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Poetas contemporâneos

Síntese da unidade

Encontros – 12.o ano ▪ Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Miguel Magalhães


Poetas contemporâneos: síntese da unidade ● Manual, p. 226

Friso cronológico
IDADE Séc. XV-XVI Séc. XVII Séc. XIX Séc. XX LITERATURA
MÉDIA RENASCIMENTO BARROCO ROMANTISMO REALISMO MODERNISMO CONTEMPORÂNEA

Poetas
contemporâneos
Poetas contemporâneos: síntese da unidade ● Manual, p. 226

Jorge de Sena Eugénio de Andrade


Miguel Torga 1923-2005
1907-1995 1919-1978

Alexandre O’Neill Manuel Alegre


1924-1986 1936
Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Miguel Torga ● Manual, p. 226

Representações
Tradição
do
literária
contemporâneo

Miguel Torga (1907-1995)


Arte Figurações
poética do poeta

Linguagem e estilo Voltar


Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Miguel Torga ● Manual, p. 226

Representações do contemporâneo
Imagem de Portugal
Ibéria S. Leonardo de Galafura
Terra. […]
Quanto a palavra der, e nada mais. Lá não terá socalcos
Só assim a resume Nem vinhedos
Quem a contempla do mais alto cume, Na menina dos olhos deslumbrados;
Carregada de sol e de pinhais. Doiros desaguados
[…] Serão charcos de luz
Envelhecida;
Terra nua e tamanha
Rasos, todos os montes
Que nela coube o Velho Mundo e o Novo…
Deixarão prolongar os horizontes
Que nela cabem Portugal e Espanha
Até onde se extinga a cor da vida.
E a loucura com asas do seu Povo.
TORGA, Miguel (2000). Poesia Completa. TORGA, Miguel (2000). Poesia Completa.
Lisboa: Dom Quixote, p. 691 Lisboa: Dom Quixote, p. 669

IBÉRIA Voltar RAÍZES TELÚRICAS


Na poesia de Miguel Torga,
apresenta-se uma conceção
antropológica da Ibéria, centrada
nas características comuns
aos vários povos da península,
como o apego ao solo pobre, em
constante conflito com o desejo
de partir, e uma espécie de
René Magritte,
A Chave de Vidro, 1959
vassalagem que presta à terra e à
carne.

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A poesia de Miguel Torga tem como
sujeito poético o homem ligado à
terra, aos clãs de pastores e
agricultores. Este é um poeta-aldeão
que se ergue do seio da Terra-Mãe,
de onde extrai as imagens desse
António Carneiro, mundo, ainda virgem do ser humano.
Porto Manso, 1927 Tal como o ciclo da terra, nasce e cai
nesse torrão agreste para voltar a
nascer; é dessa ideia de renovação
constante, como na Natureza, que
surge a sua própria imortalidade.

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Miguel Torga ● Manual, p. 226

Tradição literária

Aproveitamento de Influência de poetas portugueses
temas/motivos da tradição
Ex.: “Camões”
literária com valor simbólico
Ex.: “Mar”
→ Descobrimentos
portugueses
Ex.: “Ibéria”
→ Identidade da cultura e das
origens portuguesas
Ex.: “Orfeu Rebelde”
→ Orfeu: símbolo da poesia e
do canto Voltar
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Figurações Exaltação de Camões – consciência da sua


própria limitação enquanto poeta
do poeta quando comparado ao génio épico

d’ Os Lusíadas.
Ex.: “Camões”

Analogia do poeta com Orfeu – grito obsessivo,


livre de regras, encontrando na poesia a forma
de expressão mais plena e eterna.
Ex.: “Orfeu Rebelde”
Poeta como ser em busca da sua identidade.
Ex.: “Prospeção”

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Miguel Torga ● Manual, p. 226

Canto como um possesso


Arte Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
poética Poesia como
Eu ergo a voz assim, num desafio: arma e como
Que o céu e a terra, pedras conjugadas forma de
Do moinho cruel que me tritura, eternização e
Saibam que há gritos como há nortadas, expressão
Violências famintas de ternura. plena.
TORGA, Miguel (2000). Poesia Completa.
Lisboa: Dom Quixote, p. 192

Cavo, Poema como palco do


Lavo, drama da criação
Peneiro, poética, da pesquisa
Mas só quero a fortuna incessante que o
De me encontrar. poeta tem de realizar
Poeta antes dos versos, para se encontrar, se
E sede antes da fonte.
conhecer, se definir e
Puro como um deserto.
TORGA, Miguel (2000). Poesia Completa. descobrir a sua
Voltar Lisboa: Dom Quixote, p. 574 identidade original.
Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Miguel Torga ● Manual, p. 226

Linguagem Utilização de uma linguagem sóbria, rigorosa e


simples, associada à terra e à lavoura, em
e estilo oposição a uma linguagem marítima.

Presença de símbolos bíblicos e helénicos,


imagens cristãs e pagãs.

Prática de formas poéticas fixas, mas também do


versilibrismo (característica do grupo da
Presença), com métrica regular e irregular.

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Representações Tradição
do contemporâneo literária

Jorge de Sena (1919-1978)

Linguagem Figurações do poeta


e estilo Arte poética

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Representações do contemporâneo
Imagem de Portugal
ALGUMAS TEMÁTICAS

Exílio
Usurpação da Pátria
Ex.: “Epígrafe para a Omnipotência do dinheiro
Arte de Furtar” Ex.: “Ode aos livros que não
posso comprar”

Opressão
Ausência de liberdade
Ex.: “Quem a tem…”
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Tradição literária

Temas abordados Influência Recriação de
pela tradição de poetas géneros da
literária portugueses tradição literária
Usurpação da liberdade Ex.: Luís de Camões Géneros da poesia
Ex.: “Quem a tem” Fernando Pessoa trovadoresca

Ode
Desconcerto do mundo
Ex.: “Epígrafe para a
Arte de Furtar”

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Jorge de Sena ● Manual, p. 226

“Os trabalhos e os dias”


Condição do poeta •

Figurações  Dedicação plena ao ofício


da escrita.
do poeta  Espanto face ao mundo.
 Consciência da limitação do
seu conhecimento.

Poesia como
Arte  Produto do labor e do
poética espanto quotidiano.
 Manifestação da ação
humana.
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Linguagem  Uso de uma linguagem lírica, mas


e estilo depurada. •
 Articulação entre aspetos
modernos e recursos da tradição
medieval e renascentista;
utilização de formas poéticas
clássicas (ex.: cantiga de amigo,
vilancete) e modernas (ex.:
poemas em verso livre e métrica
irregular).
 Linguagem descritiva, marcada
por um certo discursivismo.
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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Eugénio de Andrade ● Manual, p. 226

Representações
do Tradição
contemporâneo literária

Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Linguagem Figurações do poeta
e estilo Arte poética

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Eugénio de Andrade ● Manual, p. 226
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Representações do
contemporâneo

Natureza, terra, campo


Ex.: “Quando em
silêncio…” Infância, envelhecimento,
perda
Ex.: “Em Lisboa com Cesário
Verde”
Imagem de Portugal “Os trabalhos da mão”
Ex.: “Em Lisboa com
Cesário Verde”
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Tradição literária
Temas Diálogo intertextual •
abordados pela com géneros da tradição
tradição literária literária (poesia
Influência de trovadoresca)
Natureza/amor poetas
Ex.: “Quando em silêncio…”
Ex.: “Quando em portugueses “Canção”
silêncio…”

Ex.: Luís de Camões, Fernando Pessoa, Cesário Verde

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Eugénio de Andrade ● Manual, p. 226

“A arte dos versos” | “Os trabalhos da mão”


“Teoria do verso” | “A sílaba”

Arte Conceção de poesia
poética  Produto do labor, da exigência e do
rigor.
 Essencial à vida do poeta.
 Aspiração ao alto/infinito/totalidade.

Figurações Condição do poeta


do poeta  Consciência da finitude, do corpo, da
corrupção do tempo.

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Linguagem  Poeta da precisão – palavra certa


e estilo colocada no sítio exato. •
 Campos lexicais que remetem
para a poesia solar e luminosa.
 Ritmos frásicos orais e recurso
quase obsessivo a metáforas.
 Tendência para as formas poéticas
e estróficas modernas (poemas
em verso livre e métrica irregular).

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Alexandre O’Neill ● Manual, p. 226

Representações
do
contemporâneo
Alexandre O’Neill
(1924-198)

Tradição literária
Linguagem Figurações do poeta
e estilo Arte poética

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Alexandre O’Neill ● Manual, p. 226

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Representações do
contemporâneo

 Poeta urbano.
Imagem de Portugal Quadros da vida
 Busca constante da liberdade. quotidiana
Ex.: “E de novo, Lisboa”
“UmDenúncia da opressão política
adeus português” Ex.: “E de novo, Lisboa”
e“Oda faltapouco
poema de liberdade.
original do “Um adeus português”
medo” “Feira desmanchada”
Crítica ao quotidiano e à vida
rotineira que passa; sátira à
sociedade.
• Ausência de liberdade Brandos costumes
• ACorrupção
vida é encarada de forma
humorística
• Sordidez e descontraída.
Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Alexandre O’Neill ● Manual, p. 226
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Tradição Temas abordados pela
literária tradição literária

Recusa da poesia
Arte Usurpação da
tradicional e banal
poética Ex.: “Bom e liberdade
expressivo” Ex.: “Um adeus
português”
“O poema pouco
Oposição entre dois tipos de poeta
original do medo”
 Poeta alheado e conformado vs.
poeta socialmente comprometido
(grupo em que O’Neill se insere).
Figurações
Ex.: “Bom e expressivo”
“Autocrítica” [excerto] do poeta
Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Alexandre O’Neill ● Manual, p. 226

Linguagem  Escrita corrente, mas não simples.


e estilo  Linguagem coloquial, familiar e •
popular.
 Presença de elementos do surrealismo.
 Prática quer de formas clássicas e
populares (quadras, por exemplo),
quer de formas modernas (sem
métrica nem rima definida).

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Manuel Alegre ● Manual, p. 226

Representações
Tradição
do
literária
contemporâneo

Manuel Alegre (1936)

Linguagem Figurações do poeta


e estilo Arte poética

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Manuel Alegre ● Manual, p. 226
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Representações do contemporâneo
Imagem de Portugal

Ausência de liberdade
Ex.: “É preciso um país”
“Variações sobre ‘O Guerra colonial
poema pouco Ex.: “A segunda canção
original do medo’…” com lágrimas”

Prisão
Ex.: “Como se faz um
poema”
Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Manuel Alegre ● Manual, p. 226

Tradição literária

Aproveitamento de Influência Diálogo
temas/motivos da de poetas intertextual com
tradição literária portugueses outros poemas
com valor simbólico da literatura
Ex.: Luís de Camões
Fernando Pessoa portuguesa
Alcácer Quibir
Ex.: “É preciso um país” Ex.: “Variações sobre
‘O poema pouco
Ulisses
original do medo’…”
Ex.: “Ulisses”
(poema de
Alexandre O’Neill).
Nota: A obra O Canto e
as Armas está
organizada em cantos,
como Os Lusíadas.
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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Manuel Alegre ● Manual, p. 226

“Como se faz um poema”


Arte Poesia como meio de
expressão da
poética
experiência pessoal (exílio,
guerra, prisão) e como arma
de combate/forma de
intervenção social.

Figurações Poeta socialmente


do poeta comprometido.

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Poetas contemporâneos: síntese da unidade | Manuel Alegre ● Manual, p. 226

Linguagem  Conjugação de marcas épicas e


e estilo líricas.
 Musicalidade da escrita.
 Uso de anáforas e paralelismos,
entre outros recursos estilísticos que
facilitam a memorização.
 Utilização de formas poéticas fixas
(romances, canções, trovas,
sonetos).
 Métrica variada.

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POETAS
CONTEM-
Miguel Torga Jorge de Sena
PORÂNEOS 1907-1995 1919-1978

Eugénio de Andrade Alexandre O’Neill Manuel Alegre


1923-2005 1924-1986 1936

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