• Período entre e pós Primeira Guerra Mundial. • Zurique – território neutro, desterritorialidade; • Integrantes de vários locais; • Ação contagiosa e viral: Paris, Hânover, Colônia, Berlim, Nova Iorque. 05 de fevereiro de 1916, Cabaret Voltaire, Zurique. “Cabaret Voltaire. Sob este nome estabeleceu-se um grupo de jovens artistas e literatos, cujo objetivo era o de criar um centro de entretenimento artístico. O principio do Cabaret é o de realizar apresentações musicais e recitativas a cargo dos artistas que o frequentam. Os jovens artistas de Zurique ficam convidados a comparecer, trazendo sugestões e contribuições, independente da tendência que representarem.” Cabaret Voltaire Soirée, Abend Neuer Kunst, Galeria Dada, Storm-Exhbition, Festival Dada... 06 de julho de 1917, diário de Hugo Ball “Coisas estranhas acontecem – enquanto nós tínhamos o nosso Cabaret, em Zurique, Spielgrasse nº1, lá vivia no outro lado da mesma Spielgrasse nº6, se não estou errado, o senhor Ulianov Lenin. Toda noite ele tinha que ouvir as nossas tiradas e nossa música, ele gostando ou não. E enquanto nós abríamos a nossa galeria em Bahnhofstrasse, os russo foram embora para S.Petersbrugo continuar a revolução.” Dada Berlim • Caráter mais político (República de Weimar); • George Grosz – A Morte Dadaísta; • Johannes Baader – Oberdada; “O Oberdada foi ao culto matinal na Catedral de Berlim e, no momento em que o pregador Dryander iniciava o sermão, Baader o interrompe e diz alto: ‘Um momento! Eu lhe pergunto: o que lhe significa Jesus Cristo? O senhor está pouco ligando para ele!’. Houve um grande tumulto, Baader foi preso e acusado por ofensa a Deus. Este evento provoca uma grande repercussão na imprensa.” Dadá Paris 26 de maio de 1920, Paris, Sala Gaveau, Festival Dadá. “Fica inaudito, todos os dadaístas se farão raspar a cabeça em público. Haverá outras atrações: pugilato sem dor, apresentação de um ilusionista Dadá, um verdadeiro rastaquera, uma vasta ópera, música sodomita, uma sinfonia a vinte vozes, uma dança imóvel, duas peças de teatro, manifestos, poemas. Finalmente conheceremos o sexo Dadá.” Maio de 1922, Paris, Exposição do Max Ernst. “Com o mau gosto que os caracteriza, os Dadás desta vez apelaram para o recurso do assombro. A cena aconteceu no subterrâneo, com todas as luzes apagadas no interior da galeria, e por um alçapão subiam gemidos de partir a alma e o murmúrio de uma discussão da qual não podemos captar senão alguns trechos (...) Os dadás, sem gravata e calçando luvas brancas, passavam e repassavam. André Breton mastigava palitos de fósforo, Georges Ribemont-Dessaignes gritava Chave sobre o crânio, Aragon miava, Soupault brincava de esconde- esconde com Tzara, enquanto Péret e Charchoune davam-se as mãos a todo instante.” 06 de julho de 1923, Paris, Teatro Michel, Soirées do Couer à Barbe. “Os atores, dispostos diante da cenografia de Granovski, foram bruscamente interrompidos. Violentos protestos chegavam da plateia. Em seguida, interferência inesperada, Breton vai até o palco e ali se instala, atacando os atores. Estes, travados pelos figurinos de Sonia Delauney, feitos de cartolina rígida, em vão tentam se proteger e procuram fugir a passinhos curtos. Sem cuidados, Breton esbofeteia Crevel, e com uma bastonada quebra o braço de Pierre de Massot. Recuperado de seu estupor, o público reage. O atacante impiedoso é derrubado ao chão. Aragon e Péret se unem a ele e todos os três são dominados, arrastados e expulsos à força, com roupas feito trapos.” Tristan Tzara • Primeira aventura celestial do Sr. Antipyrine; (1916-1919) • Segunda aventura celestial do Sr. Antipyrine; (1916- 1920) • Coração a gás; (1921) • Lenço de Nuvens (uma tragédia em 15 atos); (1924) “O pensamento se faz na boca.”