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Ligação Química
Professora Paula Melo Silva
Ligação química
Como se processa a ligação química
DOMÍNIO 2 | PROPRIEDADES E TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA
A
Observa-se o mesmo comportamento
na formação de outras moléculas
como, por exemplo, as moléculas de
oxigénio e nitrogénio.
Energia de ligação
Regra geral, estas energias são expressas em kJ/mol. Isto significa, por
exemplo, que a energia que se liberta quando se forma uma mole de
moléculas de hidrogénio é 436 000 J; ou que a energia necessária para
dissociar uma mole de moléculas de oxigénio é 498 000 J (Tabela II).
Tipos de ligação
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LIGAÇÃO COVALENTE
Ligação que decorre da partilha de eletrões entre átomos de
elementos de não metais e/ou semimetais.
Estrutura do silício.
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LIGAÇÃO IÓNICA
Ligação química que decorre da atração eletrostática entre catiões
e aniões resultantes da cedência e captação de eletrões entre
átomos de metais e não metais, respetivamente.
Ligação iónica
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1.2. Ligação covalente
Como se caracterizam algumas das principais moléculas existentes na Natureza?
Estruturas de Lewis
Um dos contributos mais importantes para a compreensão da estrutura
das moléculas foi dado por Gilbert Lewis. Em 1916, propôs a designada
notação, representação ou estrutura de Lewis.
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• Os gases nobres são os únicos elementos químicos que, à
temperatura de 273,15 K e pressão de 100,0 kPa, apresentam
átomos estáveis isolados.
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REGRA DO OCTETO DE LEWIS
Refere que um átomo alcançará uma estabilidade equivalente à
de um gás nobre quando o seu último nível de energia possuir oito
eletrões (ou dois caso se trate do nível um). Os átomos com
configuração eletrónica distinta da dos gases nobres unem-se uns
aos outros de forma a ceder, captar ou partilhar eletrões e adquirir
a configuração desses gases.
Apenas os eletrões de valência participam nas ligações químicas.
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NOTAÇÃO DE LEWIS
A estrutura ponto/eletrão de Lewis para um elemento, conhecida
como Notação de Lewis, é constituída pelo símbolo do elemento
rodeado por um ponto por cada eletrão de valência desse
elemento, sendo os quatro primeiros colocados em cada um dos
quatro lados do símbolo, enquanto os restantes são também
distribuídos pelos quatro lados na condição de cada um dos lados
acomodar até dois pontos.
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Notação de Lewis para os elementos dos blocos s e p até ao 4.º período da Tabela Periódica.
436 kJ mol–1
• Em moléculas diatómicas
com ligações entre átomos
de dimensões semelhantes,
quanto maior a ordem de
ligação mais forte é a ligação
e, consequentemente, maior
a energia de ligação e menor
o comprimento de ligação.
Embora as moléculas sejam eletricamente neutras, elas podem ter distribuições de carga elétrica irregulares.
Quando isso ocorre, há um desequilíbrio entre as cargas elétricas numa parte da molécula e o restante, e diz-
se que a molécula é polar. Esta polaridade é equivalente ao surgimento, em dois pontos separados da
molécula:
Analisando as moléculas de hidrogénio, flúor, oxigénio e nitrogénio, é possível verificar que a distribuição da
carga eletrónica entre os dois átomos é simétrica, pois tratam-se de moléculas formadas por dois átomos
iguais – moléculas diatómicas homonucleares.
A polaridade de uma ligação traduz-se pela assimetria na distribuição da carga elétrica entre os átomos e,
dado que essa assimetria não se verifica nestes casos, conclui-se que nestas quatro moléculas as ligações são
apolares.
1.2. Ligação covalente
Polaridade das ligações
Sendo os átomos do mesmo elemento, a eletronegatividade de ambos é igual. Dentro da molécula não se
criam polos – molécula apolar.
1.2. Ligação covalente
Polaridade das ligações
De notar que, nos exemplos da Tabela VII, todas as ligações (H-O, C=O,
H-N, H-C) são polares, por serem ligações entre átomos diferentes, mas
as moléculas podem ser apolares devido à forma como estas ligações se
distribuem espacialmente.
Ligações
intermoleculares
As ligações (ou forças) de Van der Waals são o nome genérico dado às
interações entre moléculas com diferentes polaridades. Estas ligações
podem ser de três tipos, por ordem decrescente da sua intensidade.
Uma molécula polar, próxima de uma A molécula apolar fica com uma polaridade
molécula apolar, vai exercer forças de induzida. Parte das suas cargas negativas
atração/repulsão sobre as suas cargas desloca-se para próximo do polo positivo da
elétricas, que inicialmente estão distribuídas molécula polar. A distribuição de cargas deixa de
de forma simétrica. ser simétrica e surgem dois polos.
O que se passa é que os eletrões não estão imóveis nas moléculas, estando
sim em constante movimento. É assim possível que, de forma espontânea e
durante um breve momento, se concentrem mais eletrões numa dada zona
de uma molécula apolar.
De referir que as forças de dispersão de London estão sempre presentes, tanto nas
moléculas polares como nas apolares. No entanto, só são predominantes entre
moléculas apolares, com algumas exceções.
É também este tipo de interações que se estabelece entre os átomos dos gases
nobres, como o hélio ou o néon. Como essas interações são muito fracas, estes
gases têm temperaturas de condensação próximas do zero absoluto (-273 °C).
QUÍMICA 10 • Física e Química A l 10.º ano
LIGAÇÕES INTERMOLECULARES
As ligações intermoleculares resultam das interações
eletrostáticas atrativas que existem entre as moléculas obrigando-
-as a permanecer próximas umas das outras, principalmente no
estado sólido e líquido.
Moléculas de água nos três estados físicos: as ligações intramoleculares mantêm-se intactas.
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LIGAÇÕES DE HIDROGÉNIO
É a mais intensa das interações intermoleculares; resulta de uma
partilha pouco significativa de eletrões de um par não ligante de
um átomo como o flúor, oxigénio ou nitrogénio de uma molécula
com um átomo de hidrogénio, de outra molécula, ligado
covalentemente a um elemento com muita tendência para atrair
eletrões (como F, O ou N). Estabelece-se nas moléculas de água,
e amoníaco ou de fluoreto de hidrogénio, por exemplo.
LIGAÇÃO DIPOLO-DIPOLO
Estabelece-se por atração
eletrostática entre as cargas
opostas dos dipolos
permanentes de duas Ligação dipolo-dipolo nas moléculas
de cloreto de hidrogénio.
moléculas polares vizinhas.
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LIGAÇÃO DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO
Estabelece-se por atração eletrostática entre o dipolo
permanente de uma molécula polar e o dipolo induzido
resultante da distorção da nuvem eletrónica da molécula apolar
vizinha.
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As forças de dispersão de London:
• são tanto mais intensas quanto maior a nuvem eletrónica pois,
mais polarizável é a molécula;
• justificam que moléculas apolares ou substâncias atómicas,
como os gases nobres, possam ser liquefeitas a baixas
temperaturas;
• existem também em moléculas polares somando-se às atrações
entre as distribuições assimétricas de carga.
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MISCIBILIDADE DE LÍQUIDOS
De uma maneira geral, para que duas substâncias moleculares
sejam miscíveis é necessário que as intensidades das ligações
intermoleculares na mistura sejam próximas das intensidades das
ligações intermoleculares em cada uma das substâncias
isoladamente.
A gasolina,
Com fórmulasmistura
mais cujo componente
complexas, principalvitaminas
há proteínas, é o octano
e (C 8H18), é um
hormonas,
O vinagre
álcool (C(CH H
dos combustíveis
presentes 2 6O)
4O2) é um
existe tempero
em habitual
bebidas
mais usados.
em medicamentos,
2 e é na
muito alimentação.
usado na indústria.
plásticos, corantes, tecidos, detergentes, etc.
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HIDROCARBONETOS
Compostos formados exclusivamente por carbono e hidrogénio.
Um hidrocarboneto pode ser classificado:
• quanto à forma da cadeia: se for uma cadeia carbonada aberta
será um hidrocarboneto acíclico, se for uma cadeia carbonada
fechada será um hidrocarboneto cíclico;
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• quanto à disposição dos átomos: se existe uma única cadeia
de carbonos será um hidrocarboneto linear ou normal, mas se
para além da cadeia principal de carbonos se identificam outras
cadeias secundárias será um hidrocarboneto ramificado;
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• quanto ao tipo de ligações: se possui apenas ligações simples
entre os átomos de carbono será um hidrocarboneto saturado,
mas se possui uma ou mais ligações múltiplas entre os átomos de
carbono será um hidrocarboneto insaturado.
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ALCANOS
Hidrocarbonetos formados exclusivamente por ligações simples
entre os átomos de carbono. Nesses compostos as ligações
dizem-se saturadas porque não se podem adicionar mais átomos
de hidrogénio.
• Fórmula molecular – apenas indica o tipo de átomos ligados e
a proporção em que se ligam. C4H10
• Fórmula estrutural condensada – evidencia a disposição dos
átomos na molécula. CH3CH2CH2CH3
•Fórmula estrutural – fornece também a
informação de como esses átomos estão
ligados entre si na molécula.
GRUPOS ALQUILO
Cadeias laterais derivadas dos alcanos com menos um hidrogénio
no local da ligação à cadeia principal.
Os nomes dos grupos alquilo obtêm-se substituindo o sufixo -ano
por -ilo, embora o o final seja sempre suprimido no nome de um
alcano ramificado. 103
Exemplo de um alcano para nomeação.
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Exemplo de um alcano para nomeação. 3 3-etil-2,3-dimetilpentano
etil 2 metil 3 metil pentano
•Havendo duas ou mais ramificações iguais usam-se os prefixos
di-, tri-, tetra-, etc. para indicar o número de vezes que essa
ramificação se repete (esses prefixos não contam para a ordem
alfabética).
• Os números, que indicam as posições dos substituintes na
cadeia principal, são separados entre si por vírgulas e separados
das letras por hífens.
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CH(CH3)3
metilpropano
CH3(CH2)2CH(CH3)2
3-metilpentano 2,2,4-trimetilpentano
2-metilpentano
2-cloro-propano
HALOALCANOS
Derivados halogenados dos alcanos, isto é, alcanos em que um
ou mais átomos de hidrogénio foram substituídos por átomos de
halogéneos. 107
GRUPO FUNCIONAL
Grupo de átomos ligados na molécula de forma específica e que
confere reatividade e propriedades químicas próprias à molécula
orgânica.
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• Aldeídos: grupo carbonilo ligado a um
átomo de carbono
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