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JEAN-PAUL SARTRE MILENE COELHO

JEAN PAUL SARTRE


JEAN-PAUL SARTRE

Jean-Paul Charles Aymard Sartre – Paris, 21 de junho de 1905 -


Paris, 15 de abril de 1980.

Filósofo, escritor e crítico francês – representante do


existencialismo.

Teve um relacionamento aberto que durou cerca de 51 anos com


a filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.

Em 1964 recebe o prêmio Nobel de Literatura

Em 1911 mudou-se com sua família para Nobres, onde tem


acesso à biblioteca de obras clássicas francesas e alemãs
pertencentes ao seu avô. Leituras clássicas Victor Hugo, Flaubert,
Mallarmé, Corneille, Maupassant e Goethe,
JEAN-PAUL SARTRE

Grande interesse pelo cinema.


Escrevia histórias na infância, era incentivado pela mãe, avô,
tio (que o presentou com uma máquina de escrever) e pela
professora que via nele um escritor profissional.
Em 1924, ingressou na École Normale Supérieure.
Músico e ator talentoso e sempre disposto a participar de
brincadeiras e eventos sociais, Sartre torna-se muito popular
entre os colegas.
No campo filosófico, além de Bergson, passou a ler
Nietzsche, Kant, Descartes e Spinoza.
Influências - Kant, Marx, Nietzsche, Kierkegaard, Camus,
Hegel, Heidegger, Husserl, Dostoievski.
Seu principal interesse filosófico é o indivíduo e a psicologia.
JEAN-PAUL SARTRE

Entre 1929 e 1931, Sartre presta o serviço militar e torna-se


soldado meteorologista.
É nomeado professor de filosofia de um liceu em Havre onde
permanece até 1936.
Seria professor em Laon e Paris até 1944, quando abandonou
definitivamente o magistério.
Em 1939, Sartre volta ao exército francês, servindo na
Segunda Guerra Mundial como meteorologista. Em Nancy é
aprisionado no ano de 1940 pelos alemães, e permanece na
prisão até abril de 1941.
Em 1945, ele cria e passa a dirigir junto a Maurice Merleau-
Ponty a revista Les Temps Modernes ("Tempos Modernos"),
onde são tratados mensalmente os temas referentes à
literatura, filosofia e política.
JEAN-PAUL SARTRE
Encara a literatura como meio de expressão legítima de suas crenças filosóficas e políticas, escreve livros
e peças teatrais que tratam das escolhas que os homens tomam frente às contingências às quais estão
sujeitos.

Em 1964 a Academia Sueca lhe agracia com o Nobel de Literatura, que ele no entanto recusa, pois
segundo ele "nenhum escritor pode ser transformado em instituição".

Morreu em 15 de abril de 1980 no Hospital Broussais (em Paris). Seu funeral foi acompanhado por mais
de 50 000 pessoas. Está enterrado no Cemitério de Montparnasse em Paris. No mesmo túmulo jaz
Simone de Beauvoir.
JEAN-PAUL SARTRE

Obras:

A imaginação, ensaio filosófico - 1936

A transcendência do ego, ensaio filosófico - 1937

A Náusea, romance - 1938

O muro, contos - 1939

Esboço de uma teoria das emoções, ensaio filosófico - 1939

O imaginário, ensaio filosófico - 1940

As moscas, teatro - 1943

O Ser e o Nada, tratado filosófico - 1943

Reflexões sobre a questão judaica, ensaio político - 1943

A República da Silêncio, ensaio filosófico - 1944

Entre quatro paredes, teatro – 194

O existencialismo é um humanismo, transcrição de uma conferência proferida em 1946 - Texto posteriormente rejeitado por Sartre.

A prostituta respeitosa, teatro - 1946


JEAN-PAUL SARTRE
O EXISTENCIALISMO DE SARTRE
Baseado principalmente na fenomenologia de Husserl e em 'Ser e Tempo' de Heidegger, o existencialismo sartriano
procura explicar todos os aspectos da experiência humana. A maior parte deste projeto está sistematizada em seus
dois grandes livros filosóficos: O ser e o nada e Crítica da razão dialética.

Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem
primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter
uma "essência" que suceda à existência.

Para explicar as relações da consciência é preciso antes defini-la tal como Sartre o fez. Partindo da análise da
consciência do homem - um ser que está no mundo, ou seja, vinculado ou indissociável enquanto corpo-mente-mundo -
é possível determinar dois seres: O Ser-em-si e o Ser-para-si.

O EM-SI
Podemos entender um “Em-Si” como qualquer objeto existente no mundo e que não é nada além daquilo que é.
JEAN-PAUL SARTRE
Este modo de aparição do ser, que não é o único, é fundamentado em três características: o ser é, o ser
é o que é, o ser é em-si.

Diz respeito às coisas tal como se apresentam para nós, sendo fenômeno (aparição) ou não, ou seja,
existem aí no mundo (Dasein), independente de qualquer coisa.

Podemos dizer que possuem o modo de ser do Em-si todos aqueles "objetos", que não possuem
consciência, que não se fundam na alteridade, na presença do outro. Um ser Em-si não tem
potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é.

O PARA-SI
A consciência humana é um tipo diferente de ser, por possuir conhecimento a seu próprio respeito e a
respeito do mundo. É uma forma diferente de ser, chamada "Para-si".
JEAN-PAUL SARTRE
É o "Para-si" que faz as relações temporais e funcionais entre os seres "Em-si", e ao fazer isso, constrói
um sentido para o mundo em que vive.
O "Para-si" não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma ideia pré-existente. O
existencialismo sartriano desconsidera a existência de um criador que tenha predeterminado a essência
e os fins de cada pessoa.
É preciso que o "Para-si" exista, e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua
essência.
Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu. Posso saber que o que fui se definiu
por algumas características ou qualidades, bem como pelos atos que já realizei, mas tenho a liberdade
de mudar minha vida deste momento em diante.
Nada me compete a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu
ser passado é um "Em-si", possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela
só existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que "a existência precede e governa a essência".
Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.
JEAN-PAUL SARTRE

LIBERDADE EM SARTRE
Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta.

Sartre dizia "Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro".

"O homem está condenado a ser livre".

Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um
engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo.

Assim, "a vida obriga-nos a escolher entre vários caminhos possíveis [mas] nada nos obriga a escolher uma coisa ou
outra". Assim, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade
de arcar com as próprias responsabilidades.
JEAN-PAUL SARTRE
Somos o que queremos ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos. o quem irá
definir. Os valores morais não são limites para a liberdade.

LIMITAÇÃO DA LIBERDADE
A liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem. Esta
autonomia de escolha é limitada pelas capacidades físicas do ser. Para Sartre, porém, estas limitações
não diminuem a liberdade, pelo contrário, são elas que tornam essa liberdade possível, porque
determinam nossas possibilidades de escolha, e impõem, na verdade, uma liberdade de eleição da qual
não podemos escapar.
A EXISTÊNCIA, A RESPONSABILIDADE E A MÁ-FÉ
Essência precede a existência implica a necessidade de um criador.
Sendo Sartre um representante do existencialismo ateu, ele defende que há um ser onde essa situação se
inverte, e a existência precede a essência: o ser humano. Assim, seria o próprio homem o definidor de sua
essência.
JEAN-PAUL SARTRE
Sartre nega a existência de uma suposta "essência humana" (pré-concebida), seja ela boa ou ruim.

As nossas escolhas cabem somente a nós mesmos, não havendo, assim, fator externo que justifique nossas
ações. O responsável final pelas ações do homem é o próprio homem.

Importante relevo à responsabilidade: cada escolha carrega consigo a obrigação de responder pelos
próprios atos, um encargo que torna o homem o único responsável pelas consequências de suas decisões.

E cada uma dessas escolhas provoca mudanças que não podem ser desfeitas, de forma a modelar o
mundo de acordo com seu projeto pessoal.

Assim, perante suas escolhas, o homem não apenas torna-se responsável por si, mas também por toda a
humanidade.
JEAN-PAUL SARTRE
Essa responsabilidade é a causa da angústia dos existencialistas. Essa angústia decorre da consciência
do homem de que são as suas escolhas que definirão a sua essência, e mais, de que essas escolhas
podem afetar, de forma irreversível, o próprio mundo. A angústia, portanto, vem da própria consciência
da liberdade e da responsabilidade em usá-la de forma adequada.

A má-fé é uma defesa contra a angústia criada pela consciência da liberdade, mas é uma defesa
equivocada, pois através dela nos afastamos de nosso projeto pessoal, e caímos no erro de atribuir
nossas escolhas a fatores externos, como Deus, os astros, o destino, ou outro. Nesse sentido, Sartre
considerava também a ideia freudiana de inconsciente como um exemplo de má-fé.
O OUTRO
As outras pessoas são fontes permanentes de contingências.
O homem por si só não pode conhecer-se em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é
que alguém consegue se ver como parte do mundo.
JEAN-PAUL SARTRE
"O ser Para-si só é Para-si através do outro“, Sartre.

Cada pessoa, embora não tenha acesso às consciências das outras pessoas, pode reconhecer neles o que
têm de igual. E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo, não tenho acesso à minha
essência, sou um eterno "tornar-me", um "vir-a-ser" que nunca se completa. Só através dos olhos dos
outros posso ter acesso à minha própria essência, ainda que temporária.

Só a convivência é capaz de me dar a certeza de que estou fazendo as escolhas que desejo. Daí vem a
ideia de que "o inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de
meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência. Sem eles o
próprio projeto fundamental não faria sentido.
JEAN-PAUL SARTRE

"O existencialismo é um humanismo" em que afirma que o existencialismo não


pode ser refúgio para os que procuram o escândalo, a inconsequência e a
desordem. O movimento, segundo este texto, não defende o abandono da moral,
mas a coloca em seu devido lugar: na responsabilidade individual de cada
pessoa. O existencialismo reconhece, assim, a possibilidade de uma moral laica em
que os valores humanos existem sem a necessidade da existência de Deus. A moral
existencialista pretende que as escolhas morais não sejam determinadas pelo
medo da punição divina, mas pela consciência da responsabilidade.

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