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ÍNDICES SINTÉTICOS
Prof. Fernando Pozzobon
fernando.esag@gmail.com
APROFUNDANDO...
Sabemos (ou deveríamos saber) das aulas de
estatística e matemática que, dada uma
distribuição, existem várias medidas de
tendência central (média, modas, medianas) e
várias medidas de dispersão (amplitude, desvio
padrão, desvio médio, etc). De forma análoga,
existem várias medidas do grau de desigualdade
de uma distribuição.
Medidas como o Índice de Gini, são algumas
dessas medidas de desigualdade comumente
utilizadas na análise de distribuição de renda.
CURVA DE LORENZ
A Curva de Lorenz é um gráfico utilizado para
representar a distribuição relativa de uma variável
em um domínio determinado. O domínio pode ser o
conjunto de pessoas de uma região ou país, por
exemplo. A variável cuja distribuição se estuda
pode ser a renda das pessoas. A curva é traçada
considerando-se a percentagem acumulada de
pessoas no eixo das abscissas e a percentagem
acumulada de renda no eixo das ordenadas.
Cada ponto da curva é lido como percentagem
cumulativa das pessoas
A curva parte da origem (0,0) e termina no ponto
(100,100). Se a renda estivesse distribuída de
forma perfeitamente equitativa, a curva coincidiria
com a linha de 45 graus que passa pela origem (por
exemplo, 30% da população recebe 30% da renda).
Se existisse desigualdade perfeita, ou seja, se uma
pessoa detivesse toda a renda, a curva coincidiria
com o eixo das abscissas até ao ponto (100,00), de (100,100)
onde iria até o ponto (100,100). %
d
Em geral, a curva se encontra numa situação a
intermediária entre esses dois extremos. Se uma r
curva de Lorenz se sobrepõe a outra (e, por e
conseguinte, mais próxima da linha de 45 graus), n
pode-se dizer que a primeira exibe menor d
desigualdade que a segunda. Esta comparação a
gráfica entre distribuições de domínios geográficos (0,0) % da pop.
distintos ou temporais é o principal emprego das
curvas de Lorenz. A área “a” é chamada de “área de
desigualdade”.
Fonte: AZEVEDO - Avaliando a Significância Estatística da Queda na Desigualdade no Brasil
CURVA DE LORENZ: UM EXEMPLO
NUMÉRICO
Os dados da PNAD de 2003 mostraram as distribuições
das pessoas ocupadas conforme a renda obtida na
atividade exercida. São classificadas em 8 estratos.
Estrato Porcentagem no Estrato Porcentagem acumulada
1 3 3 1 1 1 1 10 10 0 0
2 6 9 2 3 1 2 10 20 0 0
3 7 16 3 6 1 3 10 30 0 0
4 8 24 4 10 9 12 10 40 0 0
5 9 33 5 15 9 21 10 50 0 0
6 12 45 15 30 15 36 10 60 0 0
7 13 58 16 46 15 51 10 70 0 0
8 13 71 17 63 15 66 10 80 0 0
9 14 85 18 81 15 81 10 90 0 0
10 15 100 19 100 19 100 10 100 100 100
100
Distribuição A Acumulada
90
Distrubuição B Acumulada
80
Distribuição C Acumulada
70
Distribuição Perfeita Acumulada
60
Desigualdade Extrema
50
40
P A
E
30
C
B
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EXEMPLOS DA CURVA DE LORENZ PARA
DOIS GRUPOS
Ademais, ela é convexa com relação ao eixo
horizontal, não sendo afetada por mudanças
proporcionais na distribuição da renda.
Outra característica da curva de Lorenz é a
possibilidade de mostrar se uma distribuição é
mais ou menos desigual, independentemente do
montante do que se quer distribuir.
Isso permite comparar as desigualdades de
renda, por exemplo, entre países ou regiões muito
ricas e muito pobres ou entre países que usam
diferentes denominações monetárias.
APRENDEMOS?
Analise os dados abaixo e responda às perguntas que se seguem.
Brasil, Uruguai e México – Distribuição da Renda 1994
Distribuição da renda
Países
40% mais pobres 30% seguintes 10% mais ricos
Brasil 11,8% 19,1% 42,5%
Uruguai 21,6% 26,3% 25,4%
México 16,8% 22,8% 34,3%