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Auto e Heteroagressividade na
Adolescência e na Modernidade
PUC-SP; junho de 2019
06/13/11
CONSEQUÊNCIAS EVOLUÇÃO ADAPTAÇÃO
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ADOLESCÊNCIA
Desenvolvimento -
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- mundo biológico, ambiental, natural, inclui as
necessidades, impulsos e instintos básicos, constituindo-se
na esfera mais importante na criança, quanto menor for a
sua idade, atenuando-se essa prioridade em função do
próprio desenvolvimento cognitivo; representa "a priori", a
finitude e a limitação do local onde o ser humano, em
particular, a criança é lançado.
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- mundo dos seres - das inter-relações que se tornam
cada vez mais complexas na medida em que a criança
cresce. Inicia-se no primeiro ano de vida, com o período de
socialização elementar e a formação da díade mãe-filho,
seguida pela socialização familiar (2-3 anos) e da
socialização comunal ( após os 4 anos). Relações tornam-
se cada vez mais complexas, criando-se sistemas onde a
relação de cada indivíduo determina seu significado no
grupo (O mundo existe e eu me adapto à ele e não o
contrário).
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- mundo próprio - das relações do indivíduo consigo
mesmo, pressupondo a autoconsciência e a auto-
relação. Não se constitui somente como experiência
interior e subjetiva, mas dá ao real a perspectiva
própria.
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O QUE DESEJAMOS PARA
OS NOSSOS
ADOLESCENTES?
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O QUE QUEREMOS PARA OS NOSSOS ADOLESCENTES E
AS GERAÇÕES FUTURAS?
“eudaimonia”
“[...] algo próximo do sentir-se realizado e pleno, o fim ultimo, o
bem maior e supremo, que só poderia ser alcançado pela
prática das virtudes”.
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1. Que goza de boa saúde, física ou
mental
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1. Que goza de boa saúde, física ou mental: para criar
filhos assim, vou ter que controlar a forma pela qual
nascem ou crescem. “Vou fabricá-los”–
Eugenia: termo criado em 1883 por Galton significando
"bem nascido". Galton a definiu como "o estudo dos
agentes sob o controle social que podem melhorar ou
empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações
seja física ou mentalmente". Tema controverso após o
surgimento da eugenia nazista. Mesmo com a maior
utilização de técnicas de melhoramento genético
usadas em plantas e animais, existem questionamentos
éticos quanto a seu uso com seres humanos. O termo é
anterior ao termo “ genética", pois este último só foi
cunhado em 1908, pelo cientista William Bateson.
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3. Que é benéfico ou útil.
Pós-humanismo: como sinônimo de transumanismo,
designando um estado em que a espécie humana é capaz
de superar suas limitações intelectuais e físicas através do
controle tecnológico de sua própria evolução biológica.
O pós-humanismo e a tecnologia evoluíram de mãos dadas
(Estamos fabricando?).
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TENDÊNCIAS
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Pensando-se a cultura,
PODEMOS OBSERVAR...
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O MAL ESTAR CONTEMPORÂNEO
a família
•Instituição principal da socialização: aprendizado de valores
(Terceirização da criação de filhos)
•valores pós modernos ( neo liberais): auto-realização, prazer,
apologia à performance individual, consumo, privilegiamento da vida
privada e escancaramento da intimidade, condenação da política e
do espaço público (gênios incompreendidos, inconformados e
insatisfeitos);
•espaço social concreto de sobrevivência e da reprodução social:
afrouxamento de laços familiares em função das dificuldades de
inserção social.
A criança e o jovem na sociedade contemporânea –
transição complexa para o mundo adulto
a escola
•Agência de socialização responsável pela educação: desestruturada
pela ausência do Estado e da família(AIE)
•Os jovens encontram-se ao sabor do mercado globalizado: grande
regulador das relações entre o capital e o trabalho e das escolhas
profissionais (Ter em lugar de Ser)
•Horizonte de formação escolar: trabalho terceirizado, flexível,
autônomo (Insegurança)
•Queda das profissões antes valorizadas: questionamento da
necessidade da educação formal como perspectiva de inserção
social (Medo)
A criança e o jovem na sociedade contemporânea –
transição complexa para o mundo adulto – algumas
consequencias:
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POR QUE O
ADOLESCENTE É MAIS
VULNERÁVEL?
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Porque
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SUA RESPOSTA MAIS
FREQUENTE?
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ANSIEDADE
Conceito -
(Sacristán, 1995)
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O ALTRUÍSMO
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O ALTRUISMO
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CONCEITO
AGRESSÃO - comportamento capaz de
desencadear dano a outrem (dano esse real ou
simplesmente uma ameaça), físico ou
psicológico, sendo seu alvo alguém da mesma
espécie.
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Mecanismos que levam à luta:
1. Disputa Territorial
2. Disputa de alimentação
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Bases Sociológicas
• Fatores de interferência
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Bases Epidemiológicas
• Continuidade entre violência infantil e agressividade do
adulto
a) Fatores individuais (impulsividade elevada, baixo nível
cognitivo)
b) Fatores familiares
c) Fatores sociais (criminalidade parental, maus-tratos,
família disruptiva, pobreza, moradia em regiões
agressivas, pertencer a gangues, relacionamentos com
outros delinqüentes)
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Bases Etológicas
• conduta objetiva mas com uma intencionalidade sub-
entendida (defesa, afirmação territorial, hierarquia social)
a) posturas de ameaça antes da luta
b) comportamentos de combate (diferentes intra – não uso
de suas melhores armas - e extra-espécies – uso de
dentes e garras)
c) atitudes de submissão (apresentação do ponto fraco)
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Clínica da Agressividade: condutas violentas
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Comportamentos auto/ heteroagressivos e
quadros de agitação podem ser manifestações
de praticamente todos os diagnósticos
psiquiátricos: transtornos de conduta e opositivo-
desafiador, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, autismo, retardo mental, psicoses,
transtornos de humor (TH), abuso ou intoxicação
por drogas e transtornos
conversivos/dissociativos.
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Determinará o diagnóstico - sintomas
associados e história prévia da
criança/adolescente, que devem ser avaliados
após o controle das alterações de
comportamento
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COMPORTAMENTOS
AUTO-LESIVOS
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Divergências relativas à definição dos CAL,
sobretudo no que diz respeito à sua
intencionalidade (ou não) suicidária,
distinguindo-se 2 grandes grupos:
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• Non suicidal self-injury: apenas destruição do
tecido corporal do próprio na ausência de
intencionalidade de morrer, incluindo cortes (self-
cutting) e comportamentos associados (p. ex.
queimaduras, arranhões, etc.).
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• Comportamentos autolesivos: sem
intencionalidade suicida envolvendo atos
autolesivos intencionais (cortar-se ou saltar de
um local relativamente elevado; ingerir fármacos
em doses superiores às posologias terapêuticas
reconhecidas; ingerir droga ilícita ou substância
psicoativa com propósito autoagressivo; ingerir
substância ou objeto não ingeríveis).
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∘ Tentativa de suicídio: Ato levado a cabo por um
indivíduo e que visa a sua morte, mas que, por
razões diversas, geralmente alheias ao indivíduo,
resulta frustrado.
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Perfil clínico do adolescente com
comportamentos autolesivos
Sexo feminino associado a níveis menores de
educação.
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Impulsividade, baixa autoestima e abuso de
drogas foram também associados aos CAL.
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Experiências traumáticas na infância foram
associadas:problemas psicológicos parentais;
separação dos pais; afastamento precoce ou
prolongado de um dos pais; experiências infantis
de negligência emocional, psicológica ou abuso
físico, especialmente do tipo sexual.
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Parecem estar relacionados com a utilização
de estratégias não adaptativas, especialmente
quando confrontados com situações percebidas
como impossíveis de resolver.
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Clínica da agressividade: automutilações
impulsivas
• secundárias a frustração com intolerância
marcante estados de cólera acompanhados
de agitação, hetero-agressividade,
automutilações (limite impreciso com
tentativas de suicídio)
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Clínica da agressividade: tentativas de
suicídio
• Epidemiologia: raros, 10% abaixo de 12 anos,
predominância de meninos, quanto menor mais violento,
intoxicações frequentes (entre 8-10 anos)
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Comportamento suicida Suicídio e comportamento
suicida (CS) associados a transtornos psiquiátricos como
TH, transtornos alimentares (TA), psicoses e transtorno de
conduta (TC).
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Relativamente raro antes dos 15 anos de
idade (taxa de 0,5/100.000 em meninas e
0,9/100.000 em rapazes, entre os 5-14 anos)
aumentando de frequência entre os 15-24 anos
(5,6/100.000 em meninas e 19,2/100.000 em
rapazes).
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Clínica da agressividade: inibição grave,
masoquismo
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CONSIDERAÇÕES...
Vertente científica e vertente humana, dentro do aforisma de
que é "ciência e arte de curar“ - Alterar o tamanho do
busto ou a altura entra aqui?
06/13/11
Perspectivas distópicas com predomínio do
individualismo e da busca da ascenção social ultrapassando
a dimensão afetiva e as trocas de intimidade. Vigilância
constante e perda da privacidade. Solidão. Falta de redes de
suporte. Exigência de flexibilidade para a vida conforme as
expectativas.
06/13/11
06/13/11
Enquanto na Utopia se fala do que o adolescente
deve “SER”, “TER”, “PRECISAR”, no mundo real,
Distópico, estes indivíduos sofrem com a falta de
suporte familiar e social, de orientação para o estudo
e o trabalho, num adestramento moral que os impede
de exercer o principal ato a que sua imagem é
frequentemente associada: “FORMAR-SE
ENQUANTO SER HUMANO DENTRO DE UM
PROJETO EXISTENCIAL SIGNIFICATIVO” ( adapt. apud
DEL PRIORE, 2002).
Muito obrigado pela atenção!
cassiterides@bol.com.br