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Matriz Energética Brasileira

Nathália Duarte Braz Vieira

Novembro/2019
Aula 3: Mudanças globais e implicações nas estratégias
energéticas (07/12)

1. Energia e Mudanças Climáticas;

2. Transição energética e tendências futuras;

Atividade avaliativa: apresentação de trabalho em grupo;


Energia e Mudanças Climáticas
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Se o cenário-base for mantido, é


muito provável que ecossistemas
e sistemas biológicos únicos
sejam extintos, além da
ocorrência de eventos extremos e
impactos globais agregados. Vale ressaltar que,
mesmo no melhor
cenário de redução
de emissões, alguns
impactos moderados
já serão sentidos.
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Para que se mantenha a temperatura em


até 2,6°C (cenário de menor impacto),
será necessário manter as emissões
globais anuais em valores abaixo de 20
Gt de CO2.

Nesse cenário, o aumento da participação


de fontes de baixa emissão nas fontes
primárias de energia deve ser em média de
310% (em relação a 2010), alcançando uma
participação mínima de 60%.
O IPCC E AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

O setor de energia é o principal em termos


de emissão de gases de efeito estufa. Por
isso, grande parte do esforço em medidas
mitigatórias é aplicado no setor.
O “GAP” DAS EMISSÕES
AONDE ESTAMOS...

Se o limite estabelecido pelo


Acordo de Paris é de 1,5°C e
atualmente já chegamos em 1°C de
aumento de temperatura, há tempo
suficiente para ações?
COMO CHEGAR AO CENÁRIO 1,5°C?

2020 deveria ser o “turning-


point” para as emissões.
Com a saída dos EUA do
Acordo e o novo
posicionamento do Brasil, isso
será possível?
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O PAPEL DOS GOVERNOS

"O mundo precisa urgentemente de um foco semelhante ao laser na


redução das emissões globais. Isso exige uma grande coalizão que
inclua governos, investidores, empresas e todos os demais
comprometidos em combater as mudanças climáticas”
Faith Birol, diretor da Agência Internacional de Energia.

• Os governos devem assumir a liderança:


• Iniciativas de indivíduos, sociedade civil, empresas e investidores podem fazer uma grande diferença,
mas a maior capacidade de moldar nosso destino energético está nos governos.
• Estes estabelecem as condições que determinam a inovação e o investimento em energia.
O ACORDO DE PARIS
• Adotado durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris
(2015), visando fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de
reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas
mudanças.

• O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para reduzir
emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento
sustentável e tem o compromisso de manter o aumento da temperatura média
global em no mínimo 2°C acima dos níveis pré-indústria, com esforços para não
ultrapassar o valor de 1,5°C.

• Os governos se envolveram na construção de seus próprios compromissos de


redução de emissões voluntários, a partir das chamadas Pretendidas
Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês), seguindo
o que cada governo considera viável a partir do cenário social e econômico local.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O PAPEL DOS GOVERNOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O PAPEL DOS GOVERNOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O PAPEL DOS GOVERNOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O QUE O BRASIL ESTÁ FAZENDO?
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: O QUE O BRASIL ESTÁ FAZENDO?
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: EMISSÕES BRASILEIRAS
NDC BRASILEIRA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE
ENERGIA

CEBDS (2017)
NDC BRASILEIRA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE
ENERGIA

CEBDS (2017)
NDC BRASILEIRA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE
ENERGIA

CEBDS (2017)
NDC BRASILEIRA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE
ENERGIA

CEBDS (2017)
Transição Energética
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
• A transição energética é colocado em uma conjuntura crítica e complexa de força opostas: políticas,
econômicas e tecnológicas.

• Diferentemente das transições históricas que foram motivadas pela escassez, a presente transição
energética ocorre em uma era de grande abundância de recursos energéticos, em um período em que o
consumo energético passa a diminuir devido aos rápidos ganhos de eficiência.

• A transição é orientada pelo senso de que governos estão promovendo mudanças estruturais em seus
sistemas energéticos buscando cumprir a Agenda de Desenvolvimento 2030 da ONU e o Acordo de Paris.

• Traz a tona diversos paradoxos, dentre os quais são críticos:


• Governos declarando emergência climática, porém com planos contínuos de expansão de energias
fósseis;
• Colonialismo do carbono: países no caminho da renovação tecnológica e redução de emissões,
empurrando sua tecnologia obsoleta e intensiva em emissões de carbono para os países em
desenvolvimento;
• Governos cedendo à inércia política por pressão de grupos interessados em manter o status quo e,
portanto, direcionando abundantemente investimentos em capital e inovação para setores de grande
emissão.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DIRECIONADORES
O planeta pressionado além dos seus limites
• Necessidade de ações urgentes para conter as mudanças climáticas

Segurança energética
• Recursos renováveis e tecnologias de armazenamento fortalecem a segurança energética local por meio de recursos
energéticos distribuídos;
• Diversificação do mix de fontes e redução da dependência de importação de energia fóssil;

Acordos de governança global


• O Acordo de Paris e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável incentivam as nações a trabalhar na mesma direção rumo a
metas compartilhadas de descarbonização e transição energética

Influência de governos subnacionais e corporações


• As cidades são motivadas pela melhora na qualidade do ar urbano, criação de empregos e construção de resiliência contra
eventos climáticos extremos
• São potenciais compradores de frotas de transporte movidos a fontes renováveis, restrições a tecnologias poluentes como os
motores de combustão interna
• Redes globais, como a C40, ajudam com difusão de boas práticas.
• Empresas são motivadas pela previsibilidade dos preços, confiabilidade no suprimento de energia por meio dos contratos de
compra de energia renovável.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DIRECIONADORES
Custo de rotas divergentes
• A curvas de custo da energia solar e eólica tem atingido paridade de custos e performance, se tornando a opção mais barata em muitas
regiões.
• Mercados globais estão acelerando a disseminação de novas tecnologias, em um ciclo que reforça o ciclo de queda de preços por
desenvolvimento.
• Produtores de combustíveis fósseis tem enfrentado maiores custos de extração e taxas de carbono, e podem sofrer restrições de
exploração e produção no futuro.
Investidores preocupados com os riscos climáticos
• Climate-related Financial Disclosures (TCFD) – criado em 2019, por 477 investidores (US$ 34 trilhões em ativos) – divulgações financeiras
relacionadas ao clima – informações sobre impactos financeiros decorrentes de riscos físicos relacionados ao clima e da transição
energética.
• O risco climático terá um preço e a inovação por sua vez, será remunerada, acelerando a tendência de investimentos em governança
socioambiental.
Progresso tecnológico
• A profunda incorporação da Tecnologia da Informação nos sistemas energéticos permite a coordenação de setores de suprimento e
demanda de energia em tempo real, permitindo novas maneiras de integrar as fontes renováveis no sistema e otimizar recursos.
Novos mercados e modelos de negócios
• Venda de serviços e não de produtos. Ex: ESCOS, empresas de mobilidade, pagamentos conforme uso.
• Plataformas para negociação ponto a ponto (P2P) e serviços de flexibilidade permitirão o comércio localizado de energia, capacidade e
outros serviços entre clientes, geradores e prestadores de serviços.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: BARREIRAS
Grande incerteza política
• Ciclos políticos de curto prazo e prioridades dos eleitores
• Mudanças nos governos, com políticas energéticas ou procedimentos regulamentares reversas introduzem incertezas e
reduzem a confiança de investidores.

Prioridades conflitantes
• As prioridades dos ODS colidem potencialmente com as metas climáticas
• Ex: ODS 7 – Ampliação do acesso a energia – nações com matrizes baseadas em carvão podem acelerar a mudança
climática e poluição do ar;
• A expansão de renováveis pode impactar na ODS 15 (proteção de ecossistemas terrestres, redução de desmatamento e
perda da biodiversidade)
Adaptação das estruturas de mercado a novos desafios
• Novas tecnologias e modelos de mercado requerem novas estruturas regulatórias (tomada de decisão centralizada para
geração descentralizada, com maior flexibilidade e volatilidade de preços).

Subsídios e falta de incorporação das externalidades


• Subsídios diretos - ao consumo e produção - assim como preços inadequados de combustíveis fósseis distorcem a
concorrência entre tecnologias energéticas.
• Segundo Irena et al. (2018), os subsídios a fontes fósseis superam os renováveis na proporção de 1 para 4.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: BARREIRAS
Forte lobby da indústria existente
• As indústrias existentes pressionam decisores políticos para reprimir a mudança, evitar a aposentadoria de ativos não econômicos e
justificar novas construções.
• Segundo a Forbes (2019), as cinco maiores empresas de petróleo e gás do mundo gastam aproximadamente US$ 200 milhões ao ano
para controlar, atrasar ou bloquear políticas motivadas pelo clima.

Desbloqueio da inércia
• A transição energética depende da adequação da infraestrutura existente para mover a energia renovável produzida além do uso local.
Ex: uso de gasodutos para transporte de hidrogênio produzido eletroliticamente usando excesso energia renovável.
• A infraestrutura existente cria uma vantagem de "aprisionamento" para o combustível fóssil – efeito indesejado de aposentadoria de
ativos de longo prazo.

Oposição social
• Eleitores insatisfeitos com questões socioeconômicas podem levar a eleição de líderes contrários as questões climáticas. Ex: coletes
amarelos na França;
• Possíveis impactos na renda das famílias provocados por efeitos distributivos inadequados decorrentes das políticas de descarbonização.
• Oposição motivada por conflitos no uso da terra, impactos na paisagem, efeitos “não no meu quintal”.

Lacunas de inovação
• Muitas tecnologias de descarbonização ainda não atingiram escala comercial. Ex: CCS, Hidrogênio, Biocombustíveis de aviação.
• É necessário um grande investimento em P&D e inovação em escala.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: VETORES

• As tecnologias de energia renovável estão ultrapassando


os limites de desempenho e custo, desencadeando uma
ampla adoção global.

• A expansão da eletrificação permite o acoplamento


entre os setores consumidores de energia (transporte,
construção e indústria) e o setor energético, liberando
novas sinergias e diminuição de custos.

• As tecnologias digitais estão modificando não somente


as indústrias e os setores energéticos, mas também as
interações entre eles. A revolução digital é um
acelerador crítico da transição energética.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: VETORES – 3Ds

• Redução da participação das fontes • Geração distribuída, próxima aos • Maior eficiência derivados do uso
fósseis na matriz elétrica pontos de consumo; das tecnologias de informação
• Aumento da segurança energética por • Aproximação de clientes e • Uso de big data aliado redes
meio de fontes renováveis como solar e mercados inteligentes para monitoramento de
eólica, recursos genuinamente hábitos dos consumidores.
nacionais. • Eficiência e otimização operacional
• Eletrificação de sistemas de transporte
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: VETORES – 5Ds
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: AMBIENTE DE INOVAÇÃO
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DESAFIOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DESAFIOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DESAFIOS
• Índice do Trilema da Energia (Conselho
Mundial da Energia – WEC): classifica o
desempenho energético dos países em três
dimensões: Segurança Energética, Equidade
Energética e Sustentabilidade Ambiental

• Os resultados mostram impactos de decisões e


mudanças, sugerindo onde a coerência e
integração de políticas de inovação podem
ajudar a desenvolver sistemas de energia bem
calibrados no contexto da transição energética.

• Sistemas de energia robustos são seguros,


equitativos e ambientalmente sustentáveis,
mostrando um equilíbrio gerenciado entre as
três dimensões.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DESAFIOS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DESAFIOS

• Melhoria nos índices de equidade energética e sustentabilidade da matriz ajudaram o Brasil a subir uma posição no
ranking
• Brasil tem reduzido sua dependência externa de energia pelo aumento da produção de óleo e gás.
• Aumento dos preços de combustíveis como diesel e gasolina, aliados a manutenção das altas tarifas de eletricidades
comprometem a equidade energética no país – necessidade de melhor regulação para melhorias.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM NOVO MUNDO EM 2050
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM NOVO MUNDO EM 2050
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM NOVO MUNDO EM 2050
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM NOVO MUNDO EM 2050
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM NOVO MUNDO EM 2050

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