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NOTAS SOBRE

ZODÍACO
(DA COSTA E SILVA)
1. O poeta
• Amarante – PI (1885) – Rio de Janeiro – RJ (1930)

• Príncipe dos poetas piauienses.

• Autor da letra do Hino do Piauí.

• Publicou cinco obras: Sangue (1908), Zodíaco (1917), Pandora (1919),


Verônica (1927), Alhambra (1925)

• Membro da Academia Piauiense de Letras.


1. O poeta
• Conciliação das estéticas parnasiana e simbolista, trabalhando desde
o soneto rigidamente metrificado ao verso livre

• Parnasianismo: realismo em poesia, onde havia uma busca pela


formalidade da linguagem e a rigidez das formas, influenciada pelo
cientificismo e pelo positivismo.

• Simbolismo: incômodo na realidade e na cultura, partindo do mundo


escolhido pelo racionalismo burguês e desvendando um universo
estranho de associações de ideias, imagens oníricas e lembranças
sem significado definido.
1. O poeta
• O Piauí das páginas de Costa e Silva é um eldorado onde as matas são
sempre verdes e pulsantes de vida, onde o rio é caudaloso e cristalino, onde
o povo guarda uma pureza e uma ingenuidade ímpares. O motivo desse
idealismo parece-nos ser dois, um de fonte literária e outro de fonte
extraliterária (LIMA, 2011, p. 62).

• O motivo literário é o amplo lastro de influência romântica e simbolista


que Da Costa e Silva recebera ao longo de sua formação literária,
mormente dos autores de língua francesa (LIMA, 2011, p. 62).

• O motivo extraliterário é uma tentativa de compensação psicológica; o


poeta idealiza sua terra como forma de reagir contra os estereótipos que
produziram uma imagem parcial e negativa de seu estado (LIMA, 2011, p.
62).
1. O poeta
• Saudade

Saudade! Olhar de minha mãe rezando


Saudade! Asa de dor do Pensamento!
E o pranto lento deslizando a fio...
Gemidos vão de canaviais ao vento...
Saudade! Amor da minha terra... o rio As mortalhas de névoa sobre a terra...
Cantigas de águas claras soluçando.
Saudade! O Parnaíba - velho monge
Noites de junho... o caburé com frio, As barbas brancas alongando...E, ao longe,
ao luar sobre o arvoredo, piando ,O mugido dos bois da minha terra...
piando...
E ao vento as folhas lívidas cantando
A saudade imortal de um sol de estio.
2. O livro
• Segundo livro do autor, publicado nove
anos depois de Sangue. Ao todo, possui
50 poemas.
• O livro representa o ambicioso projeto
de descrever a “máquina da natureza”.
• Divide-se em doze partes, a saber: A
escalada, Ádito, Zodíaco, Horas,
Sugestões da luz, Ritmos da vida,
Imagens da natureza, Poemas da flora,
Poemas da fauna, Minha terra, De
natura... e A vertigem.
2. O livro
• A natureza e a terra natal são o centro
do livro.
• Há poemas que já revelam a
preocupação do autor com a destruição
da natureza, como se percebe em A
Queimada e em A Derrubada.
• Mesclam-se a técnica apurada
parnasiana e o verso livre. Os efeitos
sonoros são amplamente explorados.
• Há ainda o aspecto visual que é
explorado em alguns textos.
2. O livro
• Amarante

A minha terra é um céu, se há um céu sobre a


terra Com o seu povo feliz, que ri das próprias
É um céu sobre outro céu tão límpido e tão mágoas,
brando Entre os três rios, lembra uma ilha alegre e
Que eterno sonho azul parece estar sonhando linda,
A cidade sorrindo aos ósculos das águas.
Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra...
Terra para se amar com o grande amor que
Que encanto natural o seu aspecto encerra! eu tenho!
Junto à paisagem verde, a igreja branca, o Terra onde tive o berço e de onde espero
bando ainda
Sete palmos de gleba e os dois braços de um
Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando lenho!
2. O livro
• A aranha

Num angulo do teto, ágil e astuta, a aranha


Sobre invisível tear tecendo a tênue teia, Em flóculos de espuma urde, borda e
Arma o artístico ardil em que as moscas desenha
apanha O arabesco fatal, onde os palpos apoia
E, tenaz, a caçar os insectos se empenha.
E, insidiosa e subtil, os insetos enleia.
Vive, mata e produz, nessa faina enfadonha;
Faz do fluido que flui das entranhas a estranha E, o fascinante olhar a arder como uma joia,
Morre na própria teia, onde trabalha e sonha.
E fina trama ideal de seda que a rodeia
E, alargando o aranhol, os elos emaranha
Do alvo disco nupcial, que a luz do sol prateia.
ATIVIDADE
• Em grupos, façam a leitura e a análise os seguintes poemas da
obra Zodíaco:

Inverno Noturnal
A cobra A ventania
Meridional Natureza misteriosa
A palmeira Hino ao mar
Luar nas montanhas A vertigem
ATIVIDADE
• Levem em consideração os seguintes aspectos:

• Musicalidade do verso
• Visão espiritualizada de mundo
• Metaforismo intenso
• Descritivismo
• Rigor formal
• Vocabulário e sintaxe

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