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Direito Sucessório Brasileiro. Visão Geral.

Fundamento. Introdução. Sucessão em


geral. Sucessão legítima e testamentária.
Abertura da sucessão. Ordem da vocação
hereditária. Comoriência. Exclusão.

GISELDA MARIA FERNANDES NOVAES HIRONAKA


Professora Titular de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP
Coordenadora da área de Direito Civil da Escola Paulista de Direito – EPD
Ex Procuradora Federal
FUNDAMENTO DO DIREITO SUCESSÓRIO
Giselda Hironaka (Direito das Sucessões: Introdução, in Direito das
Sucessões, coord. Rodrigo da Cunha Pereira, 2ª edição, Belo Horizonte: Del
Rey, 2007, p.5): “o fundamento da transmissão causa mortis estaria não
apenas na continuidade patrimonial, ou seja, na manutenção pura e
simples dos bens na família como forma de cumulação de capital que
estimularia a poupança, o trabalho e a economia, mas ainda e
principalmente no fator de proteção, coesão e perpetuidade da família. ”

Flávio Tartuce (Direito Civil: Direito das Sucessões: 9ª edição, Rio de


Janeiro, Forense: 2016, p.4): “a sucessão mortis causa tem esteio na
valorização constante da dignidade da pessoa humana, seja do ponto de
vista individual ou coletivo, conforme os arts. 1º, inc III, e 3º, inc I, da
Constituição Federal de 1988, tratando o último preceito da solidariedade
social, com marcante incidência nas relações privadas. ”
• O direito à herança é garantido como um direito fundamental pelo art.
5º, XXX, da Constituição Federal.
INTRODUÇÃO
George Santayana: “Ao nos dar a memória, a natureza revelou-nos uma
verdade amarga e de outro modo inimaginável: a verdade sobre a
imortalidade e a morte”.

Direito das Sucessões cuida da transmissão da titularidade de direitos e


obrigações que compunham o acervo de quem falece.

Luiz Paulo Vieira de Carvalho (Direito das Sucessões, São Paulo, Editora Atlas,
2014, p. 18): “Direito das Sucessões é o ramo do Direito Civil, obviamente
permeado por valores e princípios constitucionais, que tem por objetivo
principal estudar e regulamentar a destinação do patrimônio da pessoa física
ou natural em decorrência de sua morte, momento em que se indaga qual o
patrimônio transferível e quem são as pessoas que o recolherão. ”
CÓDIGO CIVIL - Artigos 1.784 a 1.844.
• Sucessão hereditária (causa mortis): Transmissão imediata da
herança, logo que aberta a sucessão, aos herdeiros legítimos e
testamentários (droit de saisine) – art. 1.784.

• Droit de saisine (origem do chamado droit de saisine – ou princípio


de saisine) : nem mesmo a morte pode interromper ou nulificar o
direito de propriedade, pois o domínio e a posse dos bens de alguém
imediatamente transmitem-se aos herdeiros.
PERFIL DO DIREITO SUCESSÓRIO:
transmissão da titularidade de direitos e obrigações que
compunham o acervo de quem falece.
Principais pressupostos:
• a morte, que põe fim à existência da pessoa natural;
• a vocação hereditária: instituída pelo falecido ou pela lei, no
silêncio daquele (art. 1.829 CC).
Ordem de vocação hereditária: é uma relação preferencial,
estabelecida pela lei, das pessoas que são chamadas a suceder ao
finado.
• A lei faz a escolha dos chamados a herdar, colocando-os na ordem
preferencial que imagina ser a querida pelo falecido.
SUCESSÃO EM GERAL
Livro V da Parte Especial do Código Civil:
• Sucessão em geral – normas gerais especialmente quanto à
transmissão, à aceitação, à renúncia, à petição da herança e os
excluídos da herança.
• Sucessão Legítima – sucessão que se opera por lei, ab intestato,
conforme a ordem da vocação hereditária e outras regras.
• Sucessão testamentária – sobre as regras relativas à transmissão que
se opera por ato de última vontade (testamento).
• Inventário e partilha – normas sobre o processo judicial não
contencioso, por meio do qual se efetua a divisão dos bens entre os
herdeiros, além de normas sobre colações e sonegados.
Herdeiros necessários

Herdeiros necessários são aqueles que não podem ser afastados da


sucessão pela simples vontade do falecido.

Art. 1845 – São herdeiros necessários os descendentes, os


ascendentes e o cônjuge (ou o companheiro – depois do
paradigmático julgamento do RE n. 878.694-MG, pelo STF – relatoria
do Min. Luis Roberto Barroso, em maio de 2017)
Herdar por cabeça e herdar por estirpe
Os descendentes chamados a herdar podem ser de graus diversos (1º
grau e 2º grau, por exemplo).
Nessa hipótese, a sucessão se dará por cabeça e por estirpe.
• Por cabeça (ou por direito próprio): aqueles que herdam pela sua
própria vez de chamamento (ex: os filhos - 1º grau – chamados a
herdar)
• Por estirpe (ou por direito de representação): aqueles que são
chamados a herdar em lugar de descendente do autor da herança
que antes deste tenha falecido (ex: os netos – 2º grau – filhos do
filho pré-morto).
Não se deve confundir meação com a herança!

Meação é o direito de cada sócio da sociedade conjugal, consistente


na metade dos bens que integram o patrimônio comum do casal. Esta
metade ideal já pertencia a cada um deles, mesmo antes do
falecimento do autor da herança. A metade que pertencia ao
sobrevivente continua lhe pertencendo (mas não por força do
deferimento sucessório).

Herança é o patrimônio deixado pelo falecido. Pode consistir na


meação que lhe pertencia em vida, somada a outros bens
(particulares) que não integravam o patrimônio comum.
COMORIÊNCIA.
Art. 8º CC –
• O preceito não exige que a morte tenha ocorrido no mesmo lugar,
mas sim que tenha se dado ao mesmo tempo.
• Interessa quando os comorientes são sucessores entre si, apenas,
porque entre comorientes não se dá a transmissão sucessória.
• “Não podendo afirmar com absoluta certeza, em face da prova dos
autos, a premoriência de uma das vítimas de acidente em que
veículo é abalroado e vem a explodir em seguida, deve ser mantida
a presunção de comoriência” – TJMG, Acórdão 1.0137.06.900006-
5/001, 5ª Câmara Cível, Carlos Chagas, Rel. Des. Cláudio Renato dos
Santos Costa, j. 09.11.2006, DJMG 1º.12.2006.
EXCLUSÃO DA HERANÇA
• Voluntária:
• Renúncia – 1.804 a 1.813
• Forçada:
• Indignidade – 1.814 a 1.818. Ampliação das causas relativas ao
homicídio ou tentativa.
• Reabilitação do indigno por testamento ou ato autêntico –
1.818 e § único.
• Deserdação – 1.961 a 1.965 – Descendentes e ascendentes.
• Obs. Sem previsão de causas especiais de deserdação para o
cônjuge, que também é herdeiro necessário (e agora também
para o companheiro).

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