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Eng. Pedro P. R.

Nishida
Prof. Dr. Marcus A. V. duarte

QUALIDADE ACÚSTICA E TEMPO DE


REVERBERAÇÃO
INTRODUÇÃO

 O tempo de reverberação é um importante


parâmetro acústico, sendo um dos primeiros
parâmetros a ser avaliado no projeto acústico
de uma sala.

 É importante destacar que a maneira mais


comum de alterar o valor do tempo de
reverberação é o uso de materiais
absorvedores.

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

 O Tempo de Reverberação deve estar de


acordo com o uso do espaço, não devendo ser
longo em demasiado para não perturbar a
clara percepção do som, mas, também, não ser
pequeno ou curto demais, o que prejudica a
percepção de alguns tipos de fontes sonoras
(LOSSO, 2003).

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

 As múltiplas reflexões do som num ambiente


causa a reverberação

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

 Quando uma pessoa fala num ambiente


reverberante, ela ouve o som de nossa própria
voz de forma atrasada.

 Não se deve confundir a reverberação com o


eco, embora os dois sejam causados por
princípios semelhantes.

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

Dois fatores são responsáveis pela reverberação


de um ambiente:

 o índice de reflexão das superfícies do


ambiente (paredes, teto e piso);
 o volume do ambiente;

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

 A reverberação prejudica bastante a


inteligibilidade das palavras num ambiente
 Ao pronunciar-se uma palavra com várias
sílabas, os sons se sobrepõem
 Quando a fala é muito rápida ou a
reverberação é grande, mesmo as pausas
entre as palavras se tornam preenchidas com o
som reverberante

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 O conceito de reverberação relaciona-se com


vivacidade do ambiente
 O tempo de reverberação exerce influência na
performance musical
 Os músicos sempre avaliam a acústica da sala,
adaptando, conscientemente ou não, no
momento da execução, a obra musical ao
ambiente acústico

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 Arquitetura e música têm tido efeitos mútuos


ao longo dos séculos: auditórios existentes
afetaram o tipo de composição da música e
novas composições musicais exigiram
mudanças acústicas em espaços fechados
 Com a exceção de alguns teatros antigos que
alcançaram a fama de grande perfeição
acústica, a maioria dos teatros desse período
apresentava uma acústica medíocre

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 A música orquestral da época Barroca era


usualmente apresentada em salas
relativamente pequenas com paredes pesadas
e altamente refletoras
 A música do período clássico, as sinfonias de
Josef Hadyn, Wolfgang Mozart, e Ludwig van
Beethoven são mais bem executadas em salas
de concerto maiores e com tempo de
reverberação de 1,5 a 1,7 segundos
INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 Ao período clássico, seguiu-se o romântico e as


músicas de Johannes Brahms, Peter Ilyitch
Tchaikovsky, Maurice Ravel e Richard Strauss
floresceram em ambientes acústicos ainda
mais amplos e com maiores tempos de
reverberação – 1,8 a 2,2 segundos

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INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

Eng. Pedro P. R. Nishida


Catedrais Góticas
INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 As catedrais medievais possuem qualidades


acústicas bem peculiares
 O principal efeito causado pelas dimensões
gigantescas dessas catedrais é uma
reverberação altíssima, variando de 05 a 10
segundos
 Os longos tempos de reverberação das
catedrais dificultavam a inteligibilidade

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INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

Basílica de São Marcos


Eng. Pedro P. R. Nishida
INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 Na renascença, Giovanni Gabrieli, explora o


tempo de reverberação da Basílica de São
Marcos em Veneza em suas composições
polifônicas, mas a precisão rítmica, cuja
especificação foi possibilitada pela nova escrita
musical, altera profundamente esta relação

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 A música orquestral da época Barroca era


usualmente apresentada em salas relativamente
pequenas com paredes pesadas e altamente
refletoras
 O tempo de reverberação do salão de baile
retangular de um palácio, por exemplo, não
passava de 1,5 segundos
 Também eram utilizadas salas de músicas ou
pequenos teatros, cujo tempo de reverberação
jamais ultrapassava três segundos

Eng. Pedro P. R. Nishida


INTRODUÇÃO

 A partir das abordagens anteriores é possível


perceber a influência da Acústica Natural dos
espaços na inteligibilidade tanto da música,
quanto da palavra
 Percebem-se também os parâmetros que
contribuem para uma maior qualidade da
acústica da sala, destacando-se o de tempo de
reverberação

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
CAMPO DIRETO E CAMPO REVERBERANTE

Eng. Pedro P. R. Nishida


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Define-se tempo de reverberação de um


recinto como o tempo durante o qual, estando
desligada a fonte, a intensidade do som cai a
um milionésimo (10 -6) do seu valor ou, em
outros termos, o tempo em que o nível sonoro
decai 60 decibéis
 Se o tempo de reverberação é o
suficientemente grande, o som sobrepor-se-á
as suas reflexões criando uma textura densa

Eng. Pedro P. R. Nishida


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Estudos identificaram uma correlação entre o


volume de uma sala e o seu tempo de
reverberação: quanto maior o volume da sala,
maior tende a ser o seu tempo de reverberação
 A quantidade de superfícies absorventes ou
refletivas também influenciará o tempo de
reverberação

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 O tempo de reverberação TR, definido como o


tempo necessário para o nível de pressão
sonora decair 60 dB é:

55,2 * V
TR 
A*c

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 V é o volume do recinto [m³]


 A é a absorção total [sabines métricos]

 c é a velocidade do som. [m/s]

0,161 * V
TR 
A
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 Se a área superficial da sala é S, a absorção


média () de Sabine é definida por
A

S
 Então:
0,161*V
TR 
S *
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 A absorção sonora total (A) é a soma de


absorções (Ai) de superfícies individuais
A   Ai   Si * ai
i i

 Com essa consideração


1
   Si * ai
S i
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE EYRRING-NORRIS

 Apesar de ser aplicável a todas as salas, sejam


essas vivas, médias ou surdas, esta fórmula dá
previsões mais aproximadas nos recintos
comuns e surdos

0.161 * V
TR 
  Si * ln( 1   )
i

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE EYRRING-NORRIS

 Este resultado é satisfatóroa quando não


houver grandes diferenças de valores de
absorção para as diversas porções das
paredes ou quando os elementos com
absorções diferentes estiverem bem
misturados e regularmente distribuídos em
todo contorno

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE MILLINGTON-SETTE

 A fórmula de Millingon Sette é pouco utilizada,


sendo obtida substituindo-se no fórmula de
Eyring-Norris a média aritmética dos
coeficientes pela sua média geométrica.
0,07 * V
TR 
  Si * Log (1  i)
i

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

DEPENDÊNCIA COM A FREQUÊNCIA

 Sabe-se que materiais absorventes tendem a


refletir frequências baixas mais que as altas, e
materiais altamente reflexivos tendem a ter
uma resposta mais igual ao longo do espectro

Eng. Pedro P. R. Nishida


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

DEPENDÊNCIA COM A FREQUÊNCIA

 O ar também contribui para a atenuação de


sons com alta freqüência, sendo que quanto
mais um som se propagar no ar contendo
alguma umidade, mais suas freqüências altas
serão atenuadas

Eng. Pedro P. R. Nishida


EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Considere uma sala de dimensões 4,33 x 3,5


m² e de altura 3,5 m. Esta sala possui uma
janela de dimensões 2,5 x 1,28 m² e uma
porta de 0,8 x 2,1 m² de área.

 As propriedades acústicas dos materiais


existentes na sala podem se encontrados na
literatura.
EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO
 Os valores de absorção das superícies em
porcentagem estão expostos na tabela a seguir.
EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Os valores de αi.Si por banda de oitava estão


expostos na figura a seguir.
EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Sendo a última linha da tabela anterior a


indicação dos valores de α, então o tempo de
reverberação da sala por banda de oitava
resulta em:
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

 Os valores considerados ótimos para os


tempos de reverberação são resultado de
avaliações e julgamentos subjetivos e os
valores recomendados provêm de preferências
médias tomadas estatisticamente

Eng. Pedro P. R. Nishida


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

É preciso conciliar duas condições contraditórias:


 Quanto maior TR num recinto, tanto mais alto o
nível sonoro ao estabelecido por uma dada fonte,
pois grande reverberação significa pouca
absorção
 Quanto maior TR num recinto, menor a
inteligibilidade da palavra falada e menor a nitidez
da música produzida, pois o prolongamento de
sons já emitidos mascara, em parte, os novos
sons que se sucedem

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

DEPENDÊNCIA DO VOLUME DO RECINTO

 Os casos efetivos de boa acústica, assim como


considerações de ordem teórica indicam ser o
tempo ótimo (Tro) sensivelmente proporcional à
raiz cúbica do volume

TRo  R *V 1/ 3

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

Eng. Pedro P. R. Nishida


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

DEPENDÊNDIA DA FREQUÊNCIA

 Para baixas freqüências (inferiores a 500 Hz) é


aceitável reverberação mais longa do que para
altas freqüências

TRo  TRo * r
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓTIMO

DEPENDÊNCIA DA FREQUÊNCIA

 A tabela abaixo mostra os valores


recomendados para o r da equação anterior

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Teatros

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Salas de Audiências

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Anfiteatros

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Salas de Conferências

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ - CUIDADO

 ECO

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

A voz falada compõe-se de duas famílias de sons


bastante diferenciados:
 As vogais

 As consoantes

A inteligibilidade da palavra num auditório se


baseia precisamente no reconhecimento das
consoantes

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Como a energia da voz humana é limitada


torna-se indispensável aproveitar uma certa
quantidade de som reverberado para aumentar
o nível sonoro nas fileiras mais afastadas da
fonte sonora

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

Eng. Pedro P. R. Nishida


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

 Caracterizada por Fontes sonoras Complexas


 Os instrumentos não devem sobrepor entre si

 A sala ideal para as propostas da música


contemporânea, complexas e muito
diferenciadas, deve ser de flexibilidade total,
tanto na colocação do público quanto na das
fontes sonoras

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

 A tabela mostra os tempos de reverberação


ótimos para cada tipo de música.

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CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS DE USO MÚLTIPLO

 As condições para uma boa sala para uma ou


outra função são bastante diferentes. Como
principio básico, procurar-se-á ter uma boa
inteligibilidade, pois de outro modo seria
impossível comunicação verbal
 O tempo de reverberação deverá ser um ponto
mais longo do que o correspondente a uma
sala de palavra

Eng. Pedro P. R. Nishida


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS DE USO MÚLTIPLO

 Se é prevista uma equipe de amplificação


eletrônica de qualidade, pode-se projetar como
auditório para música, pois a amplificação se
encarregará de corrigir a excessiva
reverberação

Eng. Pedro P. R. Nishida


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

Eng. Pedro P. R. Nishida


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

 Para garantir boas condições acústicas para a


palavra falada, a performance acústica de
salas de aula deve ser levada em consideração
desde a etapa do projeto arquitetônico, uma
vez que esse espaço é destinado para tarefas
que requerem um alto nível de concentração
intelectual

Eng. Pedro P. R. Nishida


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

 O tempo de reverberação deve em salas de


aula deve estar entre 0,4 e 0,6 segundo. Para
espaços acima de 10.000 ft³, não deve
exceder a 0,6 s, e para salas entre com volume
entre 10.000 e 20.000 ft³, não deve exceder a
0,7 s

Eng. Pedro P. R. Nishida


ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES SUBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES SUBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA

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