jogado ao chão por um cão
ensandecido, dois dias antes. Meister contava, então, 9 anos de
idade.
Ante a inevitabilidade do óbito, Pasteur decide aplicar a
imunização já provada eficaz em coelhos e nos cães. Meister foi
curado. No mesmo ano a vacina é ministrada em outro jovem -
Jean-Baptiste Berger Jupille, que teve a cena de seu ataque pelo
cão raivoso registrado numa escultura de Émile-Louis Truffot.
O sucesso da imunização humana fez seu método se espalhar
rapidamente pelo mundo. Em 1890 havia centros de tratamento
anti-rábico em Argel, Bandung, Budapeste, Chicago, Florença,
Madras, Nova Iorque, São Paulo, Tunis, Varsóvia, Xangai e outras
cidades.
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HOMÚNCULO
Em 1677 Leeuwenhoek e Luiz Hamm1 viram pela primeira vez um
espermatozóide e pensaram que ele tinha uma miniatura de humano dentro
(homúnculo) que se desenvolvia quando depositado nos órgãos sexuais
femininos: o espermatozóide seria a semente, o óvulo (feminino) o terreno
de plantação.
Nos anos 30, o médico Wilder Penfield realizou cirurgias em pacientes
com epilepsia. Com um cérebro vivo em sua mesa, ele decidiu explorar um
pouco aquela região: ele reuniu informações, descobrindo que partes do
córtex cerebral controlam quais movimentos voluntários e sensações. O
que ele descobriu foi uma visão bem distorcida do corpo humano: o
homúnculo do córtex.
Baseado nesse conceito, foi possível desenvolver um mapa cerebral no
qual diferentes regiões corporais eram representadas no córtex, porém de
uma forma diferente (tamanho e disposição) de como eram encontradas no
corpo,idealizando o famoso homúnculo (tanto sensorial quanto motor). O
homúnculo aparecia, então, como homem deformado, com algumas
regiões maiores (muito maiores!) e outras menores do que eram na
realidade.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
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Apenas os mamíferos transmitem e adoecem
pelo vírus da raiva.
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O vírus chega ao Sistema Nervoso
Central (SNC) pelos nervos periféricos. O
vírus permanece certo tempo no local da
mordedura (onde se multiplica) antes de
caminhar ao SNC Esta é a chance de
tratamento. Depois de chegar ao SNC,
ele se espalha ao restante do Sistema
Nervoso (SN) e às glândulas salivares, no
SN ele causa inflamação inicial do tecido
nervoso que evolui pra morte celular.
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO
INDICAÇÃO:
Profissionais e estudantes das áreas de
Medicina Veterinária e de Biologia e
profissionais e auxiliares de laboratórios de
Virologia e/ou Anatomopatologia para raiva.
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VACINA DE CULTIVO CELULAR
Esquema: 03 doses
Dias de aplicação: 0, 7, 28
Controle sorológico: a partir do 14º dia após a
última dose do esquema.
Satisfatório: se o título de anticorpos for maior
ou igual a 0,5 UI/ml.
Deve-se fazer o controle sorológico anual dos
profissionais que se expõem permanentemente
ao risco de infecção ao vírus da raiva,
administrando-se uma dose de reforço sempre
que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/ml.
Repetir a sorologia a partir do 14º dia, após à
dose de reforço.
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CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL
EXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA
CONSIDERAR:
Características do ferimento
Características do animal envolvido no
acidente.
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CARACTERÍSTICAS DO FERIMENTO
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LOCAL DO ACIDENTE
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PROFUNDIDADE DO ACIDENTE
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ACIDENTES LEVES:
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ACIDENTES GRAVES
CÃO E GATO
Estado de saúde do animal no momento da
agressão;
Possibilidade de observar o animal durante 10
dias;
A procedência do animal;
Os hábitos de vida do animal.
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ANIMAIS SILVESTRES
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ANIMAIS DOMÉSTICOS DE INTERESSE
ECONÔMICO OU DE PRODUÇÃO
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ANIMAIS DE BAIXO RISCO
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OBSERVAÇÃO VÁLIDA PARA TODOS
ANIMAIS DE RISCO
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VACINA DE CULTIVO CELULAR CÃO OU GATO SEM SUSPEITA CÃO OU GATO CLINICAMENTE CÃO OU GATO RAIVOSO, DESAPARECIDO OU
CONDIÇÕES DO ANIMAL AGRESSOR DE RAIVA NO MOMENTO DA SUSPEITO DE RAIVA NO MOMENTO MORTO;ANIMAIS SILVESTRES² ( INCLUSIVE
TIPO DE EXPOSIÇÃO AGRESSÃO1 DA AGRESSÃO OS DOMICILIADOS)ANIMAIS DOMÉSTICOS DE
INTERESSE ECONÔMICO OU DE PRODUÇÃO
Contato Indireto Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão
Não tratar Não tratar Não tratar
Acidentes leves Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabãoIniciar
ferimentos superficiais, pouco Observar o animal durante 10 Iniciar tratamento com 2 (duas) imediatamente o tratamento com 5 (cinco)
extensos, geralmente únicos, em dias após à exposição. doses, uma no dia 0 e outra no dia doses de vacina administradas nos dias 0, 3,
tronco e membros (exceto mãos e Se o animal permanecer sadio 3.; 7, 14 e 28
polpas digitais e planta dos pés); no período de observação, Observar o animal durante 10 dias
podem acontecer em decorrência de encerrar o caso. após à exposição.
mordeduras ou arranhaduras Se o animal morrer, Se a suspeita de raiva for
causadas por unha ou dente; desaparecer ou se tornar descartada após o 10º dia de
lambedura de pele com lesões raivoso, administrar 5 doses de observação, suspender o
superficiais vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28). tratamento e encerrar o caso.
Se o animal morrer, desaparecer
ou se tornar raivoso, completar o
esquema até 5 (cinco) doses.
Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º
dia e uma dose nos dias 14 e 28.
Acidentes Graves Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabãoIniciar
ferimentos na cabeça, face, Observar o animal durante 10 Iniciar o tratamento com soro3 e 5 imediatamente o tratamento com soro3 e 5
pescoço, mão, polpa digital e/ou dias após exposição. doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 (cinco) doses de vacina administradas nos
planta do pé; Iniciar tratamento com duas e 28. dias 0, 3, 7, 14 e 28
ferimentos profundos, múltiplos doses uma no dia 0 e outra no Observar o animal durante 10 dias
ou extensos, em qualquer região do dia 3; após à exposição.
corpo; Se o animal permanecer sadio Se a suspeita de raiva for
lambedura de mucosas; no período de observação, descartada após o 10º dia de
lambedura de pele onde já encerrar o caso. observação, suspender o
existe lesão grave; Se o animal morrer, tratamento e encerrar o caso.
ferimento profundo causado por desaparecer ou se tornar
unha de gato. raivoso, dar continuidade ao
tratamento, administrando o
soro3 e completando o
esquema até 5 (cinco) doses.
Aplicar uma dose entre o 7º e o
10º dia e uma dose nos dias 14
e 28.
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Tipo de REEXPOSIÇÃO
esquema
anterior
Completo a) até 90 dias: não tratar
b) após 90 dias: 2 doses, uma no
dia 0 e outra no dia 3
Incompleto *2
*3 a) até 90 dias: completar o número
de doses
b) b) após 90 dias: ver esquema de
pós-exposição (conforme o
caso)
(2) pelo menos 2 doses de vacina de cultivo celular em dias alternados;
(3)10/01/2020
não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de35
doses do que aqueles referidos.
VACINA DE CULTIVO
CELULAR
A vacina não tem contra-indicação (gravidez,
doença intercorrente ou outros tratamentos).
Sempre que possível, recomenda-se a
interrupção do tratamento com corticóides e/ou
imunossupressores, ao iniciar o esquema de
vacinação. Não sendo possível, tratar a pessoa
como imunodeprimida.
A VACINA NÃO DEVE SER APLICADA NA
REGIÃO GLÚTEA.
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EVENTOS ADVERSOS
Reação local;
Febre;
Mal estar;
Náuseas;
Cefaléia.
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SORO HETERÓLOGO
A dose indicada é de 40 UI/kg de peso
do paciente. Deve-se infiltrar na(s)
lesão(ôes) a maior quantidade possível da
dose do soro.
EVENTOS ADVERSOS:
Manifestações locais;
Choque anafilático.
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IMUNOGLOBULINA HUMANA HIPERIMUNE
ANTI-RÁBICA - SORO HOMÓLOGO
EVENTOS ADVERSOS:
Manifestações locais;
Leve estado febril.
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OBS: No caso do soro /ou
imunoglobulina antirrábica não ser
aplicado de forma concomitante com a
1ª dose de vacina antirrábica, só deverá
ser administrado no máximo em até 07
dias após a aplicação da 1ª dose de
vacina antirrábica.
CONDUTA EM CASO DE ABANDONO DE
TRATAMENTO
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PACIENTE EM USO DA VACINA DE
CULTIVO CELULAR
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LETALIDADE:
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CONDUTA APÓS CONFIRMAÇÃO
LABORATORIAL DA RAIVA
.
- Amantadina – 100mg via enteral de
12/12h;
- Biopterina – 2mg/kg via enteral de 8/8h
(disponível no Ministério da Saúde).
- Sedação profunda: Midazolan (1 a
2mg/kg/h) associado a Ketamina
(2mg/kg/h)
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IMPORTANTE NESTE MOMENTO
EPIDEMIOLÓGICO:
1- Notificação imediata dos casos de atendimento
anti-rábico;
2- Garantir o atendimento o mais precoce possível;
3- Indicação da profilaxia correta e segura;
4- Profilaxia em caso de exposição à animal silvestre
e sorovacinação para agressão por morcego,
independente da gravidade da lesão;
5- Em caso de profilaxia com soro anti-rábico , este
pode ser aplicado no prazo máximo de 7 dias após a
aplicação da primeira dose de vacina;
6- História vacinal do animal agressor não dispensa a
indicação de profilaxia;
7- Pacientes com indicação de profilaxia devem ser
tratados, independente do tempo da exposição;
8- A lesão deve ser lavada com água e sabão comum ou
detergente e após aplicado anti-séptico;
9- Em situação de interrupção da profilaxia, completar o
esquema;
10- Não está contraindicado para gestantes, nutrizes ou
doenças intercorrentes. Para imunossuprimidos, utilizar
gamaglobulina específica.
FONTES:
Ministério da saúde
Instituto Pauster
Universidade de São Paulo
Vigilância em saúde de Ribeirão Preto
Imagens internet.
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Obrigada!
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