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12º Técnico de Apoio à Gestão

Ufcd 1 - 0575 – Imposto sobre


Rendimentos - IRS

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Aprovação
• O CIRS (Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares) foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88 de 30 de
Novembro.

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Caracterização
O IRS é um imposto;
- nacional,
- estadual,
- direto,
- pessoal,
- subjetivo,
- de quotidade
- progressivo por escalões

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Caracterização
- Imposto sobre o rendimento

-Imposto direto

 (O IVA, por exemplo, não incide sobre o rendimento mas sim sobre o
consumo, e por outro lado é um imposto indirecto)

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Objetivo
• Tributar o valor anual dos rendimentos auferidos por pessoas
singulares ou físicas depois de efetuadas as correspondentes
deduções e abatimentos.

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O IRS implica deveres e obrigações para quem?

• O sujeito passivo que aufere os rendimentos.

• A empresa que paga os rendimentos.

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Implicações para o sujeito passivo
1 -Obrigação de apresentar uma Declaração Anual de Rendimentos (para
titulares de rendimentos de todas as Categorias do IRS).

2 - Obrigação de efetuar Pagamentos por Conta (para titulares de


rendimentos da Categoria B).

3 - Obrigação de pagar o IRS (se for caso disso) :


- Até 31 de Agosto do ano seguinte, para titulares de todas as categorias de
rendimentos ( Artº 97º, nº 1, a) do CIRS ).

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Implicações/obrigações para a empresa

• Efetuar Retenções na Fonte aquando do pagamento dos rendimentos, isto é,


deduzir as importâncias correspondentes à aplicação das taxas ( Artº 98º, nº 1 do
CIRS ).

• Entregar ao Estado as quantias retidas, até ao dia 20 do mês seguinte ( Artº 98º, nº
3 do CIRS ).

• Entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro de cada ano, declaração com
informação relativa ao ano anterior dos rendimentos pagos e do imposto retido (
Artº 119º, nº 1, b) do CIRS ).

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• Incidência real ou objetiva - O quê?
O IRS incide sobre o valor anual dos rendimentos das pessoas singulares, depois de
efetuadas as correspondentes deduções e abatimentos
• Incidência pessoal ou subjetiva - quem?
Ficam sujeitas a IRS as pessoas singulares que residam em território português e as
que, nele não residindo, aqui obtenham rendimentos (art. 13.º CIRS).
Temos assim:
as pessoas singulares residentes em território português, as quais estão sujeitas a
imposto sobre a universalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora
desse território
as pessoas singulares não residentes em território português, as quais apenas estão
sujeitas a imposto sobre os rendimentos obtidos neste território. (art. 15º a art.
18º)
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Pessoas singulares

Residentes em
Não residentes em território português
território português

O IRS incide sobre a universalidade dos O IRS incide apenas sobre os rendimentos
seus rendimentos obtidos em território português

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O agregado familiar
Constituído por:
• Cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens e os seus
dependentes;
• Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos de
separação judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade,
anulação ou dissolução do casamento, e os dependentes a seu cargo;
• O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;
• O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo.

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Consideram-se dependentes:
• Os filhos, adotados e enteados, menores não emancipados, bem como os
menores sob tutela;
• Os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até à
maioridade estiveram sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quem
incumbe a direção do agregado familiar, que, não tendo mais de 25 anos
nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da
retribuição mínima mensal garantida, tenham frequentado no ano a que
o imposto respeita o 11.º ou 12.º anos de escolaridade, estabelecimento
de ensino médio ou superior;
• Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o
trabalho e para angariar meios de subsistência, quando não aufiram
rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais elevado.

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Categorias de rendimentos
• Seis categorias, em regra autónomas entre si, mas que comportam,
nalguns casos, elementos de preponderância e elementos de
articulação.
Categoria A - Rendimentos do trabalho dependente.
Categoria B - Rendimentos empresariais e profissionais.
Categoria E - Rendimentos de capitais.
Categoria F - Rendimentos prediais.
Categoria G - Incrementos patrimoniais.
Categoria H - Pensões.
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Os rendimentos são tributados independentemente:
• Do local onde se obtenham,
• Da moeda
• Da forma por que sejam auferidos,
• Inclusive provenientes de atos ilícitos.

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Qual o intuito do IRS?
• Visa a diminuição das desigualdades,
• Será único e progressivo,
• Terá em conta as necessidades e rendimentos do agregado familiar.

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Cat A – Rendimentos do Trabalho
Dependente
Artº 2º do CIRS :

nº1 – Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas as remunerações pagas


provenientes de :
• a) – Trabalho por conta de outrem
• c) – Exercício de função, serviço ou cargo público
nº 2 – As remunerações compreendem :
- Ordenados, gratificações, comissões, prémios, etc.
nº 3 – b) – 1) – O subsídio de refeição, na parte em que exceder o limite legal estabelecido
(4,27 € / dia).
No entanto, se o subsídio de refeição exceder aquele limite em 60% e for pago em vales de
refeição, esse excedente não será tributado ( 4,27 € x 1,6 = 6,83 € ).

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Deduções específicas, o que são?
É o valor que é retirado ao rendimento global para obter o
rendimento líquido.
• No caso dos trabalhadores por conta de outrem (categoria A –
trabalho dependente) estas deduções têm um valor
fixo: 4.104€ (72% de 12 vezes a retribuição mínima mensal
garantida)

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• Na categoria B (trabalho independente) estas deduções podem ser
nulas.
• Na categoria F(rendimentos prediais) este valor depende consoante
as despesas dos senhorios. Aqui pode-se subtrair por exemplo as
despesas com obras de conservação e reparação dos imóveis, ou
com o IMI, no valor das rendas recebidas.
• Na categoria H (pensionistas e reformados) aplicam-se as deduções
específicas do artigo 53º do CIRS à semelhança dos trabalhadores
dependentes (4.104.00€, neste caso para pensões até 22 500€).
• Para as pensões de valor anual superior a 22.500€ (1.607 euros
mensais), a dedução é reduzida em 20% x (Pensão - 22.500) até à
sua concorrência.
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Deduções específicas aos rendimentos da
categoria A
Rendimento Anual Bruto (€) Dedução Acréscimos à dedução

Até 37.309.09 Dedução de 4104 euros. Total das indemnizações pagas pelo
O limite sobe para 4275 euros, trabalhador por rescisão de contrato de
caso tenha despesas com trabalho.
quotizações de ordens e
associações profissionais de Quotizações sindicais (até 1% do rendimento
inscrição obrigatória. bruto, acrescidas de 50%.

Prémios de seguro (doença, acidentes


Mais de 37.309.09 Dedução correspondente ao valor pessoais, vida, reforma e invalidez) nas
das contribuições obrigatórias profissões de desgaste rápido, com o limite de
para a Segurança Social (em regra 2106,60 euros
11% sobre o rendimento bruto)

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Cat B – Rendimentos Empresariais e Profissionais
Artº 3º do CIRS :

• nº1 – Consideram-se rendimentos empresariais e profissionais :


• a) – Os decorrentes de atividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou
pecuária.
• b) – Os auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer atividade de
prestação de serviços.
• c) – Provenientes de propriedade intelectual, ou da prestação de
informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial,
comercial ou científico quando auferidos pelo seu titular original.
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Cat E – Rendimentos de capitais
O artº 5º do Código do IRS inclui, entre outros:
- juros decorrentes de depósitos a prazo e outras aplicações
financeiras,
- lucros ou dividendos colocados à disposição do sujeito passivo.

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Cat F – Rendimentos Prediais
• O artº 8 do Código de IRS inclui as rendas dos prédios rústicos,
urbanos e mistos.

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O que são rendimentos prediais ?
Consideram-se rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos,
urbanos e mistos pagas ou colocadas à disposição dos respetivos titulares.
São havidas como rendas:
• As importâncias relativas à cedência do uso do prédio ou de parte dele e
aos serviços relacionados com aquela cedência;
• As importâncias relativas ao aluguer de maquinismos e mobiliários
instalados no imóvel locado;
• A diferença, auferida pelo sublocador, entre a renda recebida do
subarrendatário e a paga ao senhorio;
• As importâncias relativas à cedência do uso, total ou parcial, de bens
imóveis, para quaisquer fins especiais, designadamente publicidade;

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Cat G – Incrementos patrimoniais
Os artigos 9º e 10º do Código do IRS incluem, entre outros:
• - As mais valias resultantes da venda de imóveis ou de ações,
• Algumas indemnizações

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Cat H - Pensões
O artº 11º do Código do IRS inclui, entre outros:
• - Pensões de aposentação ou reforma,
• - Rendas temporárias ou vitalícias.

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Proposta de Trabalho
1 - Indique e explique as características do IRS.
1.1 – Qual o objetivo do IRS?
1.2 – O IRS implica deveres e obrigações. Para quem?
1.3 - Identificas as implicações para o sujeito passivo.

1.4 – Quantas categorias tem o IRS? Quais são?


1.5 – Explica o que é a Incidência real ou objetiva.
1.6 Quem fica sujeito a IRS?

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2 – Classifique, justificando, os seguintes rendimentos das pessoas
singulares, de acordo com as categorias de IRS:

a) Ordenado de um funcionário público;


b) Juros de um depósito a prazo;
c) Rendimento de um economista como profissional liberal;
d) Ganho obtido na venda de um apartamento particular;
e) Pensão de invalidez;
f) Rendas do arrendamento de um apartamento;
g) Lucro resultante da atividade comercial de um empresário que optou
pela contabilidade organizada.
2.1 – Dê exemplos de rendimentos de cada categoria de IRS.
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3 – “Ficam sujeitas a IRS as pessoas que aufiram rendimentos em território
português.”
3.1 – Explique esta afirmação.
3.2 Indique quem é considerado “dependente” para efeitos de IRS.

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Regimes de tributação
• 1 - Regime Simplificado ( Artº 28º, nº 1, a) do CIRS )
• 2 - Com base na Contabilidade (Artº 28º, nº 1, b) do CIRS )

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Cat B – Regime Simplificado vs Contabilidade
Organizada
Fatores que determinam a inclusão dos sujeitos passivos num daqueles
regimes :
- Opção feita na Declaração de Início de Atividade,
- Volume de negócios e outros proveitos,
- Apresentação de Declaração de Alterações.

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Regime Simplificado
Ficam no Regime Simplificado, se, na Declaração de Início de
Atividade: (Artº 28º nº 2 do CIRS)
a) - Não tiverem optado pelo Regime de Contabilidade Organizada
b) - Tiverem obtido no ano anterior um montante anual ilíquido de
rendimentos inferior ou igual a 200.000 €.

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O período mínimo de permanência no regime simplificado é de 3
anos.
É prorrogável automaticamente por iguais períodos, excepto se o
sujeito passivo comunicar a sua opção pelo Regime de Contabilidade
Organizada, através da entrega da Declaração de Alterações até ao
fim do mês de Março do ano em que pretende utilizar a
Contabilidade Organizada como forma de determinação do
rendimento.

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Regime de Contabilidade Organizada
Ficam no Regime de Contabilidade Organizada, se, na Declaração de
Início de Atividade (artº 28º CIRS)
• - Tiverem optado pelo Regime de Contabilidade Organizada
• - Tiverem obtido no ano anterior um montante anual ilíquido de
rendimentos superior a 200.000 €.

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Regime de Contabilidade Organizada

– Tenham formalizado a opção pelo Regime de Contabilidade


Organizada na Declaração de Início de Atividade.
– Tenham formalizado a opção pelo Regime de Contabilidade
Organizada na Declaração de Alterações, a apresentar até ao fim do
mês de Março do ano em que pretendam ser tributados por esse
regime.

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• Tenham ultrapassado, no exercício da sua atividade, um montante
anual líquido de rendimentos da Categoria B (Rendimentos
Empresariais e Profissionais) de 200.000,00 €.

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IRS – Mudança de Regime de Tributação

Passam obrigatoriamente para o Regime de Contabilidade Organizada :

- Se, em 2 anos consecutivos, obtiverem rendimentos anuais superiores a


200.000,00 €.
- Se, num único exercício, obtiverem um rendimento anual superior a
250.000,00 € (ou seja, aumento superior a 25%, num único exercício).

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Tributação com base nas regras da
contabilidade organizada
De acordo com este regime, o rendimento líquido é igual ao
rendimento tributável, ou seja:

Rendimento Líquido = Resultado contabilístico (Rendimentos –


Gastos) + Gastos não Fiscais – Rendimentos não Fiscais

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Resultado Contabilístico

Gastos Rendimentos

61 – Custo das mercadorias vendidas e 71 – Vendas


das matérias consumidas 72 – Prestações de serviços
62 – Fornecimentos serviços externos 73 – Variações inventários da produção
63 – Gastos com o pessoal 74 – Trabalhos para a própria entidade
64 – Gastos depreciação amortização 75 – Reversões
65 – Perdas por imparidade 76 – Subsídios à exploração
66 – Perdas por redução justo valor 77 – Ganhos por aumento do justo
67 – Provisões do período valor
68 - - Outros gastos e perdas 78 – Outros rendimentos e ganhos
69 – Gastos e perdas de financiamento 79 – Juros, dividendos e outros 38
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Na determinação do rendimento tributável é necessário ter
em conta os gastos contabilísticos que não são aceites para
efeitos fiscais, aplicando-se nestes casos, as limitações
previstas nos artºs 33º e 34º e seguintes do CIRS.

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ATIVIDADE
Pesquisa na Internet o CIRS e identifica os encargos não dedutíveis para
efeitos fiscais.

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As mais valias obtidas nas atividades abrangidas pela categoria B não
são tratadas para efeitos de IRS como rendimentos da categoria G.
No apuramento do rendimento líquido da categoria B ( contabilidade
organizada), as mais-valias são consideradas como rendimentos e
registam-se na conta 78 – Outros rendimentos e ganhos – 7871 –
Alienações; enquanto as menos-valias são consideradas gastos
sendo registadas na conta 68 – Outros gastos e perdas – 6781 –
Alienações.

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Assim, podemos dizer que:
 Mais-valias da categoria B – são os ganhos resultantes da alienação
de bens que faziam parte do ativo do empresário em nome individual
ou do trabalhador independente;
Menos-valias da categoria B – são as perdas resultantes da alienação
de bens que faziam parte do ativo do empresário em nome individual
ou do trabalhador independente.
A mais-valia sujeita a tributação em IRS pode ser diferente da mais-
valia contabilística se já tiverem passado pelo menos 2 anos desde a
data de aquisição do bem alienado.
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Cálculo das mais e menos-valias fiscais
Exemplo:
O Sr. Luís, empresário em nome individual, com contabilidade organizada,
vendeu por 10.000 €, em maio de 2011, uma viatura ligeira de passageiros
adquirida em 2008 por 35.000 € e que estava a ser depreciada à taxa de
25%.

Valor de aquisição = 35.000 €


Depreciações acumuladas = 3 x 0,25 x 35.000 = 26.250 €
Valor atual =valor de aquisição – dep. Acumuladas=35.000 – 26.250= 8.750 €

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Valor realização/venda = 10.000 €
Mais- valia contabilística = 10.000-8750 = 1250 €
Admitindo que o coeficiente de desvalorização de moeda é de 1,02,
temos valor atual corrigido: 8750 x 1,02
= = 8.925 €
Mais valia fiscal= valor da realização – valor atual corrigido = 10.000-
8.925 = 1.075
Sendo a mais valia fiscal diferente da mais valia contabilística, era
necessário proceder à correção do lucro contabilístico para a
determinação do lucro tributável.

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Suponha o exemplo anterior, considerando que a viatura foi vendida
por 7.000€.
Menos-valia contabilística = valor da aquisição – valor atual
contabilístico = 7.000-8.750 = 1.750 €
Menos-valia fiscal = valor de realização – valor atual corrigido =7.000-
8.925 = 1.925

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