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Mecânica dos Solos 1

Água nos solos: capilaridade, permeabilidade e


percolação
21/10/2019

Professora:
Lorena Gomes Abrantes

UNIREDENTOR/ Prof.: LORENA G. ABRANTES


Transmissão de esforços em solos
(meio particulado)

• Solos constituídos de grãos ou partículas;


• Forças aplicadas são transmitidas através de contatos entre
grãos e também suportada pela água nos vazios.

F
Ponto A expandido
Ponto A expandido
(areia)
(argila)
A
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Definição de Tensões
(meio particulado)

• Tensões Macroscópicas Verticais e Horizontais


Estado Plano de Tensões

Superfície do
terreno Área a

sv = Nv/a; sh = Nh/a
th = Th/a; tv = Tv/a
A

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Definição de Tensões
(meio particulado)
• Tensões de Contato ou Intergranulares – 𝜎c, τc

B
Área B
unitária, A

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2 Tensões normais e cisalhantes
• Tensões atuantes

TENSÃO NORMAL

𝑁
𝜎=
𝐴

TENSÃO CISALHANTE

𝑇
𝜏=
𝐴

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Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Teoria do tubo capilar

 Nos solos a água se eleva por entre os interstícios de pequenas


dimensões formados pelo arranjo das partículas sólidas. A água
então pode-se elevar além do nível d’água. A altura desta
elevação vai depender da natureza do solo.

 Esta altura de elevação é denominada de altura de ascensão


capilar.

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Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Exemplo de capilaridade

 O corte a seguir mostra a distribuição típica da umidade do solo


onde se pode observar que o solo não se apresenta saturado ao
longo de toda a altura de ascensão capilar. A saturação ocorre até
um certo nível denominado de nível de saturação.

hc

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2 – Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Tensão superficial da água

 A água apresenta uma tensão superficial que por analogia é


associada a uma tensão de membrana.

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2 Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

 A água em contato com um tubo capilar consegue sustentar uma


coluna d’água.

Tubos capilares podem ser


associados a meniscos
capilares em solos;

A água então ascende


capilarmente a uma certa
altura acima do nível da água.

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Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

 Formulação da ascensão capilar

No mecanismo de ascensão capilar a água subirá dentro do tubo capilar de


diâmetro d até uma altura hc (altura de ascensão capilar).
Esta altura de ascensão é função da força capilar Fc que deve ser igual ao peso
da coluna de água no tubo suspensa.

Desta forma temos:


෍ 𝐹𝑣 = 0

𝜋 ∙ 𝑑2
𝐹𝑐 ∙ cos 𝛼 = 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝑇𝑠 ∙ cos 𝛼 = ∙ ℎ𝑐 ∙ 𝛾𝑎
4

que resulta em:


4 ∙ 𝑇𝑠
ℎ𝑐 = ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝛼
𝑑 ∙ 𝛾𝑎
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2 – Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

4 ∙ 𝑇𝑠
ℎ𝑐 = ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 “Lei” de Jurin
𝑑 ∙ 𝛾𝑎

Onde:

Ts = tensão superficial da água, por unidade de linha de contato


entre a água e o tubo; aproximadamente 75 dinas/cm = 0,0764
gf/cm  8 mg/mm;

 = ângulo de contato.

Obs: a tensão superficial da água a 20° C é T = 0,073 N/m.

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2 – Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

No momento de máxima ascensão, quando o equilíbrio é atingido,  = 0°


que resulta na equação para o cálculo da altura capilar máxima:

4 ∙ 𝑇𝑠
ℎ𝑐,𝑚á𝑥 =
𝑑 ∙ 𝛾𝑎

Ou ainda:

0,306
ℎ𝑐,𝑚á𝑥 =
𝑑

Com d em centímetros
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2Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Teoricamente e considerando as dimensões dos vazios, as alturas

capilares atingíveis em alguns tipos de solo seriam:

 Areias grossas: hc = 3 cm;

 Siltes: hc = 60 cm;

 Argilas: hc = 30m

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Tensões Geostáticas
• Tensão Vertical Total 𝜎 v ou 𝜎 z:
A tensão vertical, em uma dada profundidade, é devida ao peso
de tudo que se encontra acima do ponto (solo, água, aterro
infinito).
Desta forma, esta tensão aumenta com profundidade.

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Tensão Horizontal Total 𝜎 h

A tensão horizontal é obtida a partir do conhecimento


da tensão vertical por meio da seguinte expressão:

K é denominado coeficiente de empuxo no repouso ou


coeficiente de tensão lateral.

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Poropressões

A água nos poros de um solo saturado possui uma pressão


(u) conhecida como poropressão (também denominada
pressão neutra por autores não atualizados).

Nível do Terreno Nível do Terreno

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Tensões Efetivas

Tensão efetiva (𝜎’) – definida por Terzaghi na


década de 1950, para Solos Saturados
𝜎’=𝜎–u (𝜎  tensão total)

A tensão efetiva atua nos contatos entre


partículas
comanda o comportamento dos solos
saturados

Poropressão (u)
a nos poros (hidrostática – igual em todas as
direções)
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Determinação de Tensões Horizontais

𝜎 v = Σgtz
u = gw z w
𝜎 v’ = 𝜎 v – u
𝜎’h = K0 𝜎’v
Obs.: Nas interfaces entre
𝜎 h = 𝜎’h + u camadas dois valores de K0 se
aplicam. Logo, nestes pontos do
perfil, ocorrem descontinuidades
nos valores de tensões
horizontais computados.
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3 – Tensões devidas ao peso próprio do solo
Tensão devido ao peso próprio do solo a uma dada profundidade

𝜎𝑣 = 𝛾𝑛 ∙ 𝑧
Profundidade
considerada
Tensão Peso
vertical específico

3m

 Tensão vertical no ponto A


A
2m
sv(a) = 16 kN/m³ x 3m = 48 kN/m²
B

 Tensão vertical no ponto B

sv(b) = 48 kN/m² + 21 kN/m³ x 2m


Diagrama sem presença de NA
sv(b) = 90 kN/m²
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Pressão neutra e conceito de tensões efetivas
Exemplo de cálculo de tensões efetivas e totais

Tensões efetivas e totais a -7m de profundidade

s = (3x19) + (4x16) = 121 kPa


s’ = s - u = 121 – 60 = 61 kPa
u = (2x10) + (4x10) = 60 kPa
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2 – Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Franja capilar

Desenvolvimento de franja capilar para condições de solo seco em


contato com lençol d’água e após rebaixamento do lençol:

Nível máximo ZONA com bolhas


para solo seco oclusas
em contato
com lençol

ZONA SATURADA

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2 Tensões capilares nos solos e ascensão capilar

Mensicos capilares e sucção

Mesmo sem contato com o lençol d’água podem ser formar meniscos
capilares pela água que envolve o solo.
Estes meniscos, devido à tensão superficial da água provocam a atração
entre as partículas de solo.
Esta atração recebe o nome de sucção ou coesão aparente do solo.

Tensão superficial

Quanto menor o tamanho


das partículas, maior é a
atração entre elas, ou seja,
maior é a sucção.

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Permeabilidade e percolação

• A permeabilidade do solo é expressa pelo coeficiente K.


• O K pode ser determinado pelo ensaio de permeabilidade utilizando o
permeâmetro e a lei de Darcy : Q = KiA

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Conceito de Cargas
Em solos, é usual expressar a equação de Bernoulli em termos de carga, ou
seja, em termos de energia por unidade de peso, ou seja:

Fluxo de água em solos H  h p  hv  he

u = pressão da água nos vazios


u = pressão do solo;
da água uw= peso
nos vazios específico
do solo; da água
w= peso específico da água
vp = velocidadevde=percolação
velocidadedadeágua; g = aceleração
percolação da água; gda=gravidade;
aceleração da gravidade;
p
z = distância dez um referencial
= distância ou datum
de um ao ponto
referencial considerado.
ou datum UNIREDENTOR/ Prof.: LORENA G. ABRANTES
ao ponto considerado.
Carga hidráulica
• A carga hidráulica pode ser expressa em termos de altura de coluna d’água. De acordo com
Bernoulli a carga total num sistema de fluxo é constante e possui três parcelas:

Carga total = altimétrica + piezométrica + cinética

• Devido à baixa velocidade de percolação a parcela cinética é desprezível e a equação fica:

Carga total = altimétrica + piezométrica

• Carga altimétrica: é a diferença de cota entre o ponto considerado e a cota de referência.

• Carga piezométrica: é a pressão neutra no ponto, expressa em altura de coluna d’água.


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Carga hidráulica

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Força de percolação
• A força de percolação resulta do atrito viscoso da água ao percolar através do solo. A
energia se dissipa por atrito e provoca um arraste nas partículas do solo percolado,
tendendo a carregá-las.

A força dissipada é: F = h ·gw · A

Onde: A é a área do corpo de prova (no caso de um permeâmetro, por exemplo), h é


a carga hidráulica, gw é o peso específico da água.

Num fluxo uniforme a força se dissipa uniformemente em todo o volume de solo


(AL), dessa forma a força dissipada por unidade de volume é:

ℎ ∙ 𝛾𝑤 ∙ 𝐴
𝐹=
𝐴∙𝐿
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Força de percolação

• Como h/L é o gradiente hidráulico (i), e L é o comprimento de solo atravessado, a força


de percolação por unidade de volume fica dada por:

F/(AL) = J = i · gw

• A força de percolação J pode atuar na mesma direção ou direção oposta ao peso do solo.

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Força de percolação
► A velocidade de percolação da água no solo é proporcional ao gradiente hidráulico
(i), desta forma temos que quanto maior a carga hidráulica (h) maior será a
velocidade para percolar o comprimento L.
► A força dissipada no fluxo é a força de percolação. O valor de J fornece a força de
percolação dissipada por unidade de volume.

∆ℎ
𝑖= Gradiente hidráulico
𝐿

𝐹 = ℎ ∙ 𝛾𝑤 ∙ 𝐴 Força dissipada

𝐹 = ℎ ∙ 𝛾𝑤 ∙ 𝐴 /(𝐴𝐿) Força dissipada por


unidade de volume

𝐽 = 𝑖 ∙ 𝛾𝑤 Força de percolação ou força L


dissipada por unidade de volume

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Força de percolação

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Permeâmetro

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Permeâmetro

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Permeâmetro

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Gradiente crítico
• A tensão efetiva vertical no ponto B do permeâmetro é s´v = L·(gsub – J)
para o caso apresentado de fluxo ascendente.

J = i ·g w

Ponto A
s’v = L· (gsub – J) = 0
h

L Área de seção 𝛾𝑠𝑢𝑏


𝑖𝑐𝑟𝑖𝑡 =
𝛾𝑤
Ponto B

Quando a tensão efetiva em B cai a zero há uma condição chamada de


movediça. O fluxo ascendente pode provocar esta condição se tivermos i  icrit

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Gradiente crítico

(a) Barragem (b) Escavação


(Sousa Pinto, 2006)

 Nestes exemplos de obras a perda de resistência é localizada inicialmente e causa uma


erosão inicial que realimenta o processo ainda mais e progressivamente vão se formando tubos
no interior do solo. Este processo é conhecido como “piping”.
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Ruptura hidráulica do solo

→ Forças de percolação de fluxo ascendente podem atingir valores


críticos e haver ruptura (levantamento de fundo).
→ Para combater este efeito:
a) Aumento do peso (W), equilibrando as forças de percolação;
b) Elementos filtrantes para evitar piping.
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Cálculo de Cargas
Dado o permeâmetro abaixo, determinar a distribuição de cargas total, de elevação e de
pressão e a distribuição de velocidade entre as cotas 0 e 26.
Obs.: Não há perda de carga na tubulação. A carga de
pressão nos N.A. = 0 Solo Areia
k (cm/s) 0,5
n 0,33
N.A. P1
80

Cota (cm)
N.A.
P6
50

42
Direção do Fluxo
DATUM

P5
26
P4 21

Solo
P3 5
0
P2

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Cálculo de Cargas
Solo Areia
30
k (cm/s) 0,5
n 0,33 25

N.A. P1 20

Cota (cm)
80 15

Cota (cm)
10

5
H hp he
0
N.A. 0 10 20 30 40 50 60 70 80
P6
Cargas (cm)
50
30
42
25
P5 20

Cota (cm)
26
P4 21 15

Solo 10

5
P3 5
0 0
P2 0 1 2 3
Velocidade (cm/s)
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Exercício: Com os dados do sistema hidráulico abaixo, determinar os
diagramas de tensões totais, pressão neutra e tensão efetivas para o
reservatório 2.

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Resp:

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Exercício: Com os dados do sistema hidráulico abaixo, determinar
os diagramas de cargas de pressão, elevação e total para o
reservatório 2.

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